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Este documento fornece diretrizes para a realização do Projeto Mambembe, uma oficina itinerante de mobilidade estudantil entre faculdades de arquitetura do Nordeste brasileiro. O projeto visa promover o diálogo entre estudantes e suas cidades através de visitas guiadas com discussões. As diretrizes incluem escolha das cidades participantes, preparação do roteiro e atividades, com foco na produção de um resultado final coletivo que registre as experiências.
Este documento fornece diretrizes para a realização do Projeto Mambembe, uma oficina itinerante de mobilidade estudantil entre faculdades de arquitetura do Nordeste brasileiro. O projeto visa promover o diálogo entre estudantes e suas cidades através de visitas guiadas com discussões. As diretrizes incluem escolha das cidades participantes, preparação do roteiro e atividades, com foco na produção de um resultado final coletivo que registre as experiências.
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Este documento fornece diretrizes para a realização do Projeto Mambembe, uma oficina itinerante de mobilidade estudantil entre faculdades de arquitetura do Nordeste brasileiro. O projeto visa promover o diálogo entre estudantes e suas cidades através de visitas guiadas com discussões. As diretrizes incluem escolha das cidades participantes, preparação do roteiro e atividades, com foco na produção de um resultado final coletivo que registre as experiências.
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O Projeto Mambembe é um modelo de evento construído nos moldes
das oficinas de teatro itinerantes, comuns no Nordeste do Brasil. Elas costumam ser organizações independentes, simples e despretensiosas, que visitam as mais diversas cidades mostrando e suas realizações aprendidas empiricamente; dessa forma modificando, mesmo que por breves instantes, a vida e a realidade daquela pequena localidade e dos seus habitantes. Esse documento visa orientar a devida construção do Projeto Mambembe, fornecendo as diretrizes para a sua preparação, a sua realização e o seu funcionamento; servindo mais como um guia do que como um modelo.
O QUE É O PROJETO MAMBEMBE?
Este Projeto surgiu da necessidade de promover uma maior integração
entre as faculdades de arquitetura e urbanismo da Regional Nordeste da FeNEA (Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura do Brasil); composta pelas escolas dos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. Visa também realizar momentos de interação entre os estudantes das diversas escolas dentro de suas próprias instituições, divulgando através deste evento a FeNEA e seus principais projetos; tais como os EREA’s (Encontros Regionais de Estudantes de Arquitetura) e ENEA’s (Encontros Nacionais de Estudantes de Arquitetura), e todos os outros eventos que possam ser de interesse dos estudantes de arquitetura e urbanismo e do movimento estudantil no geral. O Projeto Mambembe atua como uma oficina itinerante de mobilidade estudantil, onde faculdades de dois ou mais estados se encontram em uma cidade anfitriã também participante do projeto, a fim de realizar uma produção em conjunto com base nos resultados obtidos durante a realização do evento. O Mambembe surgiu a priori como uma alternativa em paralelo ao Projeto Caravanas que acontece em outras regionais, que consiste na visita dos Diretores Regionais às escolas para conversar e conhecer os estudantes e assim divulgar os ideais, interesses e projetos da FeNEA. De outra forma, o Mambembe tem como objetivo promover um diálogo entre o estudante e sua cidade, conhecendo-a e contestando-a através da criação de um olhar crítico; e a expansão dessa nova visão para os visitantes de forma a ir além da simples visão do turista. Essa convivência finda por articular as faculdades do nordeste pela troca de experiências e conhecimentos inevitável no decorrer do evento. Ao contrário do processo original, o Mambembe procura realizar uma produção, indo além da simples divulgação da FeNEA e de seus projetos.
