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Jesus, o homem

Albino A. C. de Novaes
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SKYPE: aacn1947
CONSIDERAÇÕES GERAIS - HISTORIADORES (NÃO ESPÍRITAS)
Os pseudo-epígrafos do Velho Testamento, os Manuscritos do Mar
Morto, os Códices Nag-Hammadi, um manuscrito árabe que contem
uma versão do testemunho do historiador judeu Josefo sobre Jesus,
as escavações arqueológicas na Palestina, especialmente em
Cafarnaum e Jerusalém, levam-nos a especular sobre um Jesus
histórico que supera o Jesus Mítico em sabedoria, espiritualidade e
divindade.
“(...) agora já não podemos conhecer qualquer coisa sobre a vida e a
personalidade de Jesus, uma vez que as primitivas fontes cristas não
demonstram interesse por qualquer das duas coisas, sendo alem
disso, fragmentarias e muitas vezes lendárias; e não existem outras
fontes sobre Jesus”
Assim se expressou RUDOLF BULTMANN, consagrado professor da
Universidade de Marburg.
Mas, em nossos dias, a opinião que predomina é que podemos
conhecer muito bem o que Jesus queria fazer, podemos saber muito
sobre o que ele disse.
R. BULTMANN, na primeira pagina da sua THEOLOGY OF NEW
TESTAMENT, fez uma afirmação ao mesmo tempo audaz e sucinta:
“A mensagem de Jesus é antes um pressuposto para a Teologia do
Novo Testamento do que uma parte dessa Teologia (...). Assim, o
pensamento teológico- a Teologia do Novo Testamento- tem inicio
com o QUERIGMA da igreja primitiva, e não antes”.
Esclarecemos que o temo QUERIGMA é o mesmo que mensagem,
proclamação, pregação. Mais tarde este termo passou a designar a
pregação da Cristandade Primitiva a respeito de Jesus.
Num esboço da Teologia do Novo Testamento, ainda não encontramos
elementos que permitam omitir de seu contexto a Mensagem de
Jesus. Não podemos reduzir a vida e o pensamento de Jesus, a um
contexto estritamente histórico.
Os sonhos, as idéias, os símbolos e os termos de seus primeiros
seguidores foram certamente herdados por Jesus de um modo direto.
Vemos tais sonhos, idéias, símbolos e termos profundamente
entranhados no mundo e no pensamento do Judaísmo Antigo.
Vejamos a seguir a abordagem de BULTMANN logo ao inicio da
Teologia do Novo Testamento:
“é de importância primordial para a tradição do Evangelho a
integração do ministério terreno de Jesus e do querigma, para que o
primeiro se torne a base que sustenta o segundo. Essa
“rememoração” de Jesus permanece sendo, especialmente nos
grandes Evangelhos, a intenção primaria (...). Se desejarmos
representar a Teologia do Novo Testamento de acordo com sua
estrutura intrínseca, temos então de começar com a questão do Jesus
terreno”.
Os documentos do Novo Testamento, bem como suas Teologias e
suas tendências não podem ser representadas sem considerarmos a
vida singular de Jesus, um símbolo de autoridade, mais do que isto,
um paradigma para escritores do Novo Testamento. O Novo
Testamento e toda a Teologia Crista se desenvolveram da crise e da
conseqüente tensão gerada no confronto entre tradição e adição,
entre historia relembrada e fé articulada. Não temos medo em
afirmar, ser a Teologia tradicional, firmada em bases dogmáticas e
numa fé articulada para atender a interesses de grupos sectários.
Duzentos anos de pesquisa não foi suficiente para se produzir um
Jesus histórico. A nosso ver uma biografia de Jesus é e será sempre
impossível. As informações que nos tem chegado a respeito de Jesus
são escassas, algumas são truncadas e os próprios evangelistas não
se interessaram muito em Jesus como uma pessoa do passado ou
como um homem do mundo.
Entre os Espíritas há os que não se interessam pela pesquisa do
Jesus homem, do Jesus inserido no contexto do mundo, ou ainda, do
Jesus histórico. Afirmam que seus ensinamentos devem ser o único
alvo. Concordamos que a mensagem de Jesus deva ser tratada
prioritariamente, mas se conhecermos uma pouco mais sobre o
Mestre Nazareno, certamente seus ensinamentos serão mais bem
compreendidos.
Retornemos aos Historiadores.
