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3. Áreas de Estudo.
4. Conclusão.
6. Bibliografia
7. Anexos
1. Localização e Delimitação da Área de Estudo: Bacia do Guarapiranga
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2. Caracterização da região da Bacia do Guarapiranga.
2.1. Aspectos Gerais e históricos da ocupação na Bacia do Guarapiranga
Com altitudes que variam de 720 a 930 m, se localiza nas morrarias de Embu, entre a Serra do
Mar e as colinas de São Paulo, a bacia é formada pelo represamento do Rio Guarapiranga e dos
afluentes Lavra e Santa Rita, seus principais rios contribuintes são os rios Embu Guaçu e Embu –
Mirim contribuindo com 97% da vazão total afluente do reservatório. O restante é formado por 17
córregos com extensão entre 3 a 4 km. 1 (COBRAPE 1994ª.).
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COBRAPE – Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos.
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A principal característica do manancial em estudo é a função de abastecimento de água, 25% da
população da grande São Paulo é abastecida por ela. Ela é superada em vazão pelo sistema
Cantareira, mas estuda-se a reversão para represa dos rios do Alto e Médio Capivari, e também uma
ligação com a represa Billings viabilizando o Sistema Produtor Sudoeste. 2
Limites Municipais
Limites das Bacias
A Região Sul de São Paulo, onde hoje se localiza a Bacia do Guarapiranga antigamente era
ocupada por Mata Atlântida e no inicio do século foi utilizada para exploração de carvão vegetal e
lenha, com uma vocação para a agricultura ela foi responsável pelo abastecimento da província nos
tempos do Império, de vários itens agrícolas alem de madeira e pedras de cantaria.
Uma das transformações mais radicais dessa região é que hoje determina sua situação atual
aconteceu em 1905 quando a companhia elétrica de São Paulo The São Paulo Tranway Light e Power
Co a ´´Light `` decidiu construir um lago artificial nessa região, a atual represa de Guarapiranga.
Com a criação do lago a região que já era procurada pela sua reserva de Mata Atlântica e seu ar
puro passou a ter uma vocação recreativa para a população com isso a light que também atuava na
área de transporte com os bondes criou a linha Sé Santo Amaro.
A represa do Guarapiranga teve sua origem devido à necessidade enérgica da cidade e só depois
sua finalidade foi o abastecimento de água para a cidade, como os terrenos ao redor do manancial
era de propriedade da empresa Light a R.A.E, o órgão responsável pelo abastecimento da cidade na
época somente solicitou da Light um comprometimento em manter o reservatório em condições de
saneamento, sem tomar nenhum cuidado ou prevenção para problemas como à ocupação ilegal das
áreas de manancial.
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DSCGA – BGRMSP – (Ver bibliografia.)
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A ocupação dessa região de São Paulo se deu a principio com empreendimentos para as classes
mais abastadas, como a região de Interlagos. Alem da criação de Clubes e regatas ao redor da
represa.
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2.2. Aspectos Sócios Econômicos e Populacionais.
As atividades econômicas na bacia refletem o momento histórico da região e podem ser divididas
em duas partes, a primeira a atividade agrícola e exploração dos recursos vegetais que remontam ao
período inicial de ocupação Atualmente a atividade da agricultura e da silvicultura se da
principalmente nas áreas rurais de Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Marsilac, Cotia, Juquitiba e São
Lourenço da Serra em aproximadamente 18% da área da Bacia, esse uso rural é caracterizado por
atividades agrícolas de subsistência ligadas a pequenas produções de caráter local, sítios de
pequenos e médios portes localizados em áreas de relevo acidentado, e produções agrícolas em
isoladas em meio a espaços ocupados pó loteamentos e chácaras de recreio3,sendo que essa
atividade se encontra em declínio devido a fatores que vão do desgaste do solo a pressão da
ocupação urbana desses espaços.
A segunda fase se deu com a implantação do pólo industrial e a ampliação do centro comercial
de Santo Amaro, algumas indústrias de grande porte se instalaram na região antes da lei de proteção
dos mananciais (LPM). A implantação desse pólo gerou uma busca por lugares para o assentamento
da mão de obra necessária. Uma outra atividade presente na região e a extração de recursos
minerais em especial areia e argila.
O crescimento demográfico das regiões limítrofes a RMPS ao contrario do que acontece com os
índices da RMPS e do Estado de São Paulo apresentam um elevado índice de crescimento.
Gráfico 01. Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População - 2000/2006 Estado de São Paulo, RMSP e
Municípios da Região Sudoeste da RMSP.
Fonte: Fundação SEADE, 2007.
