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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Vale dos Sonhos – MT


Foto de Helena Schaffner
Outubro 2008

Os Homens-Livros
E o Portal do Pequi

Helena Schaffner
Jarinu - SP - 10 de Junho de 2008

Segue amostra
Do delicioso mix de
Ficção + Fantasia + Realidade!
Com cremosa cobertura sabor sabedoria!

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Resumo do conteúdo

Parte I: Aventurar-se no mundo etéreo, sem perder o contato com a realidade é uma
façanha não só deste livro, como na vida real. Parte II: Num congresso realizado no
centro da galáxia, avaliam-se os resultados obtidos com os diversos métodos para
elevação da consciência humana. Depois disto surge uma 3ª parte, não prevista e
nem imaginada: uma fantasia com rasgos de realidade ou uma futura realidade com
rasgos de fantasia? Segue amostra de leitura da página 01 a 50!

Índice provisório

Parte I
O PORTAL DO PEQUI

Sob o céu de Araés 03


O cochilo interdimensional 07
A cidade templo 20
De volta à realidade física 26
O estranho arbusto 32

Parte II
OS HOMENS-LIVROS

A reunião na plataforma de cristal 34


O encontro com o futuro 56
O encontro com Lyohan 60
A 2ª parte do Congresso Cósmico 70
Escultora de almas 83

O inesperado retorno e a Pahiti dos sonhos 89


O retorno ao Vale do Araguaia 98

Sob o céu de Araés

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Foto de Helena Schaffner


Barra do Garças – MT
Outubro 2008

- Não, vamos por lá! Insistiu Thera!


- Não vejo nada daquele lado! Disse Dayka!
- Mas eu sei que é lá e você sabe que eu conheço esta região e esta vibração
como a palma da minha mão.
- Sim, eu sei disso, mas não há nada aqui de diferente que poderia parecer um
portal.
- Esta é a chave, disse Thera. É bem por isso que poucos, ou melhor, ninguém
o encontra.
- Ah! Isto sim faz sentido. Aliás, muito sentido disse Dayka.
- Então agora nós vamos acampar neste precioso espaço e esperar por um
sinal, uma intuição, enfim, algo que nos dê uma pista de como devemos
prosseguir.
- Concordo! Disse Dayka cansada, não pela jornada, mas pela expectativa.

Naquele lugar, o céu formava aquelas cores mágicas que se imagina ver só na
Índia ou nos Andes, mas ali, no centro deste Gigante Adormecido, havia uma

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região que não continha majestosos templos ou majestosas montanhas, mas


tinha algo que muitos sentiam, outros intuíam.
Algo igualmente majestoso que um explorador inglês (Fawcett) também tinha
sentido, e uma vez impregnado deste mistério, são poucos que resistem a ele
sem reagir de algum modo. Alguns acabam morando na região, outros
morrendo, outros a visitam ano após ano, outros se embrenham em suas
estranhas selvas feitas de árvores em estado de petrificação.

Thera e o marido já falecido, tinham andado pelos Andes e vivido em regiões


pouco exploradas pelo comum, e afinal tinham se estabelecido naquele lugar
indicado por alguém também não comum.

Dayka foi seguindo seus faros e um dia aportou naquela região sem imaginar
que ela seria igualmente contagiada com o vírus do mistério da Serra do
Roncador, que naquela região se chama Serra Azul.

Os mistérios são flores que florescem em jardins secretos, tendo por céu o
infinito e por alimento o desconhecido.
Às vezes, uma flor destas, por descuido, floresce num espaço entre duas
dimensões paralelas, e então algo do mistério se revela ao homem e ele
embriagado tenta encontrar o jardim desta flor misteriosa, jamais vista antes,
e inicia sua peregrinação.
E muitas vezes uma peregrinação que se inicia por um fato misterioso, acaba
levando o ser humano às portas de seu próprio coração.
E quando isto acontece o mistério cumpriu com sua função de ser o ardil para
algo não previsto ou imaginado.

Outros que já acessam a porta secreta existente em seu coração, buscam pelo
portal do coração da Terra! E estes, por vezes, têm vislumbres, ou intuições
ou então revelações a respeito.
Há os que buscam pelo portal físico: uma caverna, um lago, uma montanha!

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Mas há os que sabem que estes portais não são para os mortais que ainda não
acessaram o portal de seu coração.
Há portais que permitem um acesso a regiões que parecem acessar o coração
da Terra, mas são passagens para outras regiões.

Trata-se de um labirinto para quem ainda não acessou as portas de seu


coração, mas um mapa claro para quem já transita com facilidade nas
alamedas de sua própria alma.

Dayka acordou no meio da noite vendo um clarão justo desaparecer no


espaço. Julgou ser um raio e verificou se o ar tinha cheiro de chuva. Mas o
céu estava intensamente enfeitado com estrelas. Chuva? Não.
Então novamente um clarão veio do lado norte da montanha iluminando parte
de sua fronte. Thera acordou ainda vendo o resto do clarão e perguntou se eu
ia chover.
- Não, era o que eu tinha imaginado ao ver o primeiro clarão...
- Ah, então este era o segundo? Perguntou Thera bem desperta!
- Então, do primeiro só vi um rasgo e também pensei logo em chuva, mas olha
este céu!
- De fato, disse Thera olhando o céu e se perdendo em meio às estrelas de
prata.

Alguns minutos se passaram, quando um intenso trovão latejou de algum


ponto do céu. Dayka levou um susto que quase derramou todo o mate da cuia
que estava tomando. Thera riu-se e por pouco não esbarra na cuia com a mão.
- Que foi isso? Trovão? Sem nuvens?
- Bem, isso não foi um trovão terrestre!
- Como assim não terrestre? Perguntou Dayka agora bem curiosa.
- De fato, tenho acampado muito sob o olhar cuidadoso desta montanha e
nem tudo que aqui ocorre, vem daqui.
- Como assim? Conte-me algo, disse Dayka fascinada.

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- Bem, muitas vezes chove intensamente a volta da montanha, e na minha


tenda não cai uma gota de água.
- E eu devo acreditar nisso? Assim, sem mais nem menos?
- Eu sei que soa como um conto de madrugada inventado para tornar o
momento mais mágico do que ele já é, mas te asseguro que nas montanhas de
Araés há mais segredos do que pode supor a mente humana comum.

Dayka sentiu tanta certeza naquele tom, que não ousou perguntar mais nada.
- Vamos dormir novamente. Já tivemos nossa quota de mistérios. Isto foi
apenas para instigar nosso propósito e também para nos dizer:
- Continuem! Estão no caminho certo! E o que parece longe é muito perto e o
que parece perto é muito longe!
Até Thera se impressionou com as palavras que disse num fôlego só, como que
inspirada pelo momento mágico. E foram dormir.

No dia seguinte Dayka acordou mais cedo que Thera e isto não era normal,
visto que Thera era uma excelente madrugadora. Mas tem dias que o normal
não tem espaço para se expressar. Este era um dia daqueles.
Pegou a água de uma fonte secreta no meio da montanha e esquentou para
beber seu sagrado mate, como o apelidou. Nem na Suíça deixou de comprar a
sacra erva a preço de ouro, por isto tomava somente três colheres de chá por
dia, quer dizer, sempre bem cedo. E aqui, na tierra del mate, (pelo menos o
Sul do Brasil), não usava a habitual erva em pó vendida nos mercados
brasileiros, mas sim uma especial, tipo folha, mas verde, que era muito
consumida no Uruguay e depois importada no Brasil, embora a erva provenha
daqui. Estes são aqueles mistérios do mundo comercial que nem sempre se
entende.
Esquentou a água e enquanto a Vênus estava por desaparecer naquela manhã
- de nossa visão física, claro, Dayka pressentiu algo.
Ao terminar de beber o mate e de realizar seus momentos de silêncio, decidiu
dar um passeio com o sol agora já nascendo. Foi caminhando, olhando as
árvores que tanto amava, sim, estas árvores retorcidas, esquecidas pelo

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tempo, lhe inspiravam tal amor que não entendia, muito menos quem via
naquelas árvores somente um passado pétreo. Mas tinha sido paixão a
primeira vista e nem aconteceu neste cerrado e sim a 500 km mais central do
estado de Mato Grosso, precisamente em Chapada dos Guimarães, onde teve a
pretensão de querer se estabelecer com 19 anos então. Mal sabia que ainda
viveria na Alemanha e Suíça e por outros recantos deste imenso país.
Tudo isto lhe vinha à memória enquanto caminhava sem destino, apenas
sentindo aquele chão que lhe era tão caro.
Parou de súbito para apreciar o vôo espetacular, mais que isso, o vôo mágico
de um casal de araras azuis. Cena que sempre lhe impressionou a ponto de
produzir uma espécie de de jà vu (lê-se dejávi, um i fechado - sensação de já
ter visto, derivado do francês).
Nesta manhã esta sensação foi mais forte ainda, quase concreta, pois por um
momento tinha certeza que naquele dia teria uma experiência singular. Mal
terminou de pensar isto quando viu uma bela árvore de pequi em pleno
florescimento. O sabor do pequi é algo impossível de descrever, pois é
peculiar e fortemente aromático. É tal como o cerrado: ou se ama ou não. E
ela amou aquele sabor exótico desde o primeiro beijo, sim, porque o pequi se
come de maneira quase sensual, como que mordiscando suavemente os lábios
dourados e macios da fruta, pois é somente uma espécie de pasta que
encobre uma semente dura e espinhosa que não se pode comer.

Decidiu deitar-se sob o pé de pequi para olhar aquele céu cor celeste do qual
tanta saudade sentiu nos vinte anos ausentes. Sim, vinte anos haviam se
passado, mas destes, nos últimos cinco anos vinha regularmente visitar o
cerrado para ela sagrado.

O cochilo interdimensional

Estirou uma mantinha que carregou consigo e deitou e quase adormeceu, não
fosse um barulho que a fez dar um sobressalto, pensando poder ser uma

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cobra. Mas pelo jeito não era, aliás, ela não sentia afinidade alguma com
cobras, porém não tinha medo de andar na mata do cerrado; por algum
motivo se sentia protegida.
Decidiu levantar e fazendo-o tocou no tronco de pedra do pequi e sentiu a
seiva correndo. Não pode ser, pensou. E para ter certeza se aconchegou a
árvore e aproveitou para abraçá-la docemente. Neste instante um arrepio
correu da nuca até o cóccix. E de repente tudo ficou estranho. Ainda via a
árvore, mas a paisagem havia mudado completamente. Viu uma estrada
beirando a montanha, parecia asfalto branco ou... sim, era mármore branco.
Esfregou os olhos, beliscou-se, mas parecia estar ali em carne e osso, sentia
tudo igual.
De repente um zumbido lhe chamou a atenção e olhando para o céu viu uma
mini nave de cristal ou de algum material transparente, pois podia ver o
piloto de onde se encontrava.
Ela desceu ao seu lado, suavemente, sem barulho e sem alarde. Olhou de
novo à volta e definitivamente tinha havido qualquer deslocamento
dimensional, foi o máximo que conseguiu pensar antes de se deparar com
alguém que não lhe parecia tão estranho.
- Olá Dayka! Disse o estranho conhecido sem a menor cerimônia! Há tempo
que lhe esperamos.
Dayka olhou aqueles olhos escuros, não sabia se eram azuis ou negros ou que
cor era aquela e os cabelos semiprateados, curtos, e o sorriso franco e jovial.
Definitivamente ele lhe lembrava o homem do sonho com a nave de cristal...
tido há mais de...tinha que fazer as contas...aprox. 26 anos, em Brasília onde
se passou o sonho, pois o sonho mesmo, tinha ocorrido em Santo André, numa
visita a uma tia, após seu retorno da Alemanha e isto um dia antes de seu
aniversário.
- Acho que lhe conheço também! Disse Dayka depois de se recuperar do
primeiro susto e impacto. Por algum motivo não ficou com medo, nem
nervosa.

