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- por René Burkhardt | 25 de Janeiro de 2009

Ainda outra vez quero explorar o maravilhoso texto de Lucas 17, desta vez abrangendo os
versículos 3 a 10. Esse capítulo, como vários outros trechos da Palavra, ressalta a importância e
a necessidade de colocarmos o Senhor Jesus acima de tudo e de todos nas nossas vidas.

Nos versículos três e quatro o Senhor expõe aos discípulos a questão do perdão aos irmãos na
fé, mostrando a longanimidade e a misericórdia que devemos ter de uma forma infinita. Apesar
de o Senhor dizer que se deve perdoar ao irmão arrependido por sete vezes no mesmo dia,
podemos considerar isso como uma disposição infinita para o perdão, já que, dificilmente,
haveria tempo hábil para alguém pecar contra nós por sete vezes em um dia, se arrepender e vir
a nós pedindo perdão. Além disso, na passagem paralela em Mateus 18.15-22 o Senhor diz que
devemos perdoar 490 vezes – sem dizer que é no mesmo dia –, ratificando a idéia de se perdoar
infinitamente a quem se arrepende, já que ninguém ficaria contando, ou anotando em um
caderninho, a quantidade de vezes que perdoa a uma mesma pessoa.

“Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé” (v. 5). Aqui temos a impressão de
que o assunto abordado pelo Senhor foi mudado totalmente, já que Ele falava sobre perdão e os
discípulos falaram em fé. Porém, na verdade, esses discípulos tiveram um entendimento perfeito
do assunto que Jesus falava, percebendo que, para serem prontos a perdoar, necessitavam de fé
no Deus Criador e em Seu Filho, a ponto de se sentirem seguros de que Ele os capacitaria a
agirem dessa forma, sempre que necessário, uma vez que tinham certeza que, por si mesmos,
nunca seriam capazes para tanto. Mas eles acharam que somente com uma fé muito grande no
Senhor, eles seriam capacitados a amarem aos outros a ponto de perdoarem indefinidamente.

Em Sua resposta, Jesus demonstra que os apóstolos estavam certos ao relacionarem o perdão
com a fé. Na verdade, parece que era exatamente deste assunto que o Senhor queria falar aos
discípulos. Então Ele lhes diz: “Amados, eu quero lhes dizer algumas coisas a respeito da fé.
Vocês conhecem muito pouco a respeito dela e precisam saber que seu tamanho não é o ponto
mais importante. Ela é um dom do Deus Pai para vocês e, como tal, já vem no tamanho certo.
Se vocês tivessem uma fé maior do que receberam, se ela chegasse a ter o tamanho de um grão
de mostarda (v.6), vocês fariam coisas incríveis, como transportar montes, ou mandar que uma
árvore se arrancasse do chão e fosse para outro lugar. Imaginem vocês com tamanho poder,
mas agindo com sua própria justiça corrompida. Cada vez que vocês se sentissem ofendidos por
alguém, ou vissem uma pessoa ser injustiçada, dentro do seu próprio conceito de justiça, vocês
usariam esse poder para exercer juízo sobre quem tivesse cometido a afronta. Vocês
exterminariam tal pessoa, sem amor e sem misericórdia, sem exercitar perdão, sem considerar
o amor de Deus por ela, o mesmo amor que Ele teve por vocês. Vejam isto: começamos a
conversa falando sobre perdoar indefinidamente, da mesma forma que o Pai os tem perdoado.
Mas, dessa forma, vocês prefeririam condenar, a perdoar. Facilmente, vocês sairiam da vontade
do Pai. A verdade sobre a fé é como ela deve ser direcionada, não o seu tamanho”.

