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em Debate
Nos jardins do Museu da República
12 DE SETEMBRO
A gente nasce, a gente cresce,
a gente quer estudar...
A educação pode produzir novas formas de intervir na realidade social?
Airá O CRESPO Airá desenvolve trabalhos de pintura, ilustração, arte educação e produção
cultural. Atua no universo do Hip-Hop com a linguagem do Graffiti e vem amadurecendo e
ampliando o seu potencial artístico há dez anos, desde quando começou a dar os primeiros tra-
ços com spray. Membro dos grupos Nação e Rimas e Tintas, artista essencialmente autodidata,
busca suas principais referências estéticas na pluralidade da cultura brasileira e na expressividade
da arte africana, recebendo influências também das imagens urbanas do dia-a-dia assim como da
linguagem do design gráfico contemporâneo. Está completando o nível superior em Propaganda
e Marketing na Universidade Estácio de Sá. Utiliza como principal ferramenta de trabalho a tinta
spray. Airá possui um currículo extenso e dinâmico como artista e produtor. Trabalhou em proje-
tos do Grupo Cultural AfroReggae, CUFA e junto a instituições como SESC, ensinando pessoas
com perfis variados em diferentes oportunidades, indo de crianças de rua a policiais militares,
estes dentro do Projeto Juventude e Polícia, tendo atuado também no Paraná, Minas Gerais e
Paraíba e fora do Brasil, dando workshops em Londres e outras cidades da Inglaterra.
Realizou muitos trabalhos em diversos ambientes que vão desde os murais externos e pintura interna
do Centro Cultural Afro Reggae de Vigário Geral, passando pela pintura de figurino para a peça
Hamlet é Negro, de Antônio Abujamra, o mural decorativo no Morro do Salgueiro para o Videoclipe
de Fernanda Abreu Baile da Pesada, o filme Era Uma Vez de Breno Silveira, e até a apresentação de
campanha Kuat Guaraná para a Agência Giovanni FCB em 2007 e a pintura mural interna das Docas
S/A no Cais do Porto – 2008 e do Centro de Referência da Juventude em Santa Cruz, RJ – 2009.
Entre as exposições as mais recentes são: Estética da periferia (curadoria de Gringo Cardia);
Pintura de painel, Centro Cultural dos Correios, 2005; Exposição dos 13 anos do Grupo Cultural
AfroReggae (curadoria Gringo Cardia); Pintura de escultura, Centro Cultural Telemar, 2006;
Exposição Expo-Copa; Telas pintadas com spray, SESC Campos, 2006; Lapa a Jato (Galeria
Severo 172); Telas pintadas, Lapa, 2006; Jogos Visuais (Oficial do Pan Rio); Pintura de mural,
Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, 2007; Velhos Tempos Novos Traços; Pintura de tela,
SESC Campos, 2007; Museu das Grandes Personalidades Brasileiras (OI / soluções Urbanas);
Pintura de painel para impressão de banner, Conj. Cruzada, Leblon, 2008; Festival Hutuz de hip-
hop (mostra de arte); Pinturas diversas, Cinema Odeon; Supervia, Armazém 5, Cidade de Deus,
RJ, 2004/05/06/07/08.
JaILSON DE SOUZA E SILVA Geógrafo graduado pela UFRJ, especialista
em Metodologia do Ensino Superior pela UERJ. Mestre em Educação Brasileira pela PUC/RJ.
Doutor em Sociologia da Educação pela PUC/RJ. Pós-doutorado no John Jay College da cidade
de Nova York. Professor da Universidade Federal Fluminense. Consultor do UNICEF, OIT e
Canal Futura. Fundador e Coordenador licenciado do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro.
Atual Secretário de Educação da Cidade de Nova Iguaçu.
13 DE SETEMBRO
Se essa cidade fosse minha eu mandava...
Quem manda na cidade?
BAND’s Rabisco, graffiti, bomber, pintura, crianças, comunidade, Chatuba, Zona Norte,
Zona Sul, comunidade, arte urbana, painel, exposição, site, internet, spray, rolinho, caneta, pho-
toshop: tudo isso é matéria-prima de trabalho para Mario Band’s – um artista urbano, que cria
várias realidades sobre o cotidiano. Sem medo de assumir a alcunha de artista de rua, Mario
Bands passeia por todos os tipos de influência e convive entre as tendências urbanas harmo-
niosamente. Experimenta misturar os traços agressivos do graffiti de rua com o impacto sob a
temática da questão social em uma obra sobre o Xangô. Da arte de rua, do gueto, da “ilegalidade”
para o desenvolvimento de Artes mais elaboradas, Mario cria diante de um muro, com a mesma
astúcia que cria em frente ao monitor de um computador. Ele mostra para todos que arte é arte,
não importando de que maneira ela é criada. O verdadeiro “os fins justificam os meios”. Sua
idéia é a de construir a arte. É intervir. É interagir. E como a arte de rua tem um foco em deixar
sua “marca” no máximo de lugares possíveis e, também, nos impossíveis, sua marca está desde
os muros das casas na sua comunidade, passando pelos muros do metrô do Rio de Janeiro, sem
desviar dos painéis que decoram ambientes de trabalho e encontrando-se com os personagens
pintados nos muros do Colégio Hélio Alonso e da FACHA. É a versatilidade do artista na va-
riedade dos “mundos”. Seu estilo? As cores mostram por si só. São elas que dão forma e vida às
obras. Sobreposição de tons, o jogo com as sombras, os borrões de tinta ou “sujeira” que realçam
o lado expressionista nas pinturas. Ênfase na característica dos personagens, Pinturas em 3d,
Contornos Estilizados revelando as formas de cada objeto em contraste com a base (fundo) da
pintura. Band´s é um artista que começou e aprendeu nos becos e vielas da comunidade e que
hoje aprimora sua arte e suas tendências a partir das referências da faculdade, com as técnicas de
publicidade. O olhar aguçado que as aulas de sociologia, filosofia e cultura brasileira lhe deixaram,
uma maior percepção daquela realidade que nunca esteve longe de si. Assim, Mario viu que é
possível comunicar-se através da arte.