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- Veja Você, disse o estranho conhecido, este encontro planejado há tanto


tempo em termos terrenos, na verdade é parte de um programa não tão
antigo assim Dayka.
- Oras, Você fala como se eu tivesse que saber ou lembrar de algo, mas não
sei e não lembro.
- Saber você sabe, lembrar é que Você não lembra, respondeu ele
prontamente.
- Saber do quê? Perguntou Dayka um pouco irritada!
- Você sabe que veio até aqui porque dentro de você existia a informação, e
ela existe desde que você viveu neste Vale do Araguaia e isto faz 20 anos
precisamente.
- Ah! Entendo! Você se refere ao fato que eu sempre senti que havia uma
cidade por aqui?
- Exatamente! Lembra do quanto você suplicava para poder ver a cidade? Para
alguém lhe tirar o véu? Você achava que aqui existia uma antiga cidade
Atlante ainda em estado etérico.
- Ah sim. Agora entendo tudo. Quer dizer que eu tinha razão?
- Sim e não. Existe uma cidade, mas não é exatamente a antiga cidade atlante
que algum dia num passado mais distante existiu, ou existiram de fato neste
solo. Mas de uma cidade neste plano.
- Que plano exatamente?
- No plano etéreo ou menos denso que o material no qual você vive como
Dayka.
- Entendi direito que você deu a entender que eu também vivo aqui??
- Sim... e não só você, mas também não a maioria.
- Um momento, disse Dayka, isto está tudo muito bem e razoável para uma
pesquisadora do meu gênero, mas nem tanto... afinal, não é todos os dias que
dou uma volta por uma cidade... de outro plano!! Aliás, para continuar esta
conversa no mínimo curiosa, eu poderia satisfazer a curiosidade de saber seu
nome?

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- Posso dar um nome que você vai entender, mas não que seja exatamente
assim, certo? A vibração dele emite sons que você terá que interpretar na sua
linguagem terrena material.
- Consigo deduzir que aqui os sons não têm estruturas gramaticais, mas o que
entendemos na nossa linguagem como mântricas, estou certa?
- Correto. Portanto o som aproximado é Athlan.
- Prazer Athlan... soa quase como atlan...te??
- Sim e tem um motivo também. Mas não posso falar tudo aqui e agora. Sugiro
irmos a um local mais adequado. Venha comigo e realize seu sonho de forma
mais real, embora não tão material ainda como deseja.

Embarcamos sem cerimônia. Sabia que conhecia aquele aparelho, não só do


sonho com Athlan tido há 26 anos.

Voamos e eu vi uma grande cidade cintilante. Parecia mesmo uma cidade


espacial. No centro uma praça ou algo parecido e a volta ruas que lembravam
os raios do sol, todas partindo da praça central. Era linda! Sempre havia um
dos raios que era uma alameda de árvores floridas, outras de uma espécie de
palmeira e outras ainda tinham estranhas esculturas.

- Athlan, como se chama esta cidade?


- Nadhureva!
- Que nome mais mântrico, soa doce.
- Exato. Significa: a poesia do mel!
- Poesia do mel? Qual a lógica deste sentido?
- Não tem lógica, mas só sentido. É uma homenagem ao mel que é nosso
alimento central.
- Ah! Oras, veja isso, eu adoro mel desde menina e sempre comi muito mel,
tanto que cheguei a pedir perdão às abelhas por lhes dar tanto trabalho só
para meu paladar.
Athlan riu sonoramente da minha declaração espontânea.

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- Oras Dayka, as abelhas têm o maior prazer em trabalhar, em servir, e por


isto, não se preocupe. Elas com certeza acharam graça de sua preocupação.
Ri também, imaginando as abelhas achando graça de mim. Mas espera. Como
as abelhas podem achar graça de algo.
- Não são elas, mas o Ser-grupo que as mantêm coesas. Este ser tem um nome
e uma posição no reino dos insetos, posição, aliás, muito alta, pois as abelhas
são insetos classificados como altamente evoluídos. De sua classe, os mais
evoluídos, pois servem aos outros reinos, entende?
- E se entendo! Bem por isto minha gratidão e preocupação.
- Claro que eu entendi sua preocupação, mas de fato o servir é sua grande
chance de ganharem o passaporte para um outro reino, como no das aves, por
exemplo.
- Ah! Entendo melhor ainda. Que maravilha! Assim vou comer mais mel, para
ajudar a “tirar o passaporte” delas! Disse eu rindo e Athlan também!
- Chegamos! Disse de repente. E na minha frente eu vi algo similar a um
templo ou casa...
- Moro aqui parte do tempo, pode considerar minha casa, embora a idéia de
propriedade aqui seja estranha, afinal, projetamos nossas casas com a mente
e reprojetamos onde for necessário ter uma.
- Oh! Que incrível! Pudera eu projetar uma em meio ao cerrado amado com
esta facilidade.
- Não com esta facilidade, mas nem por isto menos trabalhosa, existe uma
maneira que alguns já estão descobrindo no plano denso.
- Eu sei, mas ainda não acessei a chave final da teoria de que nossos desejos e
idéias podem virar realidade num espaço de tempo até considerado mágico.
- De fato é possível, mas existem mesmo algumas chaves que dependem de
um nível de amadurecimento do ser como um todo, não basta conhecer a
teoria, entende?
- Era o que eu supunha. Isto eles não dizem, os que acessaram a chave. Sei
que com isto eles não querem desanimar os que ainda são imaturos demais,
por outro lado, poderiam aproveitar para repassar alguns elementos que
ajudam a acelerar esta maturação.

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- Bem, então podemos fazer isso agora.


- Agora? Nós? Quer dizer, você?
- Você também. No seu íntimo conhece estas chaves, mas não fez questão de
acessá-las por motivos diversos, inclusive o de acessá-las neste plano.
- Creio que isto é por demais simples. Não penso que vim a este plano para
acessar estas chaves.
- De fato não, mas porque não?
- Ah! Bom. Isto sim faz sentido.
De repente lembrei de Thera e preocupada perguntei se ela já não devia estar
me procurando.
- Fique tranqüila. Thera vai dormir hoje mais do que o habitual, além do que,
o tempo transcorre aqui numa outra seqüência, digo, mais rapidamente. Cada
minuto na Terra é aqui quase equivalente a um dia!
- Nossa, quer dizer que posso ficar aqui vários dias e Thera nem notaria?
- Exatamente isso. Digo isso nos dois sentidos: que confere e que é isso que
vai acontecer. Planejamos uma estadia de três meses.
- Três meses? Mas isto não é muito?
Athlan riu novamente da ingenuidade da pergunta e respondeu sorrindo:
- Não, como disse, Thera nem notará sua ausência. Fique certa e relaxe sem
receio.
- Bem, já li tantas histórias a respeito que ou estão todos loucos ou estão
todos certos. Isto me faz lembrar em especial da história do rei bretão Herlan
senão me engano, que seguiu o misterioso homem ou rei também a uma
caverna para conhecer o reino dele e quando voltou, tinham se passados 200
anos.
- Não vamos fazer isto contigo, disse Athlan sorrindo. Com certeza houve um
descuido na história de Herlan, ou então aquela experiência fez parte do seu
plano evolutivo.
- Bem, de qualquer modo não me importo tanto assim sendo bem sincera.
Afinal, a vida na Terra não é das mais divertidas, a não ser que a gente ignore
o grande sofrimento que impera em mais da metade da população. E é claro

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que somos obrigados a fazer isto para continuar a nossa vida, mas que só isto
já é algo no mínimo irônico, isto é.
- De fato Dayka. É muito triste constatar a grande disparidade e a falta de
solidariedade entre os seres humanos. Não falo a nível social, pois são muitos
que praticam a verdadeira caridade, mas no nível diário, entre casais, entre
pais e filhos, entre colegas. É justo neste contexto que se mede a grandeza da
alma, ou melhor: que se pode amadurecê-la, mas, o que ocorre? Uma grande
maioria ainda prefere ver o outro como sua posse, como alguém que tem que
pensar e ser como ele próprio, ignorando completamente a beleza da
individualidade humana!
- Você falou palavras que me tocam muito e seria surpresa para mim, e não
das boas, se tal assunto não fosse parte desta estadia ou deste encontro,
porque quero supor que neste plano pode-se ver com mais segurança medidas
que podem ser implantadas e resultar em algo mais proveitoso do que o mero
ato de tentar resolver de forma empírica uma questão tão complexa, que é a
disparidade de estados de consciência na Terra ou sobre a Terra.
- Exato Dayka. Existe uma grande rede de apoio para resolver esta questão em
várias etapas, e isto de muitos séculos. Aliás, planos de evolução e de
aceleração da consciência são sempre traçados séculos antes, pois envolve
toda uma estratégia e elementos que no tempo terreno requerem sempre
muito tempo. Este é o agravante e o grande dilema inclusive para nós.
Estamos justo diante de um impasse, melhor, de uma grande finale!
- Como assim?
- Precisamos efetuar um balanço do último plano traçado e de seus resultados
para depois serem aplicados no outro planeta para o qual vão a grande
maioria que não conseguiu ser aprovada no exame final, digamos, do ginásio
da Terra.
- Ah! Entendo. A separação do joio do trigo.
- Não exatamente. Não é uma separação tão simples e baseada em morais
humanas. A moral divina tem bem outros parâmetros. Entenda a palavra:
para-metros! Para sugere além, assim como em parapsicologia (além da

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psicologia). Mede-se uma alma com medidas totalmente inimagináveis na


Terra. Não é uma questão de bonzinhos e mauzinhos!
E riu da própria invenção da palavra, que de fato, nem eu ainda havia ouvida.
- Trata-se, continuou, de uma avaliação muito complexa, onde vários
elementos contam como pontos positivos e negativos, e disto resulta algo
inusitado muitas vezes. Por exemplo: às vezes uma pessoa classificada como
má na Terra, baseado em tais parâmetros alcançou grandes níveis de destreza
em alguma área e a esta alma será oferecida a chance de usar tal destreza de
forma positiva em outra existência corpórea e então ela poderá saldar o mal
que de fato cometeu.
Isto é apenas um exemplo muito simples, mas existem casos assim onde
ocorreu uma vida altamente singular.
- Intuitivamente entendi o mecanismo e nem me atrevo a imaginar casos mais
complexos, disse eu encerrando o assunto.
- Agora vamos fazer uma pausa de alguns minutos contados no nosso tempo,
claro, enquanto lhe busco algo para beber e se adaptar a freqüência daqui.
Aliás, Você acha que foi à toa que de repente começou a comer certas frutas
e castanhas? Foi sua preparação.
- Bem, acho que daqui pra frente não vou achar mais nada estranho ou muito
pouco. Espera, por um momento me ocorreu o nome Pahiti.
- Bem, vamos falar então sobre Pahiti, disse Athlan me olhando quase
surpreso. Surpreso de ter dito um nome que pelo visto tem algo a ver comigo.
- Pahiti... momento, disse, vamos primeiro relaxar. Vou buscar a bebida.
Voltou e me ofereceu um líquido azul altamente refrescante e delicioso.
Como hortelã e algo picante. Bebi e era como se cada gota refrescasse cada
célula. Foi uma sensação de banho de células. Dá para imaginar isso? Mas a
sensação foi exatamente esta.
Respirei fundo e olhei a sala de sua curiosa casa: não tinha móveis
exatamente, mas algo como sofás altamente aconchegantes, brancos, e algo
como um monitor. Perguntei:
- Isto é uma televisão? Aqui?
Rindo Athlan foi explicando.

