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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


DEPARTAMENTO GERAL DE EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO INFANTIL
E.M.05.14.034 JOSÉ ALPOIM

VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Prof.ª Ivanise Meyer


E.M. 05.14.013 Adlai Stevenson e E.M. 05.14.023 Gaspar Vianna

A Educação Infantil tem caráter interdisciplinar, partindo deste


pressuposto, objetivamos na oficina: a) vivenciar situações onde o uso e a
prática social da matemática estejam presentes; b) interligar as áreas do
conhecimento através de estratégias que permitam às crianças desenvolver
suas habilidades; c) ampliar o repertório de situações didáticas propostas pelos
professores usando como atividades: jogos, literatura infantil, brincadeiras
infantis (parlendas e cantigas), situações-problema, exploração de figuras
geométricas e construção de gráficos e tabelas.

Para Kátia Smole (2000a), uma “proposta de trabalho de matemática


para a escola infantil deve encorajar a exploração de uma grande variedade de
idéias matemáticas relativas a números, medidas, geometria e noções
rudimentares de estatística, de forma que as crianças desenvolvam e
conservem um prazer e uma curiosidade acerca da matemática. Uma proposta
assim incorpora contextos do mundo real, as experiências e a linguagem
natural da criança no desenvolvimento das noções matemáticas, sem, no
entanto, esquecer que a escola deve fazer o aluno ir além do que parece saber,
deve tentar compreender como ele pensa e fazer as interferências no sentido
de levar cada aluno a ampliar progressivamente suas noções matemáticas
(p.62).”
Para que a aprendizagem aconteça, ela deve ser significativa, exigindo
que:
- Seja vista como compreensão de significados;
- Se relacione com experiências anteriores, vivências pessoais e outros
conhecimentos;
- Permita a formulação de problemas de algum modo desafiantes, que
incentivem cada vez mais;
- Permita o estabelecimento de diferentes tipos de relações entre fatos,
objetos, acontecimentos, noções, conceitos, etc;
- Permita a utilização do que é aprendido em diferentes situações;
- Permita modificações de comportamento.

Uma das habilidades desenvolvidas no estudo da matemática é a de


resolver problemas: um problema é toda a situação que permita algum

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questionamento ou investigação (Smole, 2000b, p.13). As situações-problema
podem ser: planejadas, jogos, busca e seleção de informações, resolução de
problemas não-convencionais e, até mesmo, convencionais, desde que
permitam o desafio.

Os conteúdos foram organizados a partir do Referencial Curricular


Nacional de Educação Infantil (RCNEI), da Multieducação e da bibliografia.
Estão classificados pela área de abrangência, mas não quer dizer que sejam
trabalhados nesta “seqüência”. Estes conteúdos não estão separados pela
faixa etária, pois a complexidade da abordagem e das propostas serão
definidas a partir de cada turma.

Conteúdos Matemáticos para a Educação Infantil

1. Ações perceptivas e os atributos dos materiais (conhecimento


físico)
• Auditivas: som (altura, duração, intensidade, etc).
• Olfativas e gustativas: odores e sabores.
• Táteis: forma, tamanho, espessura, textura, peso, consistência e
temperatura.
• Visuais: forma, cor, tamanho e espessura.

2. Agrupamentos (CLASSES) e ordenações (SÉRIES) (conhecimento


lógico-matemático)
• Comparação entre objetos.
• Relações comparativas (maior que, menor que, do mesmo tamanho,
etc).
• Seriação de objetos de acordo com atributos.

3. Conceito de Número (conhecimento lógico-matemático)


• Numeral (conhecimento social).
• Associação número/numeral.

4. Problemas e operações matemáticas


• Problemas: envolvendo movimentos corporais, de lógica, simulações
da realidade, usando materiais manipuláveis, de texto, de rimas, de
adivinhas e jogos.

5. Sistema monetário
• Noções de “troca”.
• Identificação de notas e moedas brasileiras.

6. Noções de estatística
• Tabelas, gráficos, coleta de dados (votação) e pesquisa de opinião.

7. Medidas
• Recursos não convencionais: passos, palmos, barbantes, palitos, etc.
• Recursos convencionais: metro, quilo e litro.
• Noções de conservação (quantidades contínuas: massa e volume)

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• Comparações por OPOSIÇÃO: pesado/leve, maior/menor,
comprido/curto, largo/estreito, líquido/sólido.

8. Noção de TEMPO
• Seqüência temporal (início / meio / fim)
• Seqüência causal (causa / efeito)
• Noção de duração
• Instrumentos para marcação de tempo.

