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- Pagamento de quantia
1. Procedimento
2. Multa
a. Natureza
b. Dispensa
c. Termo “a quo” do prazo para pagar
d. Arquivamento
- Pagamento de quantia
1. Procedimento
O procedimento previsto pelo legislador é bastante simples, e aplicam-
se, subsidiariamente, aquelas regras da execução fundada em título
extrajudicial – art. 475-R/CPC.
Estudaremos, portanto, aquilo que for específico em relação ao
cumprimento de sentença.
*Sentença arbitral/penal/estrangeira
A execução se dará através de um processo autônomo.
Temos a sentença e o credor vai através de uma petição iniciar um
novo processo (de execução).
Nessa petição pode apresentar a memória e indicar bens a serem
penhorados (tem que atender aos requisitos de uma petição inicial).
Será realizada uma penhora, e, ao invés do devedor ser intimado para
impugnar, ele será citadopara impugnar.
Depois disso o processo continuará tramitando segundo as regras do
titulo extrajudicial.
Diferença do procedimento do título extrajudicial: O que há de
diferente é a fase postulatória e constritiva. A fase expropriatória e
satisfativa é igual.
2. Multa
Multa art. 475-J. Esse artigo diz que, caso o executado não pague a
obrigação no prazo de 15 dias, incidirá multa de 10% sobre a obrigação.
Essa multa é imposta pela lei. Como essa é uma multa legal, não
precisa ser pedido pelo autor na petição inicial. Por esse mesmo motivo o
juiz não precisa fazer constar essa multa na sentença, ela incidirá na
execução mesmo não constando na sentença.
2.2 Dispensa
- Se coercitiva
Se entendermos que a multa é coercitiva a intenção do legislador é
fazer com que não haja a execução. O executado vai se sentir pressionado a
cumprir a obrigação.
Antes não havia nenhum meio de coerção, atualmente tem-se, ele
sabe que se não cumprir incidirá essa multa!
Só faz sentido coagir se o executado tiver como pagar, se ele
demonstrar que não tem como pagar, essa multa não incidirá. Então,
quando o executado fosse insolvente, não estaria ele sujeito a multa,pois
que, por mais que exercesse essa pressão, ele não teria como pagar. O
mesmo se ele é solvente, mas o seu patrimônio está representando por
imóveis e não tem dinheiro em espécie para pagar aquela condenação. Ele
então tentará alienará os imóveis para converter em dinheiro fazendo o
pagamento da dívida. Essa corrente então concebe hipóteses de dispensa
da multa: quando o executado demonstra que é insolvente, ou sendo
solvente, demonstra que o seu patrimônio esta imobilizado, e, sabendo da
condenação, pratica atos para converter esse patrimônio em dinheiro.
- Se punitiva
Para a corrente que entende que a multa é punitiva, não há porque
deixar de incidir a multa. Ela é uma sanção pelo inadimplemento e incidirá
em qualquer hipótese, independente dele tentar pagar.
Tem prevalecido a corrente que diz que a multa é coercitiva.
2.4 Arquivamento
Por fim, o art. 475- J, no seu último parágrafo, prevê o arquivamento
dos autos caso a execução não seja requerida num prazo de 6 meses do
transito em julgado.
Esse dispositivo é importante por que:
- Deixa claro que a execução começa a requerimento do credor. Se ele
não inicia, os autos são arquivados.
- Se os autos vão ser arquivados em 6 meses, é porque a incidência da
multa somente pode ocorrer depois que o credor requerer o início da
execução.
- Esse arquivamento é de natureza meramente administrativa, com
fins de organizar o órgão jurisdicional. Isso significa que o arquivamento não
implica em preclusão/prescrição/decadência. Somente quer dizer que, se os
autos estão parados, eles tem que ir para o arquivo provisória.
A prescrição para executar tem o mesmo prazo em relação a ação de
conhecimento.
Prescrição: no momento em que ajuíza a ação, o prazo para prescrição
volta do zero somente voltando a correr após o transito em julgado.
O STF e STJ têm súmula dizendo que o prazo para propor a execução
é o mesmo para propor a ação de conhecimento. Antes ficava claro já que o
procedimento era autônomo.
Esses 6 meses não serve para mensurar a prescrição.
Ele pode desarquivar para prosseguir a execução.
