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Terceira Igreja Batista do Plano Piloto // EBD: Visão certa, mundo incerto // 13 setembro 2009 1

Visão certa, mundo incerto


Aula 04: O cristão e a ciência

“Feliz aquele que em suas observações aprendidas, contemplando as maravilhas deste


vasto universo, diante de tanta beleza, diante de tanta magnificência, dobra os joelhos e
reconhece o divino Criador.” (Andre-Marie Ampère)

Em nossa cultura, existe a idéia de que fé e ciência não se misturam. Para muitos, é impossível que alguém possa ser
um cientista e, ao mesmo tempo, acreditar em Deus. No entanto, se analisarmos os conceitos de mandato cultural e
graça comum, veremos que essa é uma atividade que o Senhor delegou aos homens. Mesmo após a Queda, a criação
proclama a glória de Deus (Sl 19.1).

Relembrando
Conceitos essenciais de uma cosmovisão cristã
Graça comum: Trata-se da bênção que Deus derrama sobre todos os homens, sejam
eles justos ou pecadores. Isso inclui o governo humano, as dádivas da natureza e
as capacidades do ser humano: artes, relacionamento, aprendizagem e criatividade,
entre outros. O homem é um ser racional e é capaz de conhecer e aprender sobre o
mundo que o cerca, pois o Senhor assim o abençoa.

Mandato cultural: É a missão de domínio sobre a Criação que o Criador deu ao


homem e à mulher. Somos a coroa da criação e devemos reinar sobre ela, cuidando
com muito zelo de tudo o que o Senhor fez. Isso significa que atividades como
agricultura, matrimônio, artes e ciência não são atividades desligadas de Deus. Pelo
contrário, elas o honram e glorificam quando realizadas da maneira correta.

Fé x Razão
Aprendemos que o homem foi criado à imagem de Deus, o que inclui a racionalidade como atributo do ser humano.
Isso significa que a Bíblia não opõe a fé à razão, como muitos pensam. Com o pecado, muitas vezes os homens são
enganados por falsos pensamentos, mas isso não significa que devemos ser pessoas irracionais.

A fé é um dom sobrenatural, mas ela inclui o ato de pensar, pois o convertido pondera entre o caminho do Senhor
e o caminho do mundo. A ação do Espírito Santo sobre o crente inclui o convencimento de que a verdade bíblica é
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superior às opções humanas.

O Cristianismo é baseado em muito mais do que razão humana nua e crua, mas de nenhuma


maneira em menos. Apesar da divina revelação nos levar além dos limites da especulação racional
ela não fica abaixo da inteligibilidade racional. (R.C. Sproul)

Desde o iluminismo, muitos foram levados a crer que há uma falsa oposição entre a fé e a razão, uma idéia muito
difundida até hoje. Trata-se de um erro acreditar que a Bíblia nos chama a darmos um “salto no escuro”. Nossa mente é


fruto da imagem de Deus que o homem carrega e deve ser usada pelo cristão.

Como cristãos, alegamos que o conteúdo da nossa fé é o que qualquer homem sensato deveria
endossar, não somente porque ela está completamente de acordo com a lógica e os fatos (quando


estes são propriamente vistos), mas também porque sem a cosmovisão cristã a própria ‘razão’ se
torna arbitrária ou sem sentido – torna-se ininteligível. (Greg L. Bahnsen)

Cristianismo e o surgimento da ciência


Ao contrário do que se publica e se pensa, a Cosmovisão cristã foi decisiva para o surgimento da ciência. Muitos
historiadores começam a perceber que existe uma correlação entre os países tradicionalmente protestantes e o avanço da
ciência. Muitos povos, como árabes, chineses e aztecas alcançaram níveis tecnológicos muito maiores que a Europa pós-
Idade Média, mas não foram capazes de sistematizar seus conhecimentos como os povos ocidentais fizeram. Existe um
motivo para isso e alguns princípios da nossa cosmovisão são a resposta.