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- Não Dayka. Isto é nossa home-biblioteca, ou algo similar. Aqui temos acesso
a inúmeros registros nossos e de outras pessoas, bem como de outras
épocas... enfim.
- Hmm, isto parece fascinante demais. Como num sonho. Aliás, é isto que
estou vivendo: literalmente um sonho!
- É, pode-ser dizer assim e não está de todo errado para os conceitos
humanos, aliás, até para eles entenderem. Mas veja, não são todos que tem
acesso a tudo. As restrições existem em todos os planos de existência, sempre
de acordo com o nível evolutivo e das tarefas de cada pessoa.
Assim, tenho acesso a determinados registros porque trabalho numa área
muito complexa onde necessito de vários dados para compor um programa de
trabalho. Entende?
- Bem, isto entendo sem problemas e diante do que já falamos, suponho que
sua área esteja ligada a processos evolutivos da consciência humana, correto?
- Exatamente. Especializei-me nesta área, quer dizer, estou em fase final de
uma grande pesquisa e de um grande experimento.
- Você está me deixando curiosa, aliás, me expressei mal: você está
provocando níveis de curiosidade meus altamente complexos.
- Sei disso, e também isto é apenas parte natural de sua estadia neste plano.
Afinal, Você é parte do meu projeto.
- Por incrível que pareça, isto não me soa tão estranho, pois você sabe que
tenho tentado escrever a respeito, puxando arquivos que não sabia se eram
apenas imaginações minhas, ou acessos a campos ou planos como este. Aliás,
você poderia me dizer algo sobre isto?
- Sempre há uma mescla, por mais intuitivo que seja um ser humano quando
ele tenta acessar outros planos, mas de um modo geral, você acessou
corretamente a teoria dos Homens Livros!
- Nossa! Que emoção senti ao ouvir este termo. Exatamente este que usei no
livro que escrevi. Aliás, agora eu estou entendendo algo... espera, quer dizer
que esta vivência é parte inicial do livro que sempre achei que estava
faltando?

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Exatamente Dayka. Mais claro do que isso, só dizer o mesmo de novo. Por
isso você sentiu que o livro não estava pronto. Você escreveu o tema central,
a essência, mas não havia começo e nem fim na sua história em termos
humanos, correto?
- Verdade! Nem o final... oras, está tão claro agora.
- É e justo agora podemos retomar o fio da meada do seu livro, quer dizer, dos
Homens Livros! Aliás, falando em agora, você sempre achou que seu amor por
mármores brancos fosse da sua suposta vida na Grécia antiga... nem sempre
se explica algum gosto curioso por meio das inúmeras vidas que uma alma
teve sobre um planeta...
- ...mas também de vidas que ela teve em outros planos?? Complementei
sorrindo!
- Certo, mas... e aqui vai a primeira revelação razão deste encontro: você
vive aqui neste plano agora! Não em outra vida.
- Espera... então a história da sueca que aparecia... que Thera me contou
poderia ser real?? Não, acho que isto é demais mesmo para quem já leu tanta
coisa estranha como eu.
- É e não é Dayka. É verdade que você tem uma parte de você que vive aqui.
Esta é sua pátria da alma, vamos definir assim para não complicar. O resto vai
se revelando aos poucos. Então, seu gosto e amor por esta região do Planeta,
seu amor pelo Cerrado, pelo mármore branco, tudo vem daqui... pois
exatamente nesta região e em outras também, existe um portal dimensional.
Acho que agora já podemos falar claramente usando os termos mais exatos
possíveis, concorda?
- Claro. Aliás, é um alívio começar a falar sobre isto de forma clara, sem
misticismos, sem rodeios. É quase como um banho de chuva de verão... aliás,
falando nisso, porque as vezes não chove quando Thera vem acampar aqui e
em volta quase ocorre um dilúvio?
- Primeiro porque Thera não deixar de ser uma das guardiãs deste local e,
portanto, tem certas proteções. Segundo porque perto de um portal
dimensional mesmo a natureza funciona de forma diferente e escapa às leis
terrenas.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Vamos retomar o assunto do projeto Homens Livros Dayka. É este o nosso


tema central, todo o mais é parte dele, mas não é o motivo de sua estadia.
Está claro isto?
- Claro, digo, sim. Muito claro, e, além disto, estou curiosa sobre sua versão
ou sua parte neste projeto.
- E é disto que vamos falar. Aqui neste plano as intuições são tão naturais
como pensar na Terra, por isto você comenta de antemão algo do qual vamos
tratar entende? Embora nem tudo possa ser registrado por tua mente, afinal,
ela não está acostumada a estar consciente neste plano. Ainda não.
O projeto Homens Livros surgiu de algumas coletas que fizemos de pessoas
como você que sem aparentar nada de extraordinário em termos de estudos e
experiências de vida, no entanto, são como minilaboratórios mentais. Já lhe
foi dito por um astrólogo que você tem a peculiaridade de transformar
conhecimento em sabedoria, aliás, por duas vezes, de forma diferente (leio
isto em seu registro neste momento): uma vez na Suíça e outra vez no Brasil,
certo?
- Confere.
- Então, de suas conclusões e altos questionamentos, aliás, alguns feitos em
voz bem alta, eu diria... disse Athlan quase sorrindo.
(De fato, justo quando vivi aqui no Cerrado em 1987, questionei por meses a
fio a quem chamamos de Deus, porque havia criado a dor como forma de
aprendizado. Sim, porque cheguei a elaborar a teoria de que a dor só era
necessária porque a personalidade sempre queria fazer tudo de seu jeito e
não dava espaço para Deus – a divindade no interior do ser humano - de dar
sua sugestão. Pois bem, então decidi ficar aberta, atenta, vigilante... mas na
prática isto funcionava em alguns casos, porém não em todos, por isto cheguei
a falar em voz alta com Deus, aliás, revoltada, afirmando que raio de método
é este? Senão tinha nada melhor? Que enfim, achava um absurdo isto para
uma Divindade que é para ser sinônimo de Amor! Melhor não contar tudo que
me atrevi a dizer na época, porque hoje entendo que tal revolta e
questionamento fazem parte do processo de amadurecimento da alma. Toda
alma quando chega num xis momento, efetua de forma menos ou mais

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

profunda – e menos ou mais revoltada!! - um questionamento específico ou


geral ou ambos).
- Exato Dayka. Seu parêntesis (literalmente) foi bem oportuno. Aliás, os
parêntesis no seu vocabulário, simbolizam os parêntesis que a Vida embute no
plano evolutivo de uma pessoa. Percebe que são raros? Pois bem: são raros os
momentos em que é permitida uma explicação, uma revelação para o plano
de vida de uma alma encarnada na Terra, pois faz parte do processo não
saber, não ter consciência completa e sim apenas pressentir.
- Aha! Eureca, diria melhor! Então é isto? Esta estadia é um mega de um
parêntesis interdimensional?
- Muito bem captado Dayka. Que parêntesis! E sabe por quê? Por que ele será
um parêntesis na vida de muitas pessoas que lerão o seu livro. Nem todos os
livros têm o poder de fornecer um parêntesis. Esperamos que o seu possa ser
um destes. Este é um dos propósitos.
- Não sei mais o que dizer. Faltam-me palavras para expressar meu
deslumbramento diante de afirmações assim. Isto me deslumbra tanto quanto
estar aqui.
- E deve ser assim Dayka. As revelações são incríveis chances para a alma e
para as almas que podem se servir delas via um livro ou uma palestra, enfim,
o meio não importa. E antes que você pergunte, vou explicar que o motivo
pelo qual as revelações são sempre exceções e nunca são dadas sem terem
sido solicitadas, é por que a vida na Terra é totalmente baseada no livre
arbítrio. Ou seja: ninguém, nem Deus, nem nós, nem os ditos anjos, podem
dar qualquer coisa a alguém sem que este alguém peça por aquilo e de forma
bem sincera e clara. E isto, porque o Planeta Terra tem sido palco de um dos
mais ousados experimentos em termos de evolução de consciência ou da alma
se preferir.
Além de existirem no planeta todas as faixas de consciência, do estado
primitivo ao mais alto nível de espiritualidade possível neste denso planeta,
coexistem ainda seres de ordem invisível, que participam de forma ativa em
todo o processo, interferindo nele, parcialmente de forma “livre”, para serem
canais de provas, de lições e de aprendizados extremamente sutis.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Imagine a riqueza desta experiência. É algo não possível de ser avaliado por
um terráqueo de consciência mediana, ou seja, que já não tenha questionado
profundamente o sentido da dor, da diversidade de níveis evolutivos e de
elementos equivalentes.

E agora vamos fazer uma pausa maior disse Athlan repentinamente, talvez
sentindo ou vendo meu cansaço, mesmo que mínimo.
- Vamos dar uma volta, sem veículo, para você sentir este plano de forma
mais concreta.
- Que maravilha, disse eu, de fato bem animada e curiosa.
Queria ver as construções, algumas em especial, que pareciam ser iguais e
sempre no final de um destes raios que saiam do sol central, digo, da praça.

A cidade templo

Quando nos deslocamos comecei a perceber espaços, algo como ruas entre as
fatias de um raio que, pela lógica se alargava no final, formando uma quadra
de aprox. 500 metros de largura diria.
Estávamos próximos a uma e no final havia aquela construção da qual
comentei.
- Dayka, estas construções que sei chamaram sua atenção já lá do alto, são
nossos templos por assim dizer, ou para encontrar uma palavra equivalente
terrena.
- Imaginei algo assim, mas o que não entendi, por que tantos? Em cada final
de raio existe um deles?
- Sim, é porque não são templos comuns, ou como na Terra. São 12 raios e
cada templo simboliza um aspecto do raio da alma, um espectro. Este, por
exemplo, é o templo da sabedoria. Aqui são realizadas algo como cerimônias
diárias para agilizar a sabedoria na Terra.
- Espera Athlan, porque só na Terra?

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Porque esta cidade não é bem uma cidade. É uma espécie de monastério ou
cidade santa, como vocês também a definiriam. Ela tem como propósito servir
e ajudar o planeta Terra em todas as áreas da vida. Portanto, neste plano
onde nos encontramos, vibra dentro de uma faixa que permite realizar um
trabalho livre de interferências mentais ou sutis em geral vindos da Terra,
principalmente porque esta região é pouco habitada. No passado totalmente
inabitada. Somente agora começamos a ter alguns problemas visto que o
movimento tem aumentado não só em termos de tráfego, mas de visitas ao
cerrado, com os grandes desmatamentos com fins agrícolas e agora de criação
de gado, enfim, precisamos nos proteger, coisa que no passado não era
necessário. É provável até que o Cerrado venha a perder sua condição de
sagrado em função de tanto desmatamento, dos venenos usados nas
plantações e do sangue e dor vertido pelos matadouros. Poucas áreas vão
poder preservar sua pureza e claro, sua beleza, concluiu Athlan com uma
profunda tristeza no olhar.
E eu suspirei e não pude deixar de verter umas lágrimas, pois por alguma
razão que desconheço, sinto muito facilmente a dor em todos os reinos. Um
dia na Suíça, ao tentar fazer um desenho simbólico da Alma do Planeta Terra –
de Gaia – não suportei a dor que senti. Tive que interromper o desenho.

Mas, voltando ao tema, disse Athlan, como não querendo se aprofundar nesta
questão neste momento: Cada templo simboliza um aspecto que tem uma
certa semelhança com as palavras chaves de cada um dos signos. Mas, como
atuamos a nível de alma, as qualidades tem outra freqüência aqui e não tem
valia para a personalidade, a não ser no sentido de amadurecê-la para ser
melhor canal para a Alma e o Espírito como vocês chamariam a Mônada, a
Centelha Divina, o Lótus Sagrado, a Rosa Mística, enfim.
Portanto, temos templos para aprimorar a ação, a vontade, a comunicação, o
zelo, a beleza, a prestabilidade, a harmonia, a profundidade, a sabedoria, o
poder, a fraternidade e o sentido do sacrifício, sempre no sentido supra-
humano, ou da alma, como já disse. Portanto, vejamos o 12: o sentido do
sacrifício não tem nada a ver com suportar dores físicas ou morais para uma

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personalidade envolvida em algum dilema, mas para uma alma que necessita
acessar o sentido do sacrifício em uma escala bem mais sutil ou subjetiva.
- Entendo claramente sua linguagem, mas e o sol central? Perguntei curiosa.
- Vamos até lá.
Caminhamos e pude ver que a harmonia era um elemento central deste
monastério. Ela exalava em cada planta, em cada estátua... sim, agora pude
ver, que cada raio possuía uma estátua-símbolo do que ele expressa. Dignas do
melhor escultor grego, que conseguiram expressar o máximo da simetria da
beleza supra-humana.

