Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
(Fevereiro de 2008)
ESCLARECIMENTO
HAIKAIS MATUTOS
HAIKAI 01/2008
Segue a trilha,
acolhe bem teus filhos.
colhe uns milhos.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 02/2008
Afaga a face
de quem te ama:
nem reclama.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 03/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 04/2008
Estima a rima,
compõe teu verso:
não desanima.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 05/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 06/2008
Busca, lá no alto,
a inspiração didática:
educa o desacato.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 07/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 08/2008
Amor é o poder
capaz de vencer,
sem esmorecer.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 09/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 10/2008
Poeta antigo
faz, do verso novo,
festa e abrigo.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 11/2008
O arco-íris
será meu adeus,
se partires.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 12/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 13/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 14/2008
Alguns vêm
com umas rimas;
outros, sem.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 15/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 16/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 17/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 18/2008
Aproveita frases,
sublima os reveses:
aceita catarses.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 19/2008
Na melodia da chuva,
sobre o telhado antigo,
tem uma poesia turva.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 20/2008
Eu só vim te trazer
os meus vinte haikais,
que fiz com prazer.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 21/2008
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 22/2008
A visão noturna
da maresia parece
e é tão soturna.
Belém, 31/01/2008
HAIKAI 23/2008
Estou te esperando
e dos teus belos versos
eu vou recordando...
Belém, 01/02/2008
HAIKAI 24/2008
Belém, 01/02/2008
HAIKAI 25/2008
Belém, 01/02/2008
HAIKAI 26/2008
O sonho encantado
está prestes a vir a ser,
aqui, bem realizado.
Belém, 01/02/2008
HAIKAI 27/2008
Belém, 01/02/2008
HAIKAI 28/2008
Belém, 01/02/2008
HAIKAI 29/2008
Vê se te anima e vai
compondo, sem hesitar,
a rima do teu haikai.
Belém, 01/02/2008
HAIKAI 30/2008
Eu fiquei o quê?
Com pensamento leve?
É: tomei saquê.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 31/2008
Existe realidade
refletida na virtualidade:
encara a verdade.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 32/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 33/2008
Desmembrar o absoluto
e analisar bem a realidade
resultará no meu indulto.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 34/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 35/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 36/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 37/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 38/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 39/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 40/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 41/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 42/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 43/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 44/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 45/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 46/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 47/2008
Confio, em parte,
na crítica posicionada:
só aprecio a arte.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 48/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 49/2008
A liberdade fundamentada
no correto respeito ao próximo
vem a ser verdade sagrada.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 50/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 51/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 52/2008
Volte, se entender
a importância de voltar.
Devote-me prazer.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 53/2008
Gerúndio é fútil?
Dependendo do uso,
ele pode ser útil.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 54/2008
O futuro do presente,
do pretérito-mais-que-perfeito,
é bem puro, realmente.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 55/2008
Um pretérito imperfeito,
se for muito bem consertado,
terá o inquérito desfeito.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 56/2008
O macaco pulou
demais e um galho
fraco se quebrou.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 57/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 58/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 59/2008
Um tatu encontrou
o procurado formigueiro
e, assim, almoçou.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 60/2008
Um pinto piou,
a mucura escutou
e o abocanhou.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 61/2008
Um galo antigo
expulsou do terreiro
o frango inimigo
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 62/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 63/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 64/2008
A melodia sensual,
de uma brisa noturna,
contagia um casal.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 65/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 66/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 67/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 68/2008
Um cometa mergulhou
bem fundo no leito do rio
e uma luneta registrou.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 69/2008
Os cometas entrelaçados,
caudas e cabeças invertidas:
eis os óvulos fecundados.
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 70/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 71/2008
Belém, 02/02/2008
HAIKAI 72/2008
Tentei e consegui.
Se tu duvidas de mim,
lê o que eu escrevi.
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 73/2008
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 74/2008
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 75/2008
Deixa de reclamar,
apenas por um instante,
e vamos conversar.
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 76/2008
No reflexo
de um espelho
há o nexo?
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 77/2008
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 78/2008
Esperei um pouco,
superei adversidades
e já dei bom troco.
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 79/2008
Chego e me apresento.
Digo: olá, o que tens feito,
pelego tolo e avarento?
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 80/2008
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 81/2008
Soma bem:
oitenta mais vinte
resulta cem.
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 82/2008
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 83/2008
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 84/2008
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 85/2008
Na viagem, vislumbrei
todo o belíssimo reflexo
da imagem que amei.
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 86/2008
Teus deslizes?
O que eu não disse,
tu vens e dizes.