Esses índices de crescimento podem ser explicados pela necessidade da migração da população
de baixa renda, a procura de moradia mais barata, que faz dessas cidades ´´ cidades dormitórios`` e
também o aumento dos assentamentos irregulares e da criação de favelas.
O adensamento urbano gera o aumento dos setores de comercio e serviço, tanto nas regiões
pertencentes a São Paulo, como nas regiões de outros municípios que são cortados pelas principais
vias de acesso, como a avenida do M Boi Mirim e a Teotônio Vilela, que se tornaram verdadeiros
corredores comerciais.
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Cidade e Natureza – Maria José de Azevedo Marcondes
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A faixa de renda da população da bacia situasse entre as mais baixas da RMPS, com a renda
media situada entre 0 a 5 salários mínimos, 80% da população ganha menos de R$ 500,00 por mês.
Uma amostra dessa renda populacional pode-ser observada na comparação entre o PIB dos
municípios que se localizam na Bacia do Guarapiranga, com a exceção de São Paulo.
Juquitiba
Itapecerica da Serra
PIB R$ 2000
Embu.
Cotia
(Como os dados que obtivemos de São Paulo se referem ao município como um todo, e não
somente as Subprefeituras que se encontram na área da Bacia do Guarapiranga, escolhem um estudo
dos PIB dos outros municípios.).
Os baixos índices de renda na região sul de São Paulo se refletem também na rede de infra-
estrutura do local, mas com as altas taxas de adensamento essa região se tornou uma importante
zona eleitoral, uma das mais expressivas de São Paulo gerando uma forte pressão política para a
criação de uma rede de infra-estrutura. Fato que já pode ser observado nas propostas feitas pelos
candidatos à prefeitura de São Paulo neste ano, proposta como a construção do Hospital de
Parelheiros a ampliação do metro até a região Sul de São Paulo e a regularização do transporte
publico .(ver Anexo 01 e 02)
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2.3. Aspectos Ambientais
Outra forma de poluição e o despejo de lixo diretamente nos córregos pela população favelada.
A atividade mineradora que é um uso em conflito com a recuperação e proteção das áreas de
manancial tem deixado marcas na região, existem vinte cinco mineradoras principalmente de caulim,
nas planícies aluviais dos rios Embu-Mirin e Embu-Guaçu, e pedreiras no sul da bacia e no município
de Embu. 5
Um dos grandes problemas enfrentados pela região da Bacia do Guarapiranga foi o descaso das
autoridades, o conflito entre diversos órgãos que com orçamentos e diretrizes próprias de ação,
vinculadas muitas vezes a interesses políticos imediatistas, ajudaram ao processo de degradação da
Bacia.
Ate 1991 o Estado através da Secretaria de meio ambiente (SMA) e a Empresa de Planejamento
de São Paulo (Emplasa) eram os responsáveis pelo controle do uso do solo da região da Bacia e da
fiscalização. Mas em contraponto duas empresas estatais a Sabesp e a Eletropaulo foram
responsáveis pelo fornecimento de energia elétrica e, de água e coleta de esgoto nas regiões de
loteamentos clandestinos e irregulares, o próprio Estado através da Secretaria de Transportes
Metropolitanos que em 1992 ampliou a linha férrea até a Capela do Socorro e Parelheiros
favorecendo ainda mais a ocupação desta área.
A exemplo do que acontece no estado a Prefeitura também sofria com a política de isolamento
de suas Secretarias, cada qual com orçamento próprio e interesses próprios.
Nos pequenos municípios até mesmo pela falta de recursos não existe uma distinção tão grande
das Secretarias municipais, sendo a figura do prefeito e da câmera dos vereadores os vetores das
implantações realizadas na região. Vetores estes que dispõem os recursos da prefeitura para a
demanda da população.
Com a crescente degradação da Bacia do Guarapiranga em 1991 por iniciativa da Sabesp, que
estruturou um projeto que visava corrigir as principais causas da poluição das águas da represa, para
a preparação do plano constituiu-se um grupo de trabalho com representantes da antiga Secretaria
de Energia e Saneamento, Meio Ambiente, Planejamento Gestão, Fazenda e Assessória das empresas
Sabesp, Eletropaulo, Cetesp, e Emplasa bem como as prefeituras de Embu, Embu Guaçu, Itapecerica
da Serra e São Paulo.
O programa foi apresentado para o Banco Mundial em 1991 como integrante de um projeto em
âmbito nacional, que visava o controle da qualidade das águas e da poluição nas cidades de São
Paulo, Curitiba e Belo Horizonte.
