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Emilia Ferreiro

Psicóloga e pesquisadora argentina, radicada no México, fez seu doutorado na


Universidade de Genebra, sob a orientação de Jean Piaget e, ao contrário de outros grandes
pensadores influentes como Piaget, Vygotsky, Montessori, Freire, todos já falecidos, Ferreiro
está viva e continua seu trabalho. Nasceu na Argentina em 1937, reside no México, onde
trabalha no Departamento de Investigações Educativas (DIE) do Centro de Investigações e
Estudos avançados do Instituto Politécnico Nacional do México.
Fez seu doutorado sob a orientação de Piaget – na Universidade de Genebra, no final dos anos
60, dentro da linha de pesquisa inaugurada por Hermine Sinclair, que Piaget chamou de
psicolingüística genética. Voltou em 1971, à Universidade de Buenos Aires, onde constituiu um
grupo de pesquisa sobre alfabetização do qual faziam parte Ana Teberosky, Alicia Lenzi,
Suzana Fernandez, Ana Maria Kaufman e Lílian Tolchinsk.
Em 1977, após o golpe de estado na Argentina foi abrigada a se exilar, e leva na bagagem os
dados das entrevistas que ela e sua equipe haviam realizado cuja análise está na origem da
psicogênese da língua escrita. Passa a viver na Suíça em condição de exilada e a lecionar na
universidade de Genebra, onde inicia uma pesquisa com a ajuda de Margarida Gómez Palacio
sobre as dificuldades de aprendizagem das crianças de Monterrey (México).
Em 1979, muda-se para o México com o marido – o físico e epistemólogo Rolando García, com
quem teve dois filhos. Publica o livro Los sistemas de escritura em el desarrollo del ninõ em co-
autoria com Ana Teberosky quem ajudou na análise exaustiva dos dados obtidos em Buenos
Aires numa ponte entre Genebra onde se encontrava Ferreirro e Barcelona onde se encontrava
Teberosky, pois o duro exílio se estendeu por alguns anos, até mesmo para a maioria das
pesquisadoras desse grupo que foram obrigadas a espalhar-se pelo mundo.
Em 1982 publica com Margarida Gómez Palácio o livro Nuevas perspectivas sobre los
proceesos de lectura y escritura, fruto de pesquisa com mais de mil crianças em que distingue
oito níveis de conceitualização da escrita. Nos anos de 1985, 1986 e 1989 publica obras que
reúnem idéias e experiências inovadoras na área de alfabetização realizadas na Argentina, no
Brasil, no México e na Venezuela: la alfabetización em proceso; Psicogênese da língua escrita,
Los hijos del analfabetismo (propuestas para la alfabetizacíon escolar em América Latina.
Em 1992 recebe o título de doutor Honoris causa da Universidade de Buenos Aires,em 1999,
pela Universidade Nacional de Córdoba (Argentina), em 2000 pela Universidade nacional de
Rosário (Argentina) em 2003 é novamente homenageada com o título pela universidade de
Comahue (Argentina) e Atenas (Grécia).
No Brasil, em 1994, recebe da Assembléia Legislativa da Bahia a medalha "libertador da
Humanidade" que anteriormente fora atribuída ao líder sul-africano Nelson Mandela e ao
educador brasileiro Paulo Freire. Em 1995 foi novamente homenageada com o título de doutor
Honoris causa atribuído pela Universidade estadual do Rio de Janeiro (Uerj). E em 2001 recebe
do governo brasileiro a Ordem Nacional do Mérito educativo.

Na Universidade de Buenos Aires, a partir de 1974, como docente, iniciou seus trabalhos
experimentais, que deram origem aos pressupostos teóricos sobre a Psicogênese do Sistema
de Escrita, campo não estudado por seu mestre, que veio a tornar-se um marco na
transformação do conceito de aprendizagem da escrita, pela criança.
Autora de várias obras, muitas traduzidas e publicadas em português, já esteve algumas vezes
no país, participando de congressos e seminários.
Falar de alfabetização, sem abordar pelo menos alguns aspectos da obra de Emilia Ferreiro, é
praticamente impossível.
Ela não criou um método de alfabetização, como ouvimos muitas escolas erroneamente
apregoarem, e sim, procurou observar como se realiza a construção da linguagem escrita na
criança.
Os resultados de suas pesquisas permitem, isso sim, que conhecendo a maneira com que a
criança concebe o processo de escrita, as teorias pedagógicas e metodológicas, nos apontem
caminhos, a fim os erros mais freqüentes daqueles que alfabetizam possam ser evitados,
desmistificando certos mitos vigentes em nossas escolas.
Aqueles que são, ou foram alfabetizadores, com certeza, já se depararam com certos
professores que logo ao primeiro mês de aula estão dizendo, a respeito de alguns alunos: não
tem prontidão para aprender, tem problemas familiares, é muito fraca da cabeça, não fez uma
boa pré-escola, não tem maturidade para aprender e tantos outros comentários assemelhados.
Outras vezes, culpam-se os próprios educadores, os métodos ou o material didático. Com seus
estudos, Ferreiro desloca a questão para outro campo: " Qual a natureza da relação entre o
real e sua representação? " As respostas encontradas a esse questionamento levam, pode-se
dizer, a uma revolução conceitual da alfabetização.
A escrita da criança não resulta de simples cópia de um modelo externo, mas é um processo
de construção pessoal. Emilia Ferreiro percebe que de fato, as crianças reinventam a escrita,
no sentido de que inicialmente precisam compreender seu processo de construção e suas
normas de produção.