Se já estiver prescrito, e ele requerer o desarquivamento, como a
prescrição incide sobre a ação de execução e não ao direito de ação, o juiz
terá que desarquivar os autos e aí o executado, na hora de se defender,
alegará que aconteceu a prescrição para a execução.
Há quem diga que a prescrição somente pode ser conhecida de oficio
no procedimento de conhecimento. Até mesmo quem acredita que pode ser
na execução diz que o juiz tem que desarquivar para que possa decidir
sobre a prescrição.
1. Natureza da Obrigação
Temos 3 formas de alimentos:
Provisionais, provisórios e “definitivos”.
Toda prestação com natureza de alimentos tem finalidade de propiciar
o sustento do alimentante. Esses alimentos não são alimentos
necessariamente in natura (pode ser alimentação, educação, vestuários –
bens da vida indispensáveis para a sobrevivência de qualquer pessoa).
Essa execução tem um procedimento especial, o legislador determinou
esse procedimento especial pelo fato da verba ser indispensável para a
sobrevivência.
Os alimentos em sentido estrito se diferenciam do em sentido lato.
Os alimentos, em sentido lato podem decorrer, por ex, de uma
indenização. Essa indenização pode ter como fato, a pessoa que faleceu que
sustentava a família, e, a família, não tendo mais como se sustentar, terá
uma indenização daquele que causou o acidente.
As verbas trabalhistas têm natureza alimentar, mas tem um
procedimento de execução próprio.
Aqui trataremos de execução alimentar que decorre de filiação ou da
relação entre cônjuges.
* Provisionais:
Estão previstos no livro II do CPC (livro das cautelares). Apesar de estar
nesse livro, tem natureza satisfativa.
Até 1994, o art. 273/CPC não previa a antecipação dos efeitos da
tutela. Então, numa ação de divorcio (alimentos), pelo rito ordinário, o autor
pleiteava divórcio e o pagamento de alimentos ao final.
Tendo em vista a natureza da verba, é possível que o alimentando, ou
autor, não tenha como sobreviver até o final do processo.
O legislador então criou essa ação cautelar.
O autor faz uma prova sumaria do seu direito de receber os alimentos.
Ex. Tem um laudo de DNA realizado extrajudicialmente.
Esse procedimento é mais célere. O réu é citado para em 5 dias se
manifestar, depois disso o juiz determina as provas e sentencia.
Antes, quando não existia a antecipação dos efeitos da tutela, era
necessário promover essa ação.
Esses alimentos são devidos no curso do processo principal. Por isso
está no livro das cautelares, serve para garantir a efetividade do
procedimento principal.
É satisfativa porque os alimentos têm uma característica que é a
irrepetibilidade. Uma vez recebidos os alimentos, ainda que de forma
injusta, não estará obrigado a devolvê-los. Tudo isso em razão da natureza
da verba.
É uma satisfação, portanto, provisória. São concedidos estes alimentos
enquanto durar o processo principal.
O juiz na sentença deverá decidir se há ou não o direito de receber os
alimentos.
Esses alimentos provisionais, no entanto, se tornaram obsoletos.
*Provisório:
Em 1994 o legislador sistematizou no processo civil a antecipação dos
efeitos da tutela. Assim, o autor ajuíza a ação de divorcio/investigação de
paternidade cumulada com alimentos, e faz a prova de verossimilhança no
inicio do processo. O juiz na ação principal concede a antecipação dos
efeitos da tutela. O réu terá que pagar os alimentos provisórios ao longo do
processo até que o juiz profira a sentença.
*Definitivos:
São aqueles concedidos na sentença do processo principal. Definitivos
“entre aspas” visto que, como é de trato sucessivo a obrigação, ocorrendo
fato superveniente (que impossibilite, por ex, o pagamento dos alimentos)
pode haver uma alteração daquela obrigação.
Os alimentos provisórios e definitivos podem ser concedidos em dois
ritos diferentes: ordinário e especial.
Na ação de rito especial, o autor faz prova da paternidade através da
certidão de nascimento na sua petição inicial. Veja, ele ajuíza a ação, não
precisa sequer de advogado para isso, e a esse pedido irá acostar a certidão
de nascimento. O juiz, se deparando com a prova da paternidade, fixa os
alimentos provisórios logo no inicio da ação e na sentença irá conceder em
caráter definitivo.
