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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO
TEORIA GERAL DA CONSTITUIÇÃO
PROFESSOR: Artur Cortez Bonifácio
Aluno: Victor Rafael Fernandes Alves

FICHAMENTO

BOBBIO, Norberto. MATTEUCCI, Nicola. PASQUINO, Gianfranco.


Dicionário de Política. 4ª ed. Brasília : Editora Universidade de
Brasília, 1992, p. 246-258.

• Constitucionalismo é um termo recente. Apreender “Constitucional”


e “Constituição”
• Positivismo – Constituição com significado descritivo. Ciências
Naturais.
• “A Constituição é a estrutura de uma comunidade política
organizada, a ordem necessária que deriva da designação de um
poder e dos órgãos que o exercem”.
• Função do Constitucionalismo: traçar os princípios ideológicos
básicos.
• Monarquia Constitucional: responsabilidade política perante a Coroa.
• Constitucionalismo não é mais meramente descritivo, pois engloba a
essência ideológica (complexo de concepções políticas e de valores
morais). Definição Abrangente: Constitucionalismo é a técnica da
liberdade.
• Constitucionalismo: 1) divisão do poder; 2) Governo das Leis.
• Para definição: Aceitar o valor defesa dos direitos do homem;
Soluções Históricas.
• Separação de Poderes identificada com o Constitucionalismo.
• Montesquieu – necessidade de não se concentrar o poder; Kant –
poderes autônomos e independentes; Existe um só poder político da
maioria que governa.
• Teoria das Garantias – Necessidade de garantir as Liberdades
• Estado de Direito – limites do Direito; garantia de liberdade
concedida pelo Estado.
• Estado = modo de exercer poder; Direito não será um eficaz
limitador. Despotismo.
• Rule of law: Necessidade de se subordinar o governo ao Direito.
Normas da Constituição não como fontes, mas como conseqüência
dos Direitos Subjetivos.
• A limitação do Constitucionalismo à Separação de Poderes é
inadequada. A limitação do governo é uma característica mais
autêntica. Não é dividir, mas sim limitar.
• Soberania das leis. Conceito de lei no medievo é entendido como
“costume aceito”. Bracton: “não há rei onde governa a vontade e
não a lei”.
• Governo Limitado Moderno: instrumento para manter paz social.
Reinterpretação do princípio medieval da primazia da lei.
Constitucionalismo moderno com meios de efetivação.
Característica: Constituição escrita, rígida e Corte Constitucional.
• Constitucionalismo e Democracia: Democratas atentaram a fonte do
poder e querem participação de toda comunidade, enquanto os
constitucionalistas buscavam os limites e o exercício desse poder e
reivindicam ampla esfera de liberdade.

LASSALE, Ferdinand. A essência da Constituição. 5ª ed. Rio de


Janeiro : Lúmen júris, 2000, p. 1-40.

• Ciência é clareza do pensamento.


• Que é uma Constituição? Jurisconsulto diria que é um pacto
juramentado entre o rei e o povo que estabelece os alicerces do
governo. Definições que costumeiramente se limitam a descrever a
forma externa ou o que fazem as Constituições. Necessita de um
Método: Comparar com outro objeto de conceito conhecido.
• Lei e Constituição, esta é mais do que aquela (“qualquer coisa de
mais sagrado, mais firme e mais imóvel”). Um lei fundamental da
nação. Três requisitos: lei básica; fundamento das outras leis; reger-
se pela necessidade. Seria uma força ativa que por uma exigência
da necessidade faz com que as outras leis sejam o que realmente
são.
• Fatores reais de poder: é essa força ativa. Se todo o arcabouço
jurídico sumisse verificar-se-ia quem, na realidade, são os fatores de
poder (Monarquia, Aristocracia, Grande Burguesia, Banqueiros,
Pequena Burguesia e a Classe Operária).
• Essência da Constituição: “soma dos fatores reais de poder que
regem uma nação”. Esses fatores se juntam e escrevem numa folha
de papel a Constituição escrita.
• Poder Organizado e Poder Inorgânico: O poder da nação
(inorgânico), apesar de ser de difícil mensuração, é mais forte que
aquele.
• Uma Constituição real todos os povos a possuíram. E na
modernidade ela é escrita, resultado de uma transformação nos
fatores reais de poder, como se verifica na passagem do
Feudalismo, para o Absolutismo e a Revolução Burguesa.
• Quando a Constituição é boa e duradoura? Quando corresponde a
Constituição real.
• O Poder da Nação é invencível porém desorganizado. Depende de
esforço supremo.
• Caso da Constituição Prussiana. Conseqüências: Assembléia
Nacional evitou afastar os fatores reais de poder, no caso o
Executivo; foi dissolvida a Assembléia mas o rei proclamou uma
idêntica, mas não cumprida; partidos que visam defender a
Constituição são um sinal da fragilidade da mesma.
• Conclusões Práticas: Os problemas constitucionais são de poder; a
verdadeira constituição tem por base os fatores reais de poder,
sendo as constituições escritas duráveis na medida em que
exprimam esses fatores.