Então, Ele continuou (vs. 7-10): “Vocês precisam direcionar essa fé, que receberam, ao Deus Pai
e a Mim. Se vocês tivessem um servo, vocês também esperariam que ele os servisse de acordo
com a vontade de vocês e em todo o tempo que vocês necessitassem dele, que os obedecesse
fielmente, pois foi para isso que ele foi arregimentado. O fato de ele cumprir com suas
obrigações não lhe dá direitos especiais, muito menos, permite que ele seja colocado acima de
vocês. Esse servo fará tudo o que lhe foi determinado, em todo o tempo, por amor ao seu
senhor, que é quem lhe dá todas as coisas que ele necessita para sua vida. Ao final do dia ele
apenas poderá dizer que é um servo inútil, pois fez apenas o que devia fazer. E por que ele é
inútil? Porque qualquer um pode fazer o que foi determinado somente. Assim, ele poderia ser
substituído a qualquer momento, por qualquer pessoa. Mas ele sabe que não será substituído,
porque ele ama ao seu senhor e tudo o que ele faz, é por amor ao seu senhor. E ele sabe que o
seu senhor também o ama, se agrada dele e nunca deixará de suprir suas necessidades”.
“Assim, amados, por essa fé em seu senhor e em seu amor, o servo vive o seu dia em perfeita
harmonia com o seu senhor. Esse servo não coloca suas vontades, suas necessidades, ou seus
sonhos, acima de seu senhor. A sua prioridade é satisfazer a vontade de seu senhor em todo o
tempo, sem se importar com os riscos que possa correr, com o cansaço que possa sentir, com as
adversidades que possa enfrentar, sem temer por seu alimento, ou por sua moradia, pois, para
ele, o mais importante é o seu senhor. Esta é a fé sobre a qual edificarei Minha Igreja, amados,
contra a qual as portas do inferno não prevalecerão (ver Mt 16.18). Esta é a fé que vence o
mundo (ver 1Jo 5.4)”.

É impressionante como deixamos de exercitar essa verdade fundamental, encontrada em toda a


Palavra de Deus. Vejam o caso de Pedro andando sobre o mar, olhando fixamente para o Senhor
Jesus, até que olhou para si mesmo e teve medo de morrer (Mt 14.28-31), e começou a afundar.
Pedro, ali, desviou a sua fé no Senhor, para si. Deixou de ver o Senhor como Aquele que a tudo
sustenta pela palavra do Seu poder, para olhar a sua própria condição miserável de fraqueza e
impotência. E o Senhor lhe perguntou: “...por que duvidaste?”. Qual foi a dúvida de Pedro? Ele
duvidou que Jesus é o Senhor sobre todas as coisas e está no controle de tudo. Ele duvidou que,
olhando apenas para o Senhor Jesus, sairia vencedor daquele desafio. Naquele momento de sua
vida, Pedro negou a primazia a Cristo. Mas Paulo afirma: “Ele é antes de todas as coisas. Nele,
tudo subsiste. Ele é a cabeça do corpo, da igreja. Ele é o princípio, o primogênito de entre os
mortos, para em todas as coisas ter a primazia, porque aprouve a Deus que, nele, residisse
toda a plenitude” (Cl 1.18 – grifo meu). O próprio Deus Criador fez residir a plenitude em Cristo.
E só resta a nós, obras de Suas mãos, dirigir a Ele toda a nossa fé, nossa confiança, nossa
esperança, e O ter como nossa prioridade em cada momento de nossas vidas.

Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). E a nossa própria salvação, que é pela graça de
Deus, nos é concedida mediante a fé (Ef 2.8). Mas, será que consideramos essa extensão da fé
em nosso viver diário? O que o Senhor Jesus diz a nosso respeito, quando olha para as nossas
vidas? O Espírito de Cristo deixou registrado em Lucas 14, nos versículos 16 a 24, a parábola da
grande ceia, onde Ele nos revela mais algumas “coisas ocultas desde a criação” (Mt 13.35), para
nossa exortação e atenção.

A parábola fala de um certo homem, que representa o próprio Deus, e de muitos convidados,
que representam os cristãos, ou seja, as pessoas que tinham um relacionamento íntimo o
bastante com o anfitrião, a ponto de serem seus convidados para a grande festa (v. 16). Na hora
da ceia, momento de comunhão mais estreita, o homem manda seu servo, representando aqui o
Espírito Santo, avisar aos convidados que o grande momento havia chegado (v. 17). Era o
momento de todos se reunirem, se fartarem, colocarem a conversa em dia, festejarem, se
alegrarem, desfrutarem de uma grande comunhão entre todos. Podemos imaginar a felicidade
daquele servo que sai para chamar os convidados, certo de que todos se alegrarão por ter
chegado a hora tão esperada de se reunirem com o anfitrião, para a grande ceia há tanto tempo
anunciada.

