Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1) Absorção de Fármacos
É determinada pela: 1.1. capacidade do fármaco atravessar membranas biológicas
1.2. Via de administração utilizada
As barreiras são diferentes para as diferentes vias utilizadas. Ex.: Via oral
mucosas são as barreiras a ultrapassar.
Fármaco para ser absorvido passa as tais barreiras (mucosas, pele, etc.) e chega à
corrente sanguínea, permanecendo no estado livre. Mais tarde é metabolizado no fígado
para ser excretado.
Maior parte dos fármacos são lipofilicos para conseguirem atravessar as
membranas. Metabolização no fígado visa torná-los mais hidrofílicos para poderem ser
excretados na urina.
Antes de serem excretados, os fármacos têm que ter acção num órgão alvo. No plasma
podem ser transportados ligando-se a proteínas plasmáticas (Albumina) ou aos
eritrócitos.
Nota: Fármaco quando está ligado à proteína plasmática é inactivo.
Quanto maior a afinidade do fármaco para as proteínas plasmáticas, maior o tempo que
permanece em circulação.
Existem órgãos aos quais o fármaco se liga ao receptor, produzindo o seu efeito,
mas também existem órgãos/tecidos aos quais o fármaco (se for muito lipofilicos) se liga,
permanece ligado muito mais tempo, e não produz qualquer efeito. Esses tecidos são o
tecido adiposo e o músculo esquelético. O fármaco dissocia-se e vai passando destes
tecidos para a circulação quando a concentração de fármaco em circulação é baixa.
Difusão passiva:
o Passagem de pequenas moléculas não ionizáveis
o Favor do gradiente de concentração
o Não há gasto de energia
o Não saturável
o Pouco sensível à temperatura
o Não é inibido por outras substâncias
o Depende de dois factores:
Lipossolubilidade da partícula a transportar
Exemplo:
coef. Part.
Barbital 1
Secobarbital 52
Tiopental 580
600
400
200
0
Barbital Secob Tiopental
Quanto maior lipossolubilidade do fármaco (qt > cadeia carbonada) mais facilmente é
transportado;
Quanto maior hidrossolubilidade mais dificilmente é transportado
Grau de Ionização
- Quanto mais ionizado estiver o fármaco mais dificilmente é transportado.
- Grau de ionização depende do pKa do fármaco
pKa: pH no qual uma substância se encontra, 50% sob forma ionizada e 50% sob
forma não ionizada.
Podemos saber se certos fármacos são, por exemplo, mais absorvidos no estômago ou
no intestino.
A estricnina provoca efeitos tóxicos crescentes com o aumento da dose absorvida pelos
respectivos animais. Sabendo que quanto maior for o pH (+ alcalino) do estômago dos
animais, maior a quantidade de estricnina se encontra sob forma não ionizada. Como
consequência, animais apresentam tempos de sobrevivência menores já que absorvem
maiores quantidades do fármaco , a nível gástrico.
Em termos farmacológicos diminui-se a intoxicação causada por certos fármacos,
aumentando o seu grau de ionização, já que se impede a absorção dos mesmos.
Transporte activo:
- Contra gradiente de concentração
- Requer gasto de energia
- Sensível a variações de temperatura
- Selectivo
- Necessárias moléculas transportadoras
- Saturável
- fármacos conseguem alterá-lo podendo ser bloqueado ou activado.
Difusão facilitada:
- Favor do gradiente de concentração
- Sem gasto de energia
- Requer moléculas transportadoras
Fagocitose
- Transporta partículas de maiores dimensões
Pinocitose
- Transporta partículas de menores dimensões
Endocitose
- Fármaco liga-se ao receptor, receptor é incorporado na própria vesícula e é
interiorizado para dentro da célula.
- Acontece em fármacos pouco lipofilicos
- Fármaco no interior da célula é transportado em vesículas até ao órgão alvo
interno.
1. 2. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
Via tópica: Absorção dá-se ao nível da pele e pulmões. Local de acção não é
necessariamente o local de aplicação; ≠ Efeito tópico: actua na pele.
Via Inalatória - Fármaco é inalado e para passar para a corrente sanguínea tem que
atravessar o epitélio dos brônquios e para tal este tem de ser permeável ao fármaco. Este
deve ser lipossolúvel e as partículas devem ter as dimensões adequadas para que atinjam
os alvéolos corrente sanguínea órgão alvo.
É importante o tamanho da partícula (tamanho com que o fármaco é
administrado), que permite atingir diferentes locais de acção:
Via Oral: é a mais utilizada; existem várias formulações: xaropes, emulsões, suspensões,
comprimidos, cápsulas, etc.), possuem temos de acção variados e são empregues em
função dos mesmos:
- Cápsulas são de rápida absorção no estômago
- Cápsulas de fármacos revestidos são mais lentamente absorvidos
O tipo de formulação pode também ser empregue para promover uma absorção ou a nível
estomacal ou intestinal (são revestidos p n serem alterados quer pela flora, pH ou enzimas
gástricas.