9. Noção de ESPAÇO
• Espaços internos, externos e fronteiras.
• Figuras planas: triângulo, quadrado, retângulo, círculo, trapézio,
pentágono, hexágono, etc.
• Relação espacial contida nos objetos e entre os objetos.
• Sólidos geométricos: cubo, pirâmide, esfera, etc.

A tabela a seguir, de autoria de Smole (2000a, p.167), apresenta uma


seleção de atividades e as ligações com as áreas de conhecimento. Qualquer
recurso didático deve servir para que os alunos aprofundem e ampliem os
significados que constroem mediante sua participação nas atividades de
aprendizagem (2000a, p.172):

Tipo de atividade Material utilizado Finalidade para a Tipo de registro a ser


Matemática desenvolvido
JOGO Baralhos, dados, Desenvolver Oral, escrito e
dominó, vareta, habilidades desenho.
boliche, tabuleiros, numéricas, espaciais
diversos jogos e trabalhar com
comerciais, fichas, habilidades de
botões e etc. resolução de
problemas.
LITERATURA Livros diversos, Desenvolver Oral, escrito, desenho,
INFANTIL fantoches (teatro), processos de leitura e modelagem,
flanelógrafo, massa de escrita, trabalhar com dramatização e
modelar, vídeo, papel a resolução de produção de livros
para dobradura, problemas, noções de próprios.
sucata e etc. números, medidas e
geometria.
BRINCADEIRAS, Músicas em CD ou Desenvolver a Oral, desenho,
PARLENDAS E K7, corda, bola, percepção e a corporal e escrito.
CANTIGAS DE RODA bolinha de gude, localização espacial,
papel, amarelinha, etc. desenvolver noções
de medida e números,
desenvolver a
organização do
esquema corporal.
PROBLEMAS DE Papel (suporte), vídeo, Desenvolver as Oral, escrito, desenho,
PALAVRAS fichas, botões, sucata habilidade de ler, livro de problemas,
e uma boa coleção de formular, compreender cartazes com
problemas e resolver problemas, problemas.
(“problemoteca”). propiciar situações
para abordar noções

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de números, medidas
e geometria.
EXPLORAÇÃO DE Tangram, blocos Desenvolver a Desenho, maquetes,
FIGURAS lógicos, quebra- percepção espacial, livro de formas,
GEOMÉTRICAS cabeças, geoplano, trabalhar com a móbiles, etc.
sólidos geométricos, capacidade de
figuras, elástico, identificar, modelar,
barbante, material de representar e
sucata, papel de comparar figuras
dobradura, etc. geométricas planas e
não planas, trabalhar
com composição e
decomposição de
figuras.
CONSTRUÇÃO DE Papel (suporte), Desenvolver noções Desenho, texto escrito
GRÁFICOS hidrocor, tesoura, cola, relativas a números e sobre conclusões e
régua. estatística, diferentes gráficos.
desenvolver a
percepção e a
localização espacial.

Algumas sugestões de atividades envolvendo conhecimentos matemáticos:

1. TANGRAM (quebra-cabeça tradicional)


- Pode ser feito com as crianças em diversos materiais: papel, cartolina,
emborrachado, etc. Também é comercializado em madeira pintada.
- Brincar de formar figuras (livre ou dirigido).

2. JOGO DO TABULEIRO
- Material: tabuleiro individual com 20 divisões, um dado com pontos ou
numeração, material de contagem para preencher o tabuleiro (fichas,
tampinhas, etc).
- Aplicação: cada jogador, na sua vez, joga o dado e coloca no tabuleiro o
número de tampinhas indicado no dado. Os jogadores devem encher seus
tabuleiros.

3. JOGO TIRANDO DO PRATO


- Material: pratos de papelão ou isopor (um para cada criança), material de
contagem (ex.: 20 para cada criança), dado.

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- Aplicação: os jogadores começam com 20 objetos dentro do prato e revezam-
se jogando o dado, retirando as peças, quantas indicadas pela quantidade que
nele aparece. Vence quem esvaziar seu prato primeiro.

4. BATALHA
- Material: baralho de cartas de ÁS a 10.
- Aplicação: um dos jogadores distribui (divide) todas as cartas entre todos.
Cada criança arruma sua pilha com as cartas viradas para baixo, sem olhar
para as faces numeradas. Os jogadores da mesa (2, 3 ou 4) viram a carta
superior da sua pilha e COMPARAM os números. Aquele que virar a carta de
quantidade “maior” (número maior) pega todas para si e coloca num monte à
parte. Jogar até as pilhas terminarem.
- Se abrirem cartas de mesmo valor, deixar na mesa e virar as próximas do seu
monte.
- Vence aquele que pegar o maior número de cartas (estratégias: comparar a
altura das pilhas, contar, estimar).