Certos aspectos específicos da vida de Jesus eram essenciais para a
vida e o pensamento quotidiano de seus primeiros apóstolos:
conhecer Jesus era o primeiro passo para conhecer sua filosofia, seu
posicionamento diante dos fatos sociais, políticos e religiosos da
época.
A vida levada por Jesus somada a antigas tradições formativas fez
com que seus seguidores aprendessem a pensar ensinar e até
suportar sofrimentos, até mesmo o martírio. No primeiro século
reinava
entre cristãos e judeus a crença de que o presente estava
impregnado de futuras expectativas.
As tradições sobre Jesus nos Evangelhos resultam de pregações,
ensinamentos e polemicas conflitante com os judeus.
Como foram escritos os Evangelhos?
Marcos, em algum instante por volta de 70 de nossa era, compôs o
primeiro Evangelho, recorrendo a um complexo de tradições que
refletia não apenas o que vinha ocorrendo desde a crucificação de
Jesus no ano 30 d.C., mas também as ações lembradas e as palavras
de Jesus anteriores ao ano 30.
Mateus e Lucas dependeram de Marcos, não do moderno e eclético
texto grego de Marcos. João possivelmente, também conheceu
Marcos e dele herdou a criação literária, ou seja, o gênero
“evangelho”. Todos os evangelistas herdaram tradições, algumas das
quais só pertenciam a um deles. Todos os evangelistas escreveram a
partir de uma perspectiva sociológica e teológica distinta.
Mas podemos formular algumas outras perguntas para completar a
primeira:
Que fontes estavam a disposição de Marcos e dos outros evangelista?
Até onde eram autenticas? Como se pode confiavelmente distinguir
entre o verdadeiro e o falso? O que é digno de confiança e o que é
fabricado? Como foram significativamente moldadas as tradições dos
evangelistas pelo processo de transmissão? Será que alguém durante
a vida de Jesus deixou por escrito alguma coisa sobre o que ele
ensinara?
Infelizmente estas, e outras perguntas, similares continuam sem
respostas conclusivas. Mas isto não deve desanimar os historiadores.
Não devemos desavisadamente ignorar a mais simples das questões:
como poderemos explicar o aparecimento de um evangelho? O que o
precedeu? Como foi possível para Marcos fazer o que fez, se tudo o
que o precedeu foram querigmas ou proclamações desprovidas de
qualquer interesse ou conteúdo históricos?
O fato é que, desde as primeiras décadas do movimento associado a
Jesus, houve algum interesse histórico no homem Jesus de Nazaré:
isto o prova a mera existência dos Evangelhos- que incluem a
celebração da vida e dos ensinamentos de Jesus anterior a Páscoa.
Os Evangelhos contam a historia dos feitos e dos ensinamentos de
um homem. Não apenas Lucas (1:1-4) e João (21:25), mas também
Marcos e Mateus indicam que o interesse no Jesus que precedeu a
Páscoa lhe eram anterior.
Marcos dá ênfase a afirmação, herdada de Jesus, de que está agora
começando o ato final no drama dinâmico em que Deus se move para
uma humanidade imoral.
Mateus luta para provar que todas as profecias concebíveis foram
cumpridas por Jesus:
Lucas tende a fazer a historia universal trifurcar em três períodos: o
templo de Israel, o meio do tempo ou o tempo de Jesus, e o tempo
da igreja. Ele também abranda a tendência de Marcos para dar
ênfase ao presente como o fim do tempo e da historia e sua
afirmação escatológica injusta de que Jesus regressará
triunfantemente a qualquer momento. Considerando a tradição do
Evangelho e sua transmissão, observamos que:
1. Os Evangelhos procedem de uma geração ulterior a de Jesus;
mas, embora os evangelistas não fossem testemunhas
oculares, eles foram informados por testemunhas oculares. A
tradição oral nem sempre desmerece a fé.
2. Os Evangelhos e outros documentos do Novo Testamento
refletem as necessidades da igreja (...) e a dedicação a tradição
histórica não implica ou exige perfeição em transmitir.
3. Os Evangelhos contem elementos legendários ou míticos, tais
como Jesus caminhando sobre as águas; mas seguramente os
Evangelhos são categoricamente diferentes das lendas e mitos
bem conhecidos (...). Embora se deva admitir a presença de
lendas e mitos não-historicos e não verificáveis nos Evangelhos,
a historia fundamental sobre Jesus decorre de tradições
autenticas muita antigas.
4. Mateus claramente amplia e muita vez transforma em alegoria
Marcos e Q, uma fonte perdida somente conhecida porque
Mateus e Lucas herdaram porções dela (...).