Se o autor não tiver prova, ele ira interpor uma ação ordinária,
provando ao longo do processo. É possível ainda, aqui, a antecipação dos
efeitos da tutela (por ex, ele pode juntar um laudo de DNA).
Sendo os alimentos provisórios, provisionais ou definitivos, estes
decorrerão de uma decisão judicial (lembrar que passível de modificação),
com essa natureza especial de subsistência.
O legislador então criou uma execução especifica.
2. Execução
2.1 Procedimento
Se entendendo que o regime é autônomo, começa com uma petição
inicial, e o juiz cita o executado para que em 3 dias possa:
- Começar a pagar. Efetuando o pagamento, já está adimplido a
obrigação. Se ele pagar, temos uma situação que estava inadimplente até
então, e se torna adimplente. Para isso tem que se atentar para os
alimentos vencidos e vincendos. Veja que o prazo prescricional é de 2 anos.
Com a execução poderá obter as verbas vencidas.
- Provar a impossibilidade de pagar. Existe um procedimento de
cognição que acontece incidentalmente. Provar que existe a impossibilidade
é diferente de provar que não existe a obrigação. A hipótese aqui é a que
existe a obrigação, mas não tem como pagar. Se a obrigação não existir,
terá que promover uma ação de Exoneração de Alimentos. A cognição aqui
então não é sobre qualquer coisa, mas apenas para demonstrar a
impossibilidade de pagar. A prova terá que ser feita por escrito (a prova
será, portanto, sempre documental).
Provada a impossibilidade ajustaremos o valor da obrigação.
- Prova que já está fazendo o pagamento. Se o executado prova
que vem pagando, ele continuará pagando, mas as prestações vencidas já
estarão satisfeitas. Se as verbas vencidas ultrapassarem o prazo de 2 anos,
elas serão extintas.
2.4.1 Natureza
Não tem natureza punitiva, visa exercer uma pressão sobre ele para
que ele pague os alimentos. Tanto é assim que somente será decretada a
sua prisão se quedar-se inerte (se não assumir nenhuma daquelas 3
condutas) e o juiz entender que não há motivo para não pagar.
1. Indisponibilidade de Bens
Quando estudamos o outro modelo vimos que a execução se inicia, e
depois temos a penhora de bens do particular, já que os bens deste são
disponíveis. Depois disso teremos a expropriação, tendo a satisfação do
direito de crédito do exequente.
Esta lógica pressupõe a disponibilidade dos bens.
Não poderá então se aplicar a Fazenda, já que os seus bens não podem
ser alienados. Temos a premissa que é a indisponibilidade de bens, esses
bens, portanto, não poderão ser nem alienados nem penhorados, não
havendo que se falar em expropriação.
O legislador criou um procedimento que leva em conta a
indisponibilidade dos bens da Fazenda Pública.
Essa execução se desenvolve sobre uma outra perspectiva.
2. Procedimento
Seja titulo judicial ou extrajudicial, se processará sempre pelo regime
autônomo.
A Fazenda Pública será citada. De acordo com o CPC, ela não é citada
para pagar, ou indicar bens a penhora, isso porque, tendo em vista o
principio da impessoalidade e igualdade, o administrador público não pode
escolher se vai pagar para um particular e para outro não, e, se existe essa
execução, é porque a administração acredita que não deve ocorrer aquele
pagamento. Em relação àadministração publica, somente pode agir quando
há determinação na lei, ainda que haja uma margem de discricionariedade,
ela somente pode agir nos limites da lei. Ele não paga porque quer pagar,
somente procede nos termos da lei. Ela não indica bens a penhora porque
seus bens são inalienáveis.
Ela é citada para defender-se, para embargar a execução, se não
feriria-se o principio da isonomia e da legalidade.
Questão controvertida:
Os embargos atualmente não possuem efeito suspensivo como regra
geral. Daí surge a discussão: se os embargos não são recebidos com efeitos
suspensivo, por mais que a Fazenda Pública os propunha, o processo de
execução poderia prosseguir.
- Mas uma parte da doutrina, principalmente os procuradores, dizem
que os embargos devem ser recebidos com efeito suspensivo. Isso porque,
se falamos em embargos, e este tem natureza de ação, serão eles
resolvidos por sentença (art. 100/CF). No momento em que se diz que a
execução contra a Fazenda Pública somente pode se proceder contra
sentença transitada em julgado, quando há oposição de embargos temos
que suspender a execução já que esses embargos serão resolvidos por
sentença, somente podendo a execução voltar a fluir quando há o transito
em julgado da sentença.