1) A natureza é real, é boa e é uma revelação de Deus.

O pensamento hinduísta vê a criação como ilusão. Os gnósticos (que influenciam o cristianismo até hoje) viam a matéria
como algo ruim e a criação com indigna de consideração. Mas a Bíblia fala que ela foi escolhida como palco para a
história da redenção. Também nos conta que os atributos e o poder de Deus são revelados por meio das coisas criadas
(Rm 1). Muitos cientistas foram motivados a estudar a Criação para conhecer mais da sabedoria de Deus. Por fim, até
a natureza tomará parte na redenção de tudo (Rm 8). Apocalipse não fala de apenas novos céus, mas também de uma


nova terra.


A natureza tem perfeições para mostrar que ela é a imagem de Deus, e defeitos para mostrar que
ela não é senão a imagem. (Blaise Pascal)

2) A natureza não é Deus, mas uma criação dele.

As visões orientais normalmente vêem a natureza como uma extensão de Deus, de forma que uma pesquisa maior da
criação fica inviável. É como se fosse uma heresia tentar dissecar Deus. Somente com uma separação entre Deus, homem
e natureza é possível supor diferentes propósitos para cada um dos elementos da criação.
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3) Os fenômenos naturais acontecem e se repetem de forma confiável, pois foram criados por uma mente
racional, que estabeleceu ordens e leis no universo.

Diferente das religiões que viam o mundo como fruto de deuses contraditórios, ambíguos e incoerentes, o cristianismo
enxerga o mundo como criação de um Deus soberano e coerente. Não existem forças ocultas fora do controle de Deus.
Os milagres existem e eles só existem porque são alterações nas leis que o próprio Deus implementou.

Enquanto durar a terra, plantio e colheita, frio e calor, verão e inverno, dia e
[ Gênesis 8.22 ] noite jamais cessarão.

O cristão maduro não é aquele que se maravilha apenas com milagres, com o agir sobrenatural de Deus, mas aquele que
enxerga no mundo natural a mão do Criador. Isto foi o que motivou muitos dos primeiros cientistas modernos. O estudo
das leis naturais, para os primeiros cientistas, era uma forma de conhecer a sabedoria de Deus sobre a terra. Eles sabiam
que a regularidade dessas leis eram a base para que os experimentos fossem realizados.

4) O homem, como imagem de Deus, é um ser inteligente e tem a capacidade de entender (não tudo, mas o
necessário) as leis do universo.

Joseph Needham, um cientista que dedicou boa parte de sua vida estudando a China, chegou a conclusão de que os
chineses conseguiram muitos avanços na ciência. No entanto, por conta de sua visão de que não há ordem inteligível no
universo e de que o homem não é capaz de compreender esta ordem, caso exista, a ciência não se desenvolveu. Por outro
lado, para os cristãos, o chamado de Adão e Eva em Gênesis coloca o homem numa posição de vice-gerente do universo,
um cargo que precisa de conhecimento sobre a criação. Isso motivou muitos a compreenderem aquilo que os cerca.

Além disso, o costume de registrar tradições e informações, e guardar livros foi fortalecido com os monges. Graças
à Reforma Protestante, a alfabetização popularizou-se, para que os crentes pudessem ler a Bíblia e os livros dos fiéis.
Ao contrário da Igreja Católica na Idade Média, os protestantes viam com bons olhos a vida que não era dedicada
exclusivamente à igreja, de maneira que cientistas e artistas puderam dedicar-se às suas vocações. Isso não quer dizer que
todos os cientistas eram crentes fiéis, ou que a revolução científica dependeu apenas do Cristianismo. Mas não se pode
ignorar a importância da visão bíblica para a formação do pensamento científico moderno.

A ciência hoje
Se o cristianismo foi tão importante para o surgimento da ciência, por que hoje existe a idéia de que ciência e religião
não se misturam? Existe uma confusão sobre a identidade e o papel da ciência na sociedade. Quando se usa o termo
“ciência” hoje somos levados a pensar sob o ponto de vista naturalista, isto é, a idéia de que não existe nada além do
mundo natural. Isso faz com que muitos pensem que naturalismo e ciência são a mesma coisa.

