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ESTUDO URBANÍSTICO - COMUNIDADE ECO VILA VIA METRÔ
O DESAFIO DE UM MODELO URBANÍSTICO COM EQUIDADE
AGRADECIMENTOS:
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O DESAFIO DE UM MODELO URBANÍSTICO COM EQUIDADE
ÍNDICE
1. RESUMO E EXECUTIVO 05
2. COMUNIDADE ECO VILA VIA METRÔ 06
2.1. ANTECEDENTES: 06
2.1.1. História da Mata Escura 08
2.1.2. História da Vila Via Metrô 10
2.2. O DESAFIO DE UM MODELO DE URBANIZAÇÃO COM EQUIDADE 11
2.2.1. INVASÕES 11
2.2.2. PLANEJAMENTO URBANO 13
2.2.3. A VILA VIA METRÔ 14
2.2.3.1. O QUE É 14
2.2.3.2. OS PROBLEMAS 20
2.3. BASES CONCEITUAIS 21
2.3.1. A ESCOLHA 21
2.3.2. CONTEÚDO 21
2.3.3. AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO LOCAL 32
2.3.3.1. MÉTODO 32
I PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 32
II RECONHECIMENTO DE CAMPO 33
III PROJETOS SIMILARES 34
2.3.3.2. RADIOGRAFANDO VILA VIA METRÔ 36
I URBANIZAÇÃO 36
II HABITAÇÃO 37
III SISTEMA VIÁRIO 38
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1. RESUMO E EXECUTIVO:
O objeto de estudo Vila Via Metrô está localizada no “miolo”1 da cidade de Salvador situada no bairro da
Mata Escura, à beira da BR 324 e cercado pela antiga Represa da Mata Escura que é remanescente da Mata
Atlântica e abasteceu parte da cidade até 1987, quando foi desativada por falta de vazão e poluição. Caracteriza-
se por uma ocupação recente, carente de infra-estrutura básica e formada (em parte) por ex-membros do MST.
Uma parte dos moradores trabalha como catadores de lixo por diversos lugares da cidade sendo uma outra parte
de desempregados e alguns poucos trabalhando como assalariados tendo uma renda média inferior à metade de
um salário mínimo.
O estudo urbanístico aqui proposto consiste em reduzir ao mínimo o consumo de recursos naturais não
renováveis propondo o uso de energias limpas e renováveis através do que é gerado pelo próprio local, tentando
utilizar o mínimo do que vem de fora objetivando a eliminação de desperdícios e minimização do consumo em
todas as fases de vida da intervenção: construção, consumo e demolição.
Com a falta de controle e planejamento dos órgãos públicos, o número de favelas e invasões está crescendo
cada vez mais nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Tendo em vista que atualmente existe uma
série de soluções, técnicas e práticas (muitas vezes encontradas na própria natureza) e que utilizando esses
recursos de maneira correta, com o planejamento adequado, pode-se obter um bom resultado sem
necessariamente causar um impacto ambiental negativo e ainda o gasto que for feito para isso, pode ser pago
durante o passar do tempo. É preciso que as autoridades tomem a medida correta em relação a este problema,
caso contrário, futuramente dificuldades como estas podem se tornar muito caras para a cidade.
1
De acordo com PDDU Salvador 2004, o termo “miolo” significa parte do território municipal situada entre os dois principais eixos viários
de articulação urbano-regional – a BR-324 e a Avenida Luiz Viana Filho (Avenida Paralela) – e as divisas de Salvador com os Municípios
de Lauro de Freitas e Simões Filho.
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É um desafio cada vez maior e necessário a busca de um modelo urbanístico que integre individuo, edifício e
ecossistema permitindo que todos se assimilem harmonicamente.
“Crescimento econômico não gerará paz na terra, já que a estatística do lucro não leva em conta a miséria.
Também pudera: miséria de alma gera miséria humana, nada mais, nada menos que o reflexo da nossa atmosfera
interna. “Supunhetemos”, hipoteticamente, então, distribuição ecumênica de renda e informação, os primeiros
passos de evolução nesse plano, além de iluminar com sapiência divina o parco conhecimento humano.”
(B negão - Prioridade)
2.1. ANTECEDENTES:
A área objeto deste estudo, a Vila Via Metrô, está localizada no Bairro da Mata Escura no “miolo” de
Salvador, formando um pequeno aglomerado residencial de baixa renda e carente de infra-estrutura que ocupa a
base da encosta e a meia encosta dessa localidade. O acesso pode ser feito pela BR-324 que passa no seu limite
oeste, pela Mata Escura a leste, Calabetão a norte ou Arraial do Retiro a sul. No interior da Vila via Metrô existem,
uma pedreira em desuso, áreas alagadiças e massas vegetais que fazem parte do entorno da antiga represa, da
Mata Escura.
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IMAGEM I
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Em uma época em que o Brasil se caracterizava pela existência de pequenos povoados, as freguesias, e
grandes áreas de engenhos, oriundas das sesmarias coloniais, o atual bairro da Mata Escura, no Brasil Imperial
serviu de local de abastecimento d’água para a região devido a seus mananciais hídricos. Em 1880 a Cia do
Queimado, uma empresa de capital privado, compra parte das Fazendas Bate Folha e São Gonçalo para construir
as barragens da Mata Escura e do Prata com o objetivo de abastecer Salvador que contava na época com uma
população de aproximadamente 60.000 mil habitantes, e que até então dependiam da água das fontes públicas. A
responsabilidade da distribuição de
água para a população de Salvador
passa em 1905 para o poder
municipal, bem como as terras que
pertenciam a Cia do Queimado.