- Não esta se executando a sentença que resolve os embargos, mas o
titulo que emanou do processo de conhecimento ou o titulo extrajudicial. Em
relação ao primeiro, realmente tem que ocorrer o transito em julgado para
ocorrer a execução. Imagine o quanto demoraria se tivesse que esperar o
transito em julgado da sentença de conhecimento e execução. Então, para
esta parte da doutrina, os embargos, via de regra, são recebidos sem efeito
suspensivo.
2.1 Precatório
Não opostos os embargos, ou tendo sido opostos e julgados
improcedentes, o próximo ato que se praticará é a expedição de um
precatório.
Precatório é a ordem de pagamento voltado contra a Fazenda Pública.
Tem em vista a preservação do principio da igualdade.
Existe uma ordem de precatórios. Existe uma dotação orçamentária.
Uma parte é reservada para o pagamento das dividas da Fazenda Pública
(representada através do precatório).
O juiz expede o precatório e encaminha para a presidência do tribunal,
o presidente do tribunal encaminha à Fazenda Pública competente para que
haja a inscrição deste crédito na ordem dos precatórios. Se este for inscrito
até junho de determinado ano, será pago no exercício financeiro seguinte.
Se inscrito no 2º semestre, deve ser pago no exercício financeiro posterior
ao subseqüente.
Como a Fazenda Pública não tem verba para pagar todas as suas
dividas, uma parte da doutrina diz que essa previsão do art. 100/CF acaba
ficando sem eficácia. Preserva-se a ordem de precatório, mas não se
obedece aocritério temporal.
*Precatório de alimentos
Além da ordem de precatórios, temos a ordem de precatórios de
alimentos.
Se a verba a ser executada é alimentar (ex. servidor publico entra com
a ação pedindo a diferença de alimentos, ou pleiteia que foi exonerado
indevidamente).
Existe uma ordem paralela a ordem dos precatórios comuns que é a
ordem dos precatórios de alimentos.
Essa ordem tem uma dotação orçamentária diferenciada. Não é que
vai se pagar todos os precatórios de alimentos para depois pagar os
comuns. Então, ao dotar o orçamento, se reserva X reais para alimentos e Y
para precatórios comuns.
O juiz de 1ª instancia expede o precatório, passa para o tribunal que
vai passar para a fazenda.
P. Alimentos 1
P. Alimentos 2
P. Alimentos 3
(...)
Obs. O direito pode ser transmitido por força da morte ou por atos
entre vivos. Se antes da expedição do precatório, temos uma sucessão
processual, se depois, teremos a alteração do titular.
É possível também a compensação, desde que a obrigação
possua a mesma natureza. Será requerido nos embargos.
2.2 Sequestro
O juiz de 1ª instancia, após ouvir as partes e o MP (indispensável!),
determina um seqüestro de valores da Fazenda Pública. Essa negociação é
feita com mediação do tribunal. Teremos um ato de força, de invasão no
patrimônio da Fazenda Pública.
03/08
Defesa do Executado
1. Espécies
2. Embargos à execução
2.1 Natureza jurídica
2.2 Legitimidade
2.3 Competência
2.4 Intervenção de 3º
2.5 Tempestividade
2.6 Rejeição Liminar
2.7 Efeito Suspensivo
2.8 Procedimento
DEFESA DO EXECUTADO
1. Espécies
Essa defesa do executado pode ser diferenciada segundo as seguintes
espécies:
* Típicas: expressamente criadas pelo legislador para servir de defesa
do executado.
- Embargos: para titulo extrajudicial, salvo quando hovuer
disposição de lei prevendo o contrario: ex. na execução contra a Fazenda
Publica, mesmo que o titulo seja judicial, utilizaremos os embargos; ex.Ação
de alimentos (alguns dizem que aqui também).
- Impugnação: titulo judicial, seja o regime sincrético ou
autônomo.
O legislador desde 2005 criou uma distinção, quanto a espécie de
defesa cabível, em razão do titulo que fundamenta a execução.
2. Embargos à execução
Previstos a partir do art. 736/CPC.
Se aplica sempre à execução fundada em titulo extrajudicial.
Há quem afirme, por conta destes objetos, que a natureza dos embargos
é de ação declaratória. Outros afirmam que a natureza é constitutiva.