Desde o ensino fundamental até a universidade, tudo que se estuda a respeito de história, sociologia, física, entre
outros, estuda-se de forma naturalista. Mesmo que esse comprometimento não seja óbvio nem direto, o que se produz


cientificamente é feito com este viés.


Somos forçados por nossa aceitação a priori das causas materiais a criar um aparato de investigação
e um conjunto de conceitos que produzam explicações materiais.(Richard Lewontin)

O que Lewontin quer dizer é o que muitos cientistas e professores já partiram do pressuposto de que não se pode explicar
qualquer fenômeno como sobrenatural e que é assim que se faz ciência. Desta forma, aquilo que chamamos de ciência
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muitas vezes é o que os estudiosos naturalistas chamam de ciência. Somos obrigados a aceitar essa definição e aqueles que
não a aceitam são taxados de irracionais.

Ciência: verdade absoluta?


Quantas vezes você ouviu o argumento “Isto é comprovado cientificamente!” como prova inquestionável numa discussão?
E quantas vezes não usamos esse mesmo argumento, como se a ciência nos apresentasse uma verdade final para os fatos?
Isso mostra como somos influenciados pelo pensamento cientificista, que ignora qualquer verdade fora das explicações
naturalistas. Mesmo cientistas respeitados compreendem mal a natureza da ciência e apresentam suas descobertas como
dogmas irrefutáveis. Em nenhum momento a ciência se propõe a apresentar A Verdade. Veja o que diz Karl Popper, uma


das maiores mentes do século XX:

Nós sabemos que nossas teorias científicas sempre permanecem como hipóteses... Na ciência não
há nenhum conhecimento, no sentido no qual Platão e Aristóteles entendiam a palavra, no


sentido que implica finalização; na ciência nunca teremos razão suficiente para a crença de que
alcançamos a verdade. (Karl Popper)

Muitas vezes, também, estamos a condicionados a pensar no cientista como uma figura totalmente neutra e objetiva,
desligada de qualquer pressuposto e imune a qualquer influência para conduzir seus experimentos. Mas os pesquisadores
são seres humanos caídos como nós e cometem erros.

Não queremos dizer com isso que devemos ignorar as descobertas científicas e agir como ignorantes. Mas é preciso
sabermos que a ciência não é a Verdade final. Pela graça comum, muitas vezes a ciência pode nos colocar diante da
verdade, mas ela não pode fundamentar e guiar a vida do cristão, e nem se propõe a isso. Toda a nossa atitude, inclusive
nossos conhecimentos, precisam ser filtrados à luz da Palavra.

Três abordagens
No livro Pense Biblicamente, Taylor B. Jones nos apresenta algumas abordagens que podemos ter em relação a essa
questão da ciência e a fé. Ele usa a ilustração de “livros” para entendermos essa questão.

Abordagem sem livro: O cientista que ignora a Bíblia como Palavra de Deus, mas não só isso: considera um livro irrelevante
e desnecessário para sua prática.

Abordagem de dois livros: Tenta conciliar duas fontes de verdade absoluta: a Bíblia e a ciência. A princípio, não se vê
nenhum problema nisso, contudo o cientista encontra-se em uma difícil tarefa de harmonizar aquilo que nem sempre se
encaixa. Isso pode levar alguns cristãos a submeterem a Bíblia à ciência, e não o contrário.

Abordagem de um livro: Essa visão reconhece a Bíblia como verdade infalível e suficiente, e a partir dela tira a base para
todas as atividades humanas. O cientista do livro único não busca comprovações científicas para as afirmações bíblicas, mas
comprovações bíblicas para os fatos científicos.