Chegamos na praça central rapidamente. Em meio a cada espécie de rua


havia uma harmonia de plantas exóticas, mais pareciam coleções de vários
planetas, tal exoticidade.
- De fato, seu pensamento está correto, Dayka. Aqui trouxemos várias
sementes e as adaptamos inclusive como forma de honrar a natureza em suas
diversas expressões. Não pense que foi por acaso que o pé de pequi lhe serviu
de portal.
- Ah é mesmo! Como foi possível isto? Digo, como um pé de pequi pode servir
de portal?
- Não é exatamente a pergunta certa. O correto seria perguntar: qual a
função do pé de pequi? Esclarecendo: existem passagens interdimensionais em
vários locais do Planeta, alguns ultra-secretos, outros conhecidos, porque são
ou foram portais coletivos, tal como cavernas, lagos, rios, quedas de água.
- Isto me faz lembrar a Lagoa Sagrada existente neste Cerrado, na qual tive a
singular oportunidade de nadar um dia antes de completar 27 anos. Curioso
Athlan... você me levou para passear naquele estranho sonho “acordado” um
dia antes de eu completar 21 anos. Why? Warum? Por quê? – disse eu em três
idiomas sem pensar, acho que para sensibilizar Athlan de me revelar mais
algo, afinal, ele havia dito e eu sabia desta lei, que somente pedindo que
podemos receber...então, pedido feito!
- Mas... o que eu não disse e você sabe e eu vou apenas verbalizar, é que não
se pude “usar” ou abusar de uma lei só porque se tomou consciência dela

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

minha cara, disse Athlan rindo da minha ingênua forma de querer “alçar os
céus com a força”...
- Tudo bem, você venceu esta, mas por que eu não poderia saber que tive
duas experiências curiosas um dia antes de dois aniversários?
- Experiências assim são como que ritos ou consagrações para haver uma
espécie de salto quântico na vida da pessoa. Na época você não freqüentava
nada, então o “universo” servia de templo e se valia de elementos oportunos
para dar-lhe uma consagração. Respondo agora já a outra pergunta sua: por
isso você não teve mais experiências assim tão singulares, digo, perto de seu
aniversário, onde se comemora a encarnação de uma alma na Terra e com ela,
sua, por vezes, complexa meta, porque você, logo depois, adentrou a uma
escola espiritual e então ela automaticamente fez este papel. E lá não preciso
lhe relembrar suas consagrações e suas igualmente importantes experiências
equivalentes, certo?
- Aha! Faz sentido... enfim, nada como perguntar...aliás, esta pergunta e sua
resposta, mais uma vez comprovaram o que captei intuitivamente um dia
vivendo ainda na Suíça:
Perguntas são chaves para abrir Portas! Aliás, isto me faz lembrar do tema do
qual me desviei, sobre o Portal do Pequi!
- De fato Dayka, vamos concluir a questão de um pé de pequi poder servir de
portal interdimensional.
O pé de pequi está por acaso numa área de passagem interdimensional. Ou
não; talvez não esteja por acaso, afinal não existem acasos. Mas fato é que
não é ele que gera a passagem, mas a favorece e por ser uma árvore de
relativo porte acaba fazendo o papel de portal. Facilita a passagem, pois
árvores também tem seu lado etérico e rudimentos de sentimentos ou do
famoso corpo astral, sideral, sentimental. Os cientistas de vocês já provaram
que plantas reagem à música e a sentimentos. Fora as experiências que quase
todos já tiveram com relação a ameaçar alguma árvore ou flor que não quer
dar frutos ou florescer. Basta ameaçar de verdade e elas frutificam em tempo
e quantidade recorde geralmente. Registramos vários casos destes.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Portanto, o pé de pequi vive com facilidade como planta no plano etérico


básico e isto favorece a passagem. Por isso nós também temos certo carinho
especial por esta espécie e esta árvore. Em função dela, a sua espécie
acabará evoluindo mais rapidamente, porque está prestando um serviço muito
peculiar.
- É impressionante como sempre de novo ouço o serviço relacionado à
aceleração da evolução: das abelhas ao pé de pequi, sem falar nas inúmeras
fontes religiosas do mundo todo.
- De fato Dayka. Mesmo o grande avatar Jesus, enfatizou o serviço como fator
acelerador, pois quem presta serviço, esquece de si, e diminui assim, sem o
perceber, e sem se esforçar, o entrave da evolução da alma a partir de um
determinado momento da espiral dela: a personalidade ou apenas o eu
egoísta.
Os métodos orientais visam muito diretamente e, acabam às vezes, sutilmente
reforçando o ego ou o eu, ao invés de vencê-lo. Todos os métodos, aliás,
sejam orientais ou ocidentais que atacam o eu ou o ego de frente, acabam
tendo como efeito colateral inesperado, o reforço dele. Antevendo isto, visto
que Jesus se preparou não só no Egito, mas na Grécia e Índia, ele percebeu
que o serviço seria a maneira mais simples de resolver esta questão, além de
ajudar tantos irmãos em necessidade, seja esta de qual tipo for. E já que
estamos falando nele, mas não como líder do cristianismo enquanto religião
formal – no qual alguns elementos da sociedade antiga o transformaram sem
pedir por sua autorização pessoal e direta, mas garantem que o representam
legitimamente e acusam outros de não terem este direito!! - mas sim como
líder de um novo método e de uma nova etapa da humanidade, vamos ao
templo central.

Chegando próximo senti que algo diferente pairava neste lugar. Algo
realmente sagrado ou muito especial. Não religioso. Nem tampouco místico.
Uma atmosfera plena de paz, mais ainda do que o próprio plano oferecia
naturalmente se comparado com a vida na Terra, mesmo em meio a nossa
gentil natureza, no caso, do cerrado.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

O templo era circular, imaculadamente branco. Em volta colunas e um amplo


pátio com lugares para sentar e apreciar as águas que envolviam o templo,
reforçando o sentimento de paz e serenidade.
Ao entrar contive a respiração ou seja lá o que me mantinha viva naquele
plano:
- De um imenso coração de uma pedra vermelha jorrava água de todos os
lados. Sim, o coração parecia quadridimensional. De todos os lados se via a
forma do coração. Dentro do salão não havia cadeiras, mas três degraus e
num deles, no central, podia-se se sentar, no inferior apoiar os pés e no
superior a cabeça. Destacavam-se do ambiente, porque pareciam forrados
com um veludo vermelho quente, profundo e intenso. A parte que ficava o
coração com a fonte, era mais profunda, e a volta, colunas, acho que eram
doze; não senti vontade contá-las, parecia algo tão banal diante do que via e
sentia.
Eu tinha a impressão de respirar o amor dentro deste templo, mas um amor
diferente, algo que ultrapassa todas as barreiras. Por um momento silenciei.
Não consegui mais pensar. Sentei-me sem pensar e Athlan fez o mesmo para
me acompanhar penso eu.
De repente ouvi um som, algo como uma voz, mais parecia de dentro de mim,
tocando dentro do meu cérebro. Acho que jamais esquecerei aquelas frases.
Parece que foram gravadas a fogo em meu coração.

Quando terminou a citação, olhei para Athlan que mantinha o olhar fixo na
fonte, mas parou e me olhou de modo a confirmar que eu ouvira
corretamente.

Segundos bastaram para que entendesse uma série de fatos da vida.


E o valor e o mistério da misericórdia!
Sim, ela era a chave. O verdadeiro e sagrado Portal para a Alma conectar-se
com sua Mônada, representação microcósmica de Deus depois de sua singular
ancoragem na Terra por meio do avatar Krestos Jhesu! Cada novo avatar
fornece uma nova chave!

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Não mais exercícios, nem respirações, nem mantrans, nem rituais... sem o
aval da misericórdia agora como grande mestra final e afinal. Ela simboliza
desde então a grande prova final, o último guardião do umbral do Portal para
acessar a Divindade no Centro de cada Ser.
E se tivésseis asas de anjo e voz de profeta... mas não tivésseis o amor, de
nada serviria. Algo assim diz na Bíblia, que embora extremamente
adulterada, contém trechos originais e este creio ser um deles.

- Dayka! Vamos sair agora, disse-me Athlan pela primeira vez mentalmente.
Até então tinha a impressão que ouvia sua voz. Agora eu o ouvia sem voz... eu
já tinha tido experiências com a Voz do Silêncio e era similar, por isto não
estranhei.

Saímos em silêncio e sentamos de frente ao lago sereno sobre o qual se erguia


o Templo Branco.
Se algo modificaria minha vida para sempre, seria a visita a este Templo.
Seus três anéis circundando a fonte com o coração de rubi vermelho como a
jorrar eterna misericórdia!
O amor pleno de graça. O amor em sua plenitude máxima. Sim, a
misericórdia é a coroação plena do amor divino!
Lá dentro eu havia compreendido num segundo que o amor tem vários níveis
de expressão e este era de uma nota singular.
Compreendi que a misericórdia é o amor em estado sublimado, em estado de
fogo, que queima sem doer, que lava todas as culpas, os medos, todos os
anseios sem razão de ser. Lava com fogo que não queima. E quando a Alma
floresce tendo por água a misericórdia, só então ela é digna de receber os
raios do Amor Divino do Espírito Divino, nosso mini e particular Sol Central e
assim transfigurar-lhe e torná-la uma Flor Celeste, pois que de tanto viver na
Terra, havia adquirido a densidade terrena.
Quanto aroma tem esta áurea flor! Quanta doçura! Seu perfume impregna as
sete grandes regiões cósmicas e chega às portas da Eternidade, lar do Espírito
Divino.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Vi toda a sutileza da evolução da alma. A princípio ela apenas entende que


precisa se conectar a algo e inicia uma longa jornada enquanto Alma pelo
planeta Terra, no caso. Desde a prática do mais puro humanismo, a se perder
em magias que são apenas degenerações de práticas – o que lhe rouba
precioso tempo na escada da evolução, pois magias prendem a alma no seu
nível, como que por correntes. Já o humanismo, bem do contrário, desata
nós cármicos e permite à alma um dia perceber a diferença de um caminho
horizontal de um caminho vertical, de caminhos diretos de indiretos, já
explicados pelo avatar Krishna a seu discípulo Arjuna na Bhavagad-Gita. Ele
também disse, tal qual Jhesu Krestos: ninguém vem ao Pai senão por mim...
pelo caminho direto mostrado por eles. Não com esta frase, mas com este
exato sentido. Sendo que Krishna entrou em detalhes a respeito, visto que
Arjuna, simbolizando a Alma Buscadora, lhe fazia um monte de perguntas. E,
já sabemos, que quem pergunta, a este é respondido, porque uma pergunta é
uma chave que abre uma porta até então fechada! “Batei e abrir-se-vos-á”.