Exceto 38 hectares ao sul da área,
que em 1956, foram doados ao
Ministério da Agricultura para a
instalação do Horto Florestal para
fornecimento de mudas para a
arborização da cidade
(VASCONCELOS, 2002). Estas
represas abasteceram Salvador até
1987 quando foram desativadas
devido à baixa vazão e poluição,
ainda ficando sob os cuidados da
Embasa por mais cinco anos.
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Além do manancial hídrico, esta área foi palco de cultos religiosos dos escravos africanos que se escondiam
na “mata escura”, nos quilombos, deixando de herança a tradição religiosa do Candomblé. No local, o mais
importante é o Terreiro de Candomblé do Bate Folha, fundado oficialmente em 1916, ocupando uma área de 14,8
hectares. Foi reconhecido pelo Ministério da Cultura como território cultural afro-brasileiro no dia 13 de setembro
de 2000, de acordo com publicação no Diário Oficial da União (LIMA, 2000).
No período entre 1930 e 1940, a economia baiana se recupera da crise do açúcar com o cacau e o fumo. A
cidade de Salvador se moderniza, a indústria cresce e com ela surge a necessidade de habitação para a classe
operária. Loteamentos são construídos junto às áreas industriais na periferia de Salvador (VASCONCELOS, 2002).
Neste contexto, inicia-se a ocupação da região da Mata Escura, entre 1947 e 1951 (LINS, 1969). São implantados,
a partir de então, programas habitacionais financiados pelo governo de conjuntos e loteamentos, como exemplo:
Conjunto Jardim Santo Inácio, Conjunto Recanto Verde, Conjunto novo Horizonte Loteamento Imbassahy,
Loteamento Jardim Pampulha e Conjunto ACM, este construído pela URBIS (1974). De acordo com Plano de
Ocupação para área do miolo de Salvador de 1985, que tinha como parceiros SEPLANTEC/CONDER/PREFEITURA
MUNICIPAL/SEPLAN, a partir da Baixa do Cabula até Mata Escura foram implantados 33 núcleos habitacionais
(entre 19 e 19), reunindo cerca de 44.300 habitantes.
Concomitante à urbanização da região, a construção da Penitenciária Lemos de Brito (1974) no nordeste da
área e a duplicação da BR-324 (entre 1974 e 1975) na porção oeste, contribuíram com a ocupação do bairro
atraindo parentes dos presos e ex-detentos e incrementando o comércio local. A partir daí os espaços livres
restantes desta região que fazem parte do “miolo” de Salvador, passam a ser ocupados por habitações irregulares
precárias formadas na maioria das vezes, por pessoas vindas do interior e sem recursos (LINS, 1997).
Através de entrevistas com os moradores, realizadas pelos pesquisadores do Laboratório de Tecnologias de
Desenvolvimento Social – LTECS, em 2005, constatou-se que as primeiras ocupações se deram primeiramente ao
longo da Rua Direta da Mata Escura até o fim de linha, e que, a ligação com o centro de Salvador nesta época, era
através do Conjunto Santo Inácio.
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A ocupação Vila Via Metrô é um assentamento recente: seus primeiros habitantes se instalaram por ali por
volta da década de 90, oriundos de outras cidades do recôncavo baiano e de bairros mais afastados do centro de
Salvador. Vieram à procura de algo melhor ou por motivos distintos: por terem se separado da família, se perdido
ou simplesmente por não terem para onde ir. Por não possuírem renda para alugar um imóvel, alguns resolveram
se alojar nessa região. A ocupação teve um repentino e significativo crescimento por volta de 2002 (segundo
alguns moradores locais) onde a vila foi invadida por membros do MST que levantaram acampamento ali e
resolveram ficar. Depois de algum tempo uns saíram e outros permaneceram, começando assim, a construir suas
habitações daquilo que fosse mais conveniente e disponível no momento. Hoje, sua grande maioria não trabalha e
vive basicamente de catar lixo pela cidade.
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2.2.1. INVASÕES:
O surgimento das invasões sempre indicou a existência de uma parcela da população sem acesso a uma
renda capaz de garantir uma participação no mercado capitalista de bens de consumo, entre eles, o da habitação.
Em salvador isso não foi diferente e por volta da década de 40 começaram a surgir as primeiras invasões, como a
do Corta-Braço, Alagados, Gengibirra, entre outras. Ocorrendo então em áreas relativamente periféricas, em
relação ao centro da cidade, onde se concentravam os poucos serviços básicos existentes, elas funcionaram como
um elemento de pressão no sentido de atrair instalação ou forçar a extensão da rede de infra-estrutura urbana
existente. Com isso foram surgindo novos bairros e Salvador foi se tornando na cidade que é hoje.