Ana Teberosky
Trabalha há mais de uma década em Barcelona, tendo desenvolvido pesquisas na área de
linguagem junto ao Instituto Municipal de Investigações Psicológicas Aplicadas à Educação
(IMIPAE) e ao Instituto Municipal de Educação (IME). Doutora em psicologia pela Universidade
de Barcelona, atualmente ocupa o cargo de professora do Departamento de Psicologia
Evolutiva e da Educação dessa instituição.
Ao lado de Emilia Ferreiro, deu a compreensão do processo de aquisição da escrita.
“Se o professor é capaz de oferecer uma ajuda efetiva quanto à diversidade das situações de
uso, a criança poderá aprender, por meio desse uso, as regras de funcionamento da linguagem
escrita. O principal propósito, na nossa experiência, é ajudar os professores na interpretação
das respostas das crianças e na programação de situações de aprendizagem. Por isso, antes
de discutir o que é que os professores podem e devem ensinar, parece-nos importante saber
quais são as idéias e os conhecimentos das crianças e quais são as idéias e os conhecimentos
das crianças e quais expectativas podemos ter para proporcionar, depois, situações de ensino-
aprendizagem.

Jean Piaget
nasceu em Neuchâtel, Suiça no dia 9 de agosto de 1896 e faleceu em Genebra em 17 de
setembro de 1980. Estudou a evolução do pensamento até a adolescência, procurando
entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo. Como
epistemólogo, investigou o processo de construção do conhecimento, sendo que nos últimos
anos de sua vida centrou seus estudos no pensamento lógico-matemático.
Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por história natural ainda em sua infância.
Aos 11 anos de idade, publicou seu primeiro trabalho sobre a observação de um pardal albino.
Esse breve estudo é considerado o inicio de sua brilhante carreira cientifica. Aos sábados,
Piaget trabalhava gratuitamente no Museu de História Natural. Piaget freqüentou a
Universidade de Neuchâtel, onde estudou biologia e filosofia. E recebeu seu doutorado em
biologia em 1918, aos 22 anos de idade. Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou
como psicólogo experimental. Lá ele freqüentou aulas lecionadas por Jung e trabalhou como
psiquiatra em uma clinica. Essas experiências influenciaram-no em seu trabalho. Ele passou a
combinar a psicologia experimental – que é um estudo formal e sistemático – com métodos
informais de psicologia: entrevistas, conversas e análises de pacientes.
Em 1919, Piaget mudou-se para a França onde foi convidado a trabalhar no laboratório de
Alfred Binet, um famoso psicólogo infantil que desenvolveu testes de inteligência padronizados
para crianças. Piaget notou que crianças francesas da mesma faixa etária cometiam erros
semelhantes nesses testes e concluiu que o pensamento se desenvolve gradualmente. O ano
de 1919 foi o marco em sua vida. Piaget iniciou seus estudos experimentais sobre a mente
humana e começou a pesquisar também sobre o desenvolvimento das habilidades cognitivas.
Seu conhecimento de biologia levou-o a enxergar o desenvolvimento cognitivo de uma criança
como sendo uma evolução gradativa. Em 1921, Piaget voltou a Suíça e tornou-se diretor de
estudos do Instituto J. J. Rousseau da Universidade de Genebra.
Lá ele iniciou o maior trabalho de sua vida, ao observar crianças brincando e registrar
meticulosamente as palavras, ações e processos de raciocínio delas. Em 1923, Piaget casou-
se com Valentine Châtenay com quem teve 3 filhos: Jacqueline(1925), Lucienne(1927) e
Laurent (1931). As teorias de Piaget foram, em grande parte, baseadas em estudos e
observações de seus filhos que ele realizou ao lado de sua esposa. Enquanto prosseguia com
suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em diversas universidades
européias. Registros revelam que ele foi o único suíço a ser convidado a lecionar na
Universidade de Sorbonne (Paris, França), onde permaneceu de 1952 a 1963. Até a data de
seu falecimento, Piaget fundou e dirigiu o Centro Internacional para Epistemologia Genética. Ao
longo de sua brilhante carreira, Piaget escreveu mais de 75 livros e centenas de trabalhos
científicos.

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