Efeito de 1ª passagem
É evidenciado na administração oral, porque por esta via, todo o fármaco irá passar no
fígado.
Fármaco chega ao estômago e ao intestino. Passa para corrente sanguínea e é conduzido
pelo sistema porta (sangue que entra e que sai é venoso) e artéria hepática até ao fígado.
No fígado em contacto com os hepatócitos é metabolizado (1ªpassagem), tornando-se
mais hidrófilo e geralmente menos activo.
Biodisponibilidade
Relacionado com o facto do fígado metabolizar o fármaco e só parte do fármaco ficar
disponível para actuar.
BD = 1 => fármaco não é metabolizado após 1ª passagem, está 100% disponível.
2) Distribuição do Fármaco
Após ter sido absorvida ou injectada na corrente sanguínea, a droga pode ser
distribuída para os líquidos intersticial e celular:
Plasma => Tecido intersticial => interior celular (se fôr suficientemente lipossolúvel).
Nota: Pressão arterial normal é 120 diastólica e 80 a diastólica. Pressão média de 100.
Pressão venosa normal (tem de ser muito mais baixa); se pressão à entrada dos
capilares, é cerca de 21 esta vai ter que ser ainda mais baixa; é entre 3-5 com excepção da
veia porta, à volta de 9 (numa cirrose passa para os 17).
3) Redistribuição
É um mecanismo de inactivação. Consiste na persistência do fármaco no organismo em
locais não reactivos (tecido adiposo e músculo esquelético) que inicialmente não o
continham enquanto que no cérebro e em algumas vísceras, que inicialmente
apresentavam concentrações elevadas (devido à intensa lipofilia e irrigação dos mesmos),
já não existem concentrações activas. Fármaco cessa sua actuação não em consequência
de fenómenos de metabolização ou excreção (maioria dos fármacos) mas porque foi
distribuído para tecidos desprovidos de estruturas para ele efectoras.
Primeiro há eliminação do fármaco livre (não administrado ao tecido adiposo),
diminuindo a sua concentração no sangue, altera-se gradiente e começa a haver passagem
de fármaco do tecido adiposo para o plasma.
Acontece quando uma droga, altamente lipossolúvel que actua no cérebro ou sistema
cardiovascular, é administrada rapidamente por injecção intravenosa ou por inalação. Ex:
Tiobarbitúricos.
4) Excreção
Fármacos e seus metabolitos são eliminados por várias vias:
Via renal (maioria): Filtração glomerular e secreção tubular
Fezes (maioria)
Pulmonar (respiração)
Secreção Láctea
Lágrimas e suor
5) Biotransformação
Historicamente era vista como uma desintoxicação, o fígado servia para purificar os
fluidos. Hoje em dia serve para reduzir lipossolubilidade, facilitando excreção, e alterar
actividade biológica fazendo com que o fármaco se torne menos activo (excepto pró-
farmacos). As Ferramentas do processo são as enzimas hepáticas (Citocromo P450)
Para além do fígado existem outros que promovem a Biotransformação: Intestino, Rins,
pulmão, plasma, cérebro. Mas o fígado é o lugar de excelência não apenas pela
diversidade enzimática como pela importância quantitativa resultante da sua massa.
A metabolização é feita por enzimas que existem no R.E.R e que são induzíveis. Existem
duas maneiras delas promoverem a Biotransformação:
1. Fase comum de hidroxilação (adição de OH ao anel benzénico tornando
composto mais solúvel).
2. Fenómenos associados à conjugação dos fármacos.
Fármaco chega ao fígado e sofre conjugação. Fármacos geralmente com P.M
elevado, sofrem conjugação com outra substância (pode ser o sulfato, o metil ou
o acetil) e são transferidos para o ciclo enterohepático (Vias biliares intestino
clivagem rectal ou reabsorção para o fígado); e os de baixo peso molecular
volta para a circulação.
Assim após metabolização, o fármaco pode ser directamente excretado para a
corrente sanguínea (suficientemente hidrossolúvel), ou pode sofrer conjugação (p. e., com
ácido glucorónico) e daí parte vai para a circulação sanguínea e outra para as vias
biliares.
Assim, parte dos fármacos é excretada por via renal e outra parte por via fecal.
Exemplo:
pH urina = 7 e fármaco com pKa = 7: 50% está na forma ionizada (logo não
consegue passar –mais hidrofilico) e 50% é absorvido por difusão através de um
gradiente.
pH urina = 7 e fármaco com pKa = 7,5: há mais fármaco na forma ionizada logo
mais fica retido. Se for 40% ionizado e 20% não ionizado, só 20% passa através
de gradiente de concentração.
pH urina = 7 e fármaco com pKa = 6,5: Inverte-se a situação, vai ser maior a
quantidade reabsorvida.