Não sei quanto tempo ficamos sentados olhando o lago sereno e aves exóticas
voando no céu, naquele céu que parecia feito de brisa etérea.
Sei que jamais vou esquecer este dia.
Por toda a eternidade que há de viver minha mônada ou espírito.
Por um momento senti a grandeza deste ser que na Terra chamamos de Jesus
e entendi o que ele trouxe de tão diferente dos outros, sendo que todos os
grandes mestres e profetas tiveram um enorme peso para a evolução das
almas na Terra, mas agora entendi porque de fato posso aclamá-lo como o
último grande e o maior de todos. Ninguém expressou o amor nestas alturas e
de forma tão plena: por meio da misericórdia! Não apenas do perdão e da
compaixão. Isto foi possível por vários motivos: a grande desolação na Terra,
em que valia apenas o “olho por olho” aqui no ocidente, e no oriente, de que
tudo é carma (lei da ação e reação), e, portanto, ninguém pode mudar seu
destino... salvo desatando cada nó cármico... enquanto que Jhesu trouxe a
misericórdia que lava todas as culpas, os carmas... por vezes, num segundo!
Tal sua magnitude, tal seu poder, se conferido por alguém em quem o Pai atua

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

através do Filho. O Espírito por meio da Alma-Personalidade! Christus por


meio de Jhesu!
O outro motivo é algo ainda pouco revelado às massas, mas trata-se do grande
mistério que foi a expressão de um ser da altura de um Cristo Cósmico, num
planeta denso como a Terra, por meio de uma personalidade humana chamada
de Jesus!
Portanto, Cristo é ao mesmo tempo símbolo do espírito, e também uma
consciência altamente singular que pôde se expressar parcialmente na Terra e
assim derramar graças celestes para libertar a Terra do grande jugo e jogo de
forças involutivas que a mantinha cativa, para uma aceleração espiritual.

- Dayka! Vamos agora? Disse Athlan com muita suavidade, depois de sentir que
eu havia feito a devida assimilação de grandes insights que a presença no
templo havia despertado em minha alma. Como códigos que foram acessados
e revelados. Sim, era isto.
Muitos conhecimentos foram liberados instantaneamente dentro daquele
ambiente magnânimo, também graças às variadas experiências e leituras
desta alma peregrina. Sempre é assim: façamos nossa parte na Terra, que os
Céus, a seu tempo e a sua maneira, farão a sua parte. Mas a nossa parte é a
base, é o Vaso, onde então pode jorrar a Água Pura. Precisamos nos tornar um
Vaso Vazio para que o alento Divino possa preenchê-lo com a Água da Vida,
que é Fogo Divino!

Andamos em silêncio até a sua moradia. Não havia mais o que dizer.
Era como se o silêncio pudesse conter toda a importância do momento e só
ele o pudesse registrar fielmente. Qualquer palavra iria causar uma
desarmonia. A experiência era para ser assimilada pela alma, mesmo que
compreendida pelo intelecto humano, meu no caso, mas sem dissecá-la
demais, nem comigo, nem com Athlan. Só decodificá-la para uma assimilação
digna de um ser que não ganhou por acaso inteligência, mente e
autoconsciência!

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Entendi o amor dos que amam em silêncio.


Dos que não ofendem e não se defendem.
Da mansidão plena.
Este amor cura almas.
Ele parece ingênuo visto de fora.
Mas visto por dentro ele é pleno de graça.
São estes que não deixam rastros de suas pegadas,
como diz no Tao Te King de Lao Tse.

De volta a realidade física

- Dayka...ouvi de longe uma voz familiar. Onde você se meteu mulher?


- Acordei meio que a contragosto, ouvindo Thera me chamar? Sim.
- Aqui, debaixo do pé de pequi, gritei finalmente, quando consegui articular
um som. A garganta parecia entravada.
- Que aconteceu contigo? Dormiu esta noite aqui, perguntou Thera
preocupada?
- Não, vim ver o sol nascer. Aliás, que horas são?
- Oras, o sol acabou de nascer. Você deve ter deitado e adormecido feito
princesa do cerrado sem se incomodar com pedras, insetos e cobras, muito
menos com uma ervilha, disse Thera rindo.
- Estranho. Parece que dormi séculos. E tenho certeza que vim aqui pouco
antes do sol nascer.
- Bem, se tem um lugar onde ocorrem coisas estranhas, é aqui, disse Thera
tentando me ajudar a entender o que nem eu sabia. Tinha apenas comigo um
sentimento vago de ter dormido muito tempo e vivido neste tempo
intensamente, mas não lembrava de sonho algum.
- Sabe, vamos andar um pouco? Disse Thera.

HELE NA SCHA FFNER << >> BY S CRIBD 30 .0 9.09 - JAR INU – SP – BRAS IL << >> PG 2 8 - 5 1
OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Boa idéia, preciso digerir... bem, não sei o quê, mas parece que andar vai
fazer bem.
- Comeu muito pequi no teu sonho, foi isso? Disse Thera de novo achando
graça de meu estado estranho.

Andamos e encontramos uma caverna que mesmo Thera nunca havia visto até
então. A entrada era bem discreta e imperceptível de qualquer ângulo. Por
acaso esbarramos nela.
Entramos e constatamos que era aconchegante, cabendo duas pessoas com
bastante folga. Decidimos buscar as coisas e ficar deste lado, mesmo porque
daqui se via o sol nascer com mais clareza, a mata era menor, havia quase
mesmo uma clareira.

Fizemos um chá preto em troca do café e comemos uns bolinhos de milho que
eu havia feito.
Depois alçamos nossas redes em árvores à esquerda da caverna e ficamos
apenas relaxando e sentindo o ambiente de paz e serenidade que o lugar
parecia emanar em abundância.

- Sabe Dayka, acho que este é o lugar certo para te contar algo que sei há
muito tempo, mas como nossos encontros sempre foram bem rápidos, nunca
lembrei de contar.
- Hmm, mistérios, adoro-os! Pena que não se vendem prontos ou feito bolo
para comer... desculpe, pode contar Thera!
- Contou-me um motorista antigo da viação Xavante, esta que você tanto
gosta pelos seus ônibus confortáveis e modernos, que no passado, acho que há
uns 40 anos, no tempo das jardineiras, uma moça muito loira, a quem ele
apelidou de Sueca, às vezes embarcava em algum ponto da estrada e sempre
descia neste lugar.
Imagine: se agora tem apenas umas casinhas espalhadas, na época não havia
nada a não ser cerrado.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

O curioso é que ela nunca embarcava daqui. Um dia o motorista criou


coragem e na hora de descer, perguntou:
- Dona, não é perigoso a senhora descer num lugar onde não tem nada e
ninguém?
Ao que a Sueca respondeu:
- É o senhor que não está vendo, mas aqui existe uma grande cidade!

Quase pulei da rede. Algo acordou em mim. Como uma lembrança que logo
perdeu a força. Thera riu da minha reação e disse:
- Sim, imaginei que você teria alguma reação similar, pois, sempre relaciono
esta moça a você, quando penso nesta história.
- A mim? Como assim? Perguntei mais curiosa do que nunca.
- Porque hoje nós sabemos que cada um dos nossos corpos vive na sua
dimensão ou plano. E será que aquela moça não era você em outro plano?
De repente lembrei. Lembrei de ter estado na cidade sagrada. E emudeci.
Comecei a lembrar dos detalhes e do templo central. Da misericórdia. E
imaginei ver Athlan, isto mesmo, até o nome me veio claramente à mente, ao
meu lado. Sim, na imaginação, porque não tenho vidência.

- Dayka, que foi? Ficou chocada com minha hipótese, perguntou Thera.
- Não, pelo contrário, algo me diz que pode ser real... e novamente me perdi
em meus pensamentos.
Thera ficou quieta imaginando que eu queria digerir o assunto. Sim, ela só
não imaginava o quanto!! Não sabia se devia contar agora, ou depois ou
nunca. Simplesmente não sabia.
E por não sentir o impulso e contar, me calei. Olhei de longe o pé de pequi e
sorri. Sim, eu haveria de voltar a deitar-me sob suas asas, e convidaria Thera,
pois caso ela devesse ter sua experiência, ela teria que ter a chance.

Acabamos adormecendo e acordamos com o barulho de um casal de araras


azuis. Acordei feliz, lembrando do casal que vira voar.

HELE NA SCHA FFNER << >> BY S CRIBD 30 .0 9.09 - JAR INU – SP – BRAS IL << >> PG 3 0 - 5 1
OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Thera saiu animada atrás de lenha e para o almoço fizemos um angu de milho
com óleo de pequi e uns ovos cozidos. Ficou muito bom.
Mas eu me sentia estranha, sem saber se devia contar ou não, quando Thera
saiu em direção do pé de pequi. Achei aquele ato curioso, afinal, estávamos
com a rede ainda montada.
Era como se ela estivesse pressentindo algo. Parou embaixo dele e olhou para
mim dizendo:
- Por um momento tive a clara impressão de ter visto alguém parado aqui.
Aliás, desde que você acordou, algo aconteceu por aqui. Eu senti. E sinto. E
decidi ver o que teria este lugar. Seria este o portal?
- Sim, disse eu caminhando na direção dela. Lembrei-me o que aconteceu
quando você contou o caso da Sueca, mas eu fiquei confusa em te contar.
Poderia soar pretensioso. Ou afinal porque eu pude ter a experiência e você
não, mas agora eu quero te dizer, inclusive para ver se você consegue acessar
o portal.
- Dayka. Acho que cumpri com minha função de lhe trazer aqui. Eu pressenti
que você poderia ter acesso ao portal e saberia identificá-lo, justo pela
história da Sueca. Um dia senti que se te trouxesse aqui com tempo, você
acharia o portal. Quando você acordou hoje cedo de um estranho sono, eu
deduzi que você havia tido um contato e o que pé de pequi poderia ser o
portal. Você sabe que eu não considero nada estranho. Também entendo tua
dúvida, pois muitas vezes estive em situação semelhante. Mas não pretendo
por isto forçar algo. Se eu tiver que ter minha experiência eu a terei, seja
hoje ou daqui a um ano.
- Que alívio em ouvir estas tuas palavras, disse eu. Agora eu sei que posso
contar contigo, caso ocorra algo estranho, ou mais estranho. Digo, contar em
termos de poder trocar, pois quem mais me compreenderia?
E dizendo isto uma brisa do nada soprou e acariciou nossas frontes fazendo os
cabelos arrepiarem.
- Uui, disse eu. Que foi isso?
- Uma brisa etérea, disse Thera. Um aviso que estamos bem protegidos e
aceitos. Esta linguagem eu aprendi. A linguagem da brisa.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Ah! Esta eu também conheço, desde os 19 anos! Que interessante, disse eu,
mais algo que temos em comum.
- Diga uma coisa: você acha que precisa voltar para o plano?
- Sim. Sinto que terei mais uma etapa, ou apenas terei que relembrá-la, pois
não sei se lembrei tudo.
Enquanto isto do lado etéreo Athlan observava Dayka, tornando-a receptiva a
sua presença. Ela precisava aprender a se deslocar de qualquer parte e não
apenas de um portal dimensional.
Dayka pressentiu a proximidade de Athlan, como um cego pressente a
presença de alguém. Ficou quieta, buscando por algum sinal ou imagem que
pudesse comprovar sua intuição, quando uma nova brisa soprou suave em seu
rosto. Instintivamente Dayka sorriu deste lado e Athlan do outro lado. Foi um
progresso.
- Vamos buscar mais lenha, falou Thera tirando Dayka de seu estado.
- Sim, disse alegre Dayka, sentindo que aquela experiência fazia parte de seu
futuro preparo.

A noite chegou rapidamente.


O céu estrelado estava novamente tão próximo, que parecia poder se tocá-lo
com as mãos. Este céu do cerrado sempre me encantara.
Adormeci olhando para o céu, e Thera também. Acordamos no meio da
madrugada por um vento qualquer. Fomos até a caverna onde já havíamos
preparado nossas “camas” improvisadas. Estava mesmo ficando fresco lá fora,
embora não frio. Coisa rara naquele Cerrado.

