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29/12/13 Justificação (teologia) – Wikipédia, a enciclopédia livre

Justificação (teologia)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Justificação é um conceito teológico presente no cristianismo que Parte de uma série da


trata da condição do ser humano em relação à justiça de Deus. História da teologia cristã
A "Justificação pela fé", também conhecida como sola fide, é um
dos conceitos basilares do luteranismo e de todas as denominações
cristãs que advém da Reforma Protestante. Pode-se dizer que esse
conceito religioso foi um dos catalisadores da Reforma. Lutero
inspirou-se na afirmação do apóstolo São Paulo de que "o justo
viverá pela fé" (Romanos 1:17), contrariando assim a afirmação da
Igreja Católica, que defendia que à fé se deviam acrescentar as boas
obras a fim de se poder alcançar a salvação.
Conte xto
Apesar destas diferenças teológicas, as várias tradições cristãs
acham que a fé não é a base para a justificação, mas simplesmente o Quatro marcas da Igreja
meio, o órgão de apropriação, ou o instrumento dela. Pela fé Cristianismo primitivo · Cronologia
somente o pecador toma posse de todas as bênçãos da justificação. História do cristianismo
Teologia · Governo eclesiástico
Trinitarianismo · Não-trinitarianismo
Escatologia · Cristologia · Mariologia
Índice Cânon bíblico: Deuterocanônicos e
Livros apócrifos
1 Teologia Católica Romana
1.1 Concílio de Trento Visõe s te ológicas da história
2 Teologia Protestante
2.1 Teologia Luterana De Civitate Dei · Sucessão
2.2 Teologia Calvinista Apostólica
3 Comparação de tradições Landmarkismo ·
4 Ver também Dispensacionalismo·Restauracionismo
5 Referências
Cre dos

Credo dos Apóstolos · Credo


Teologia Católica Romana Niceno
Credo da Calcedônia · Credo de
Segundo a doutrina católica, a justificação "é a obra mais excelente Atanásio
do amor de Deus. É a acção misericordiosa e gratuita de Deus,
que perdoa os nossos pecados e nos torna justos e santos em Patrística e Prime iros Concílios
todo o nosso ser. Isto tem lugar por meio da graça do Espírito
Santo, que nos foi merecida pela paixão de Cristo e nos foi dada Pais da Igreja · Agostinho
no Baptismo. A justificação inicia", mas não obriga, a "resposta Nicéia · Calcedônia · Éfeso
livre do homem, ou seja", a adesão individual e livre ao plano de
salvação arquitectado por Deus. Para isto, requer a fé em Cristo e a De se nvolvime nto Pós-Nice no

colaboração com a graça divina.1 Os católicos acreditam que «o


homem é justificado pelas obras e pela fé» (Tg 2, 24), porque a Heresia · Lista de heresias
«fé sem obras é morta» (Tg 2, 17). Logo, as boas obras são uma Monofisismo · Monotelismo
afirmação, prática e reforço da fé, que é fundamental para a Iconoclastia · Gregório I · Alcuíno
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justificação. Todo este processo de justificação só é possível por Fócio · Cisma Oriente-Ocidente
causa da graça divina, "que justifica" os homens. 2 Escolástica · Aquino · Anselmo
William de Ockham · Gregório
Concílio de Trento Palamas

O Concílio de Trento, que foi a grande expressão da Contra- Re forma

Reforma, ensinava que a justiça merecida por Cristo deveria ser


apoiada pela justiça do próprio pecador que cooperava com a graça Reforma protestante
através das boas obras. Na visão de Trento, a justificação é um Lutero · Melanchthon · Calvino
processo, na qual o pecador é tornado justo, misturando a 95 Teses · Justificação ·
justificação com a santificação. Estes dois termos são virtualmente Predestinação
sinónimos em Trento. Na visão católica, a justiça é infusa (e não Sola fide · Indulgência · Arminianismo
imputada), causando mudança na vida interior do pecador. A justiça Livro de Concórdia · Reforma
é antes transformadora do indivíduo do que creditada a ele. Segundo Inglesa
esta perspectiva, o pecador é justificado com base numa justiça Contra-reforma · Concílio de Trento
interna (iustitia in nobis ou iusticia infusa) do que por uma justiça
que vem de fora. Em resumo, na teologia católica, a justiça é dada ao
justo antes que ao pecador, sendo por isso a justificação o resultado
da justiça infusa de Cristo. De sde a Re forma