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2.2.3.1. O QUE É:
Fonte: LOUOS
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Fonte: LOUOS
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ANEXO 7
RESTRIÇÕES DE USO E OCUPAÇÃO APLICÁVEIS ÀS ZONAS DE CONCENTRAÇÃO DE USOS E ÀS CONCENTRAÇÕES LINEARES DE USOS
MÚLTIPLOS
TABELA VII.1
RESTRIÇÕES DE USO E DE OCUPAÇÃO APLICÁVEIS ÀS ZONAS DE CONCENTRAÇÃO DE USOS RESIDENCIAIS (ZR)
RESTRIÇÕES DE OCUPAÇÃO (m) (3)
ZONA (Iu) (Ip) (Io) LOTE MÍNIMO RECUO
DE LOCALIZAÇÃO USOS PERMITIDOS (1) (2) MÍNIMO
USO
Área Testada Frente Ambas as Fundo
(m²) (m) Laterais
Fonte: LOUOS
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Notas:
Os Usos Institucionais (In) e Usos Especiais (E), podem ocorrer em qualquer zona com as mesmas restrições de
ocupação estabelecidas para os Usos Comerciais e de Serviços (CS) segundo a zona que se localize, desde que atendam
aos critérios de compatibilidade locacional do Anexo nº 5.
As restrições do uso e de ocupação contidos nos Anexos nº 5 e 6 prevalecem sobre as desta tabela com exceção
do contido na observação (4) e (6) abaixo, que prevalecerão sobre as disposições desta Lei.
Os Usos Residenciais (R) e Mistos (M) deverão atender a quota de conforto mínimo de 10m²/hab (dez metros
quadrados por habitante).
Os Usos Especiais do subgrupo E-5.2 só poderão ocorrer nas Zonas de Concentração de Usos Residenciais onde o
Uso Multiresidencial é permitido.
Postos de revenda de Gás Liqüefeito de Petróleo poderão ocorrer nas Zonas de Concentração de Usos Residenciais
ZR-(13, 16, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 30, 31, 32, 33 e 37), na Zona de Concentração de Usos Comerciais e de Serviços
ZT-12 e nas demais Zonas em locais inseridos em Áreas de Proteção Sócio-Ecológicas, independente de critérios de
compatibilidade locacional, obedecidas as disposições constantes em 5.1.4.5.9 do Anexo nº 5 desta Lei.
Nova redação dada pelo Art. 4º da Lei nº 5.628/99.
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OBSERVAÇÕES:
(1) (1) Complementam estas normas as contidas em 5.1.4.2.2 do Anexo nº 5.
(4) (4) Os usos e índices urbanísticos aplicáveis aos lotes integrantes dos loteamentos Itaigara, aprovado pelo Decreto nº 5.007/76, Vela Branca,
aprovado pelo Decreto nº 5.769/79 e Parque Morro do Conselho, aprovado pelo Decreto nº 5.120/77, serão aqueles estabelecidos nos respectivos
Termos de Acordo e Compromisso – TAC’s vigentes em fevereiro de 1984.
(5) (5) Nos lotes de parcelamentos aprovados até a entrada em vigor desta Lei, ou decorrentes de remembramentos do qual resultem lotes com
testada igual ou inferior a 16m (dezesseis metros), o Índice de Ocupação Máximo – Io será igual a 0,5 e os recuos 6m (seis metros) de frente, 1,5
(um metro e meio) das laterais e 2,5m (dois metros e meio) de fundo.
(6) (6) Nos lotes integrantes dos Loteamentos Parque Florestal, aprovado pelo Decreto nº 4.085/71, Parque Lucaia, aprovado pelo Decreto nº
4.221/71, Quinta do Candeal, aprovado pelo Decreto nº 5.548/73 e Caminho das Árvores, aprovado pelo Decreto nº 4.735-A/74, permanecerão os
usos e índices urbanísticos, estes quando houverem, estabelecidos pelos respectivos TAC’s vigentes em 31/12/84.
(7) (7) Nos lotes integrantes do loteamento Costa Verde, aprovado pelo Decreto º 4.875/75, permanecerão os usos e índices urbanísticos
estabelecidos pelo respectivo TAC, vigente em 24/05/1976.
(8) (8) Os usos e índices urbanísticos estabelecidos para os Loteamentos a que se referem os itens 6 e 7, bem como para o Loteamento “Pedra do
Sal”, aprovado pelo Decreto nº 4.261/72, permanecerão a ser os constantes do respectivo TAC e, também, do correspondente Alvará de Licença do
Loteamento.
Acrescentado pelo Art. 1º da Lei nº 4.905/94.
Substituída através do Art. 15 da Lei nº 3.853/88.
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2.2.3.2. OS PROBLEMAS:
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2.3.1. A ESCOLHA:
O local foi escolhido pelo fato de ser uma ocupação recente carente de infra-estrutura básica, bem
avistada pela BR 324, tendo uma grande importância ecológica, pois esta dentro do conjunto de ecossistema
remanescente da mata atlântica o qual por sua vez faz parte da sub-bacia da Mata Escura onde abriga a
Represa da Mata Escura que até 1987 abastecia Salvador. Tendo ainda uma importância cultural por que faz
fronteira com o Terreiro de Candomblé Bate Folha que Realiza cultos afros desde 1916, ano em que se
instalou no local.
2.3.2. CONTEÚDO:
Desenvolvimento sustentavel:
O conceito surgiu no final do século XX, pela constatação de que o desenvolvimento econômico precisa levar
em conta também o equilíbrio ecológico e a preservação da qualidade de vida das populações humanas a nível
global. Isso implica, por exemplo, a gestão racional e equilibrada dos recursos minerais e ecológicos do planeta.