O estranho arbusto

Acordamos e repetimos o ritual do dia anterior. Inclusive fui deitar-me sob a


sombra do pequi após tomar meu mate e percebi um arbusto do lado, que no
dia anterior não havia despertado minha atenção. Era um arbusto muito
bonito. Parecia uma roseira silvestre ou algo similar. Sentada sob o pé de

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

pequi fiquei observando fascinada o arbusto, foi quando me vi do outro lado...


admirando o arbusto exótico.
- Ah! Então desta vez o truque foi o arbusto, disse eu em pensamento.
- Exato Dayka, disse Athlan que surgiu do nada. Era preciso te distrair da idéia
de ter que fazer a passagem. Foi uma maneira.
- Muito boa por sinal. Afinal, é muito agradável não perceber como acontece.
Aliás, eu entendo que acontece assim como quando busco ouvir a voz do
silêncio: de repente “eu” desapareço da tela mental e entra em cena alguém
que não é este eu que conheço como Dayka.
- Muito bem ilustrado. Desta forma, no futuro, você poderá acessar este
plano. Exatamente desta maneira.
Hoje vamos aprofundar a etapa iniciada, disse Athlan desta vez bem
prontamente.
- E isto implica em? Perguntei.
- Em você acessar a plataforma de cristal!
- Descrita no livro sobre Homens Livros?
- Exatamente esta.
- Então ela existe?
- Sim. Mas o acesso a ela é feita por um corredor e eu preciso te levar em
segurança para Você não sofrer nenhuma disfunção em teu corpo etérico,
entende?
- Claro. Aquela vez, no sonho, você já me alertou, lembra?
- Sim, mas agora é bem mais delicado. Porém, isto é necessário e faz parte o
plano. Não temos escolha desta vez como aquela. Temos a escolha de fazer
bem feito.
- Bem, como posso cooperar neste processo?
- Relaxando completamente, sem ansiedade e sem curiosidade. Deixe
acontecer.
- Acho que isto eu consigo, disse decidida.
- Sim, sei que sim Dayka. Tanto assim te conheço.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Entramos no mesmo aparelho, mas desta vez Athlan acionou um comando que
fez um zunido a princípio. Depois se criou algo como um campo vibratório
intenso.
Relaxei totalmente tanto quanto pude. Senti que teríamos uma alteração de
freqüência. Uma viagem interdimensional mais sutil.
- Lembre-se Dayka! Lá não serei Atlhan e nem Você Dayka. Vamos vivenciar
um nível mais sutil ainda. Não sei como você será e como se chamará..
- E como voltaremos?
- Teremos ajuda competente. Quanto a isto, não se preocupe. Pode confiar.
Nada nestes planos é deixado ao acaso. Tudo é minuciosamente planejado e
preparado.
- Então, vois lá, disse eu para relaxar! (Voalá, em francês! Significa algo
como, que assim seja penso eu, mas neste caso, em português, dá para
interpretar dupla e literalmente: voa lá!!).

II PARTE

Os Homens-Livros

A reunião na plataforma de cristal

Numa sala imensa muitas pessoas conversavam calmamente. A impressão,


porém, era falsa, pois por dentro a ansiedade crescia de segundo a segundo
no imenso relógio de quartzo que pairava sobre a cúpula daquele espaço oval,
feito do mais puro cristal.
Algumas estavam quietas e contemplavam a aurora cósmica: via-se daquele
ponto do espaço vários sóis nascendo e isso era algo fantástico, quase
inconcebível para seres mais acostumados com sistemas solares de um sol,
como alguns do planeta Terra.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

A hora aguardada estava se aproximando e alguns seres vindos de lugares


distantes, estavam aproveitando o salão dourado para se recompor.
Distante, porém não fisicamente, se encontrava uma alma solitária, que
divagava sobre os mistérios da existência. Tinha sido uma grande batalha
estar ali presente e sentia que um grande momento de sua vida havia se
aproximado.
Olhou em volta como para medir o espaço, o tempo e a profundidade.
No fundo de sua alma mesclada de várias experiências terrestres e em outros
planetas, se amalgamava uma substância nova, estranha, e ela era uma
estranha para si e para os outros.
Sem o perceber, alguém se aproximava dela, lentamente, mas de forma clara
e precisa.
- Syahne, ouviu dentro de sua mente!
Olhou e viu alguém familiar, mas desconhecido.
- Sou eu, sua tutora e futura editora.
- Iuhanna, exclamou! Que bom te conhecer.
- Sim, algum dia dentro do tempo cósmico isto teria que acontecer e hoje é o
dia X, o dia X do grande ano cósmico que nasceu do ventre do tempo. A
Grande Mensagem está se aproximando e precisamos todos cooperar para
terminar de compor seu conteúdo.
Venha comigo, por favor, alguns instantes antes do início da consagração dos
Livros.

Syahne seguiu rapidamente aquele Ser que de tão distinto lhe causava uma
espécie de lucidez mental jamais alcançado na Terra, em meio à matéria
densa e mesclada a tantas energias sutis diferentes. Neste sentido único o
Planeta Terra era visto de uma maneira absolutamente diferente e superior:
por representar um verdadeiro laboratório para diferentes experimentos
existenciais. De fato, dentro da grande Teia da Vida, ele representava um
caso singular: um planeta onde tudo era possível ao mesmo tempo para
diferentes estágios de consciência humana, solar, galáctica.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Entraram num imenso salão. Syahnne teve um momento de pleno êxtase: o


salão era oval e continha no centro uma espécie de mesa igualmente oval,
representando em miniatura as proporções da sala; isto ela intuiu e teve tanta
certeza que nem foi preciso perguntar para sua tutora se era de fato isto.
- Syahne, contemple este espaço dentro de outro gigante espaço no qual nos
encontramos em estado veicular não físico, como outra miniatura, mas desta
vez de uma matrix maior: deste universo onde vivemos.

Sim, ela entendeu, porque a plataforma espacial onde se encontravam, estava


estacionada no centro galáctico do universo de onde provinham todos os seres
ali presentes e também tinha uma belíssima forma oval.
Foi incrivelmente fácil deduzir que aquela mesa oval, solitária, no centro
daquela sala de cristal, representava o micro no macro e vice-versa.

Em volta da sala oval se encontravam espécies de poltronas com o fim de


proporcionar momentos de reflexão sobre a soberania e sabedoria do
Arquiteto da Vida. E no centro do que parecia ser uma mesa, pousava sereno,
uma espécie de vaso oval. A volta da mesa havia cadeiras que se expressas
numa linguagem terrestre, tinham um formato futurista, de formas ovais,
leves e delicadas. Pareciam tronos estilizados.

- Sua presença aqui é para estimular sua função cerebral terrestre, tornando-
a mais abstrata. Sabemos da dificuldade de abstrair dentro de um plano tão
denso, por isso, aguarde aqui alguns instantes enquanto não se inicia a grande
cerimônia da coroação dos livros vivos.

Syahne sentiu-se em casa naquele ambiente altamente sofisticado e simples


ao mesmo tempo. Os paradoxos sempre foram sinônimos de verdades
universais, por isso continham em si os elementos conflitantes, a dualidade,
para expressar o que não é dual.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Sentiu vontade de andar a volta daquela mesa que lembrava na Terra a Távola
de Arthur, o grande homem mito da atualidade terrena. Não fossem alguns
registros esparsos e muitos o teriam como mero mito. Mal sabem os homens
da Terra que mitos são frutos de uma árvore que já não existe, mas que
existiu.

Sem notar incursou em profundas reflexões sobre o mistério da criação, da


razão de tantos porquês sem respostas, da razão de tantos mistérios... sim ela
sabia que a mente humana não tinha capacidade de abarcar nem um décimo
de uma realidade cósmica abstrata, e que era preciso explorar o espaço
interno da mente subjetiva para entender alguns conceitos universais.
Mas, além da fronteira do espaço, havia a fronteira do tempo, muito mais
sutil e difícil de ser transcendida. O tempo, ela haveria de entender um dia,
não era um elemento material, mas a alma do espaço.

- Syahne, venha, vamos iniciar a cerimônia da consagração.

Todos estavam se sentando nas poltronas macias e líquidas daquele imenso


salão oval, que ficava abaixo da cúpula onde ela se encontrava.
A estação tinha 7 plataformas ou andares. Na 1ª plataforma havia a recepção
geral, inclusive espaço para pousos; na 2ª. uma ala para serviços e na 3ª. o
espaço para a cerimônia.

O ambiente exalava um perfume delicado e se tivesse que encontrar palavras,


o mais próximo que vinha à mente de Syahne, era algo como aroma das
estrelas.
Em cada poltrona havia de fato uma estrela impressa em forma transparente
e dentro havia uma espécie de numeração. Ao sentar-se, a numeração, ou o
símbolo, transformava-se em um halo de luz sobre a pessoa para identificá-la
de longe.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Em números, talvez estivessem ali presentes três mil seres, vindos de todas as
partes do universo. Uma curiosa mistura de genes e formas e conteúdos. Era
difícil encontrar um denominador comum, a não ser a forma humana básica
como molde de vida.
Assim como uma cadeira pode ter infinitas formas, mas em todas elas se
reconhece a cadeira como forma básica, assim aqueles seres tinham todos
formas humanas básicas. Ou seja: humanos baseado no conceito terreno, pois
também o homem da Terra possui a forma humana como forma básica, mas
sua forma humana de longe é a mais perfeita, nem, tampouco a menos
perfeita. Uma etapa mediana se tivesse que definir.
Portanto, distinguiam-se ali formas quase que supremas. De uma simetria que
faria inveja aos gregos, que, com certeza, tentaram encontrar a simetria
perfeita da forma humana.
Sim, a simetria grega foi criada para inspirar a alma por meio da Beleza. O
Bom viria a ser vivido em carne e sangues humanos, por aquele ser que
chamamos de Jesus, não por ter sido mais tarde vinculado a conceitos
cristãos, mas pela magnitude de sua missão bem independente dos dogmas
que foram criados em torno de sua pessoa e profissão (no sentido do que
acreditava e viveu). Já a Verdade (da trilogia grega: o bom, o belo e o
verdadeiro), tinha sido a alma de todos os grandes seres que passaram por
esta Terra, ora encarnando num povo, ora em outro, com diferentes nomes
(Krishna, Buddha, Lao-Tsé, Platão, Maomé, Hércules, Hermes, Wiracocha,
Quetzacoal, etc.), mas com a mesma têmpera, lembrando que cada um deles
revelou um aspecto mais profundo da grande Verdade. Assim, o Mestre dos
Mestres revelou um aspecto que até então ninguém tinha podido revelar sobre
a Terra, pois a alma dos homens não estava preparada para tal potência: a
Sabedoria do Amor.
Num futuro a semente de outra Verdade será revelada pela humanidade
terrestre: a Beleza da Vontade Divina. O ser chamado na Terra de Jesus
Cristo, viveu plenamente o Amor e o ancorou no Planeta a Semente da
Vontade para ser germinada mais tarde, em outro ciclo, de forma plena.
Somente grandes Almas Amorosas podem expressar a Vontade do Pai sem ferir

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

Leis Cósmicas, por isso, individualmente existem e sempre existiram Seres que
souberam Fazer a Vontade do Pai! Mas o Mestre dos Mestres a expressou num
nível jamais possível até então. Algo incompreensível para uma mente
concreta, normal. E com a Semente implantada na Terra pelo Mestre dos
Mestres, o Cristo Cósmico, a Vontade tem sido objeto de muitos problemas,
pois a plantinha está começando a crescer dentro de um solo pouco amoroso.
O Amor que deveria ter florescido plenamente sobre a Terra, foi envenenado
pelo poder dos que não querem ver a Terra transformada num belo Jardim
Cósmico.

As três grandes Artes sempre se fundem uma na outra:


A Beleza da Verdade e do Bom.
A Verdade do Bom e da Beleza.
E o Bom da Beleza e da Verdade.

São atributos abstratos que contém a essência da Criação. São como matrizes
que possuem em si todo o Mistério da Criação.

A Beleza deve revelar o aspecto Material, seja denso ou sutil.


A Bondade deve revelar o aspecto abstrato, é a Alma de tudo.
A Verdade deve revelar o aspecto divino, o Espírito que a tudo anima.