5. LOTO DE QUANTIDADE
- Material: dado com pontos, cartelas com desenhos da configuração do dado e
fichas para marcar as cartelas sorteadas.
- Aplicação: cada jogador recebe uma cartela com três desenhos que
representem uma das faces do dado. Na sua vez, joga o dado e se tiver na sua
cartela um desenho IGUAL ao da face sorteada, deve cobri-la com a ficha.
Termina quando alguém cobrir os três desenhos da sua cartela.

6. JOGO DO 1 OU 2
- Material: dado com apenas os números 1 e 2, ou fichas em uma sacola
(números 1 e 2).
- Aplicação: Cada jogador, na sua vez, joga o dado, ou retira uma ficha. O
jogador lê o número e procura identificar em seu corpo partes que sejam
únicas (ex.: nariz, boca, cabeça, etc) ou duplas (olhos, orelhas, braços, etc).
Não pode repetir o que o outro já disse. Caso não lembre, a criança passa a
vez. Jogar até esgotar as partes.

7. SACOLA MÁGICA
- Material: uma sacola, um dado, materiais variados (em quantidade).
- Aplicação: uma criança joga o dado, lê o número e retira da sacola a
quantidade de objetos correspondente à indicação do dado. Passa a vez a outro
jogador, até que todos os objetos sejam retirados da sacola. Podemos
comparar as quantidades no final (mais/menos, muitos/poucos).

8. FORMANDO GRUPOS
- Material: apito, cartazes com números escritos.
- Aplicação: as crianças se espalham em um lugar amplo, até que se toque o
apito. A professora mostra um cartaz com o número e as crianças deverão
formar grupos com os componentes de acordo com o número dito.
- Discutir: quantos conjuntos? Quantas crianças ficaram de fora?

9. O QUE É, O QUE É?
- Material: uma sacola e os blocos lógicos (sugiro 4 peças diferentes).
- Aplicação: Selecionar as peças colocadas dentro do saco e mostrar às
crianças. A criança coloca a mão no saco e através do tato identificará a forma
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que tateou. À medida que forem retiradas do saco, perguntar quantas ainda
faltam.
- Variação: a professora coloca a mão, descreve e as crianças tentam adivinhar.
Ex.: tem quatro lados do mesmo tamanho (quadrado).

10. DEZ COLORIDOS


- Material: canudos coloridos, copos de plástico e cartões com as cores dos
canudinhos disponíveis.
- Aplicação: as crianças formam grupos e cada uma retira de uma caixa maior
um número determinado de canudinhos coloridos (ex.: pegue 10 canudinhos
coloridos) e coloca em seu copo. Quando a professora sortear uma COR, os
componentes colocam seus canudinhos da cor sorteada no centro da mesa.
Solicitar que contem o total de canudinhos. Registrar os valores de cada grupo
e recolher os canudinhos do grupo.
- Variação: o jogo pode ser individual (cada criança retira os canudos) e contam
quem tirou mais / menos / mesma quantidade, etc.
Para ler mais (sugestões de jogos em Kammi, Cerquetti-Aberkane e
Smole):

1. BORGES, Teresa Maria Machado. A criança em idade pré-escolar. São Paulo:


Ática, 1994.
2. CERQUETTI-ABERKANE, Françoise e BERDONNEAU, Catherine. O ensino da
matemática na educação infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
3. KAMMI, Constance. A criança e o número. Campinas, SP: Papirus, 1990.
4. LEE, Roger. Tangram. Editora Isis.
5. LORENZATO, Sergio. Educação Infantil e percepção matemática. São Paulo:
Autores Associados, 2006.
6. MEYER, Ivanise C. R. Brincar & Viver: projetos em educação infantil. 3.ª ed. Rio
de Janeiro: WAK, 2007.
7. SEBER, Maria da Gloria. Construção da inteligência da criança: atividades do
período pré-operatório. São Paulo: Scipione, 1995.
8. SMOLE, Kátia. A matemática na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2000a.
9. SMOLE, Kátia et allli. Coleção Matemática de 0 a 6: resolução de problemas.
Porto Alegre: Artmed, 2000b.
10. SMOLE, Kátia et alli. Coleção Matemática 0 a 6: brincadeiras infantis nas aulas
de matemática. Porto Alegre: Artmed, 2000c.
11. Site: http://www.mathema.com.br (jogos e textos – coordenado por Kátia Smole)

Obrigada por estes momentos de troca.


Tudo de bom para você!
Ivanise Meyer
Blog: http://baudeideiasdaivanise.blogspot.com

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