A idéia de desenvolvimento sustentável tem por base o princípio de que o Homem deveria gastar os recursos
naturais de acordo com a capacidade de renovação desses recursos, de modo a evitar o seu esgotamento.
De acordo com o Relatório Brundtland de 1987, um documento das Nações Unidas, é o “desenvolvimento
que atende as necessidades do presente sem prejudicar a capacidade das futuras gerações de atender as suas
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próprias necessidades”. O Protocolo de Kyoto e Agenda 21, entre outras conferencias, têm aumenta a influência
desse conceito.
www.wikipédia.com, Setembro de 2006.
Sustentabilidade:
É um conceito sistêmico, relacionado à continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais
da sociedade humana.
Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, seus
membros e suas economias possam preencher suas necessidades e expressar seu maior potencial no presente, e
ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir
pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.
Para ser sustentável, um assentamento ou empreendimento humano, necessita atender a 4 requisitos básicos,
ser:
ecologicamente correto.
economicamente viável.
socialmente justo.
culturalmente aceito.
Colocando em termos simples, a sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto
agora quanto para o futuro indefinido. Segundo Brundtland no final de 1987, sustentabilidade é: "suprir as
necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas". Isso é muito
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parecido com a filosofia dos nativos dos Estados Unidos, que diziam que seus líderes deviam sempre considerar os
efeitos das suas ações nos seus dependentes após sete gerações futuras.
O termo original foi "desenvolvimento sustentável," um termo adotado pela Agenda 21, programa das Nações
Unidas. Algumas pessoas hoje, se referem ao termo "desenvolvimento sustentável" como um termo amplo pois
implica em desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de
desenvolvimento. "Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo para todas as atividades
humanas. Em economia, crescimento sustentável consiste no aumento das entradas ou saidas reais que podem ser
sustentadas por longos periodos de tempo.
www.wikipédia.com, Setembro de 2006.
Eco-design:
É o termo usado para uma crescente tendência nos campos da arquitetura, engenharia e design em que o
objetivo principal é projetar lugares, produtos e serviços que de alguma forma reduzam o uso de recursos não-
renováveis ou minimizem o impacto ambiental. É vista geralmente como uma ferramenta necessária para atingir o
desenvolvimento sustentável.
Princípios do Eco-Design
Escolha de materiais de baixo impacto ambiental: menos poluentes, não-tóxicos ou de produção
sustentável ou reciclados, ou que requerem menos energia na fabricação.
Eficiência energética: utilizar processos de fabricação com menos energia.
Qualidade e durabilidade: produzir produtos que durem mais tempo e funcionem melhor a fim de gerar
menos lixo;
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Modularidade: criar objetos cujas peças possam ser trocadas em caso de defeito, pois assim não é todo
o produto que é substituído, o que também gera menos lixo.
Reutilização/Reaproveitamento: Propôr objetos feitos a partir da reutilização ou reaproveitamento de
outros objetos; projetar o objeto para sobreviver seu ciclo de vida, criar ciclos fechados.
www.wikipédia.com, Setembro de 2006.
Energia Renovável:
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o CO2 e a água para transformar os hidratos de carbono, que compõe a massa viva presente nos
vegetais, liberando oxigênio para a atmosfera.
A biomassa apresenta diversas vantagens que são:
Menor poluição atmosférica global e localizada em relação aos combustíveis fósseis.
Estabilidade do ciclo de carbono desde que não utilizada de maneira predatória,
comparada com combustíveis fósseis.
Maior emprego de mão de obra que os combustíveis não renováveis.
Alta densidade energética, facilidades de armazenar, conversão e transporte, em
relação a outros tipos de energias renováveis.
Semelhança entre os motores e sistemas de produção de energia não renováveis.
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Em chocadeiras.
Em secadores degrãos e outros em geral.
Além disso, após todo o processo de produção do biogás, o biodigestor deixa uma camada
de sobra conhecida como biofertilizante, esse por sua vez pode ser usado para melhorar o
solo como adubo orgânico. As vantagens do biofertilizante são:
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Wetlands: “O termo wetlands (do inglês) ou áreas alagáveis é utilizado para caracterizar vários
ecossistemas naturais que ficam parcial ou totalmente inundados durante o ano.
Estes sistemas têm importantes funções dentro dos ecossistemas onde estão inseridos,
entre as quais se destacam:
a) a capacidade de regularização dos fluxos de água, amortecendo os picos de enchentes;
b) a capacidade de modificar e controlar a qualidade das águas;
c) sua importância na função de reprodução e alimentação da fauna aquática, incluindo os
peixes;
d) a proteção à biodiversidade como área de refúgio da fauna terrestre;
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Vale destacar também que, essa técnica pode ser usada para o tratamento de esgoto
através de plantas aquáticas (macrófitas) que incorporam o nitrogênio e fósforo. Porém é
necessário ressaltar que se jogados em excesso nos corpos d`água, esses nutrientes, podem
causar eutrofização.
Apresenta, ainda, as seguintes vantagens:
Otimizar os processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem numa várzea natural.
A vazão sub-superficial impede o contato de pessoas, animais e mosquitos com a lâmina
d’água.
Transporte de oxigênio feito pelas plantas da atmosfera para as suas raízes, criando
microrregiões aeróbias - anaeróbias na rizosfera.
Diminuição de organismos entéricos por decaimento natural e por predação.