5. Na busca de material autentico referente a Jesus temos de
reconhecer (...) que palavras que não são autenticas de Jesus
podem corretamente conservar a real intenção de Jesus (...).
6. Mateus e Lucas trabalhando a partir de Marcos e Q alteraram os
ditos de Jesus e, enquanto Marcos deve ter exercido a mesma
liberdade exegética, é obvio, comparando Marcos com Q e os
ditos de Jesus encontrados apenas em Mateus com os que
figuram apenas em Lucas, que muitos dos ditos de Jesus
remontam muito antes de 70. é simplesmente inverídico que os
ditos de Jesus foram criados pelos primeiros cristãos ou
inventados pelos evangelistas. (Creio que o mesmo
pensamento se aplica aos ditos de Jesus reunidos por
evangelistas não canônicos e que muitos foram distorcidos,
acrescentados ou modificados).
7. A Epístola aos Romanos 1:3-4 e outras tradições podem tender
a indicar que os seguidores de Jesus só começaram a afirmar
que ele era “o Cristo” depois que Jesus (voltou entre os
mortos). Não se sugere dessa percepção que a cristologia só se
iniciou depois da Páscoa ou que a cruz e o aparecimento de
Jesus apos a crucificação foram os únicos aspectos importantes
da vida de Jesus.
8. Os Evangelhos são confessionários pós-Pascoa. Esclarecemos
que aqueles que buscam ver as tradições autênticas de Jesus
no Novo Testamento não estão empenhados numa operação de
salvação. A pesquisa sobre Jesus está desvinculada
(totalmente) da procura de um fundamento razoável para a fé e
da necessidade de retratar o herói divino a ser imitado.
9. Há um retrato comum de Jesus em Mateus, Marcos e Lucas.
Este retrato expõe Jesus como pessoa distintamente
reconhecível na Palestina do primeiro século.

COMENTÁRIOS DOS ESPÍRITAS


J. Herculano Pires
(I)
(Hoje constatamos) “um abismo entre o Cristo e o Cristianismo, tão
grande quanto o abismo existente entre Jesus de Nazaré e Jesus
Cristo nascido (...) na cidade do Rei Davi em Belém da Judéia,
segundo o mito hebraico do Messias. Por isso a Civilização Cristã,
nascida em sangue e em sangue alimentada, não possui o Espírito de
Jesus, mas o corpo mitológico do Cristo, morto e exangue. Por isso o
Padre Alta estabeleceu em Paris, a diferença entre o Cristianismo do
Cristo e o dos seus vigários. Não podemos condenar o processo
histórico que brotou, rude e impulsivo, das condições humanas de
civilizações agrárias e pastoris, mas não é justo que conservemos em
nosso tempo de abertura para novas dimensões da realidade humana
a da realidade cósmica.
• Mahatma Gandhi exclamou, ao ler os Evangelhos: ”Como pode
uma árvore como esta dar os frutos que conhecemos?”
• Kalil Gibran Kalil, viu Jesus de Nazaré encontrar-se com o Jesus
dos Cristãos numa colina do Líbano, onde conversaram, e Jesus
de Nazaré retira-se murmurando: “Nao podemos nos
entender!”.
• Melanchton assustou-se com a depuração da Reforma e
perguntou a Lutero ”Se tiras tudo dos Cristãos, o que lhes
pretende dar?”. Lutero respondeu: “Cristo!”.
As atuais Teologias da Morte de Deus, nascidas da Loucura de
Nietsche, provou a razão de Lutero. A Nova Teologia do Padre Teilhard
de Chardian oferece-nos os rumos da renovação. E o Papa João XXIII,
um camponês que voltou ao campo, tentou limpar a Seara. é o tempo
de compreendermos que Jesus de Nazaré não voltou das nuvens de
Betânia, mas em Espírito e Verdade, para conduzir-nos a toda
Verdade Prometida”.
(II)
“Na Galiléia dos gentios, sob o domínio romano de Israel, as
esperanças judaicas do Messias cumpriram de maneira estranha e
decepcionante. Nasceu o menino Jesus em Nazaré, na extrema
pobreza da casa de um carpinteiro, próximo a Decapolis impura, as
dez cidades gregas que maculavam a pureza sagrada da terra que
Javé cedera ao seu povo. Era penoso para os judeus aceitarem esse
desígnio do Senhor, que mais uma vez lhe impunha terrível
humilhação. José o carpinteiro casara-se com uma jovem de família
pobre e obscura, com pretensas ligações com a linhagem de Davi.