Outros afirmam que a depender da matéria será constitutiva/declaratória.
2.2 Legitimidade
Há uma imprecisão na nomeclatura utilizada pelo legislador. O CPC fala
em “embargos do devedor”, na verdade são “embargos do executado” já
que nem sempre o executado é o devedor.
A legitimidade então é de qualquer dos executados, sendo ou não
devedor, qualquer pessoa que figure no pólo passivo da execução tem
legitimidade passiva.
O autor será o embargante e o réu o embargado.
2.3 Competência
A competência é funcional do juízo que processa a execução. Se os
embargos forem opostos em outra comarca, a competência não será
somente relativa, territorial, mas como é funcional, a competência será
absoluta (declinável de oficio).
*Assistência
Pode haver um assistente que auxilia o embargante/embargado.
Ex. Quando o credor entra com a execução, o devedor pode embargar e
também o fiador. Mas é possível que apenas um deles embargue, o outro
perdendo o prazo para os embargos. O fiador tem interesse nesse litígio já
que, se o juiz reconhecer que o titulo é nulo, ou que o contrato é nulo,
desaparecerá a obrigação para o devedor e também para o fiador. Por isso
o fiador pode atuar como assistente.
Da mesma forma, o devedor também pode atuar como assistente do
fiador.
Podemos ter dois credores solidários contra um único devedor. Pode ser
que o devedor embargue somente em relação a um credor. O credor poderá
ingressar como assistente do credor embargado.
2.5 Tempestividade
*Mandado Judicial
Os embargos são opostos num prazo de 15 dias da juntada do mandado
de citação de executado.
Mesmo havendo litisconsórcio passivo o prazo será o mesmo.
Também, havendo procuradores distintos, o prazo não será em dobro.
No caso de cônjuges o prazo é comum, somente após citado o 2º cônjuge
começa o prazo para que ambos os cônjuges possam embargar (exceção).
*Carta precatória
Na citação feita por precatória, será expedida carta precatória e o juiz
deprecado vai realizar a citação.
No processo de conhecimento, expedida a precatória, e cumprida, junta-
se o mandado de citação aos autos e devolve-se a precatória ao juízo
deprecante.
A regra aqui na execução é diferente. O juízo deprecado cumpre a
precatória, e, em seguida, informa ao deprecante que o réu foi citado. Essa
informação pode ser através de meio eletrônico ou qualquer meio. O prazo
para que o executado mova os embargos não será contado da juntada do
mandado à carta precatória, nem da juntada desta aos autos, mas da
informação do juízo deprecado ao deprecante do cumprimento da citação.
*Edital
Quando localiza os bens do executado, mas não localiza o executado. Art.
653 e 654/CPC permite que o oficial de justiça faça o arresto. Feito o arresto,
e não localizado o executado, faz-se a citação por edital.
O edital tem um prazo. O prazo para pagar começaria a contar depois de
findo o prazo do edital. Findo o prazo do edital, o prazo será de 3 dias para
pagar ou 15 dias para oferecer os embargos.
Uma parte da doutrina diz que é uma das hipóteses de julgamento prima
facie (são 3 hipóteses: prescrição e decadência da ação de conhecimento;
causas repetitivas; e essa situação). Examina o teor dos embargos e vê que
são manifestadamente protelatórios, não precisaria então sequer citar o
embargado.
O juiz não tem discricionariedade. Ele pode entender que não existem os
requisitos e contra essa sentença interlocutória caberá agravo (de
Instrumento, devolve automaticamente para o tribunal está matéria, já que
há risco). No entanto, havendo os requisitos o juiz tem o dever de suspender
a execução.
Duvida aluno: aqueles que afirmam que os embargos não tem efeito
coercitivo, dizem que ele tem natureza de que?
Os embargos embora tenham natureza de ação, funcionam como
defesa do executado. Não cabe intervenção de terceiros, já que é voltada
para a defesa.
A conseqüência da procedência dos embargos é extinguir a execução
ou conseguir que se processe com um valor menor.
Então, quem defende que não tem natureza cautelar, afirma que a
natureza é satisfativa de antecipação dos efeitos da tutela.
2.8. Conteúdo
Art. 745/CPC
Os embargos podem atacar: o titulo, a obrigação ou os atos processuais
da execução.