Algo somente é perfeito quando encerra os Três em Um.


A Trindade existe em todo o Cosmo com diferentes nomes, sinônimos e
graduações, mas também existem outros módulos, a Trindade é um módulo ou
uma matriz, para determinadas ondas de vida, da qual a humana faz parte.

Depois desta exposição foi feito uma pausa e todos receberam um líquido
delicioso, de sabor delicadamente adocicado, em química terrena. Talvez
para outros fosse diferente.
A palestra tinha sido proferida pelo que presidia aquela reunião singular.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Talvez alguns de Vocês já tenham intuído o motivo deste evento e mais do


que isso: o motivo que representa a vida de cada um no planeta que se
encontra. Porém, estamos aqui tanto para confirmar algumas intuições de
fato corretas e desmistificar outras.
O projeto Livros-Vivos foi fruto de um longo processo de observação, análise e
reflexão. A evolução, seja em que nível for, todos Vocês, sim, principalmente
Vocês, já perceberam e sabem, que não se trata de algo simples, que basta
obedecer a certas leis e com isso se garante o sucesso. Não. Existem sim as
leis cósmicas objetivas e subjetivas, como as do Livre Arbítrio, a grande Lei
Síntese da Evolução Dinâmica, pois sem elas não existiria uma evolução
dinâmica no exato sentido da palavra e sim, simplesmente uma evolução
óbvia, previsível, e sem espaço para experimentos.
O grande problema dos grandes projetos baseados ou implantados em mundos
sujeitos ao livre arbítrio, é sua igualmente grande margem a erros,
principalmente em planetas mais densos. Constatamos que elevar
consciências nestes mundos, não é uma tarefa fácil, talvez a mais complexa
de todas e, no entanto, dela depende todo o fio da evolução.
Portanto, tivemos que reformular inúmeras vezes os projetos, mas, imaginem
uma situação destas numa escala planetária:
- Leva-se um tempo para implantar um projeto e um Xis tempo para constatar
se vale ou não à pena, e mais um Xis tempo para criar outro quando o
resultado não foi esperado, mas o mais difícil é implantar nas consciências
que o tal projeto teve falhas e que, não seria conveniente continuar a prática
dele. Repito, principalmente em planetas mais densos, os seres se apegam
imediatamente a tudo e não querem alterar rotas conhecidas e insistem em
usar métodos que já se revelaram no decorrer de anos ou séculos, como
desastres ou pouco frutíferos. Nestes casos, o que nos têm restado fazer, é
tentar vivificar tais projetos, tentar consertá-los, tentar fazer o melhor com
eles, mas, todos vão compreender que esta é uma solução emergencial, mas
não efetiva. Tais árvores nunca mais vão gerar frutos sadios. E isto meus
caros, se aplica a todos os aspectos da vida: ao religioso, científico, moral,

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

psicológico e filosófico. Ou como quer que cada um se denomine em seu


planeta de origem atual!

O projeto Livros-Vivos foi uma idéia que surgiu da observação de experiências


voluntárias e se mostrou altamente competente para detectar as pequenas
falhas invisíveis a partir de um Xis estado de consciência.
Imaginem se de uma determinada distância qualquer, seriam capazes de ver
detalhes de uma pessoa! O Conselho Evolutivo Intergaláctico constatou que
dificilmente existirão projetos realmente eficazes, sem se levar em conta as
reais dificuldades que todos os seres enfrentam em seu dia-a-dia, com suas
variadas nuances que não são mais perceptíveis a partir de um estado de
consciência muito elevado.
Outro exemplo: quanto mais adulto um ser se torna, mais difícil de entender a
infância ou a adolescência. Para um recém adolescente, fica fácil de lembrar
a infância com suas ingênuas alegrias e fantasias, assim também é mais fácil
para um ser humano comum repassar o que ele sofre, onde estão suas
fraquezas ou seus obstáculos.
Porém, sabemos também, que todos os modelos têm pontos fracos, pois a
matéria densa possibilita e facilita o erro e não o acerto. Mesmo assim,
existem modelos que tem mais brechas para erros e outros menos.

Tivemos casos isolados que foram parcialmente infrutíferos, pois os seres em


questão se envolveram demais na trama da vida e isto impediu que o registro
de suas experiências se repassasse de forma clara. O sucesso deste projeto
singular é a capacidade que os envolvidos devem ter em inconscientemente
nunca se envolverem totalmente nas tramas de sua vida familiar, profissional,
conjugal e mesmo a dita vida espiritual. Devem sempre manter uma distância
mínima, para que o material obtido, não se cole aos seus tecidos sutis,
impedindo uma observação objetiva.
Vamos explicar melhor:
- Ao se colar uma folha na outra, podem ainda ler um livro? Certamente que
não. Assim não podemos ler os registros do ser. Uma pequeníssima mínima

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

folga é a única exigência para o progresso desta experiência. Por outro lado,
houve casos isolados, que devido a densidade do planeta em questão, não
captaram o valor de viverem suas vidas. Abdicaram da existência comum
tentando viver algo elevado, impossibilitando com isto o registro de
experiências valiosas para nossa avaliação, pois, de fato, esta seria a outra
ponta do ponto fraco deste projeto: um envolvimento total ou parcial demais!

Porém, os que hoje estão aqui nesta reunião de avaliação geral, é porque
conseguiram manter um status quo mínimo, proporcionando material para
uma análise ainda que não completa, no entanto suficiente para poder-se
deduzir o restante. Contentamo-nos com tais experiências, pois, o que está
claro há milênios para o Conselho Evolutivo Intergaláctico, é que nunca houve
um projeto que realmente fosse um sucesso total, sem falhas, ou sem grandes
falhas. Claro que houve alguns que nos surpreenderam, porque apesar de
tomarem rumos diferentes, acabaram revelando uma nova gama; isto também
aconteceu com alguns de Vocês aqui, ao nível individual.

Depois desta exposição houve uma pausa e a segunda etapa da reunião teve
início em tempos galácticos dali à uma hora, em tempo terrestre, dali a 100
horas!
Neste período pudemos passear pela bela plataforma, toda revestida de
cristal transparente, de onde pudemos apreciar as cores em um espectro
jamais imaginado pela visão humana, sim, porque o relato aqui retrata a visão
de um ser humano objeto de tal experiência.

Syahne viu que alguém se aproximava dela, parecia um gênero masculino, ou


positivo da criação.
A passos largos ele se aproximou e num sorriso franco e direto disse:
- Já nos conhecemos, mas não desta forma! Meu nome é Jahnion e venho de
um planeta bem distante da Terra.

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Prazer em conhecê-lo Jahnion. De fato, de algum modo algo me soa familiar


algo em Você, mas não saberia dizer o quê. Meu nome é Syahne traduzido em
linguagem intergaláctica.
- Percebi que Você já intuiu a resposta, mas não se atreve a formulá-la. É isto?
- Sim, disse Syahne sorrindo... de fato, logo me ocorreu um planeta distante,
que visitou a Terra recentemente, claro que contados em anos terrestres.
- Está correto. Nossa visita se deu devido ao incidente e se transformou num
projeto de ajuda e de coleta de dados ao mesmo tempo, pois, a Terra
proporciona experiências incríveis em todos os sentidos: tanto belos quanto
aberrantes.
- Venha comigo um instante: vou lhe mostrar algo de outro ângulo! disse
Jahnion de repente.

Quase correndo fomos a outro extremo mais longo da elipse e chegando na


ponta, subimos vários degraus que terminavam numa espécie de varanda de
inverno. Várias poltronas confortáveis estimulavam a idéia de sentar e
apreciar a beleza da natureza de um andar inteiro cheio de plantas exóticas.
- Que fantástico Jahnion! Eu nem imaginava algo assim... aqui, neste fim do
universo, eu disse meio rindo!
- De fato, imaginei que não conhecia este jardim dos deuses. Na verdade são
plantas de todos os planetas envolvidos neste projeto. Foi uma maneira
simbólica e real de homenagear estes planetas e também de sentir a vibração
de suas formas e cores.
- Achei a idéia realmente genial, porque além de enfeitar, fornece a cada algo
familiar.
- Mas vamos voltar ao assunto sobre minha origem. Eu percebi que você não
me estranhou, tampouco se importou em vir comigo, como se me conhecesse
e eu sei que você sabe de onde venho, portanto, imagino que você queira
saber de sua ligação comigo ou do meu planeta de origem.
- Bem, resumindo, sua conclusão está correta. De minha parte imagino que
em meus átomos cósmicos esteja registrada a experiência no seu planeta, por

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

isso tive aquela singular intuição que se mostrou correta anos depois, ao me
ocorrer a idéia de verificá-la com mais detalhes.
- Sim Syahne, mas o mais importante na época não ficou claro!
- E isto seria?
- Que sua estadia na Terra não apenas recolhe informações para a Biblioteca
Central do Conselho Intergaláctico, mas também para nós!
- Ah é? Respondi surpresa e um pouco confusa!
- Sim, e não só isso, muitos daqui fazem papel duplo, pela...
- ...lei da economia! Completou Syahne.
- Exatamente! Sabe como na Terra se escreve um e-mail com cópia?
É mais ou menos isso num sentido cósmico e de caráter evolutivo.
Sua estadia é para nós fonte de grandes conclusões e avaliações. Este é um
dos motivos de sua insaciável curiosidade acerca de tudo que ocorre no
planeta e que tantas vezes a incomodou por achar que não deveria ser tão
curiosa em função de seu caminho espiritual escolhido na época.
- Bem, isso me conforta de certo modo, mas como eu me sinto compelida a
viver a vida na Terra de forma tão...
- ...terrena, completou Jahnion...
- ...é, eu acabei me conformando com quase tudo e agora sinto amor pela
Terra e já não consigo me imaginar viver em outro lugar, porque além de ter
aprendido muito, quero ensinar!
- Sim, notamos isto em teus registros e ficamos surpresos como a Terra cria
algo de enigmático nos seres.
- Como assim? Quis Syahne saber.
- Só posso explicar isto lendo seus registros, digo, tentando interpretá-los,
pois ler nos registros terráqueos é como querer decifrar uma complicada
fórmula que inclui física, química, matemática, e também elementos
filosóficos.
- Ora, que coisa louca, respondeu Syahne!
- De fato, mas vou tentar explicar, pois esta tentativa vai me ajudar a
encontrar o significado mais próximo dentro de minhas possibilidades e assim

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

amadurecer minha capacidade de interpretar realidades altamente complexas


de outros planetas.
- Isto soa tudo muito interessante, aliás, acabei de ter uma imagem: eu vi
Você se especializando nesta área, como um doutorado na Terra, você me
entende?
- Claro, graças a sua vida na Terra! E é isso mesmo. Estou me especializando
em traduzir em linguagens cósmicas, experiências de vidas em diversos
planetas, mas meu doutorado vai se basear totalmente na Terra e por isso
você é minha grande fonte de consulta e de material.
- Wow! Sou literalmente sua tese, ao vivo e em cores! Disse Syahne quase
achando graça.
- De fato Syahne, preciso muito da sua colaboração, mas não por mim e sim
pela aproximação da Grande Mensagem.
- O que é isto? É a segunda vez que ouço este nome, disse Syahne um tanto
perplexa.
- A Grande Mensagem é um acontecimento de caráter macrocósmico. Trata-se
de um evento em linguagem terrena e humana, mas no caso de um evento
singular. Ele é uma espécie de conclusão de todos os experimentos que foram
feitos em todos os planetas de um universo, sobre a melhor forma de instigar
a consciência dos seres que vivem em planetas com direito a livre arbítrio,
vamos definir assim, ou seja, aonde a evolução não ocorre por decorrência de
se seguir um sistema previsível!
- Que interessante, ponderou Syahne, imaginando que prazer teria em um dia,
melhor, em um momento dentro do tempo cósmico, participar de um evento
deste tipo.
- Isto não é impossível para todos os que se propuseram a servir de
laboratórios viventes Syahne, disse Jahnion, lendo seus pensamentos, algo que
era normal naquele estado veicular. Na verdade, este congresso é uma parte
do outro, no qual participarão todos os universos, neste apenas o nosso,
entende? Trata-se de uma semifinal em certo sentido.
- Sim e já que você me respondeu a esta pergunta, volto a perguntar: o que
preciso fazer para me aperfeiçoar ou para seguir esta via?

