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OBJECTIVO
1. INTRODUÇÃO
2) O som está intimamente ligado ao movimento em torno das suas posições de equilíbrio das
moléculas do meio no qual se propaga, sendo aquele movimento de oscilação das
moléculas na direcção de progressão (onda longitudinal).
O movimento da fonte sonora pode ser de qualquer forma, i- e., um impulso só (por exemplo
uma explosão, um bater de mãos, etc.) ou ter um caracter periódico, por exemplo uma onda
sinusoidal ou uma onda quadrada, etc.
Seja qual for a forma do estímulo que se queira considerar é sempre possível de a obter por
composição de funções como a função seno ou coseno, em número finito ou infinito. Na
sequência vamos falar de ondas sinusoidais, mas à luz deste último comentário, isso não
corresponde a restringir a nossa capacidade de compreender os fenómenos sonoros, pois tudo
se pode construir com sobreposições desses elementos.
Seja assim uma onda sinusoidal gerada por um altifalante e que se propaga pelo ar até à
membrana de um microfone. Já sabemos dizer que essa onda é longitudinal, i.e., corresponde
a deslocamentos na direcção de propagação. Isto distingue as ondas sonoras de outras ondas
como por exemplo aquelas que podemos fazer propagar numa corda que mantenhamos
esticada entre dois pontos.
Na experiência do laboratório, iremos gerar uma onda sonora com o auxílio de um altifalante
e faze-la propagar-se no interior de um tubo cilíndrico. Até aqui falámos de deslocamento das
moléculas de ar em torno de uma posição de equilíbrio. Este facto corresponde a uma
compressão ou rarefacção do ar, o mesmo é dizer que se irá propagar uma onda de variação
local da pressão atmosférica. Um pouco de reflexão mostra que quando o afastamento entre
duas moléculas for máximo temos uma rarefacção que correspondente a um mínimo de
pressão e vice-versa. Assim passaremos a falar de ondas sonoras em termos da variação do
valor da pressão, que oscila entre valores máximos e mínimos e passamos a entender de forma
mais intuitiva o movimento da membrana do altifalante ou do microfone, agora determinado
por uma força (pressão = força por unidade de área). Um microfone é um transdutor1 de
variações de pressão!
2. ONDAS ESTACIONÁRIAS
Consideremos um tubo aberto nas suas duas extremidades e um altifalante junto a uma delas,
gerando ondas sinusoidais, que viajando até à outra extremidade, são reflectidas nela. Quando
a frequência da onda gerada tiver um determinado valor correspondente à interferência em
fase, vão-se desenvolver ondas com uma amplitude significativa no tubo, as ondas
estacionárias, para certas frequências ditas de ressonância. Já agora interessa comentar que
apesar do tubo aberto parecer que não tem condições para reflectir uma onda que lá chegue,
uma reflexão mais cuidada mostra que assim não é, pois a transição entre a situação de ar
confinado antes do final do tubo, para ar livre depois do seu final, é uma fronteira que
introduz uma descontinuidade, tão eficaz quanto seria um final de tubo tapado. Tão eficaz,
mas não idêntico, como veremos.
Não sendo a transição entre o exterior e interior do tubo feita à custa de uma barreira física, a
descontinuidade existente é para uma zona de variação de pressão nula pois a onda deixa de
estar constrangida. Em oposição, suponhamos que o tubo estava fechado numa extremidade;
nessa extremidade é de esperar um valor para a variação de pressão que seja, em termos
absolutos, de máximo, quando nele se desenvolver uma onda estacionária porque ocorre a
inversão da propagação e uma onda (a incidente) colide com a onda reflectida. Este facto
distingue um tubo fechado numa extremidade do tubo aberto nas duas, dando origem a um
novo fenómeno.
1
Um transdutor é um dispositivo que converte sinais de uma forma de energia noutra; neste caso a energia
mecânica da onda é convertida num sinal eléctrico.
Voltando ao tubo aberto, temos a possibilidade de ter ondas estacionárias quando meio
comprimento de onda for um submúltiplo do comprimento do tubo, ver Fig.1
1.0
0.6
0.4
0.2
0.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
Distância (u.a.)
Figura 1 - Num tubo aberto a potência é mínima nos extremos e é igual em pontos equidistantes do centro por
razões de simetria.
Isto é vamos ter uma frequência mínima - a chamada fundamental - e os seus harmónicos,
todos os múltiplos (pares e ímpares) daquela frequência.
(2) v=f*λ
em que v é a velocidade do som no ar. A expressão que relaciona a velocidade do som com a
temperatura é dada pela termodinâmica:
A relação que existe entre o comprimento de onda das ondas estacionárias e o comprimento
do tubo pode escrever-se
Na realidade a expressão acima é uma aproximação que se usa quando L>>d, o diâmetro do
tubo. Em rigor, a tal fronteira nas extremidades abertas do tubo não é brusca.
No caso do tubo aberto numa extremidade e fechado na outra temos a situação da figura 2, um
zero da pressão na extremidade aberta e um máximo absoluto na extremidade fechada. Isto é,
agora a frequência fundamental é aquela a que corresponde um quarto de comprimento de
onda a desenvolver-se no comprimento do tubo. E, quanto aos harmónicos, só podem existir
aqueles que sejam múltiplos ímpares deste valor, visto ter de existir um zero numa
extremidade e um máximo ou mínimo na outra.
λ
(5) L = (2n − 1)
4
1.0
Potência f=2 (u.a.)
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
Distância (u.a.)
Figura 2 - Num tubo fechado a potência captada pelo microfone é máxima junto a uma parede rígida, uma
vez que toda a energia é devolvida (d=512).
3. A ESCALA MUSICAL
A escala musical utilizada no ocidente divide um intervalo de oitava (de Do3 a Do 4 por
exemplo) em 12 semitons.
Nesta experiência vamos colocar a vibrar um diapasão de frequência f1=256hz, por percussão
directa com um martelo.
A relação entre frequências correspondentes a duas notas separadas por n semitons e dada
por,
4. EQUIPAMENTO A UTILIZAR
5. PROCEDIMENTO
T = ............. +................
f =............... +................
Quando der uma pancada no diapasão, varie finamente a frequência no gerador até obter a
figura de Lissajous de primeira ordem(elipse). Neste momento a frequência de vibração Dó
diapasão é igual à frequência do gerador. Repita para os outros 3 diapasões e determine a
incerteza na medida da frequência de oscilação do diapasão, observando qual o intervalo de
frequências medidas no gerador para o qual ainda observa uma elipse no osciloscópio.
f1 =............... +/-..............
f2 =............... +/-..............
f3 =............... +/-..............
f4 =............... +/-..............
Como compara estas frequências com as que prevê para intervalos de terceira (n=4,
f2), quinta(n=7, f3) e oitava(n=12, f4), utilizando a expressão 7 e para f1 o valor
determinado acima?
f) Utilizando agora dois diapasões de igual frequência desequilibre um deles. Coloque o
microfone na “boca” de ambos num ponto equidistante. Veja agora o surgimento de um
batimento de baixa frequência. Tenha a precaução de estimular em conjunto e com igual
intensidade ambos os diapasões. Esboce a curva observada e determine a frequência do
diapasão desequilibrado.
fD= +/- Hz
5.2. Estudo das ondas estacionárias num tubo aberto nas duas extremidades
Não se esqueça que queremos estudar um tubo aberto, pelo que o altifalante e a espera do
outro suporte do tubo, devem estar 2-3cm afastados da sua extremidade.
Figura 5
Introduza o microfone pelo lado do altifalante. Note que não vai até ao outro lado do tubo.
Se quiser fazer medidas ai vai ter que o introduzir por esse lado.
Procedimento:
λ= .......... +...............
f=........... +..............
No entanto o sistema de que dispomos permite fazer uma medida directa da velocidade do
som procedendo da seguinte forma:
a) coloque o pistão na extremidade do tubo
b) coloque o microfone na outra extremidade junto ao altifalante
c) introduza uma onda quadrada de muito baixa frequência - 10Hz, por exemplo - o que
produzirá um som, clic, clic..., bem audível. O osciloscópio deverá agora ter como "trigger"
o próprio sinal do gerador de sinais (peça ajuda ao seu professor sobre como isto se faz).
Use uma base de tempo e uma escala que lhe permitam ver claramente o sinal do microfone.
Deverá ser como na figura 6.
Expanda o mais possível a escala e tente medir o número de divisões entre o primeiro grupo
de ondas e o segundo.
Tente estimar o erro associado à sua medida. Compare com o valor obtido com a fórmula
(3) e com a medida obtida através de (2).
2*L (m) T (s) Et (s) v (m/s)
Um processo alternativo que poderá usar é a medida da desfasagem produzida pelo avanço do
microfone ao longo do tubo. Usando dois pontos de referencia no tubo, determine uma
distância conhecida e sabendo a alteração de fase Φ introduzida no sinal, pode igualmente
determinar de imediato a velocidade do som:
v= +/- m/s