O art. 745/CPC traz as hipóteses :
I - nulidade da execução, por não ser executivo o título
apresentado;
Essa hipótese trata da execução (o documento não pode ensejar o juiz a
praticar atos executivos).
Ex. no caso de prescrição do cheque, o que está se atacando é o
procedimento, o cheque ainda é um titulo, mas não tem a eficácia
executiva, poderá ser utilizado num procedimento de conhecimento como
prova. Diferente é quando se diz que foi coagido a assinar o cheque, neste
ultimo caso, alega-se que o título é nulo, esse documento não poderá ser
utilizado sequer como prova.
II – penhora incorreta ou avaliação errônea;
Se ataca também os atos processuais: penhora e avaliação mais
especificamente.
A penhora é nula, por ex, quando recai sobre bem de família, quando
recai sobre bem distinto do indicado. Em relação a avaliação, será nula
quando estima valor de bem a maior ou a menor.
Provoca a nulidade destes atos processuais.
11.08
Cumulação indevida de execuções.
Essa teoria segue a mesma teoria da cumulação de pedidos do
processo de conhecimento. Art. 292/CPC, poderá haver a cumulação desde
que o juiz seja competente, os pedidos sejam compatíveis entre si, haja
compatibilidade de procedimento, e seja contra o mesmo réu. Não se exige
a conexão.
Temos aqui um artigo parecido, art. 573/CPC. A disposição desse artigo
é idêntico a do art. 292, só que para a execução. O juiz tem que ser
competente e o procedimento adequado.
Mesmo réu
Não é necessário o mesmo título
Juízo competente
Mesmo procedimento (este se dará de acordo com o tipo de obrigação)
Não é possível cumular perante juízes que tem competências distintas.
17.08
2.9 Procedimento
Os embargos começam por iniciativa do executado, portanto começam
com uma petição inicial, tem que atender aos requisitos do art. 282/CPC. A
jurisprudência tem admitido que a qualificação das partes não precisa ser
exaustiva já que as partes já foram qualificadas na petição inicial da
execução.
A citação, via de regra, é pessoal, dirigida ao réu, não podendo ser feita
na figura de terceiro. Mas aqui é diferente. O advogado foi constituído (autor
- para a execução, e réu - para os embargos).
Tem-se aqui uma nova relação processual, tem que se dar ciência ao
embargado, podendo ser feito na pessoa do advogado do exequente. O
embargado então não é citado pessoalmente, mas na pessoa do seu
advogado, tendo 15 dias para se defender. Não há citação por edital, hora
certa.
Impugnação
1. Conceito
2. Natureza Jurídica
3. Efeito Suspensivo
4. Conteúdo
5. Procedimento
3. Impugnação
3.1 Conceito
Para cumprimento de sentença quando a execução é fundada em titulo
judicial.
Independentemente do regime ser sincrético/autônomo.
Civil : execução sincrética
Arbitral/penal/estrangeiro: execução autônoma de titulo judicial.
Nas duas circunstancia a defesa é a impugnação.
A impugnação tem uma limitação que os embargos não têm. Não pode
se discutir algo que já foi discutido, nem discutir pela primeira vez algo que
poderia ter sido discutido na ação de conhecimento – não se pode violar a
coisa julgada.
A impugnação vai discutir a formação do titulo para frente. Então,
todos os argumentos que o executado quiser opor terão que ser sobre fatos
supervenientes à formação do título.
Ex. se o réu na ação de conhecimento sabe que fez o pagamento antes
do processo, cabe a ele alegar o pagamento na sua contestação, provando.
Se não consegue provar que pagou antes do processo o juiz irá obrigá-lo a
pagar. O pagamento somente poderia ser discutido se feito após a formação
do titulo.
Há uma hipótese no art. 475-L (inciso I) que diz que o devedor pode
alegar a inexistência de citação no processo de conhecimento (não
participou do processo de conhecimento e ao final foi condenado). Ele
poderia dizer que, como não foi citado, o titulo não existe.
Uma parte da doutrina diz que a citação é questão de validade, no
entanto, outra parte da doutrina diz que a citação é questão de existência.
Segundo esta ultima doutrina (existência), essa sentença então não
existiria. Aqui ele apenas visa uma declaração de que nunca houve a
sentença, portanto, nunca houve a relação jurídica. Se entender que é
eficácia, seria também defesa.