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2.3.3.1. MÉTODO:
I PESQUISA BIBLIOGRÁFICA:
Foram realizadas diversas pesquisas sobre temas como: fontes de energia renováveis,
sistemas alternativos de tratamento de esgoto, abastecimento de água potável, sistemas
construtivos alternativos, sistemas de agricultura e gestão de uso, todos visando o custo, a
praticidade, a economia a longo prazo e a auto-sustentabilidade. Livros, artigos, revistas e
internet também foram utilizados para pesquisa, reunindo uma coleção de diversas técnicas e
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materiais apropriados para a aplicação na realidade do local de trabalho, onde então, foram
escolhidas as opções que melhor se adequavam à Vila Via Metrô.
II RECONHECIMENTO DE CAMPO:
Foram feitas pesquisas de campo como; visitas periódicas para montagem de banco de
imagens, conhecer melhor a realidade e a comunidade, líderes, cadastro das testadas dos
terrenos, casas, arvores, ruas, trilhas, acessos, áreas alagáveis, áreas de risco de desabamento,
drenagem e esgoto, entre outros. As visitas a campo foram realizadas nas datas de:
11 de Maio.
22 de Maio.
13 de Julho.
17 a 21 de Julho.
24 a 26 de Julho.
Entre diversas outras onde não foram registradas datas.
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meios, chegando assim em um consenso, visto que, o GPS e imagens de satélite não são
confiáveis para fins de medidas exatas ocorrendo algumas variações.
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http://www.ipemabrasil.org.br/ecoconstrucao.htm
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URBANIZAÇÃO:
A urbanização da ocupação irregular recente denominada Vila Via Metrô a qual é a área de
trabalho, se caracteriza pela chegada dos habitantes primeiro e depois da infra-estrutura urbana.
Porém o local de estudo se encontra na fase inicial desse processo tendo carências básicas como água
encanada, drenagem, esgoto, pavimentação das vias, iluminação e energia elétrica, sendo tudo isso
improvisado, feito pelos próprios moradores oferecendo assim um risco ainda maior para essas
pessoas que ali habitam.
O processo de urbanização vem se dando nas partes extremas da Estrada da Pedreira Bom
Futuro, onde tem contato com a infra-estrutura vinda da Mata Escura pela cumeada. Uma via aberta
pelos moradores liga o alto da encosta com a base que e feita pela Estrada da Pedreira Bom Futuro,
encontrando a mesma no encontro do lado sul com a parte oeste. Essa via traz a ligação clandestina
de água e energia abastecendo toda ela e parte da Estrada da Pedreira Bom Futuro que encontra.
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HABITAÇÃO:
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SISTEMA VIÁRIO:
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ILUMINAÇÃO E ENERGIA:
O abastecimento de energia
elétrica vem da cumeada descendo
a encosta, no entanto, isso só
acontece com a rede de energia
regularizada, do inicio da Estrada
da Pedreira Bom Futuro. Seguindo
abastecendo até pouco mais da
metade da encosta voltada para o
sul, sendo o restante, energia
clandestina ligada a ela ate se
encontrar com a via que vem do
cume aberta pelos moradores.
Abastecendo as ocupações dessa
via e seguindo o perímetro da Estrada da Pedreira Bom Futuro até aproximadamente o meio da
encosta oeste onde desce mais uma linha clandestina sendo daí pra frente seguindo esse ultimo padrão
até o fim da Estrada da Pedreira Bom Futuro. Trazendo energia clandestina que abastece até o inicio da
encosta norte onde desce mais uma outra linha de energia irregular para abastecer até próximo do
final dessa encosta onde desce outra, já perto da entrada do Buraco Formado pela antiga Pedreira Bom
Futuro, do outro lado da pedreira desce outra que abastece a respectiva encosta até encontrar a rua
aberta recentemente. Daí descendo outra para abastecer até o final das ocupações da Estrada da
Pedreira Bom Futuro. Os postes são improvisados de madeiras e árvores onde os fios são todos
emaranhados.
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SANEAMENTO BÁSICO:
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restante (a grande maioria das habitações) joga diretamente no rio, que atualmente se encontra
assoreado e poluído. A drenagem é feita pela linha de menor resistência naturalmente pelo terreno, até
encontrar o rio.
A limpeza urbana não
atende a essa população e
ainda, para piorar a situação,
uma boa parte das pessoas
(moradores dos arredores da
parte de cima da antiga pedreira
Bom Futuro) tem o péssimo
costume de jogar o lixo encosta
abaixo, formando uma
montanha de detritos na base,
parte logo abaixo da antiga
pedreira. O lixo produzido pela
região do entorno é jogado no
Riacho Azaca e o produzido no
local é jogado na Represa da
Mata Escura ficando muitas
vezes à vista, acumulado na
vegetação aquática.
Os resíduos sólidos
gerados no bairro de Mata
Escura são coletados na sua
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ÁREAS DE RISCO:
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A represa da Mata Escura, localizada no bairro da Mata Escura no município de Salvador, foi
criada no século passado, aproveitando um vale profundo e sinuoso composto por uma cobertura
vegetal tropical variada e também fazendo parte do conjunto de um ecossistema remanescente da
Mata Atlântica2. Inclui árvores de grande porte, frutíferas ou não, como jaqueiras, mangueiras,
conjuntos de eucaliptos, além da vegetação de menor porte do tipo aquática.