Biblicamente, não existe dicotomia entre fé e ciência. O crente tem o mandato de Deus para explorar e conhecer sua criação.
Esta foi a verdade que homens como Newton, Kepler, Pascal, Ampére e Boyle viveram, e é isso que Deus espera de nós.

[ Salmo 19.1 ] Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas
mãos.
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Religião e Ciência por C.S. Lewis


Leitura complementar
“Milagres”, disse meu amigo. “Oh! Não me venha com essa! A ciência já nocauteou essa idéia. Sabemos que a Natureza é governada
por leis fixas.”

“Mas, as pessoas não sabem disso desde sempre?” Perguntei.

“Meu Deus, não”, disse ele. “Por exemplo, tome uma estória como a do Nascimento Virginal. Sabemos agora que tal coisa não poderia
acontecer. Sabemos que deve haver um espermatozóide proveniente de um homem.”

“Mas, escute aqui”, disse eu, “São José –”

“Quem é ele?” Perguntou meu amigo.

“Ele era o marido da Virgem Maria. Se você ler a estória na Bíblia você verá que quando ele percebeu que sua noiva ia ter um bebê,
ele decidiu cancelar o casamento. Por que ele fez isso?”

“Não faria o mesmo a maioria dos homens?”.

“Qualquer homem faria,” disse eu, “desde que ele conhecesse as leis da Natureza – em outras palavras, desde que ele soubesse que uma
garota não teria um filho a menos que tivesse dormido com um homem. Mas, de acordo com sua teoria, as pessoas antigamente não
sabiam que a Natureza era governada por leis fixas. Estou apenas observando que a estória mostra que São José sabia tanto a respeito
da lei quanto você.”

“Mas, ele veio a acreditar, depois, no Nascimento Virginal, não foi?”.

“Exatamente. Mas, ele não fez isso porque ele estava de alguma forma iludido sobre a origem normal das crianças. Ele acreditou no
Nascimento Virginal como algo sobrenatural. Ele sabia que a Natureza trabalha de forma fixa e regular: mas, ele também acreditou
que existia alguma coisa além da Natureza que podia interferir com o trabalho dela – desde fora.”

“Mas, a ciência moderna tem mostrado que não existe tal coisa”.

“Será?” disse eu. “Qual das ciências?”

“Oh, bem, isso é uma questão de detalhe”, disse meu amigo. “Eu não posso lhe dar capítulo e versículo de cor”.

“Mas, você não vê que”, disse eu, “a ciência não poderia nunca mostrar algo desse tipo?”.

“E por que não?”.

“Porque as ciências estudam a Natureza. E a questão é se há algo além da Natureza – qualquer coisa ‘do lado de fora’. Como você
poderia descobrir isso, simplesmente estudando a Natureza?”.

“Mas, não descobrimos que a Natureza deve trabalhar de uma forma absolutamente fixa? Quero dizer, as leis da Natureza nos dizem
não somente como as coisas acontecem, mas também como elas devem acontecer. Nenhum poder pode alterá-las”.

“O que isso quer dizer?” Disse eu.

“Olhe,” disse ele. “Essa ‘coisa externa’ de que você fala pode fazer dois e dois resultar em cinco?”

“Bem, não,” disse eu.

“Muito bem,” ele disse. “Penso que as leis da Natureza são realmente tal como dois e dois dando quatro. A idéia de elas serem
alteradas é um absurdo tal como o é a alteração das leis da aritmética”.

“Um momentinho”, disse eu. “Suponha que você ponha cinqüenta centavos numa gaveta hoje e cinqüenta centavos na mesma gaveta
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amanhã. As leis da aritmética lhe garantem que você vai achar um real depois de amanhã?”

“Claro”, disse ele, “desde que alguém não mexa na minha gaveta”.

“Ah, mas essa é toda a questão,” disse eu. “As leis da aritmética podem dizer o que você encontrará, com absoluta certeza, desde que
não haja interferência. Mas, o ladrão não terá desobedecido às leis da aritmética – somente às leis do país. Agora, não estão as leis da
Natureza no mesmo barco? Elas não dizem tudo o que acontecerá desde que não haja interferência?”.