Se entendendo que a citação é questão de validade, a impugnação teria
natureza de ação porque estaria alterando a relação anteriormente
constituída (ataca-se o título). Serviria para desconstituir o titulo. Os vícios
de nulidade tem que ser alegados em um determinado momento. Ainda que
a pessoa não tivesse conhecimento do processo de conhecimento, ao ser
citado na execução ela teve o conhecimento, então teria que alegar a não
citação na impugnação, sob pena de preclusão.
Para quem defende que é questão de existência, a sentença sequer
existe, então não teria alteração entre autor e réu, a impugnação faria as
vezes da querella nulitatis, para dizer que nunca houve relação entre autor
e réu. Para esta corrente doutrinaria não há preclusão já que a querella
nulitatis é imprescritível, podendo ser alegada a qualquer tempo.
Matérias da impugnação:
I. Falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia;
Essa citação a que se refere é a do processo de conhecimento. Se
tivermos um processo sincrético, teremos uma citação no processo de
conhecimento, e não teremos outra na fase executiva, nesta ele será
intimado para cumprir a obrigação. Se tivermos uma execução por processo
autônomo, teríamos um outro processo de execução, e ele seria citado
novamente. Quando o inciso I fala da citação, fala da do processo de
conhecimento.
Ele pode alegar a falta de citação se o processo correu a revelia. Mas
na verdade não se pode falar em revelia se não houve citação. O que se
aqui é quando não há citação e ele não compareceu espontaneamente. A
revelia somente ocorre quando a citação é valida.
Para uma parte da doutrina isso não seria desconstituição do titulo, já
que citação é questão de existência do processo. A sentença não existe do
ponto de vista jurídico. Para os que entendem que se trata de pressuposto
de existência, o que se está fazendo é alegar que não houve sentença, que
não há titulo executivo. O titulo é requisito para a execução. Ele então não
quer atacar a sentença, mas o processo de conhecimento, que provoca a
inexistência da sentença. Isso seria então uma hipótese de querella
nulitatis. A querella é uma ação declaratória da inexistência de processo.
Serve para quando aparentemente existe um processo. A querella nulitatis
é utilizada para atacar a falta de algum pressuposto de existência do
processo. Para alguns doutrinadores então implica em inexistência do
processo e da sentença, não sendo um ataque ao titulo, mas alegação da
inexistência de titulo.
Para quem acredita que é pressuposto e validade, a sentença existiria,
mas seria passível de desconstituição. Então, se não ocorreu a citação, e o
executado não participou do processo, seria essa uma hipótese excepcional
de impugnação ao titulo. Esse vício seria transrescisório, ou seja, nunca se
convalida. Para essa corrente, que é minoritária, essa seria a única hipótese
de desconstituição do titulo. O titulo existiria masseria nulo.
O executado não pede para que a sentença seja revista. O vicio não é
no ponto da validade/existência, mas da eficácia.
A sentença é perfeita. Foi proferida quando a norma ainda era
constitucional.
No momento em que a lei adentra no ordenamento, se presume a sua
constitucionalidade, já que é feito o controle de constitucionalidade.
E no controle difuso?
Pode suspender os efeitos da lei. Havendo controle difuso, se o senado
suspender os efeitos da lei, teremos o efeito erga omnes e será possível
aplicar essa disposição. Essa suspensão dos efeitos pelo senado não
retroage.
Então, não é em todos os caso que poderá impugnar a sentença, tem
que se verificar o momento do transito em julgado.
O STF, embora não haja previsão legal, tem determinado os efeitos do
controle difuso. O REX é julgado por uma turma do STF, e não pelo plenário.
É possível que uma turma julgue de forma contrária ao que julgou a outra
turma, teremos então uma divergência no STF, cabendo o recurso de
Embargos de Divergência. É possível, a depender da situação, que esses
embargos de divergência sejam julgados pelo pleno do STF. Se o pleno
considerar inconstitucional, tem entendido o STF que essa decisão opera
efeitos erga omnes. Isso porque, se foi o pleno que julgou, quer dizer que
todos os ministros apreciaram aquela matéria. Quando todos os ministros se
manifestam, mesmo pelo controle difuso, é o mesmo que propor uma ADIN
ou uma ADC (que é exigido que todos se manifestem). Então, se todos os
ministros se manifestaram através do controle difuso, não teria porque eles
mudarem de entendimento.