Resumindo:
Fármaco muito hidrossolúvel (muito ionizado) é rapidamente excretado (não é
reabsorvido)
Fármaco muito lipofílico que não é metabolizado tem facilidade em ser reabsorvido logo
não é eliminado fica retido no organismo indefinidamente
--Fármaco lipofílico que sofre metabolização lenta é excretado lentamente (parte
excretado, outra parte volta à circulação).
--Fármaco lipofílico que sofre metabolização rápida (raro)é excretado rápidamente (
50% dele sai logo. Ex: propanolol).
Biodisponibilidade
Quantidade de fármaco disponível na circulação sistémica (depois de metabolizado) na
sua forma activa (original)
Via IV tem disponibilidade 100%; para outras vias deve-se ter em conta a metabolização
Bioequivalência
Relação entre biodisponibilidade de dois fármacos que estruturalmente são iguais e
usados para o mesmo fim.
Introdução à Biofarmácia:
Em termos de farmacocinética estuda-se o perfil do fármaco; tempo que é absorvido, etc.
A relação da sua concentração através do tempo em que importa considerar a cinética que
rege as trocas de fármacos através das interfaces das concentrações.
1) Parâmetros primários:
Ex: “Banheira”
Cl = velocidade de eliminação/ [ ] do fármaco ( ml/ h ou min)
Q = Fluxo sanguíneo
CA= [F] arterial; entrou no órgão
Cv = [ ]venosa; Sai do órgão
Quando esta Clearance é total, a extracção é 1 => fármaco foi todo metabolizado.
BD = 1- Extracção Hepática
Fr = CL × Cóptima
Acetato 49:
1º Gráfico: Concentração plasmática não é óptima.
Necessário determinar Fr que permite manter um plateau.
Ter atenção que a concentração plasmática óptima do fármaco tem de estar dentro da
janela terapêutica do fármaco. Não pode estar acima do efeito tóxico nem abaixo do
efeito terapêutico.
2) Parâmetros secundários:
2.1. Tempo de Semivida
2.2. Clearance hepático
2.3. Clearance renal
Tempo de semi-vida
Tempo necessário para que a concentração plasmática de um fármaco seja reduzida a
metade.
Concentração plasmática óptima pode ser alterada por exemplo se houver alterações na
Metabolização e eliminação do fármaco. Por, exemplo no caso dos insuficientes renais e
hepáticos é importante fazer-se um ajuste nas doses e frequências de administração
FARMACODINÂMICA
Estuda o efeito que os fármacos exercem no organismo e o seu mecanismo de acção =>
interacção com receptores celulares existentes no organismo.
RECEPTOR:
Qualquer componente macromolecular do organismo, com a qual os fármacos
interactuam para produzir efeitos num sistema biológico.
Geralmente são proteínas, de estrutura tridimensional, com afinidade para com o
fármaco que se alteram e promovem a transducção. Sendo portanto local de competição
entre agonistas e antagonistas
• Podem ser lipoproteínas ou glicoproteínas
• PM= 45-200 Kdalton
• Possuem sub-unidades: subtipos dependendo dos tecidos onde se encontram.
Activação destes receptores leva a diferentes mecanismos de transducção.
• Frequentemente glicolisados
• KD (cte de dissociação fármaco-receptor): 1-100NM traduz a afinidade do
receptor para o fármaco: KD => afinidade
• Ligação fármaco-receptor: reversível ( p efeito n ser eterno) e específica, mas não
absoluta ( tudo depende da dose do fármaco)
• Sistema saturável (existe nº limitado de receptores)
• A ligação específica desencadeia um sinal que por processos de transdução activa
os 2ºsmensageiros (ex.: AMPc; GMPc; inositol de fosfato e diacetil glicerol)
• Pode ser necessário mais do que um fármaco para activar o receptor. (Ex:
benzodiazepinas necessitam não só a ligação ao receptor como também a
activação do canal iónico)
• Um fármaco pode , ou bloquear a transmissão do sinal. Contudo não são
criativos, i é, alteram um mecanismo de metabolismo mas não fazem com que a
célula passa a desempenhar funções diferentes.
• Receptor tem propriedades de reconhecimento e transducção.
• Podem ser induzidos (up regulation; aumento da resposta farmacológica) ou
reprimidos (down regulation; diminuição da resposta farmacológica)
ANTAGONISTAS
4 tipos:
o Competitivo: compete com o agonista pelo local de acção. Necessária uma dose
superior para obter o mesmo efeito. Gráfico desloca-se para a direita com igual
inclinação.
o Não competitivo: liga-se a um local diferente alterando a conformação (alteração
alostérica no receptor). Efeito máximo baixa e por mais que se aumente a dose não
se altera.
o Químico:neutraliza agonista antes de ele se ligar ao receptor ( ex. Insulina)
o Fisiológico ou funcional: 2 agonistas fazem o seu efeito mas como é oposto
cancelam as funções do outro; anulam-se mutuamente não se observando qq acção.