“O que você quer dizer?”.

“Bem, as leis dirão a você como uma bola de sinuca viajará numa superfície lisa se você a atingir com o taco, de uma forma particular
– mas, somente se ninguém interferir. Se, depois de ela estar em movimento, alguém esbarrar nela – aí então, você não terá o resultado
predito pelo cientista”.

“Claro que não. Ele não permitiria truques grosseiros como esse”.

“Pois então, e da mesma forma, se houvesse algo externo à Natureza, e se essa coisa interferisse – os eventos que o cientista previsse não
aconteceriam. Isso seria o que chamamos de milagre. Num determinado sentido, não seria uma desobediência às leis da Natureza. As
leis dizem a você o que acontecerá se nada interferir. Elas não dizem se algo irá interferir. Quero dizer, não é o especialista em aritmética
que vai lhe dizer qual a probabilidade de alguém mexer na sua gaveta; um detetive seria mais útil. Não é o físico que poderá dizer-lhe
qual a probabilidade de eu pegar um taco e arruinar sua experiência com as bolas de sinuca; é melhor você perguntar a um psicólogo. E
não é o cientista que lhe dirá qual a probabilidade da Natureza sofrer uma interferência externa. Você deve consultar um metafísico.”

“Essas são observações mesquinhas,” disse meu amigo. “Veja você, a real objeção vai muito mais longe. Toda a imagem do universo
que a ciência tem nos dado prova ser uma tolice acreditar que o Poder por trás de tudo poderia estar interessado em nós, desprezíveis
criaturinhas engatinhando por sobre um planeta completamente ordinário. Isso tudo foi, obviamente, inventado por pessoas que
acreditavam que a terra era chata e que as estrelas estavam a apenas alguns quilômetros de distância.”

“Quando foi que se acreditou nisso?”

“Ora essa, todos aqueles antigos cristãos sobre os quais você está sempre falando. Quero dizer, Boécio, Agostinho, Tomás de Aquino
e Dante.”

“Desculpe-me”, disse eu, “mas esses são alguns dos poucos indivíduos sobre os quais eu conheço alguma coisa”.

Estendi meu braço em direção a uma estante. “Você vê este livro”, eu disse, “o Almagesto de Ptolomeu. Você o conhece?”

“Sim”, disse ele, “Foi o manual astronômico padrão usado na Idade Média.”

“Bem, leia isso”, disse eu, apontando para o Livro I, capítulo 5.

“A terra”, leu em voz alta meu amigo, hesitando um pouco em sua tradução do latim, “a terra, em relação à distância das estrelas fixas
não tem dimensão apreciável e deve ser tratada como um ponto matemático.”

Houve um momento de silêncio.

“Ele realmente sabia disso naquele tempo?” Disse meu amigo. “Mas, nenhuma das modernas enciclopédias – nenhuma das histórias
da ciência –sequer mencionam o fato”.

“Exatamente”, eu disse, “Deixarei você refletir sobre a razão disso. É como se alguém quisesse encobrir esse fato, não parece? Fico
imaginando o porquê.”

Houve um outro momento de silêncio.

“De qualquer forma”, disse eu, “podemos agora enunciar o problema precisamente. As pessoas usualmente pensam que o problema
seja como conciliar o que nós sabemos sobre o tamanho do universo com nossas idéias tradicionais de religião. Isso está longe de ser
o problema. O problema real é este. O tamanho enorme do universo e a insignificância da terra são fatos conhecidos por séculos e
ninguém nunca imaginou que eles tivessem algo a ver com questões religiosas. Então, há menos de cem anos, eles repentinamente são
tirados da cartola como um argumento contra o cristianismo. E as pessoas que os tiraram da cartola, cuidadosamente, ocultam o fato
de que eles são conhecidos há muito tempo. Não lhe parece que todos vocês ateus são pessoas estranhamente ingênuas?”

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