HESSE, Konrad. A força Normativa da Constituição. Porto


Alegre : Sergio Antonio Fabris Editor, 1991, p. 5-34.

• Lassale afirma que questões constitucionais são políticas. Jellinek


assevera que as regras jurídicas não conseguem controlar a divisão
de poderes. A história parece confirmar que o poder da força
prevalece sobre a normatividade. Ocorre que, se as normas
constitucionais expressam relações mutáveis esvazia-se a
Constituição Jurídica. Haveria, então, uma força motivadora própria
da Constituição?
• Para responder deve-se analisar: o condicionamento entre
Constituição e sociedade; os limites da Constituição; e, os
pressupostos de eficácia da Constituição.
• Não se pode analisar o condicionamento enfatizando apenas a
Constituição ou a sociedade. A Constituição é determinante e
determinada pela realidade social, mas sua pretensão de eficácia
visa imprimir ordem a realidade política e social.
• Humboldt: Somente a Constituição que atenta a situação histórica e
é dotada de ordenação jurídica pautada na razão pode se
desenvolver.
• Embora a Constituição não possa realizar algo, pode impor tarefas,
transformando-se em força ativa, quando presente a Vontade de
Constituição, originada de três compreensões: do valor de uma
ordem normativa inquebrantável; de que se trata de uma ordem
legitimada pelos fatos; essa ordem é ineficaz sem a vontade
humana.
• Pressupostos da força normativa: conteúdo que incorpore o estado
espiritual de seu tempo, devendo prever princípios fundamentais e
não ser estruturalmente unilateral; importância da práxis, com o
sacrifício do interesse individual em favor da constituição, atentando
a perigosa tendência de revisão da Constituição e a importância da
interpretação, para consolidar e preservar a força normativa.
• Constituição Jurídica está condicionada pela realidade histórica. As
possibilidades e limites resultam da correlação entre ser e dever ser.
Constituição desperta força da natureza das coisas e converte-se em
força ativa que influi na realidade. Em caso de Conflito a
Constituição não será necessariamente mais fraca, pois que dotada
de força normativa com pressupostos realizáveis.

SCHMITT, Carl. Teoria de la Constitución.


• Constituição e sua diversidade de sentidos.
• Constituição em sentido absoluto (maneira de ser de uma unidade
política): 1) situação concreta da unidade política e ordenação social
de um Estado; 2) Maneira especial de ordenação política e social (no
sentido de forma de governo); 3) princípio do devir dinâmico da
unidade política;
• Constituição em sentido absoluto (regulação legal fundamental –
sistema de normas suprema): Algo normativo, simples dever-ser.
Válida quando estabelecida em uma vontade; se compreende hoje
como independente do momento de concepção.
• Constituição em sentido relativo: lei constitucional em particular,
conceito formal.
• Constituição Escrita: O formal da Constituição escrita se atém a
certos caracteres da pessoa ou órgão que a prolatam. Fundamentos:
Demonstrabilidade e Estabilidade não bastam. Precisa provir de tal
órgão por um procedimento adequado.
• Maior dificuldade de reforma como característica da lei
constitucional escrita. Tipos: Flexível, rígida e semi-rígidas. Contudo,
critério de reformabilidade não é o melhor.
• Constituição em sentido positivo: Constituição (Poder Constituinte) x
Lei Constitucional. Esta pressupõe aquela. Constituição como
expressão do Constituinte.
• Significado prático da distinção entre Constituição e Leis
Constitucionais: a) A Constituição pode ser reformada. Não quer
dizer que tudo poder ser suprimido; b) A Constituição é Intangível,
enquanto que as leis constitucionais podem ser suspensas em
estados de exceção; c) Constituição garante direitos fundamentais;
d) Conflito Constitucional afeta a Constituição como decisão política
fundamental; e) Juramento à Constituição como vinculação de
respeito; f) Alta traição como ataque à Constituição; g) Prescrições
da Lei Constitucional podem vigorar mesmo após a queda da
Constituição; h) Alunos recebem a Constituição
• Caráter compromissório da Constituição de Weimar: Contém as
decisões políticas fundamentais e uma série de compromissos “não
autênticos”. “Sem esta decisão política, suas determinação seriam
só normas de um funcionar sem substância”.
• Conceito ideal: 1) Sistema de garantias da liberdade burguesa; 2) A
chamada divisão de poderes; 3) Constituição Escrita. “Constituição
do Estado Burguês de Direito”.
• As distintas significações decorrem da acentuação de um
determinado aspecto que se coloca em primazia. “O conceito se
relativiza e pluraliza tão pronto comos e dissolve a consciência da
existência política”.