ESCOLHA E PREPARO DAS CIDADES PARTICIPANTES
A escolha das cidades a sediar e a participar de cada versão do Projeto
Mambembe deve acontecer em Encontros Regionais ou nos Conselhos Regionais de Entidades Estudantis de Arquitetura (COREA’s), mediante a presença de representantes dos Centros e Diretórios Acadêmicos das escolas envolvidas que irão assumir a responsabilidade da realização do evento. Estes são momentos em que se encontram presentes e reunidos estudantes de toda a regional, facilitando a disseminação do interesse em cima do projeto. As cidades participantes, quando reunidas, buscariam entre si características comuns ou discrepantes de cada localidade de forma a formular o objetivo específico e o embasamento teórico da visita. Pode ainda ser pensada numa visita a uma outra cidade que não as envolvidas, criando uma expectativa de novidade que promoveria um crescimento coletivo além da simples troca de experiências, onde os estudantes estariam em pé de igualdade por se encontrarem todos na condição de visitantes. Se faz imprescindível, nesse caso, a participação de representantes locais na elaboração de todas as fases do projeto, de preferência um professor orientador. O roteiro deve ser montado direcionado pelo objetivo específico já definido, visando despertar um pensamento crítico através da análise do problema- objetivo e elaborar um diagnóstico posterior da percepção individual ou coletiva da cidade, para desenvolver a visão de arquitetura e de movimento estudantil dos participantes. A responsabilidade sobre a elaboração do embasamento teórico e do roteiro da visita fica a cargo dos Centros e Diretórios Acadêmicos, contando com a participação dos estudantes e de professores da área abordada. A partir disso deve ser elaborado um texto explicativo da temática e do roteiro, a ser divulgado com pelo menos três semanas de antecedência da data do evento no fórum e no site da FeNEA e nos meios de comunicação eficientes das faculdades envolvidas. Esse texto preparativo deve ser divulgado em conjunto com o roteiro e a programação da visita. É interessante que se estimule a participação de estudantes de todos os períodos do curso, tendo em vista aproveitar potencialmente os diferentes graus de conhecimento adquiridos no decorrer do curso e as diversas visões advindas dessa variedade. É recomendável ainda que se tome como teto o número máximo de cem participantes, pensando na dispersão das atividades durante a realização do projeto e na infra-estrutura necessária para o bom recebimento de todos. As responsabilidades com inscrições dos participantes, pagamento e todos os outros aspectos necessários para o acontecimento do evento são dos Centros e Diretórios Acadêmicos das cidades envolvidas; bem como do desenrolar das atividades e da elaboração do produto final no encerramento.
VISITAS E ATIVIDADES
O primeiro momento do encontro deve ser construído a partir da
apresentação do Projeto Mambembe aos seus participantes, contando ainda com uma explanação sobre o roteiro e os objetivos da visita, situando os estudantes com base nas discussões anteriores e no texto de esclarecimento já devidamente preparado e divulgado. Uma apresentação breve e simplificada da FeNEA deve ser incluída no momento de apresentação do Projeto, com foco na sua atuação como entidade de representação estudantil e nos seus eventos e projetos. Os guias devem ser estudantes da cidade-sede e professores da área envolvida pela temática daquela edição do Projeto, e devem estar misturados aos participantes formando pequenos grupos que desenvolverão a discussão durante as visitas. Eles devem atuar igualmente tanto como palestrantes, explanando e informando sobre cada local e momento; como na forma de incentivadores e fomentadores da discussão, deixando o restante do grupo livre para desenvolver os debates e atividades propostas. Para a realização da atividade final deve ser escolhido um local adequado para o momento de troca e de avaliação a ser realizado, com espaços distintos tanto para a separação dos estudantes em grupos quanto para a união de todos em um único grupo de discussão e produção. A avaliação do acontecimento do Projeto e das experiências e produtos originados ao longo do seu decorrer deve acontecer coletivamente, com a presença de todos. O que se busca como produto final de toda a discussão desenvolvida é algo que possa expressar a marca individual de cada participante ao mesmo tempo que mostra a coletividade atingida pela participação dos diversos estudantes na produção do evento. Toda forma de registro pode e deve ser aproveitada neste momento de conclusão, desde fotos, vídeos e croquis até a produção de relatos, composições e intervenções das mais variadas formas. Cada ponto do roteiro deve ser avaliado e discutido individualmente, e o resultado final dessa produção deve ser guardado e documentado nos arquivos e no site da FeNEA, de forma a ficar registrado e servir de embasamento para a realização de outras edições do evento ou mesmo de outros projetos. A atribuição de certificados de participação, com contabilização de carga horária, deve servir para conferir uma maior credibilidade e seriedade ao Projeto Mambembe; incentivando ainda a participação dos estudantes e a construção do produto objetivado. Estes certificados devem ser validados pela assinatura da Diretoria Regional da FeNEA, mesmo que esta não necessariamente precise estar presente para o acontecimento do evento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O mambembe é um projeto versátil que se adapta de acordo com o local
e a problemática buscada, e tem um caráter diversificado que abrange as áreas acadêmica, política, social e humana. O produto final gerado serve tanto para fixar o conteúdo das discussões quanto para tornar concreto o fruto dos acontecimentos, representando simbolicamente o conhecimento e as experiências adquiridas ao longo do percurso. Além disso, vale salientar que a convivência com pessoas novas e diferentes, a formação de novos contatos e os momentos de confraternização são experiências bastante positivas e que levam o estudante para além dos limites da universidade.
Diretoria Regional Nordeste 2008/2009
Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil