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1ª FASE DO ROCK

Como não poderia deixar de ser, a história do rock começa com um grito: o grito do negro, que veio para a América como
escravo e influenciou a sociedade norte-americana com a sua musicalidade. Em fins de 1950, nos Estados Unidos, a chamada
“geração silenciosa”, marcada pelo fim da Segunda Guerra Mundial, viu-se frente a um ritmo até então desconhecido, derivado da
sonoridade de um povo marginalizado.
Em 1954, Bill Haley and his Comets, com a música (We´re Gonna) Rock around the clock, levou os jovens a ingressarem
nesse novo ritmo – que no início era apenas um modismo - a partir da expressão contida no título da música, ou seja, dançando
sem parar (around the clock). Esta música, que lançou Bill Haley para o sucesso mundial, também fez parte do filme Blackboard
Jungle (Sementes de Violência).
Assim, o ritmo dançante da música de Bill Haley contagiou os jovens e também levou muitos outros artistas a seguirem
seus passos. Ele adaptou o ritmo do swing (ritmo dançante) ao som das guitarras elétricas e transformou (We´re Gonna)Rock
around the clock no hino oficial do rock’n’roll. Depois de Haley, outros artistas da década de 50, como Chuck Berry, Little Richard,
Buddy Holly e Jerry Lee Lewis também marcaram presença na história do rock’n’roll. A música do ex-trombadinha negro, Chuck
Berry, foi inclusive inspiração para outros artistas que apareceram no cenário do rock anos mais tarde. Johnny B. Goode, de
autoria de Berry, é até hoje ouvida e tocada por muitos amantes do rock em geral.
Um dos artistas mais importantes dos primeiros anos do rock’n’roll foi Elvis Presley. Como explica Chacon (1985), “só um
símbolo sexual, devidamente municiado pelos melhores autores e ‘cantando e suando como um negro’ poderia transformar aquele
modismo numa verdadeira revolução”. A sensualidade presente na voz rouca e na sua maneira de dançar, que transformaram
Elvis numa superestrela do rock, tornou-o um exemplo clássico da influência negra sobre a sociedade branca norte-americana –
aspectos para os quais Chacon (1985) chama a atenção. Além disso, sua história também tem pontos em comum com a de outros
artistas: vidas atribuladas, envolvimento com drogas, relacionamentos desfeitos e um triste fim. Estes foram também alguns dos
ingredientes das vidas de Jerry Lee Lewis, que teve muitos problemas com bebida e se casou várias vezes ou de Buddy Holly, que
morreu ainda jovem em um desastre de avião.
O envolvimento com drogas e a vida atribulada dos artistas de rock ficaram marcados como algumas das características
do gênero; a vida dos artistas citados acima demonstra que isso começou ainda nos primórdios do rock’n’roll.
primeiro disco que gravou pela Sun Records não impressionou o dono da gravadora, Sam Phillips. Mas quando ele juntou-
se ao guitarrista Scotty Moore e ao baixista Bill Black, uma brincadeira de estúdio chamou a atenção de Phillips, que os mandou
continuar com a gravação. Essa brincadeira era a música That’s all Right (Mama), do bluesman negro Arthur “Big Boy” Crudup e
virou o primeiro sucesso comercial de Elvis Presley. A partir daí iniciaram turnê pelos Estados Unidos.
A gravação de That’s all Righ (Mama) representou a “síntese da música blues e country que deu origem ao chamado
‘rockabilly’ (...) uma criação de Elvis Presley, que combinou o estilo vocal rouco e emocionado e a ênfase no ‘feeling’ rítmico do
blues...” (Friedlander, 2002, p. 70) O guitarrista Scotty Moore também contribuiu para esse estilo, ao misturar o estilo country de
tocar com a nota sustentada do blues.
O sucesso do rock’n’roll fez com que as grandes gravadoras procurassem novos artistas. A RCA, percebendo o efeito de
Elvis nas platéias, pagou à Sun 35 mil dólares pelo último ano de seu contrato. Assim, Elvis Presley caiu nas mãos do “coronel”
Tom Parker.
Como aponta Friedlander (2002), Elvis não era o mais talentoso instrumentista ou compositor, mas ele teve “o momento” e
“a equipe”, o que fez toda a diferença. A brilhante capacidade de Tom Parker para divulgação e gerenciamento da carreira de Elvis
foi essencial para sua transformação em “Rei do Rock”.
Assim, seguiram-se centenas de discos, dezenas de filmes e longas turnês, embalados pela histeria das fãs que não
resistiam à sensualidade de Elvis. Em 1956, ele gravou Heartbreak Hotel e I Want You, I Need You, I Love You. As duas músicas
conquistaram o primeiro lugar das paradas de sucesso, sendo que no final deste ano, o domínio era literalmente seu. Don’t Be
Cruel e Hound Dog formavam um compacto duplo que chegou ao primeiro lugar. Entretanto, gradativamente Elvis ia perdendo sua
vida própria, sendo cada vez mais manipulado para fins comerciais
Em fins de 1950, o rock’n’roll já se apresentava como um produto inserido no sistema cultural. A postura de diversos
setores da sociedade havia mudado em relação ao rock: se antes ele era maldito, condenado pelos setores mais conservadores,
agora já fazia parte dos valores da sociedade em geral. Nessa época, o gênero sofreu um “esvaziamento”, provocado pela intensa
comercialização dos discos de rock’n’roll e a divulgação de ritmos dançantes.
No início de 1956, John Lennon formou o conjunto The Quarrymen, que nada mais era do que uma reunião informa de
amigos. O grupo se estabilizaria em 1960, com Paul McCartney e George Harrison como guitarristas, Stu Sutcliffe no baixo e o
baterista Pete Best.
Neste mesmo ano, The Quarrymen deixa de existir; em seu lugar, surge uma “banda profissional de rock’n’roll’, os Beatles.
O nome foi uma combinação da palavra beetle (besouro) com uma expressão comum à época para o rock: música beat. A
referência aos insetos foi uma homenagem ao grupo de Buddy Holly, chamado Crickets (grilos).
Em 1962, os Beatles foram tocar em Hamburgo, Alemanha, quando encontraram o baterista Ringo Starr, que tocava com
os Hurricanes. Pouco tempo depois, ele substituiria Pete Best.
Finalmente em agosto deste mesmo ano, o grupo entraria nos estúdios de Abbey Road para a gravação do primeiro compacto da
banda, com as músicas P.S. I Love You e Love me Do. Nesta época, Stu Sutcliffe havia deixado os Beatles e Paul tomou a
posição de baixista do grupo.
Com o segundo single, Please Please Me, os Beatles alcançaram o topo das paradas britânicas. A esta altura, Brian
Epstein já era o empresário da banda; sua disposição e talento em vender a imagem do grupo o transformaram no “quinto beatle”.
Em 1963, apenas um ano depois do primeiro lançamento dos Beattles, a Beatlemania eclodiu na Inglaterra. Brian Epstein e
o produtor George Martin, da EMI, decidem partir com a banda para os Estados Unidos, cientes da popularidade do grupo. Em
1964, os Beatles conquistam a América com I Want to Hold Your Hand. A apresentação da banda no programa de televisão de Ed
Sullivan – o mesmo que tinha lançado Elvis Presley – foi a alavanca para que a mídia norte-americana passasse a publicar
matérias sobre os “Fab Four” (como eram conhecidos).
Ainda neste mesmo ano, os Beatles lançam seu primeiro filme, A Hard Day’s Night, em que representam a banda sendo
perseguida por uma legião de fãs fanáticas. A trilha sonora do filme trouxe canções como Can’t Buy me Love e a romântica And I
Love Her – a primeira de uma série de baladas de Paul McCartney.
Durante os shows dos Beatles, quase não se ouvia suas músicas, devido à quantidade de garotas que gritavam
histericamente pelos músicos. A partir de 1965, o grupo passou a se preocupar mais com as composições, deixando o amor
romântico de lado e empenhando-se em explorar outros temas. O disco Rubber Soul, lançado neste mesmo ano, marca o
amadurecimento da banda, visível na crítica social de Nowhere Man ou nas referências abstratas de Norwegian Wood, entre
outras composições deste disco.
O ano de 1966 marca a primeira experiência dos Beatles com o LSD (até então, a maconha era a droga mais consumida).
Revolver, lançado neste ano, confirmou a mudança de direção que apenas havia sido esboçada no álbum anterior. George
Harrison aparece como um compositor importante, colocando suas referências à música indiana, como o som de cítara em Love
to You. Neste disco, a dupla de compositores Lennon-McCartney praticamente se desfez, na medida em que o vocalista
geralmente era o autor da canção que interpretava.
Junto com a mudança de rumo da banda, também veio a decisão de parar com as turnês. Com mais tempo livre, cada
beatle resolveu se isolar por um tempo. Nesse meio tempo, John Lennon conheceu a artista plástica Yoko Ono, George Harrison
viajou Índia, Paul McCartney voltou a estudar artes e Ringo Starr saiu de férias.
Em 1967, eles se reuniram novamente para a produção do álbum que mudaria definitivamente os padrões do rock’n’roll: o
experimental Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
Na verdade, este álbum foi concebido como a materialização de uma fantasia dos quatro integrantes da banda, que
introduziram elementos artísticos inovadores em cada uma das canções. Ele foi composto como uma colagem, em que o trabalho
do produtor George Martin foi fundamental para tornar possível as experimentações sonoras pretendidas pelos Beatles. Na
música A Day in the Life, por exemplo,a banda quis introduzir no final uma nota audível somente pelos cachorros; realmente, fica a
impressão de um espaço “vazio” quando se escuta esta música. A capa de Sgt Pepper’s também demonstra o experimentalismo
pretendido pelo grupo; personagens admirados pelos Beatles, como Karl Marx, Jung, o Gordo e o Magro, William S. Burroughs,
Aldous Huxley, amigos como Dylan, Sutcliffe e os Rolling Stones, povoam a colagem de um retrato acima de um jardim de
maconha (imperceptível aos executivos da gravadora).
Em agosto de 1967, os Beatles são atraídos pela meditação transcedental do guru indiano Maharishi Mahesh Yogi.
Enquanto eles buscavam por uma regeneração espiritual, recebem a notícia de que Brian Epstein havia morrido, por excesso de
remédios para dormir –esse fato foi como um presságio para a dissolução da banda poucos anos depois.
Com a perda de Brian Epstein – e influenciados pelos conselhos do Maharishi - os Beatles passaram a se preocupar com
os negócios da banda pessoalmente. Com uma idéia de Paul, decidem lançar o filme The Magical Mistery Tour, sobre uma
viagem psicodélica em um ônibus. No entanto, nem o filme, nem a trilha sonora tiveram sucesso; muitos críticos consideraram a
empreitada uma “bomba promocional”. Alguns dos poucos números bem recebidos pela crítica foram I am the Walrus, Fool on the
Hill e a canção título.

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