Belém, 03/02/2008
HAIKAI 87/2008
O amor aconteceu
e se existem culpados
não és tu, nem eu.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 88/2008
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 89/2008
Chove e lembro
do nosso juramento:
foi em setembro.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 90/2008
Eu escrevo contigo,
bem aqui, na foz do rio,
meu acervo antigo.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 91/2008
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 92/2008
Nosso benefício
de termos amor real,
vale o sacrifício
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 93/2008
Eu rasguei o pergaminho
daqueles moralistas arcaicos
e fiquei com o teu carinho.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 94/2008
Ofereci respeito
a quem não merecia:
recebi despeito.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 95/2008
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 96/2008
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 97/2008
Contra a maresia,
vou navegando em paz,
com minha poesia.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 98/2008
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 99/2008
Nem te importa
se alguém nos olha
com “cara torta”.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 100/2008
Só importa
o amor vencer
toda revolta.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 101/2008
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 102/2008
Um casal triunfante
sobre o falso moralismo
é, em geral, amante.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 103/2008
Se estou a te amar
e confio no teu amor,
nada vai me abalar.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 104/2008
Nem me humilho:
sei que sou bom pai,
além de bom filho.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 105/2008
Só falta pouco.
Está quase na hora
exata do troco.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 106/2008
Um decoro triunfou
sobre a prosa moralista:
meu choro acabou.
Marajó, 04/02/2008
HAIKAI 107/2008
Eu sempre deixo
falarem bobagens
e nem me queixo.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 108/2008
Nem escuto
maledicências:
só te refuto.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 109/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 110/2008
Eu não te afronto,
nem sabes o que dizes,
e te dou desconto.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 111/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 112/2008
Eu estou falando
o que ninguém te falou:
vivem te bajulando.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 113/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 114/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 115/2008
Indo embora,
vislumbro poesia
fluindo lá fora.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 116/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 117/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 118/2008
De que me adiantaria
eu ter dinheiro sobrando,
se me faltasse alegria?
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 119/2008
Detenho valores
bem mais valorizados:
priorizo amores.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 120/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 121/008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 122/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 123/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 124/2008
E o que mais
nós podemos fazer?
Amar em paz.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 125/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 126/2008
Nossa história,
contada em versos,
contém vitória.
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 127/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 128/2008
Belém, 04/02/2008
HAIKAI 129/2008
Parece que é
minha única opção
a prece de fé.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 130/2008
Haikai
ergue o bem
que cai.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 131/2008
O meu haikai
já desmascara
quem me trai.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 132/2008
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 133/2008
Eu já te falei,
tu nem ouviste,
e me cansei.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 134/2008
Um verso do prólogo,
por ser rebuscado demais,
eu me esqueço logo.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 135/2008
Eu te critico
bem diretamente
e nem fuxico.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 136/2008
Sim, aceito
tentar sobreviver
lá no gueto.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 137/2008
Comprovo
o que pensas
e te aprovo.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 138/2008
Bem sutil,
o amor chegou.
Quem viu?
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 139/2008
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 140/2008
Como pedregulho,
jogado no rio, no trabalho,
eu logo mergulho.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 141/2008
Após eu trabalhar,
não sou teu escravo:
deverás me pagar.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 142/2008
Pago um preço,
bastante elevado,
pelo teu apreço.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 143/2008
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 144/2008
Escutaste bem.
Parte para o porto:
o navio já vem.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 145/2008
Eu vim embora,
perdeste a viagem:
que faço agora?
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 146/2008
Fica por aí
e me espera: vou
voltar pra ti.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 147/2008
Poderei me atrasar,
mas, pode ter certeza:
eu irei te encontrar.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 148/2008
Grandeza absoluta
é procurar pela vitória,
na miudeza da luta.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 149/2008
Quem se omite,
além de ter culpa,
também é triste.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 150/2008
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 151/2008
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 152/2008
É, sempre brota
o amor que importa
na nossa “horta”.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 153/2008
Com certeza,
irei à Pernambuco,
via Fortaleza.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 154/2008
Tomaste o gole
de um fraco aperitivo
e já ficaste mole?
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 155/2008
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 156/2008
Eu já superei
fases agitadas
e me quietei.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 157/2008
Voltei ao início,
pensei no meu futuro:
superei o vício.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 158/2008
Estou liberto
de todo tormento
contigo perto.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 159/2008
Tu és meu abrigo,
crê na minha gratidão:
eu sou teu amigo.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 160/2008
Eu estou aqui
e quero te oferecer
o que escrevi.
Belém, 09/02/2008
HAIKAI 161/2008
Belém, 10/02/2008
HAIKAI 162/2008
Belém, 10/02/2008
HAIKAI 163/2008
Belém, 09/02/2008