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Superior Tribunal de Justiça

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.080.853 - SP (2008/0177963-7)

RELATOR : MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR


AGRAVANTE : COOPERATIVA HABITACIONAL DOS BANCÁRIOS DE SÃO
PAULO LTDA BANCOOP
ADVOGADO : NAIRA REGINA RODRIGUES E OUTRO(S)
AGRAVADO : MARCOS AUGUSTO DE LIMA
ADVOGADO : GERSON AMAURI CALGARO

DECISÃO

Vistos.
Trata-se de agravo de instrumento manifestado pela Cooperativa Habitacional
dos Bancários de São Paulo Ltda BANCOOP em face de decisão que inadmitiu o seguimento
do recurso especial, interposto pelas alíneas "a" e "c", do inciso III, do art. 105 da
Constituição Federal, em que se aponta violação aos arts. 43 da Lei 5764/71, 205 e 206, § 3º,
IV, do CC, 5º, XVIII e 174, § 2º, da CF, e dissídio, sob o fundamento de estar prescrito o
pedido do autor de recebimento das prestações pagas; que o agravado foi desligado em
janeiro de 1999, e somente ajuizou a demanda em maio de 2006; que o prazo prescricional é
de quatro anos e que se passaram mais de sete anos.
O acórdão restou assim ementado (fl. 177):

"Ação indenizatória. Aquisição de imóvel pelo sistema de cooperativa.


Devolução de quantias comprovadamente pagas. Não conhecimento do apelo,
porque as razões estão sem assinaturas ou rubricas dos patronos da apelante,
suscitado em contra-razões recursais. Razões que foram tacitamente
ratificadas. Preliminar de prescrição corretamente afastada. Direito pessoal que
se subordina ao art. 177 do Código Civil de 1916 c.c. art. 205 e 2028 do novo
Código Civil. Pagamentos efetuados que constam de relatórios enviados pela
própria ré ao autor. Par. único do art. 320 do CC que admite o reconhecimento
da validade da quitação se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver
sido paga a dívida. Ré que não negou a emissão dos documentos. Restituição
que deve ser integral, computando-se todos os pagamentos efetuados, sob pena
de enriquecimento ilícito da ré. Improvido o recurso da ré, provido o adesivo
do autor."

Inexiste negativa de vigência aos arts. 43 da Lei 5764/71, 205 e 206, § 3º, IV,
do CC, estando correto o acórdão recorrido quanto à sua fundamentação de ser a presente
ação de natureza pessoal, fl. 180:

Documento: 4569582 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJ: 03/02/2009 Página 1 de 2


Superior Tribunal de Justiça

"Os fatos ocorreram sob a vigência do antigo Código Civil e a ação


foi ajuizada quando vigente a nova Lei. A ação é de natureza pessoal e
prescrevia em vinte anos, consoante o disposto no artigo 177 do Código Civil
de 1.916, contados da data do documento que originou o pedido de cobrança -
notificação do apelante (fls 15) -, datada em 26 de maio de 1999 (desconhecida
a data de recebimento).A ação foi distribuída em 08 de maio de 2006 e, por
isso, a prescrição não se efetivou.
O artigo 205 do novo Código Civil vigente na época do
ajuizamento da ação, dispõe que a prescrição ocorre em dez anos a quando a
lei não lhe haja fixado prazo menor .O artigo 2028 do Código Civil estabelece
a regra de transição para as hipóteses em que o prazo prescricional foi reduzido
pela Lei nova e já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido
na lei revogada.
No caso sob foco o prazo prescrional foi reduzido, mas não
transcorreu mais da metade do tempo, e, por isso, correta a decisão que
reconheceu a aplicabilidade do prazo de dez anos estabelecido pelo novo
Código Civil, e afastou a alegação da prescrição" (fl. 180).

Quanto ao dissídio, não restou o mesmo comprovado, com a transcrição de


ementas e o devido cotejo analítico entre acórdão recorrido e acórdão paradigma. Não
atendido, dessa forma, o art. 541, § único, do CPC e art. 255, §§ 1º e 2º do RISTJ.
Por outro lado, incabível, em sede de recurso especial, a apontada ofensa a
dispositivo da Constituição Federal.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo.
Publique-se.
Brasília (DF), 18 de dezembro de 2008.

MINISTRO ALDIR PASSARINHO JUNIOR


Relator

Documento: 4569582 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJ: 03/02/2009 Página 2 de 2

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