Porém, cada um dos convidados mostrou o que realmente estava em seu coração. Cada um
deles mostrou que sua prioridade não era o homem que preparou a grande festa. Um deles se
preocupava mais com seu trabalho, com seus negócios imobiliários. Ao invés de se alegrar e, o
mais rápido possível, se preparar para ir à ceia, preferiu ir ver o resultado de seu último grande
negócio e se deleitar com ele (v. 18). Outro convidado se preocupou mais com sua propriedade e
com os bens que conseguia agregar a ela. Tal como o primeiro, sua prioridade não era a
comunhão com aquele que se propunha a ser seu amigo, mas se rejubilar com o resultado de
seu esforço próprio (v. 19). Ambos poderiam deixar o que tinham a fazer, para o dia seguinte.
Ambos pediram perdão por sua falta, mas sem ter a menor idéia do que estavam realmente
fazendo. O deus deles era o próprio umbigo.

Um terceiro convidado colocou sua família acima de tudo. Disse que, por ter se casado, não
poderia comparecer à grande ceia. Ao invés de aproveitar a oportunidade para levar sua família
consigo e a apresentar ao seu grande amigo, para também ela poder passar a desfrutar daquela
amizade inigualável, preferiu ficar em casa, satisfazendo seu próprio corpo, usando a esposa
como desculpa para não atender ao chamado que ele já sabia que seria feito a qualquer
momento (v. 20). Com esse tipo de atitude, podemos constatar a verdade nas palavras de

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Paulo: “Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo,
até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o
ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas.
Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus
Cristo” (Fp 3.18-20).

Incrível o que o Senhor Jesus está dizendo aqui a nós, seus discípulos: “Examinai-vos a vós
mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos (ver 2Co 13.5). Será que vocês
não estão se vendo nesses exemplos? Qual é a prioridade verdadeira de vocês? Vocês têm
certeza que têm buscado a Deus para ter uma comunhão íntima com Ele? Para O servir em
qualquer circunstância? Para O adorar como Deus Todo-Poderoso que é? Por reconhecer que Ele
é o grande Deus Criador? Ou vocês O têm buscado para que Ele satisfaça suas próprias
vontades, realize seus sonhos, supra todas as suas necessidades? Quando Eu chamar, vocês
atenderão prontamente, ou terão que sair ‘para comprar azeite’ (ver Mt 25.1-13), por não terem
dado a importância devida às minhas palavras?

Servos, atentem ao que Eu lhes digo: nada em suas vidas pode ser colocado acima de seu Deus.
Eu sei que vocês têm os seus problemas pessoais. Eu sei da dificuldade de se ter um filho
envolvido com drogas, uma filha que se prostitui, a agressividade no lar, o casamento a ponto de
ser desfeito, a falta de trabalho, a falta de dinheiro para pagar as contas essenciais, a
perseguição de familiares e de colegas de trabalho, a enfermidade, a morte de entes queridos, o
ministério que parece não se desenvolver, a incompreensão dos irmãos da igreja, o pecado que
parece não ser purificado em vocês. Mas, todas essas coisas e outras mais, estão sob o Meu
controle, sob o Meu cuidado. Ocupem-se, apenas, de elevar seu coração a Mim, em todos os
momentos do seu dia. A cada passo, Me convidem para os acompanhar, para que Eu tenha a
primazia em suas vidas e possa agir através do Meu Espírito em vocês, com vocês e por vocês.
Assim, vocês farão ‘bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus’ (Lc 12.33)”.

Meus irmãos, aqui eu quero chamar atenção para um fato importante. Esses convidados, que
recusaram o convite, não estavam fazendo coisas erradas. Aparentemente, eles não estavam
“vivendo em pecado”. Trabalhar, cuidar dos bens e da família são obrigações nossas. A própria
Palavra do Senhor determina que sejamos zelosos com tais coisas. Porém, quando as colocamos
como prioridade em nossas vidas, quando nos empenhamos em atender ao chamado de tais
coisas, sem, primeiro, falar com o Senhor Jesus para vir conosco e fazer, por nós e através de
nós, conforme a Sua vontade, escolhemos o juízo de Deus sobre nós, ao invés de Seu amor, Sua
misericórdia, Seu perdão e Sua salvação.