Jesus devia nascer em Belém de Judá, a Cidade do Rei cantor, poeta
e aventureiro. E devia chamar-se Emmanuel segundo as profecias.
Javé certamente castigava os judeus pela infidelidade do seu povo,
que deixara a águia romana pensar no Monte Sião. Toda a heróica
tradição de Israel se afogava na traição a aliança divina da raça pura,
do povo eleito, com o poder impuro de César.
A decepção dos judeus aumentava ante a desairosa situação social de
José, velho e alquebrado artesão, casado com uma jovem que já lhe
dera vários filhos. Jesus não gozava sequer das prerrogativas de
primogênito (alem de forjarem a condição de primogênito também
forjaram a virgindade de Maria, do contrario as profecias não teriam
se cumprido). Herodes, o Grande, que se contentava no ajuste com
os romanos, a dominar apenas a Galiléia e alem disso construíra o
seu palácio sobre a temível impureza das terras de um cemitério,
tremeu ante esse novo desafio aos brios da raça e condenou os que
aceitavam esse nascimento impuro como sendo o do Messias de
Israel. Era necessário, para sua própria segurança, desfazer esse
engano. O menino intruso devia ser sacrificado, e para isso bastava
recorrer as alegorias bíblicas e espalhar a lenda da matança dos
inocentes. Nos tempos mitológicos em que se encontravam era
comum tomar-se a Nuvem por Juno. Mas o menino que nascera de
maneira incomum, filho de família pobre (e por isso suspeita),
cresceu revelando inteligência excepcional que provocava a
admiração do povo. Submetido a sabatina ritual dos rabinos do
Templo de Jerusalém, para receber a bênção da virilidade,
assombrara os doutores da Lei com seu conhecimento precoce. Mas
esse brilho fugaz era insuficiente para lhe garantir a fama messiânica.
Logo mais ele se mostrava integrado na família humilde a condição
inferior e aprendendo com o velho pai a profissão a que se dedicaria.
Não obstante para a prevenção de dificuldades futuras, as raposas
herodianas incumbiram-se de propalar a lenda da violação da honra
conjugal de Maria pelo legionário Pantera. Com esse golpe decisivo, o
perigo messiânico ficava definitivamente anulado.
Não seria possível que o povo aceitasse a qualificação messiânica
para um bastardo.
(...) Jesus crescia e se preparava na obscuridade, para o
cumprimento de sua missão. Quando se sentiu integrado na cultura
hebraica, senhor das escrituras e das tradições da raça, iniciou as
suas atividades publicas. Sua própria família então se revoltou contra
o perigoso atrevimento daquele jovem delirante. Sua mãe e seus
irmãos, como relatam os Evangelhos, tentaram fazê-lo voltar para
casa e a oficina rústica do pai. Foi então que seu primo, João, o
Batista, que já antecipara seu trabalho messiânico, preparou-lhe as
veredas da sua semeadura revolucionaria. Na própria Galiléia Jesus
encontrou os seus primeiros discípulos. Homens humildes, mas cheios
de fé, de esperança, dispuseram-se a segui-lo. (...) Suas atitudes
claras e enérgicas, seus princípios racionais, desprovidos das
superstições rituais da tradição, assustavam e muitas vezes atendiam
aquelas almas sedentas de luz e de prodígios messiânicos. Sua
popularidade cresceu rapidamente no seio de um povo que sofria
como jugo romano, a infiltração constante e irreprimível dos costume
pagãos nas classes dominantes, sob a complacência covarde de um
rabinato embriagado pelos interesses imediatistas. Renasceram então
antigas lendas a seu respeito. Os que o aceitavam, levados pelas
aspirações messiânicas, propalavam estórias absurdas sobre a sua
infância e adolescência obscuras, com entusiasmo fanático da
ignorância e do clima mitológico da época. Os que a ele se opunham,
atrelados ao carro dos interesses romanos e dos seus aliados judeus,
ressuscitavam as lendas do seu nascimento vergonhoso e das suas
relações secretas com Satanás e com ordens ocultistas e mágicas,
como a dos Essênios, geralmente temidas pelas atrocidades que
praticavam em seus redutos indevassáveis.
