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O GRANDE LUTO
Antnio Vieira
2014
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
O GRANDE LUTO
So Gonalo
2014
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Pretendemos com essa breve analise do conto O Grande Luto do autor portugus
contemporneo, Antnio Vieira, expor nossas impresses quanto a questo do
cientificismo abordado por Hannah Arendt no captulo VI em seu livro A Condio
Humana.
Gostaramos de iniciar nossa discusso expondo o que nos levou a traar tal
relao.
princpio, iremos nos pronunciar de forma analtica e descompromissada sobre
questes que a autora levanta nessa obra e ao analisarmos o conto de Antnio Vieira por
ns mencionado, iremos articular certo dilogo entre os textos.
Comecemos pela questo do cientificismo. Depreendemos atravs de leituras
diversas e debates participados que em certo momento da histria, com o
desenvolvimento tecnolgico, o homem passou a confiar menos ou a no confiar em
seus sentidos, nos instrumentos naturais que possui e os substituiu por equipamentos
desenvolvidos para tal.
O homem no mais confia em seus sentidos, sendo assim, precisa de forma
equacional confiar no que sabe e descobrir dessa forma o que no sabe.
Desta forma, podemos destacar uma inveno que dentre todas, se torna o
divisor de guas na histria humana, o telescpio.
Atravs do telescpio, assunto esse que nos fora a citar Hannah, o homem traz
o universo para seu mundo na Terra. Analisemos a citao abaixo:
No foi a razo, mas um instrumento feito pela mo do homem o telescpio
que realmente mudou a concepo fsica do mundo; o que os levou ao novo
conhecimento no foi a contemplao, nem a observao, nem a especulao, mas a
entrada em cena do homo faber, da atividade de fazer e de fabricar.1
Tendo esse trecho como suporte, podemos dizer que o homem, no mais
contenta-se em observar, especular o que no sabia, nem mesmo confirmar, mas
produzir. Destacamos o termo homo faber como sendo de suma importncia para nossa
anlise.
Referncias Bibliogrficas
ARENDT, Hannah. A Condio Humana, 5. Ed. Revista. Trad. Roberto Raposo. Rio
de Janeiro: Forense Universitria, 1991. Cap. VI p. 260-338.
VIEIRA, Antnio, O Grande Luto. Sete contos de fria, So Paulo: Globo, 2002. p. 0928.
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