Através do aspecto das sigmóides consegue-se verificar qual o tipo de antagonismo
LD1 => quantidade mínima que promove efeitos ilícitos (1% da população)
LD99 => quantidade máxima que se administra com segurança (99% da população)
Selectividade: Quando um fármaco produz efeito, para qual está a ser administrado em
praticamente todos os indivíduos ( é selectivo para determinado efeito) e produz outros
efeitos (efeitos secundários) somente numa pequena população.
Quanto menos efeitos secundários o fármaco produzir, maior a sua selectividade.
Especificidade: fármaco pode ter selectividade para determinado receptor, mas pode
ligar-se em diferentes órgãos ( produz efeito em diferentes sítios. Ex.: atropina)
RELAÇÃO DOSE/EFEITO
Cinética da ligação fármaco/receptor
KD => facilidade de ligação fármaco/receptor.
AGONISTAS
Totais: promovem um efeito máximo; iguais potências.
Parciais: amplitude da acção é menor do que o agonista endógeno; as potências são
diferentes.
Inversos: provocam acção farmacológica contrária à inicial.
Pode haver:
do nº de receptores fabricados por down regulation
da activação do mecanismo de transducção : < produção de 2ª mensageiros
Afinidade para o receptor
ANESTÉSICOS GERAIS
Anestésicos gerais: fármacos que actuam ao nível do SNC e produzem anestesia
(insensibilidade) geral. São eliminados pela respiração.
ESTADIOS DA ANESTESIA
Existem diferentes graus/estadios na anestesia geral que correspondem a diferentes
graduações que ocorrem a nível do SNC. Por exemplo Clorofórmio e o éter causam
miose (contracção da pupila) midríase (paralisia da pupila) depressão do sistema
respiratório e cardiovascular (fase final). No entanto existem fármacos como a morfina
que alteram estes estádios.
4 Estadios:
1. Perda da sensação de dor, muito curto.
2. Comportamento agressivo, muito curto.
3. Anestesia cirúrgica: pode dividir-se em 4 planos distintos:
Quanto > for o plano + profunda é a anestesia
4. Paralisia bulbar e morte: ocorre apneia acompanhada de paragem respiratória e
circulatória acabando em morte.
Todos estes estádios podem ter reflexos ao nível: da Respiração abdominal; da respiração
torácica; do tamanho da pupila; do movimento ocular; reflexo córneo; reflexo laríngeo;
tónus muscular (não deve ser elevado).
PRÉ-FÁRMACOS
São fármacos pré-anestésicos: utilizados antes de um anestésico geral, funcionando como
coadjuvantes dos anestésicos. Têm como funções:
Minimizar a fase de excitação de uma anestesia, caracterizada por uma força de
agressividade.
Evitar secreções de líquidos no tracto respiratório. Adiciona-se um Anticolinérgico.
Indução rápida da anestesia. É dado um Barbitúrico como o tiopental de acção
ultracurta e por via endovenosa.
Relaxamento muscular. Miorelaxante
Tirar dores. Analgésico
Redução da ansiedade e amnésia retrógrada. Benzodiazepinas
Prevenção de náuseas e vómitos no pós-operatório. Antiemético.
TOXICIDADE
Depressão respiratória: pode levar à apneia; Concentração elevada dos anestésicos
(interferem com o cortisol) inalados nas salas operatórias aumenta a % de abortos e
infertilidades no pessoal do bloco operatório.
Depressão cardiovascular. Podem produzir arritmias, sensibilização do coração às
catecolaminas (libertadas em situação de stress arritmias); hipotensão acentuada;
Depressão da transmissão neuromuscular (pode chegar à paralisia)
Depressão hepática (mto ou pouco metabolizados)
=> Quando o anestésico está a ser debitado a absorção para os tecidos periférico tende
para zero:
Inicio: absorção
Meio: atinge-se uma plataforma (zona de controlo do anestésico) fase de recobro da
anestesia
Final: até chegar a zero
Acção clínica:
Curta acção: procaína e cloroprocaína
Acção intermediária: lidocaína; mepivacaína e prilocaína
Longa acção: tetracaína, ropivacaína; bupivacaína e etidocaína
Complicações gerais:
- Alergias
- Psicogénicas (medo da agulha)
- Interacções ocm outros fármacos
- Tóxicas( sobredosagem; tolerância reduzida em pessoas várias vezes anestesiadas
Principais usos: ver acetato com tabela