A figura humana de Jesus de Nazaré, o jovem reformador do
judaísmo, que pregava o amor e a fraternidade entre os homens, ia
rapidamente se transfigurando num mito contraditório, ora de
semblante celeste e atitudes amigas, ora de rosto irado e chicote em
punho. Os discípulos procuravam enquadrá-lo nas profecias bíblicas
certos de sua condição messiânica. A mentalidade mística,
profundamente diversa de mentalidade racional que ele encarnava,
naquela fase de transição histórica e cultural, aceitava mais
facilmente a profecia como realidade dos próprios fatos reais. O
sentido de suas palavras e até mesmo as expressões alegóricas, de
que as vezes se servia, para se fazer mais compreensível, eram
entendidas de maneiras diversas, segundo a capacidade de
compreensão de certos indivíduos ou grupos. Esse é um processo de
deformação bastante comum nos tempos de ignorância e que hoje se
repete nos meios e regiões ainda não atingidos pelo progresso. Os
fenômenos de fanatismo religioso e misticismo popular, ainda em
nossos dias, revelam a mecânica emocional dessas estranhas, e não
raro, bárbaras metamorfoses de interpretação popular de ensinos
racionais e de fatos comuns transformados em acontecimentos
misteriosos.
(...) na elaboração tardia dos textos evangélicos, em tempos e
lugares diferentes, com os dados fornecidos pelos LOGIAS (anotações
de apóstolos e discípulos) ou mesmo de informações orais,
deturpadas pelo tempo, transfiguradas pelos sentimentos de
veneração que crescera através dos anos, os elementos míticos se
infiltraram no relato, amoldando a realidade distante as condições
mitológicas da época.
REFERENCIAS:
1. CRISTIANISMO: a mensagem esquecida
Hermínio Miranda - Casa Editora O CLARIM.
Primeira edição - Novembro 1988
2. REVISÃO DO CRISTIANISMO
J. Herculano Pires
Paideia - Segunda edição - 1983
3. JESUS DENTRO DO JUDAÍSMO
James H. Charlesworth
IMAGO EDITORA LTDA - 1992
4. QUEM MATOU JESUS?
John Dominic Crossan
Imago- 1995
5. OS EVANGELHOS GNOSTICOS
Elaine Pagels
Editora Cultrix
6. O EVANGELHO DE TOMÉ
Hermínio Miranda
Arte e Cultura-1991
7. HISTORIA DA FORMAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO
Pinheiro Martins
Edições - CELD - 1993
8. O JULGAMENTO DE JESUS, O NAZARENO
Haim Cohn
Imago Editora
9. CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
Leon Denis
FEB
Não consideramos o movimento cristão primitivo como constituindo
um bloco monolítico de crenças e ritos e administrado por uma
incontestável instituição. Entendemos o Cristianismo de hoje como
originário de uma fusão de diversas crenças tendo o Judaísmo e o
Mitraismo como pano de fundo, fragmentado, contraditório, tendo
uma parte sob o jugo de um poder centralizador. Vemos um enorme
abismo entre Jesus de Nazaré e Jesus Cristo: preferimos Jesus de
Nazaré, este sim o anjo sideral. Mas isto não deve ser motivo de
espanto, pois continuaremos (até que os espíritas possam
compreender a diferença entre um e outro) nos referindo como Cristo
ao Jesus de Nazaré.
Hermínio Miranda afirma que “Foi considerável o atrito entre as
diversas correntes que disputavam a hegemonia do movimento
cristão, como ainda hoje se pode observar dos veementes textos
sobreviventes, de autoria de herisiologos de então, na defesa do que
entendiam como princípios inegociáveis da única e verdadeira fé. O
resultado de tais contendas ideológicas é que parece redobrar quando
o debate combina as duas situações (...)”. Não podemos fugir do
debate: a contenda intelectual ativa e equilibrada entre estudiosos
sérios é imprescindível para evitarmos que irreparáveis equívocos
sejam publicados em nome da Doutrina Espírita. Não podemos nos
situar como donos da verdade: não queremos hegemonia.
Quando eu tinha cerca de 9 anos de idade, ao entrar na sala de aula
do Instituto de Zootecnia, escola primaria agrícola ( SITUADA EM
ITAGUAI-RJ) fiquei embaraçado e chocado ao mesmo tempo com um
quadro retratando Jesus irado e com um chicote. Estava acostumado
aos ensinamentos Espíritas de minha mãe a respeito do Mestre
Nazareno, quando aprendi a vê-lo como exemplo de ternura e amor.
Foi um momento importante: descobri que havia algo de errado com
aquele “Cristo”.

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