SIEYÉS, Emmanuel Joseph. A Constituinte Burguesa. 4ª ed. Rio


de Janeiro : Lúmen Júris, 2001, p. 1-75.

• Uma nação precisa de trabalhos particulares e funções públicas para


prosperar. Quatro classes de trabalhos e quatro funções públicas
(Espada, Toga, Igreja e Administração). Privilegiados ocupam cargos
superiores.
• Terceiro estado? Um tudo entravado e oprimido. Até agora? Nada.
• “Não somos livres por privilégios, mas por direitos, direitos que
pertencem a todos”. Tudo que é privilegiado sai da ordem comum,
não pertence a lei. Estados Gerais deveriam representar a vontade
de todos, mas é uma assembléia clerical, nobiliárquica e judicial.
Espírito de confraternidade entre os nobres.
• O povo quer ter verdadeiros representantes, influência igual na
assembléia. Petições: representantes escolhidos entre cidadãos do
Terceiro Estado; deputados em igual número da nobreza e do clero;
Estados Gerais votem por cabeça.
• O que tentaram fazer? Assembléias Provinciais - marcadamente
censitária; Reunião de Notáveis – que preferiram seus interesses;
Escritores de Outras Ordens – que mais defenderam o Terceiro
Estado; Igualdade de Impostos; Proposta Intermediária; Imitação da
Constituição Inglesa;
• Espírito de Imitação não Adequado. Representação nacional inglesa
ruim. Em vez de simplicidade da boa ordem, armadilhas de
precaução contra a desordem.
• O que deveria ter sido feito? Convocar a nação, pois só ela pode
fazer Constituição.
• Formação das sociedades – Muitos Indivíduos: Confiança do
exercício do poder por representantes. Verdades: Comunidade não
se despoja do exercício de sua vontade; Poder total não é confiado
aos delegados; Os próprios delegados não podem mudar os limites
de poder.
• “A nação existe antes de tudo, ela é a origem de tudo. Sua vontade
é sempre legal (...) A Constituição não é obra do poder constituído,
mas do poder constituinte”. A nação se forma pelo direito natural e
o governo pelo direito positivo. A vontade nacional só precisa de sua
realidade para ser legal, pois é origem da legalidade.
• O que falta fazer? A execução dos Princípios. O Terceiro Estado
esperou inutilmente seus direitos. Para adquiri-los: 1) Deve se reunir
a parte e fazer uma Assembléia do Terceiro Estado; 2) Chama-se o
Tribunal da Nação.
• Terceiro Estado sob dois aspectos: Ordem e Nação.
• Vontade da Nação? Resultado das Vontades Individuais.
• Três espécies de interesse do homem: comum; do corpo (grupo);
individual.
• “Direito de fazer-se representar só pertence aos cidadãos por causa
das qualidades que lhes são comuns e não devido àquelas que os
diferenciam”. A lei protege o cidadão em tudo, até o momento em
que ele passa a prejudicar o interesse comum. “Tudo o que sai da
qualidade comum não deverá participar dos direitos políticos”.

Questões

a) Lassale aponta que a Constituição real é dominada pelos fatores


reais de poder, sendo estes determinantes. Hesse aponta, então, que
ante a mutabilidade desse fatores “não há como deixar de reconhecer
que a ciência da Constituição Jurídica constitui uma ciência jurídica na
ausência do Direito”. Você concorda?
b) Partindo do contraponto traçado no dicionário de política entre
democráticas e constitucionalistas, correlacione estes conceitos com
os ideais propostos por Sieyes para o Terceiro Estado, quanto ao
caráter democrático ou constitucionalista.

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