Vejam o que o Senhor nos diz em Lucas 17.26-29: “Assim como foi nos dias de Noé, será
também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento,
até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. O mesmo aconteceu
nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas, no dia
em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre e destruiu a todos”. Sabemos que nos
dias de Noé e de Ló, a iniqüidade do ser humano chegou até ao céu, provocando o juízo de
Deus. Mas, reparem que o Senhor não mencionou essa iniqüidade no Seu sermão. Ele citou
coisas “boas”, coisas normais que as pessoas estavam fazendo em seus dias. Coisas que não
prejudicavam aos outros. Coisas que nós mesmos fazemos atualmente. Apesar disso, o juízo de
Deus foi derramado sobre elas. Por quê? Porque a vaidade do ser humano o leva a adorar a si
mesmo, o leva a achar que é auto-suficiente e que pode agir sozinho, resolvendo seus
problemas, conquistando suas vitórias, construindo sua vida sobre a sua própria noção de
justiça. Com isto, na verdade, estamos nos considerando iguais a Deus e estamos exaltando o
nosso trono acima das estrelas de Deus (ver Is 14.13). Este é o nosso pecado, que nos leva a
rejeitar ao Espírito Santo e a blasfemar contra Ele. O Senhor está nos dizendo que esse é o
pecado que nos leva ao Seu juízo.

Essas coisas o Senhor confirma no restante da parábola (Lc 14.21-24). Ali vemos o servo, triste,
trazendo a notícia ao seu senhor. Ele conta ao seu senhor que aquelas pessoas, que por tanto
tempo haviam se relacionado com ele, não aceitaram seu convite, pois estavam muito ocupadas
com suas vidas, tendo negócios a resolver e famílias para cuidar. É evidente que o senhor ficou
muito irado. Ele disse: “Muito bem! Há muito tempo que tenho dito que daria essa ceia. A hora

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chegou e não é mais o caso de tentar convencer a essas pessoas, que já estavam avisadas, a
virem. Preparei muitos lugares e eles não podem ficar vazios. Vamos substituir essas pessoas
por outras, que se agradem de estar comigo. Saia por aí e convide a todos que parecem não ser
dignos, que não sejam justos a seus próprios olhos e nem aos olhos daqueles outros. Quero
minha casa cheia e minha vontade vai se cumprir. Quanto àqueles primeiros convidados,
nenhum deles vai comer comigo. Nenhum deles vai entrar em minha casa”.

Amados, duro é esse discurso, não? Assim diz o Senhor: “...as palavras que eu vos tenho dito
são espírito e são vida. Contudo, há descrentes entre vós. Pois Jesus sabia, desde o princípio,
quais eram os que não criam e quem o havia de trair... À vista disso, muitos dos seus discípulos
o abandonaram e já não andavam com ele” (Jo 6.63-64, 66). Isto quer dizer que não adianta
tentarmos enganar ao Senhor. Não adianta fazermos de conta que temos uma vida justa,
piedosa. Ele conhece cada passo que damos, cada pensamento que formamos. Ele sabe qual é a
nossa prioridade.

E nós, sabemos qual é nossa prioridade? Estamos realmente dispostos a abrir mão de sonhos,
para seguir o duro caminho trilhado pelo Filho do Homem, que não tinha nem onde reclinar Sua
cabeça? Estamos realmente dispostos a reconhecer que nossos pais, irmãos e amigos, são
apenas aqueles que crêem que Jesus Cristo é o Senhor? Estamos confiantes em trabalhar, “não
pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna” (Jo 6.27), ou nosso trabalho
está acima de nosso amor por Deus? Se chegamos à conclusão que o Senhor Jesus não é a
nossa prioridade, aproveitemos essa Sua exortação para mudarmos essa realidade. O Senhor
não quer que nenhum se perca. Busquemos em oração ao Senhor, para que possamos dirigir, em
todo o tempo, nossos atos e nossos pensamentos a Ele, em primeiro lugar. Amém.

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