Operando efeitos erga omnes poderia ser utilizada na impugnação da
sentença.
V. Excesso de execução;
Vimos que duas são efetivamente execução, e as outras não são .
3.5 Procedimento
Via de regra não é recebida com efeito suspensivo. O CPC diz que no
momento em que a impugnação é recebida sem efeito suspensivo, ela deve
ser autuada em apartado.
Vão se formar novos autos (distinguir atos da execução – impugnação). A
execução vai prosseguir, logo terá que praticar vários atos executivos.
Também terá que praticar atos da impugnação. Se não fosse separado,
teríamos um tumulto.
Se recebida com efeitos suspensivo, será autuada nos autos da própria
execução. As partes e o juiz sabem que os atos subseqüentes serão atos da
defesa, até que esta seja resolvida.
O legislador não tratou da suspensão parcial (ex. excesso de execução,
somente é suspensa naquilo que é controvertido). Terá que ser autuada em
apartado. Prosseguirá a execução em relação a parte incontroversa. Terá
então que praticar atos executivos e da impugnação.
Se não põe fim, o recurso é o Agravo para se ter novos autos enquanto
pende a execução na primeira instância.
Se a execução foi extinta, não tem motivo para que os autos continuem
na 1ª instância, por isso teremos a apelação.
Independente da natureza jurídica da decisão, podemos ter um recurso
ou outro.
A doutrina diz que a decisão da impugnação é uma sentença porque
resolve o conflito, é de mérito, que excepcionalmente poderia ser
impugnada por Agravo de Instrumento por conta de expressa previsão legal.
Em hipótese alguma cabe agravo retido, já que este não devolve a
matéria de forma imediata ao tribunal.
25.08
1. Embargos de 2ª Fase
1.1 Objeto
1.2 Procedimento
2. Embargos da Fazenda Pública
2.1 Matéria
2.2 Efeito suspensivo
3. Exceção de pré executividade
3.1 Objeto
3.2 Cabimento no sistema atual
4. Parcelamento da Dívida
4.1 Requisitos
4.2 Inadimplemento
1. Embargos de 2ª Fase
1.1 Objeto
Na execução por titulo judicial, vimos que, tanto no regime sincrético
quanto autônomo, o devedor é citado para pagar, não pagando há a
penhora, e, depois de feita a penhora, ele terá o prazo para oferecer a
impugnação.
1.2 Procedimento
O procedimento é o mesmo, a única diferença é:
Proposto os embargos, intima-se o arrematante para que possa
manifestar-se, e, querendo, desistir da aquisição. O legislador pensou que,
se existe os embargos de 2ª fase, existe um risco para o arrematante. É
possível haver a procedência, e ele perderia a a coisa. Se ele perde a coisa,
a conseqüência seria buscar os direitos que resultam da evicção. Após
arrematar, o adquirente deposita em juízo o valor, e depois passa para a
fase de entrega do dinheiro para o credor. O adquirente sabe que o seu
dinheiro ainda está depositado em juízo, então ele pode desistir da
aquisição e levantar esse valor. Neste momento a alienação se desfaz, os
embargos de 2ª fase perdem então o seu objeto, já que a finalidade é
reconhecer a nulidade do ato expropriatório. Não quer dizer que estarão
extintos. A nulidade pode estar num ato anterior, que diz respeito a relação
de direito material, ou em relação à expropriação:
Ex. preço vil. A alienação se desfaz, não tem porque continuar com os
embargos. Relação processual.
Ex. houve o pagamento. Ainda existe interesse em agir para que o
judiciário reconheça que já houve pagamento, porque, se o judiciário
reconhece que o pagamento foi válido, ele extingue a execução. Questão
material.
Se em relação a questão processual, faz com que os embargos sejam
extintos,.
Se o vicio estiver em aspecto de direito material, os embargos perdem
seu objeto, mas ainda tem interesse de agir para reconhecer, ex, o
pagamento, transação válida.
O adquirente então tem opção de desistir da aquisição. Se ele não
desiste, os embargos e execução prosseguem (os embargos não tem efeito
suspensivo). O dinheiro será entregue ao credor, e, se no futuro os
embargos forem julgados procedentes, o adquirente tem direito de regresso
em face do credor que recebeu indevidamente, e do executado (adquirente
e exequente?!).
4. Parcelamento da Dívida
4.1 Requisitos
4.2 Inadimplemento