Fazendo parte da sub-bacia da Mata Escura a qual compõe um dos principais mananciais de
Salvador, a Bacia do Camurujupe, que nasce no bairro de São Caetano. Corta uma das áreas mais
pobres de Salvador, atravessa a BR-324, até formar os lagos das barragens, e segue através dos
demais bairros, recebendo as águas de outros afluentes, inclusive esgotos, até atingir sua foz, na Praia
do Costa Azul (FONSECA, 1999). Somente a partir de 1973 foi definido, pôr decreto, como uma área
não edificável (Área de Domínio Público), devido aos seus atributos naturais. Em 1977, foi considerado
por lei Área de Preservação Permanente, e em 1988 foi ratificado pela Lei nº 3.853 como parte do
Sistema Municipal de Áreas Verdes. Apesar dos vários instrumentos ambientais de proteção do meio
ambiente local não se impediu que, a represa utilizada para o abastecimento de água de parte de
Salvador até 1987, fosse desativada, devido ao elevadíssimo índice de poluição e à sua baixa vazão.
Atualmente, encontra-se assoreada e poluída pelo lançamento de esgoto e lixo doméstico.
2
De acordo com o PDDU Salvador 2004, o termo vegetação remanescente de Mata Atlântica abrange a totalidade de vegetação primária e secundária, em estágio inicial,
médio e avançado de regeneração, de acordo com a Resolução CONAMA nº 03, de 18 de abril de 1996.
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TOPOGRAFIA E DECLIVIDADE :
A topografia da área de estudo se apresenta na forma de relevo acidentado composto por vales e
elevações que variam da cota 25m até a cota 80m, característicos de terrenos sobre o embasamento
cristalino que aflora deste lado leste da falha geológica da cidade de Salvador. As vertentes sobre o
solo argiloso (resultante da alteração destas rochas do embasamento) associadas às altas declividades,
ocupações indevidas e retirada da cobertura vegetal das encostas criam áreas de risco em alguns
locais, podendo ocorrer ocasionalmente deslizamentos de terra nos períodos mais chuvosos do ano.
A declividade foi calculada
com base nas curvas de nível da
base SICAR calculando a
distancia de uma para outra
manualmente para calcular a
inclinação de cada parte do
terreno.
Vale ressaltar que no
perímetro de toda a Estrada da
Pedreira Bom Futuro ouve, em
alguns locais, um corte no
terreno para a implantação das
casas, esse corte varia de 3
metros até 10 metros da frente
das habitações até o fundo,
quando ocorrem.
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INSOLAÇÃO:
Para o estudo de radiação solar foi utilizado uma maquete, o aparelho heliodon e uma câmera
fotográfica, onde foi feita a observação das sombras simuladas entre os horários 7:00h às 9:00h e
15:00h às 17:00h, nos períodos de primavera, verão, outono e inverno. A escolha desses horários de
deu pelo fato de as sombras mostraram-se mais evidentes, visto que no período de 10:00h às 14:00h
o sol não fazia sombra alguma por isso não foram fotografados.
O estudo mostrou que, a região mais afetada pela radiação é a encosta voltada para o lado oeste
que recebe o sol todas as tardes do ano inteiro, em media das 9:00h até o por do sol. Já na encosta
voltada para o lado sul foi evidenciado sombra no período de outono a primavera, sendo que quanto
mais próximo do inverno maior a quantidade de sombra pela parte do início da manhã e final de tarde.
E no período de verão essa encosta apresentou sol o dia todo do nascer ao pôr do sol.
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VENTOS E CHUVA:
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3. PROSPECTIVA:
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4. PROPOSTA:
O projeto consiste em reduzir ao mínimo o consumo de recursos naturais não renováveis propondo o uso de
energias limpas e renováveis, através do que é gerado pelo próprio local, tentando utilizar o mínimo do que vem
de fora objetivando a eliminação de desperdícios e minimização do consumo em todas as fases de vida da
intervenção: construção, consumo e demolição. Trata-se de uma urbanização sustentável para população de baixa
renda onde busca integrar indivíduo, edifício e ecossistema permitindo que todos se assimilem harmonicamente.
tirando o seu sustento do próprio local onde vivem.
Thomas Berry, ecoteólogo norte-americano da década de 80, propõe a Biocracia, ratificando a visão
biocentrista e afirmando que ”necessitamos de um sistema mais amplo do que a democracia, em que as decisões
políticas e econômicas sejam adotadas sobre a base de nossa inter-relação com a Terra, a espécie humana está se
tornando inviável”. Para reverter esse processo precisamos repensar: profissões, leis, economia, saúde, educação,
política... revisando a perigosa arrogância que sugeriu mitos e crenças que regem a nossa cultura, enfim caminhar
para a Biocracia (Adam, Roberto Sabatella, 2001).
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4.1.1. ZONEAMENTO:
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sépticas e ligação com o wetland quando for possível. Para isso será priorizada reformas
nessa área.
Institucional e Serviço – 1,58
Essa área será destinada para fins comerciais e serviços prestados pela e para a
comunidade onde será implantado o Centro de Gestão Social de Re-Produtos para onde
será destina do o lixo reciclável produzido pela comunidade, arredores e futuro metrô,
podendo se estender a outras localidades. Também será implantada uma creche nessa
área.
Esporte e Lazer – 1,09
Será reservada para fins de lazer, onde terá praças, parques, quadras de esportes,
bares entre outros desejados pela comunidade local.