4 Fenômeno de lavagem de um corpo através da percolação da água, resultando no carregamento de substancias contidas nesse corpo. -
DSCGA – BGRMSP – (Ver bibliografia).
5 Cidade e Natureza – Maria José de Azevedo Marcondes.
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2.5. Impacto do Rodoanel.
No setor ambiental um dos impactos na região causado pelo rodoanel ser a necessidade da
travessia e na tangencia em alguns pontos da varzea do rio Embu – Mirim um dos rios que
abastecem a Bacia do Guarapiranga. O Rodoanel atuara também como um muro separando o
Cinturão Verde comprometendo os potencias corredores ecológicos necessários à biosfera da área.
Quanto à expansão Urbana o Rodoanel pode servir na área em estudo como um vetor para a
expansão Urbana nas áreas de proteção dos mananciais, devido principalmente ao aumento da
acessibilidade.
Quanto as áreas agrícola que serão cortadas pelo Rodoanel, o maior impacto será na
desapropriação de pequenas propriedades rurais, com a redução da ocupação rural na região a
especulação imobiliária pode avançar por áreas que deveriam ser protegidas.
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3. Áreas de Estudo
As áreas em estudo pelo grupo abrangem a população residente em assentamentos irregulares e
favelas, chácaras com uso agrícola, chácaras de lazer e residências e o centro urbano consolidado
(Centro do município de Itapecerica da Serra).
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3.1. Aspectos Gerais.
Favela do Acre
Condomínios
Chácaras
Como já citamos anteriormente essas são áreas remanescentes do primeiro tipo de ocupação
dessa região , na sua maioria com agricultura de sub existência , silvicultura ou lazer.
O município de Itapecerica da Serra como já demonstramos anteriormente tem uns dos menores
PIBs da RMPS , isso se demonstra no centro Urbano da cidade através da pouco infra-estrutura.
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4. Conclusão
Importantes órgãos mundiais têm chamado atenção da população para uma futura escassez da
oferta de água potável. O processo desordenado de crescimento levou ao uso indiscriminado dos
recursos hídricos.
Nesse quadro mundial a preservação dos recursos hídricos se faz cada vez mais necessária assim
à necessidade urgente da preservação da Bacia do Guarapiranga.
Ao estudar a região da Bacia do Guarapiranga com a analise histórica, com os dados sócios
econômicos e as características da população que habita essa área verificamos diversos usos.
O uso agrícola que acompanha essa área que vem dos primórdios da ocupação paulista ainda
persiste, e talvez seja essa vocação a tabua de salvação necessária para dar a região dos mananciais
uma ocupação adequada e mesmo assim preservar os recursos ambientais.
A ocupação com chácaras e sítios de lazer pode ser também uma opção de uso considerável para
algumas áreas, desde que esse uso não se transforme para uma ocupação mais adensada.
Espaços vazios sem nenhum uso ou ocupação são áreas propensas à ocupação irregular, que é
um dos grandes problemas dessa região.
Ao analisar a situação da Bacia o que se torna cada vez mais visível é a interferência de diversos
órgãos públicos, um ``jogo de forças´´ que tem na maioria das vezes razões eleitoreiras e
imediatistas,que na maioria das vezes tende a piorar a preservação da Bacia.
O órgão gestor da Bacia tem que assumir uma posição indutora e catalisadora que resulte na
cooperação de todos os órgãos interferentes dessa área. Um órgão gestor multidisciplinar que tenha
que centralize a ganha enorme de dados necessários a preservação e gestão de uma área tão
complexa como a área em estudo.
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5. Diretrizes para um plano estratégico de atuação;
• Controle sobre a expansão dos corredores comerciais e terciários que se formam ao longo das
vias de acesso.
• Incentivo do Ecoturismo e capacitação de uma parcela da população de baixa renda para auxilio
e monitoria dos grupos de turistas interressados em conhecer a região.
• Ações preventivas nas glebas não ocupadas com a criação de mecanismos compensatórios que
não penalizem o proprietário e sim incentivem a um tipo de ocupação interressante para a
preservação da área.
• Criação de usos para as glebas compatíveis com o intuito de proteção dos mananciais.
• Implantação de órgão que coordene todos os outros órgãos nos diversos níveis de poderes
envolvidos na região, é que este órgão seja hierarquicamente superior aos outros órgãos
envolvidos.
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6. Bibliografia
Referencias Bibliográficas
Marcondes, Maria José de Azevedo. Cidade e Natureza. São Paulo, Studio Nobel, 1999.
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7. Anexos
ANEXO 01
ANEXO 02
JT – Jornal da Tarde
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