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OS HOMENS-LIVROS E O PORTAL DO PEQUI

- Antes de tudo concluir seu atual trabalho de pesquisar ao máximo,


principalmente constatando, como você vem fazendo instintivamente, aonde
ocorrem os maiores entraves de um sistema de ampliação da consciência
absoluta. A consciência relativa, ou de que tudo é relativo foi um marco
recém conquistado, mas esta consciência é apenas uma antecâmara da
consciência absoluta, entende?
- Sim, isto é o que mais me tem perturbado: constatar que pelo menos na
Terra, todos os sistemas sofrem com entraves. E eles se dividem em alguns
aspectos bem claros.
- Cite alguns, por favor Syahne, pois por mais que eu possa ler seus registros,
suas citações são para mim e para nosso planeta, como um tradutor
automático, visto que seu cérebro possui um diferencial que permite com que
acessemos seu conteúdo e o recebamos traduzido para nossa linguagem,
entende?
- Sim, consigo entender tudo isto sem dificuldade e isto me faz supor que seja
verdade.
Bem, o maior entrave é a tendência de querer eternizar o relativo! Poucos
seres humanos conseguem atualmente compreender que algo eterno não
existe nem na eternidade. A própria eternidade tem seus ciclos de renovação!
É como a semente da planta que germina em outra árvore. Já o absoluto é
diferente. Ele é a semente.
- Bravo Syahne! Agora senti sua parte Hummo se revelar.
- Bravo Jahnion! Você ousou citar o nome de nosso planeta de origem!
- Mas, continue por favor Syahne. Eu fico altamente curioso e ansioso pelas
suas experiências na Terra, pois este planeta tem de fato uma característica
quase única em todo o universo.
- Sim, também constatei isto com surpresa, confesso, pois até então só queria
voltar ao meu planeta de origem, mesmo sem saber qual era, pois imaginava a
Terra como o “fim do mundo” onde ninguém quer morar ou imaginar fazer
algo de útil por lá.

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Mas os anos passaram e percebi que o louco e o precioso daqui, é conviver


diariamente com inúmeras pessoas, cada uma tendo sua verdade, sua forma
de ver o mundo e, no entanto, conseguir conviver.
Isto beira ao miraculoso, quer dizer, de não ser pior o resultado, pelo
contrário, ele tem sido cada vez melhor.

Mas também longe da Terra as horas passam... e assim foi preciso retornarem
ao grande salão.
Jahnion tentou sentar ao lado de Syahne, mas alguém o chamou e acabou
perdendo a oportunidade. Syahne até preferiu, pois precisava elaborar um
pouco este encontro tão inesperado e direto. Tudo que no passado lhe
pareceu misterioso e que ela foi desatando em etapas longas e frutos de
muitos acontecimentos, Jahnion, como contrapeso, pareceu querer finalizar
com um golpe só. A velha teoria do equilíbrio. Yin e Yang. E onde estaria o
fator neutro, o fator que faz com que possamos nos libertar da grande
dualidade, no sentido de não sermos joguetes inconscientes nas mãos dela?

- Atenção, vamos dar prosseguimento ao nosso congresso, avisou em voz forte


e segura, o superior do conselho reunido à mesa ovalar.

Syahne sentiu que deste encontro ela teria condições de avaliar melhor sua
estadia na Terra, bem como em fazer um trabalho mais objetivo, ou, quem
sabe, outro trabalho. Ela estava curiosa. Aliás, palavra que ela mais associaria
a sua vida na Terra.

- Tivemos que dividir os grupos em dez grandes temas, e isto foi algo que
facilitou não apenas as nossas conclusões, mas também as nossas futuras
ações nestes planetas e em outros.
Cada grupo, portanto, trouxe um material precioso em relação a um aspecto
da vida do planeta no qual o ser está integrado. Vamos aos resultados:

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Grupo 2: vida a dois


- As polaridades homem e mulher como são chamadas em alguns planetas,
apresentaram a maior complexidade nesta temática. No entanto, por mais
primitivo que seja o povo ou o planeta, constatamos que a vida a dois é um
laboratório sem precedentes, porém, em alguns planetas as raízes culturais
são o mal maior e não a relação em si, bem como as religiões ultrapassadas e
os sistemas sociais altamente hierarquizados.
As relações do elemento feminino e masculino são algo belo por si, apenas é
preciso que elas não paguem pelos erros da sociedade e é isto que
principalmente no planeta Terra vem ocorrendo. Ambos são confrontados com
limites e problemas que não são seus originariamente. De fato, uma grande
ferramenta evolutiva e tão mal aproveitada devido aos muitos limites.

Grupo 3: vida familiar


- A novidade deste grupo, foi constatar que a célula familiar tem seu valor
positivo e negativo, pois em planetas aonde não existe uma estrutura familiar
tradicional, os seres igualmente se desenvolvem, e de forma mais livre e
plena, sem vínculos de sangue ou de raça. Notamos que uma estrutura
tradicional impede a formação de uma individualidade no sentido pleno da
palavra, pois são incutidos muito cedo todos os vícios e problemas daquela
teia familiar. Geralmente o filho ou a filha levam anos apenas para superar as
raízes da família, alguns nunca superam e nunca se tornam indivíduos plenos.
Não estamos propondo uma anarquia como ocorre em alguns planetas, mas
repensar o vínculo tradicional familiar também em planetas inferiores.

Grupo 4: vida grupal


- Notamos que o problema dos grupos é sua incapacidade de preservar o
direito pessoal e a autonomia! Todos querem se sentir iguais e acabam
perdendo a noção de individualidade. Acabam se igualando em excesso, com o
agravante que um controla o outro para ninguém ser diferente, um indivíduo.
Muitos planetas que optaram por esta forma de evolução e convívio perderam

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totalmente a beleza da individualidade. Com receio de fomentar o egoísmo,


fomentaram o generalismo; ambos extremos de uma mesma moeda.

Grupo 5: raças
- O sistema por raças tem suas belezas, aliás, é um panorama colorido, como
um tapete social altamente complexo. No entanto, como fator evolutivo se
mostrou mais um empecilho do que uma ferramenta, visto que todos querem
apenas valorizar e prestigiar a sua raça, ao invés de cada um ter notado o
óbvio: cada uma tem suas fraquezas e seus pontos fortes e eram para
aprender um do outro, mas, devido a baixa vibração da mente, a maioria
combate o outro. E por quê? Porque ambos usam as fraquezas do outro para
sua avaliação. O que se julga melhor, vê o pior no outro e o outro vice-versa.
Conclusão: não há cooperação e sim apenas confronto. Claro que isto se
repete em todos os outros grupos, mas de forma bem evidente neste. O plano
original era cada raça simbolizar um estado de consciência, portanto, quanto
mais atual a raça, mais elevada seu estado de consciência. Isto de fato
ocorre, mas não o intercâmbio que havia se planejado e sim prevalece o
orgulho, que acaba depreciando a própria superioridade da dita raça superior!

Grupo 6: sistemas sociais e políticos


- Refletem imediatamente o estado de consciência da raça e da alma dela, e,
portanto, estão diretamente vinculados a ela. Mas o pior desastre foi
constatar que ao tentar importar, melhor dizer impor um modelo social de
uma raça X numa raça Y, o resultado foi dramático, pois ninguém aprende por
imposição, mas por respeito. Ou seja: se respeito seus costumes e vocês os
meus, posso, sem me sentir coagido, perceber em liberdade o que da sua
cultura me agrada e me parece melhor do que na minha, mas se ocorre
imposição, deve necessariamente ocorrer a defesa! Porém, mesclado a isso
se soma o fator religioso, e torna a questão social e moral algo altamente
complexo e difícil de unificar.
Grupo 7: filosofia, psicologia

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- A filosofia foi uma espécie de mãe solteira da psicologia em alguns planetas


e, por isto, durante muito tempo, ambas foram vistas com ceticismo, com
preconceito e com menosprezo quanto a sua contribuição para planetas cujo
objetivo maior de vida é apenas o consumo e os prazeres materiais. No
momento a psicologia ganhou novos aliados e até a ciência tem sido sua amiga
confidente atrás de portas de difícil acesso. De qualquer forma, mãe e filhas,
a filosofia e a psicologia, são as que ainda tem a maior chance de serem
usadas sempre mais dentro do modelo básico de elevação de consciências. São
ferramentas neutras, sem um pai que reclame de sua paternidade e, portanto
livres! Se alguma delas se permite ser aprisionada, então apenas por
indivíduos e nunca pelas idéias que são capazes de expressar de forma tão
independente e sem vínculos.

Grupo 8: religiões
- Tem sido um desastre em grande parte o uso de religiões como fator
motivador de formar consciências! A maioria foi usada por seres de pouca
elevação e se tornaram modelos perfeitos para praticar a escravidão mental
e emocional. As que foram projetadas como ferramentas modelos,
converteram-se no contrário. Constatar isto foi um choque para muitos
membros deste conselho e quanto mais para os planetas que praticam tais
modelos. Fato é que as religiões têm sido ajudadas por todos os demais
conselhos em salvar o que há de bom, dado ao grande poder que
conquistaram, poder este óbvio, visto que foram projetadas para serem as
estrelas da elevação das consciências.
Porém, repetimos que vamos repensar o futuro delas como fonte de elevação
de consciência, dado ao fanatismo que fomentam, a escravidão de idéias fixas
por não admitirem que tudo evolui, inclusive o próprio modelo religioso! Este
fanatismo impediu que pudessem avaliar de forma sóbria e soberana os
resultados de suas façanhas desumanas, a maioria, fruto de barganhas
políticas, sociais ou materiais! O lado bom foi constatarmos de outro lado, a
fé ingênua e simples de muitos seres humanos que as usaram para se elevar.

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Grupo 9: escolas iniciáticas


- Para alguns presentes este nome não diz muito, por isto vamos definir este
grupo por meio de um conceito resumido: uma escola iniciática é onde inicia
o estágio de um ser que ingressa no caminho evolutivo consciente e por livre e
espontânea vontade. Todos os demais estágios foram altamente necessários e
importantes, mas é neste que ele se consagra autoconsciente. Ela representa
o pico ou o topo da pirâmide da evolução em alguns planetas. O símbolo da
pirâmide é uma matriz cósmica e por isso podemos usá-lo para exemplificar
este grupo. E, mesmo assim, este grupo igualmente constatou grandes
dificuldades em cumprir com seu papel de mestre das artes da evolução. A
maioria deixou se corromper pelo poder de sua missão, outros pelo próprio
perigo de lidarem com forças e modelos mais sutis, subjetivos e complexos.
Escolas iniciáticas equivalem a mestrados e doutorados da consciência de um
indivíduo, sendo que religiões existem de todas as classes: do pré-primário ao
nível universitário. Não confundir uma escola deste gênero com algum grupo
ocultista para desenvolver poderes psíquicos. São arcas de luz, onde a Alma
pode tecer sua imortalidade e a Mônada garantir sua soberania sobre Alma e
Ego, num processo tríplice.
Uma verdadeira escola iniciática sempre adapta seus métodos ao corpo racial
do momento, mesmo porque, ela trabalha com os egos mais maduros de cada
grupo social e religioso. Ela, portanto, não pode ficar parada no tempo e ...

.... até aqui a Amostra de Leitura.


O livro completo tem aprox. 103 páginas.
Agradeço pela leitura e será ótimo receber um comentário.

Helena Schaffner

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