Bosque e Eucaliptos – 1,80
Área dedicada à plantação manejada de eucaliptos destinados a vários fins como,
construir casa, postes de iluminação e distribuição, além de poder se usado como lenha.
Wetland – 7,39
Área designada para o tratamento final dos esgotos vindos da fossas sépticas que por
sua vez vem das unidades habitacionais. Ela servira também para a produção de energia
como a biomassa que alimenta o biodigestor e gerará biogás para a queima em fogões e
fornos e energia elétrica através de mini-usinas hidrelétricas. Tem ainda como
conseqüência a revitalizar do ecossistema da antiga Represa da Mata Escura devolvendo a
ela a lamina d água que existia antes, alem de melhorar o aspecto paisagístico.
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O sistema viário foi planejado para o acesso de veículos em casos de emergência ou serviços
essenciais, tendo a caixa da rua 3.2m sendo o passeio de 1.3m apenas de um lado da rua. A estrada
da Pedreira Bom Futuro toda ela seguiu essa tipologia descrita anteriormente, assim como outra rua
aberta para fazer a ligação dela com a Rua São Jorge. Entre as ruas de acesso para veículos foi feita
uma rua de acesso a pedestre com caixa de 2m onde dão para o fundo das casas, considerando que a
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frente seria para a rua com acesso a veículos. Escadarias foram colocadas a distancias de adequadas
ao posicionamento das habitações distribuídas por toda a zona habitacional.
As ligações com o sistema viário do entorno será feita em cinco pontos que são:
A ligação com a estrada da Mata Escura que vem do Arraial do Retiro.
A ligação da Estrada da Pedreira
Bom Futuro com a Rua São
Jorge, na extremidade vizinha
ao Calabetão.
Na encosta leste situada logo
atrás da antiga Pedreira Bom
Futuro faz a conexão com a rua
São Jorge pela sua outra
extremidade.
Uma ligação com a Estação de
metrô e o Centro de Gestão
Social de Re-Produtos será feita
para acesso à BR- 324.
Na parte do meio da Estrada da
Pedreira Bom Futuro, seguindo
o acesso da futura estação de
metrô até encontra o cume da
encosta será feito o acesso com
a Rua São Jorge.
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4.1.3. EDIFICAÇÕES:
As edificações foram implantadas nos locais onde tinha a menor declividade que é pelo perímetro
da Estrada da Pedreira Bom Futuro, em seguida subindo a encosta voltada para o lado oeste.
Completando a primeira etapa (169 unidades habitacionais) que atende a todas as habitações que
serão re-alocadas (145 unidade habitacionais) e ainda sobrando (24 unidades habitacionais). A
segunda etapa (97 unidade habitacionais), estimada para até 2016, já é uma área um pouco mais
inclinada sendo destinada para um futuro crescimento populacional dessa área que vai ser feita
naturalmente com o tempo e a
construção da futura estação do
metrô ajudara para que isso
ocorra com maior rapidez.
As unidades habitacionais
serão construídas com a técnica
do adobe que consiste em
produção de tijolos secos ao sol
feito com uma parte de areia e
outra de argila que pode ser
encontrada no próprio local de
onde será feito o corte no terreno
para a implantação das
edificações. A mão de obra será
local e caixas de leite serão
utilizadas para a construção dos
telhados.
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1ª Etapa:
2ª Etapa:
Essa etapa só será construída caso ocorra o crescimento da área e deverá ser
feita com uma implantação semelhante a da 1ª etapa, porém será sobre pilares para
evitar o contato com o solo que nessa área é muito úmido, devido as condicionantes
climáticas. Tendo ainda que construída algum tipo de proteção na fachada sul que
recebe as chuvas de frente.
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4.2. INFRA-ESTRUTURA:
4.2.1. SANEAMENTO:
O abastecimento de água das casas será feito por meio de captação de água de chuva armazenada
em tanques subterrâneos que abastecerão as casa logo abaixo sendo as da parte mais alta fazendo
uso de bombas manuais que usam o princípio de Arquimedes.
O tratamento de esgoto será dividido em duas partes a primeira será ligada a uma fossa séptica que
recebe a água servida dos chuveiros, pias e halos, seguindo por meio de gravidade para o wetland
onde terá seu tratamento final. A segunda ligação será feita do vaso sanitário para o biodigestor
que recebera também o lixo orgânico produzido pelas habitações onde produzira biogás e
biofertilizante, para o uso respectivamente, no fogão e na horta.
A drenagem será feita em direção as parte inferiores das vias também que vão servir de tanques
para o armazenamento de água da chuva para usos diversos. O restante da drenagem será
conduzido por gravidade juntamente com a saída da fossa séptica em direção ao wetland.
O lixo inorgânico será levado para o Centro Social de Re-Produtose o orgânico para o biodigestor.
Esse modelo consiste na produção de alimentos e outros artigos derivados do que será produzido
pelo trabalho dos moradores locais para a sua alimentação e comercialização.
Serão Destinadas áreas para o plantio de hortas, pomares, reflorestamento, madeira para
construção entre outros, e geração de biomassa com fins de sustentar a comunidade e gerar renda.
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Nesses locais serão usadas técnicas da permacultura e o trabalho que for preciso para isso será
realizado pelos próprios moradores do local.
Esse modelo prevê o aproveitamento da biomassa para a geração de biogás e adubo orgânico
através de lixo orgânico, fezes (humana e animais) e biomassa que será gerada principalmente pelo
wetland, horta e bosques.