A partir destes ensinamentos do Concílio de Trento, a Igreja Católica Pietismo · Avivamento


ensina que o pecador é justificado pela fé em Cristo, mas é uma fé John Wesley · Grande
informada e fundamentada pelo amor e motivada pela graça divina. A Despertamento
justificação tornar-se-ia na semente e na força criadora de uma nova Movimento de Santidade
vida cristã assente na fé, na esperança e na caridade (e também nas Movimento Vida Superior
boas obras). Essa fé em Cristo é infusa no coração do homem Movimento Pentecostal
aquando do Batismo, de forma que ela perdoe o pecado original. Neopentecostalismo
Existencialismo
Teologia Protestante Liberalismo · Modernismo · Pós-
modernismo
Concílio Vaticano II · Teologia da
A "iustitia infusa" católica era inadimissível para os Protestantes.
Libertação
Estes acreditam que a graça era derramada, mas que a justificação
Ortodoxia radical · Jean-Luc Marion
era uma matéria judicial, que tinha a ver com a imputação da justiça Hermenêutica · Desconstrução-e-
de Cristo a nós. A imputação era o coração e a essência da
religião
justificação forense. Não poderia haver o aspecto forense da
justificação sem a imputação da justiça de Cristo. Segundo a
perspectiva protestante, a doutrina da imputação da justiça de Cristo Portal do Cristianismo
é co-irmã da doutrina da justificação, sendo estes dois conceitos
inseparáveis.

Novamente contra as investidas católicas, os protestantes afirmavam uma justiça que vem de fora deles, uma
justitia extra nos, vinda da imputação da justiça de Cristo. A justiça de Cristo, portanto, é ensinada como
sendo imputada ao pecador. A justificação do ímpio vem de fora dele, iustitia extra nos, procedendo da
justiça de Cristo. A fé não é a base para a justificação, mas simplesmente o meio, o órgão de apropriação, ou o
instrumento dela. Pela fé somente o pecador toma posse de todas as bênçãos da justificação.

Teologia Luterana

A doutrina da justificação é de tal importância para a teologia luterana que ela é chamada articulus stantis et
cadentis ecclesiae (o artigo sobre o qual a Igreja permanece ou cai), sendo o artigo principal das confissões
luteranas, a espinha dorsal da teologia na qual todas as outras doutrinas estão apensas e da qual todas
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dependem. Fé e obras são termos excludentes entre si. Nada poderia ser acrescentado à justiça de Cristo.
Nenhuma adição humana seria tolerada. No pensamento luterano, nunca as duas coisas, fé e obras, andaram
juntas soteriologicamente.

Em seu comentário sobre a Carta de São Paulo aos Gálatas, Lutero diz que somos "justificados não pela fé
proporcionada pelo amor, mas pela fé unicamente e somente". Segundo ele, a fé não justifica porque
produz o fruto do amor a Cristo (boas obras), mas porque ela recebe o fruto do amor de Cristo. Na teologia
luterana, "a justificação é um termo jurídico e significa pronunciar e tratar como justo, justificar".
Analisando o texto de Romanos 2.13, a Apologia da Confissão de Augsburgo diz: "Ser justificado aqui não
significa que o ímpio é tornando justo, mas que ele é pronunciado justo num sentido forense." Lutero
usou a famosa frase simul justus et peccator (ao mesmo tempo justo e pecador), referindo-se à condição
simultânea do pecador, onde ele é contado, ao mesmo tempo, como justo judicialmente, em virtude da
imputação da justiça de Cristo e, todavia, permanecendo pecador em si e de si mesmo. Por causa do aspecto
forense da doutrina, todo pecador é visto como justificado coram Deo.

A teologia luterana diz ainda que a "justiça concedida ao pecador não é sua própria, produzida por ele mesmo,
mas uma justiça que vem de fora pertencente a Jesus Cristo. A justiça não é uma qualidade do homem. Ela
consiste antes em ser justo somente através da imputação graciosa da justiça de Cristo, isto é, uma justiça
‘fora’ do homem. Para o luteranismo, a fé tem um papel muito diferente, sendo ela preponderante na
justificação. "A fé que justifica, contudo, não é um mero conhecimento histórico, mas uma aceitação
firme da oferta de Deus de prometer o perdão dos pecados e a justificação. …Fé é aquela adoração que
recebe as bênçãos que são oferecidas por Deus."

Dentro da tradição luterana, a fé vem em oposição aos que confiavam na guarda da Lei como base para a
justificação. A Apologia da Confissão de Augsburgo diz que:

"a obediência da lei justifica pela justiça da lei. Mas Deus aceita esta justiça imperfeita da
lei somente por causa da fé… Disto fica evidente que somos justificados diante de Deus pela
fé somente, visto que pela fé somente recebemos o perdão dos pecados e a reconciliação em
nome de Cristo… Portanto, ela (justificação) é recebida pela fé somente, embora a guarda
da lei siga com o dom do Espírito Santo".

