Sei sulla pagina 1di 5

TEMPO COMUM. VIGÉSIMO SEXTO DOMINGO.

CICLO B

20. TAREFA DE TODOS


– Formas e modos apostólicos diferentes. Unidade no essencial. Rejeitar a mentalidade de
“partido único” na Igreja.

– Todas as circunstâncias são boas para o apostolado.

– A caridade, vínculo de união e fundamento do apostolado.

I. A PRIMEIRA LEITURA da Missa1 traz-nos a passagem do


Antigo Testamento em que Javé – a instâncias de Moisés, que
não se sentia com forças para enfrentar sozinho o fardo de todo
o povo –, tirou parte do espírito que havia em Moisés e passou-o
aos setenta anciãos. Estes, que se tinham congregado em torno
da Tenda da Reunião, começaram a profetizar. E aconteceu que
dois deles, chamados Eldad e Medad, embora estivessem na
lista, não compareceram à Tenda, mas o Espírito pousou
também sobre eles e começaram a profetizar no acampamento.
Então Josué pediu a Moisés que os proibisse de fazê-lo. A
reacção de Moisés foi profética: Oxalá todo o povo profetizasse
e recebesse o espírito do Senhor.

O Evangelho da Missa relata-nos um acontecimento de certo


modo semelhante2. João aproximou-se de Jesus para dizer-lhe
que tinham visto uma pessoa que expulsava os demónios em
nome d’Ele. Como não era do grupo que acompanhava o Mestre,
tinham-no proibido de fazê-lo. Jesus respondeu-lhes: Não lho
proibais, porque não há ninguém que faça um milagre em meu
nome e possa depois falar mal de mim. Jesus reprova a
intransigência e a mentalidade exclusivista e estreita dos
discípulos, e abre-lhes o horizonte e o coração para um
apostolado universal, variado e diversificado.

Nós, cristãos, não temos mentalidade de partido único, de


quem condena formas apostólicas diferentes daquelas que, por
formação e modo de ser, se sente chamado a realizar. A única
condição – dentro da grande variedade de modos de levar Cristo
às almas – é a unidade no essencial, naquilo que pertence ao
núcleo fundamental da Igreja.

O Papa João Paulo II, depois de afirmar a liberdade de


associação que existe dentro da Igreja em consequência do
Baptismo, referia-se aos critérios que podem servir para
discernir se realmente determinada associação mantém a
comunhão com a Igreja3. Entre esses critérios – diz o Pontífice
–, encontra-se a primazia que se deve dar à vocação de cada
cristão para a santidade, que tem como fruto principal a
plenitude de vida cristã e a perfeição da caridade. Neste
sentido, as associações de leigos estão chamadas a ser
instrumento de santidade na Igreja.

Outro critério apontado pelo Papa é o apostolado, que deve


antes de mais nada proclamar a verdade sobre Cristo, sobre a
Igreja e sobre o homem, em filial obediência ao Magistério da
Igreja que a interpreta autenticamente. Trata-se de uma
participação no fim sobrenatural da Igreja, que tem como
objectivo a salvação de todos os homens. Todos os cristãos
participam desse único fim missionário, e portanto exercem o
apostolado em unidade filial com o Papa e os Bispos; devem,
pois, dar testemunho de uma comunhão firme e convicta,
expressa na leal disposição de acolher os ensinamentos
doutrinais e as orientações práticas dos seus Pastores. Esta
unidade manifesta-se, além disso, no reconhecimento da
legítima pluralidade das diversas formas associativas dos
leigos, que devem estar sempre abertas a uma colaboração leal
e recíproca.

Se somos cristãos verdadeiros, embora às vezes sejamos


muito diferentes uns dos outros, sentir-nos-emos
comprometidos a levar para Deus a sociedade em que vivemos e
da qual fazemos parte. E ser-nos-á fácil aceitar modos de ser e
de actuar bem diferentes dos nossos. Como nos alegraremos de
que o Senhor seja anunciado de formas tão diversas! Isto é o
que realmente importa: que Cristo seja conhecido e amado.

A Boa Nova deve chegar a todos os cantos da terra. E para o


cumprimento desta tarefa, o Senhor conta com a colaboração
de todos: homens e mulheres, sacerdotes e leigos, jovens e
anciãos, solteiros, casados, religiosos..., associados ou não,
conforme tenham sido chamados por Deus, com iniciativas que
nascem da riqueza da inteligência humana e do impulso sempre
novo do Espírito Santo.

II. TODO O CRISTÃO é chamado a dilatar o Reino de Cristo, e


qualquer circunstância é boa para levar a cabo essa tarefa.
“Onde quer que o Senhor abra uma porta à palavra para
proclamar o mistério de Cristo a todos os homens, anuncie-se
com confiança e sem cessar o Deus vivo e Jesus Cristo, enviado
por Ele para a salvação de todos”4. Diante da covardia, da
preguiça ou das várias desculpas que podem surgir, temos de
pensar que serão muitos os que receberão a incomparável
graça de aproximar-se de Cristo através da nossa palavra, da
nossa alegria, de uma vida exemplar cheia de normalidade. O
apostolado com as pessoas entre as quais transcorre a nossa
vida não deve deter-se nunca: os modos e as formas podem ser
muito diversos, mas o fim é o mesmo. Como são diferentes os
caminhos que Deus escolhe para atrair as almas!