5. SISTEMA DE GESTÃO:
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Estabelecer Parcerias e acordos: A comunidade é quem vai procurar parceiros para estabelecer
acordos, por meio do representante escolhido.
Controle do espaço interno: A segurança e o controle do espaço interno serão realizados pelos
próprios moradores que irão fiscalizar e vigiar sua propriedade.
Trabalho comunitário e em cooperativa com fins lucrativos: Será realizado trabalho em forma de
cooperativa para fins de geração de renda para os moradores locais.
Auto-construção em mutirão: As casas serão construídas em mutirão com a técnica no adobe pelos
moradores locais.
Áreas comuns de interesse social: As áreas livres serão destinadas para lazer e cultivo de plantas
destinadas a alimentação, sombra, construção e energia. O cultivo e manejo dessas áreas será
realizado pela própria comunidade.
Sistema de saneamento e geração de energia: Nos períodos adequados serão feitas as
manutenções indicadas para; a fossa séptica, wetland, biodigestor, motor de geração de
eletricidade, entre outros.
Consolidar o projeto por meio de participação comunitária: Serão realizadas reuniões com a
comunidade para apresentação do projeto e fortalecimento da liderança local que irá administrar a
comunidade.
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Obtenção de posse da terra em domínio pleno: Com a organização consolidada é mais fácil de
conseguir as coisas. A idéia é que todos sejam donos da terra e não do lote, funcionando como uma
espécie de condomínio.
Financiamento e apoio institucional: Buscar recursos, parceiros, colaboradores, apoios, patrocínios,
sejam eles de iniciativa privada ou órgãos públicos. Enfim qualquer tipo de ajuda será bem vinda desde
doações até trabalho voluntário.
Implantação de etapa emergencial: Em caráter de urgência será preciso realizar algumas modificações
visando, a eliminação de risco. Entre essas modificações estão a realocação das habitações em áreas
de risco, implantação de hortas, pomares, sistema de esgotamento, energia elétrica, iluminação e
pavimentação.
Consolidação da 1ª Fase: Implantação das habitações, vias e infra-estrutura da 1ª fase do projeto.
Consolidação da 2ª fase: Implantação das habitações, vias e infra-estrutura da 2ª fase do projeto, que
está prevista para 2016, ou algum tempo após a finalização do metrô.
7. CONCLUSÃO:
Precisamos repensar nossas cidades, para assim resgatar as belezas naturais ainda presentes na sua
paisagem, garantir o bem estar social e integrar harmonicamente a sociedade e a natureza, obtendo uma
qualidade de vida e contribuindo para alcançar uma sustentabilidade para nossas futuras gerações. Através de
uma visão futura de nossas cidades, baseadas no ambiente urbano e natural, poderemos então criar objetivos e
metas que busquem uma integração social, econômica e ambiental baseadas no seguinte princípio: o de formar
uma cidade mais auto-sustentável. O planeta é um organismo vivo ao qual fazemos parte, ele é o reflexo de nós
mesmos.
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8. BIBLIOGRAFIA:
ADAM, Roberto Sabatella. Princípios do Ecoedifício: interação entre ecologia, consciência e edifício. São Paulo: Aquariana,
2001.128p; 21cm.
CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida: Uma nova compreensão cientifica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 1996
CAPRA, Fritjof. As Conexões Ocultas: Ciência para uma vida sustentável. São Paulo: Cultrix, 2002.
CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação: A Ciência a Sociedade e a Cultura emergente. São Paulo: Cultrix, 1982.
CAPRA, Fritjof. O Tal da Física: Um paralelo entre a Física Moderna e o Misticismo Oriental. São Paulo: Cultrix, 1975
DEZ Alternativas Tecnológicas Para Habitação. Brasília, MINTER/PNUD, 1989. 376p.
FROTA, Anésia Barros. Geometria da insolação. São Paulo: Geros, 2004 289p.: il.;
FROTA, Anésia Barros & SCHIFFER, Sueli Ramos. Manual de Conforto Térmico: arquitetura, urbanismo – 5. ed. - São
Paulo: Studio Nobel, 2001.
HERTZ, Jonh. Ecotécnicas em Arquitetura : Como projetar nos trópicos úmidos do Brasil. São Paulo: Pioneira, 1998.
LA MAYA, Jacques. Medicina da Habitação: Como Detectar e Neutralizar as Ondas Nocivas Para Recuperar o Bem-estar e a
Vitalidade. São Paulo: Roca, 1994.
LENGEN, Johan Van. Manual do arquiteto descalço. São Paulo: Groud, 2001.
MASCARÓ, Juan Luís. 1934 – Infra-estrutura habitacional alternativa. Porto Alegre : Sagra, 1991.
MOLLISON, Bill. Introdução a permacultura. São Paulo: Novo Tempo.
MOLLISON, Bill & HOLMGREN, David. Permacultura um: Uma agricultura permanente nas comunidades em geral. São
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TUAN, Yi-Fu. Topofilia : Um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1992.
WYDRA, Nancilee. Feng Shui o Livro das Soluções: 150 Soluções Simples Para Sua Saúde e Felicidade no Lar ou no
Escritório. São Paulo: Pensamento.
YAMAMOTO, Celso. Feng Shui: a Arquitetura Sagrada do Oriente. São Paulo: Ground, 1997.
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