Teologia Calvinista

Para a fé calvinista (ou reformada), a doutrina da justificação é também muito significativa. Durante o tempo da
Reforma, Calvino tratou deste assunto em suas Institutas da Religião Cristã, escrevendo sobre ela centenas
de páginas. Ele insiste em que a doutrina da justificação é "a principal dobradiça sobre a qual a religião se
dependura, de modo que devotemos uma maior atenção e preocupação para com ela".

Calvino seguiu os passos dos reformadores de primeira geração, como Lutero, Melanchton, Oecolampadius,
Zwinglio, no aspecto forense da justificação. Reid disse que "semelhantemente aos outros reformadores,
Calvino foi um advogado que pensava muito em termos forenses." Calvino diz que "justificado pela fé é
aquele que, excluído da justiça das obras, agarra-se à justiça de Cristo através da fé, e vestido com ela,
aparece na vista de Deus não como um pecador, mas como um homem justo." A justificação, portanto,
segundo Calvino, "acontece quando Deus declara o pecador justo; ele é aceito e perdoado por causa de
Cristo somente." Este é o seu conceito forense de justificação.

Calvino enfatizou ainda a iustitia aliena, isto é, a justiça que vem de outro, que vem de fora. Embora Calvino
use a frase "pela fé somente", ele é cuidadoso em dizer também que a fé não efetua de si mesma a justificação,
mas entende que a fé é o meio pelo qual nos apropriamos da justiça de outro, que é transferida a nós. Ele diz:
"Não há nenhuma dúvida de que aquele que é ensinado procurar justiça fora de si próprio é destituído
de justiça em si mesmo." Mais adiante, Calvino diz: "Você pode ver que nossa justiça não está em nós, mas
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em Cristo, e que a possuimos somente sendo participantes em Cristo; de fato, com ele possuimos todas
essas riquezas." Para o Calvinismo é pela fé somente que o homem é justificado, mas a fé em si mesma não
justifica. Através dela o homem abraça a Cristo por cuja graça somos justificados. "É dito da fé que ela
justifica porque ela recebe e abraça a justiça oferecida no Evangelho."

Osiander, contra quem Calvino se insurgiu, havia dito que a "fé é Cristo". Em resposta a ele, Calvino disse que
"a fé, que é o único instrumento para receber a justiça, é ignorantemente confundida com Cristo,
tornando-o a causa material e ao mesmo tempo o Autor e Ministro deste grande benefício." A fé para
Calvino era apenas a causa instrumental da justificação.

Somente Deus justifica. Então, segundo os calvinistas, nós transferimos esta mesma função a Cristo porque a
ele foi dado ser nossa justiça. Comparamos a fé a uma espécie de vaso. A menos que venhamos esvaziados e
com a boca de nossa alma aberta para procurar a graça de Cristo, não seremos capazes de receber Cristo.

Comparação de tradições
No fundo, as diferentes tradições cristãs respondem, de maneira diferente, a variadas questões sobre a
natureza, função e significado da justificação. Estas questões incluem:

É a justificação um evento que ocorre instantâneamente ou ela é processo contínuo?


A justificação é efetuada somente pela ação divina (monergismo), pela ação divina e humana juntas
(sinergismo) ou pela ação humana?
A justificação é permanente ou pode ser perdida?
Qual é a relação de justificação para a santificação?
O processo torna o pecador em justo e ele é capacitado pelo Espírito Santo a viver uma vida agradável
a Deus?

Processo Tipo Justificação


Tradição ou de Permanência &
Evento Ação Santificação
Católico pode perder por via Parte do mesmo
Processo Sinergismo
Romano do pecado mortal processo
Monergismo Pode perder por via Separado dele e anterior
Luterano Processo
divino da perda de fé à santificação
Dependente da
Metodista Evento Sinergismo Pode perder
santificação contínua
Pode perder por via Parte do mesmo
Ortodoxo Processo Sinergismo
do pecado mortal processo de theosis
Monergismo
Ambos são um resultado
Calvinista Evento divino Não pode perder
da união com Cristo

Ver também
Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação
Sola fide
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Predestinação
Santificação
Salvação
Céu (religião)
Boas obras

Referências
1. ↑ Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, n. 422
2. ↑ Ibidem, n. 423 e 425

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Categoria: Soteriologia

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