“Conservemos a doce e reconfortante alegria de evangelizar,


mesmo quando temos de semear entre lágrimas”5. Não podemos
considerar as circunstâncias adversas como um obstáculo para
dar a conhecer Cristo, mas como meio muito valioso de espalhar
a sua doutrina, como o demonstraram os primeiros cristãos e
tantos que têm padecido por causa da fé. São Paulo, da sua
prisão em Roma, escreve assim aos cristãos de Filipos: Muitos
dos irmãos no Senhor, animados pelas minhas cadeias, têm-se
atrevido com maior audácia a anunciar sem temor a palavra de
Deus. E ainda que alguns pregassem por inveja, com intenções
pouco rectas, o Apóstolo exclama: Mas que importa? Contanto
que Cristo seja anunciado, sob algum pretexto ou sinceramente,
não só nisto me alegro, como me alegrarei sempre6. A única
coisa verdadeiramente importante é que o mundo esteja cada
dia um pouco mais perto de Cristo.

Ainda que o trabalho, os tempos de descanso, a visita a um


amigo, o esporte, possam ser caminho para levar as pessoas a
Deus, também o devem ser as contradições de um ambiente
aberta ou disfarçadamente contrário à fé. Essa pode ser uma
ocasião muito oportuna para praticarmos a caridade,
esforçando-nos por tratar bem os que não nos compreendem ou
nos tratam mal. Na sua Carta aos Filipenses, incluída hoje na
Liturgia das Horas, São Policarpo, Bispo e Mártir, exorta-os a
abster-se “da difamação, do falso testemunho; de pagar o mal
com o mal, a maldição com a maldição, o golpe com outro golpe
e o ódio com o ódio. Bem lembrados dos ensinamentos do
Senhor: Não julgueis e não sereis julgados; perdoai e sereis
perdoados; tende misericórdia para alcançardes misericórdia;
com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos; e
bem-aventurados os pobres e os que sofrem perseguição,
porque deles é o reino de Deus”7.

Não reagiremos nunca com severidade e secamente, não


devolveremos o mal com o mal; a defesa, quando for oportuna,
levá-la-emos a cabo respeitando as pessoas. E procuraremos
ensinar, por todos os meios ao nosso alcance, que o motor que
impulsiona a nossa vida é a caridade de Cristo. Toda a acção
apostólica realizada à sombra da Cruz é sempre fecunda.

III. QUALQUER QUE SEJA o modo apostólico a que o cristão


se sinta chamado e as circunstâncias em que tenha de exercê-
lo, a caridade deve sempre preceder todos os nossos passos e
iniciativas. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos,
anunciou o Senhor8.

Quando São Paulo escreve aos cristãos de Tessalónica e lhes


recorda a sua estadia entre eles, diz-lhes: A cada um de vós,
como um pai aos seus filhos, fomos exortando-vos e
confortando-vos, e suplicando que andásseis de uma maneira
digna de Deus, que vos chamou ao seu reino e à sua glória 9. A
cada um, escreve o Apóstolo, pois não se limitou a pregar na
sinagoga ou nos lugares públicos, como costumava fazer.
Ocupou-se de cada pessoa em particular; com o calor da
amizade, soube dar alento e consolo a cada um; e ensinava-lhes
como deviam comportar-se. É o que nós também devemos
procurar fazer com aqueles com quem compartilhamos o lugar
de trabalho, o lar, a sala de aula..., o bairro. Devemos começar
por aproximar-nos deles com uma caridade bem vivida, que é a
base de todo o apostolado, manifestando um apreço sincero por
cada um, ainda que o relacionamento com este ou aquele seja
mais difícil a princípio; sem permitir que os defeitos, aparentes
ou reais, nos separem seja de quem for. “A obra da
evangelização implica, no evangelizador, um amor fraterno
sempre crescente para com os que evangeliza”10. Em cada um
deles vemos um filho de Deus de valor infinito, que os modos de
ser ou os defeitos não anulam.

Nós, que recebemos o dom da fé, sentimos a necessidade de


comunicá-la aos outros, fazendo-os participar do grande achado
da nossa vida. Esta missão, como se vê na vida dos primeiros
cristãos, não é da competência exclusiva dos pastores de
almas, mas tarefa de todos, de cada um segundo as suas
circunstâncias particulares e a chamada que recebeu do
Senhor.

Vejamos hoje se a influência cristã que exercemos ao nosso


redor é a que o Senhor espera. Não esqueçamos as
consoladoras palavras de Jesus, que também lemos no
Evangelho da Missa: E quem vos der um copo de água em meu
nome, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não
perderá a sua recompensa. Que recompensa não nos preparará
o Senhor, se ao longo da vida formos procurando que muitas
almas se aproximem d’Ele?

(1) Núm 11, 25-29; (2) Mc 9, 38-41; (3) João Paulo II, Exortação Apostólica
Christifideles laici, 30.12.88, 30; (4) Concílio Vaticano II, Decreto Ad gentes,
13; (5) Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii nuntiandi, 8.12.75, 80; (6) Fil
1, 14-18; (7) Liturgia das Horas, Ofício das Leituras. Segunda Leitura; (8) Jo
13, 35; (9) 1 Tess 2, 11-12; (10) Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii
nuntiandi, 79.

(Fonte: Website de Francisco Fernández Carvajal AQUI)

Potrebbero piacerti anche