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UM MÉTODO SIMPLES PARA SE ESTIMAR ÁREA FOLIAR DE


PLANTAS DE GERGELIM (Sesamum indicum L.)1
LUIZ CARLOS SILVA2, JOSÉ WELLINGTHON DOS SANTOS3, DIRCEU JUSTINIANO
VIEIRA3, NAPOLEÃO ESBERARD DE M. BELTRÃO2, ISAIAS ALVES4 e JEANE
FERREIRA JERÔNIMO5

RESUMO: Para se determinar a área foliar de plantas de gergelim em dois genótipos,


relacionaram-se medidas de comprimento (C), largura (L), logaritmo (base 10) do comprimento
e da largura e o produto do comprimento pela largura multiplicado por um fator f , com suas
respectivas áreas foliares. Durante 90 dias, a cada 15 dias uma planta em cada genótipo
era selecionada ao acaso e colhida para as avaliações. As folhas eram, então, destacadas e
numeradas de 1 a n, começando-se com as folhas do ápice da planta. De cada folha, eram
tomadas as medidas de comprimento e maior largura, com auxílio de uma régua milimetrada,
e suas áreas determinadas com o auxílio de um planímetro. Não houve diferenças das
cultivares nem das épocas de amostragem sobre as características foliares avaliadas. Portanto,
para cada um dos nove modelos teóricos testados, determinou-se apenas uma equação
para o ciclo completo da cultura. As estimativas de área de folhas de plantas de gergelim
são mais precisas quando se usam ambas as dimensões, comprimento e largura do limbo.
As equações S = 4,0438 + 0,6075 CL, S = 0,631 CL e S = 0,70 CL foram as que
tiveram melhor ajuste ao modelo linear, com r² igual a 0,9746, 0,9857 e 0,9872,
respectivamente.

Termos para indexação: Correlações biométricas, análise de crescimento.

A SIMPLE METHOD TO ESTIMATE FOLIATE AREA OF SESAME (Sesamum


indicum L.) PLANTS

ABSTRACT: To determine the foliate area of two genotypes of sesame plants, were related
length measures (C), width (L), logarithm (base 10) of the length and width and the length
multiplied by the width and multiplied by a factor, with their respective foliate areas. During
90 days, in the 15 days intervals, a plant from each genotype was selected at random and
picked for the evaluations. The leaves were, outstanding and numbered of 1- n, beginning
with the apex leaves of the plant. Of each leaf, the length measures and larger width were
taken, with a milimetrical ruler, and their areas were determined with the aid of a planimeter.
There were no differences of the cultivate nor of the sampling times on the foliate
characteristics appraised. Therefore, for each one of the nine tested theoretical models, it
was just determined an equation for the complete cycle of the culture. Both length and
width measurements were needed to attain precision for all leaf ages and sizes. The equations
S = 4.0438 + 0.6075 CL, S = 0.631 CL and S = 0.70 CL were the ones that had the
best adjustment to the lineal model, with r² same to 0.9746, 0.9857 and 0.9872,
respectively.

Index terms: Biometrics correlations, growth analysis.

1
INTRODUÇÃO
Aceito para publicação em 20 de Novembro de 2001.
2
Eng. Agr. Dr. da Embrapa Algodão CP 174, CEP 58107-720,

3
Campina Grande, PB. E-mail: lcsilva@cnpa.embrapa.br Dados da área foliar são requeridos em
Eng. Agr. M.Sc. da Embrapa Algodão.
4
Técnico Nível Superior, Embrapa Algodão. modelos matemáticos de numerosos processos
5
Estagiária da Embrapa Algodão. ecofisiológicos, tais como a interceptação da

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luz (Burstall & Harris, 1983), a fotossíntese como objetivos: (1) determinar uma equação que
(Heilman et al., 1977) e as taxas de crescimento, possibilite, por meio de medidas simples de
entre outras (Silva,1997). comprimento e maior largura das folhas, estimar,
Vários são os métodos para se obter a área de maneira rápida e com boa precisão, a sua
foliar, cuja escolha depende do objetivo principal área foliar individual; (2) identificar um fator que,
da medida, da necessidade, ou não, de multiplicado pelo comprimento e pela largura da
destruição da planta, da necessidade da área folha, determine com precisão a área de folhas,
total das folhas ou apenas da área individual, do (3) determinar a precisão dessas equações na
grau de precisão requerido, do tamanho da estimativa da área foliar de plantas com
amostra, da morfologia das folhas, da diferentes hábitos de crescimento e em diversas
disponibilidade ou não, de equipamento, do tempo fases do seu desenvolvimento.
e da mão-de-obra disponível. Os métodos para
obtenção da área foliar mais comuns, como o
planímetro, pesagem de discos, cópias xerox ou
MATERIAIS E MÉTODOS
heliográficas, exigem muito tempo e destruição
do material. Por outro lado, são métodos
O experimento foi conduzido na sede da
laboratoriais que não podem ser empregados no
campo. Embrapa Algodão, em Campina Grande, PB, nas
Freqüentemente, os estudos dos fenômenos seguintes coordenadas geográficas: latitude 7º
ecofisiológicos requerem um método não 13’ S, longitude 35º 53” W e altitude 547m,
destrutivo de medida da área foliar. Em tais situando-se em uma zona de transição entre as
casos, uma alternativa para a obtenção da regiões fisiográficas do agreste, cariri e sertão;
medida direta da área foliar é o desenvolvimento o local apresenta uma precipitação pluvial média
de fórmulas ou equações matemáticas através anual de 758,7mm, temperatura média anual
das quais se possa estimar tal área, como uma de 22,9º C, sendo a temperatura média mínima
função das dimensões lineares, como o de 19,5º C e a máxima de 28,6º C.
comprimento e a largura. Tal procedimento é Dois genótipos de gergelim (G2 e G3),
bastante interessante, visto que é fácil e rápido diferindo em maturidade, e hábito de
de se executar e, principalmente, pouco oneroso. crescimento ramificado e não ramificado, foram
Diversos pesquisadores obtiveram equações semeados em talhões de 200m². Os
que relacionam o comprimento, a largura da procedimentos para a semeadura, tratos culturais
folha, ou ambos, com a área foliar, com alto e fitossanitários foram realizados de acordo com
grau de precisão, nas cultivares de algodão as recomendações da Embrapa Algodão.
(Ashley et al., 1963), algodão, mamona e sorgo Quinzenalmente, uma planta de cada
(Wendt, 1967), sorgo (Shih & Gascho, 1980; genótipo era selecionada ao acaso e colhida para
Shih et al.; 1981) e soja (Lieth et al., 1986; as avaliações. As folhas eram, destacadas e
Bange et al., 2000). Com o gergelim, pouco se numeradas de 1 a n, começando-se com as
conhece a esse respeito, sobretudo por se tratar
folhas do ápice da planta. De cada folha,
de uma planta com morfologia foliar bastante
tomaram-se as medidas de comprimento (C) e
complexa apresentando folhas de vários
largura (L), com auxílio de uma régua
formatos, tamanhos e espessura, de acordo com
a posição na planta. Nessa área de estudo milimetrada, e suas áreas determinadas com o
poucos trabalhos têm sido realizados com a auxílio de um planímetro.
cultura. Os dados coletados foram submetidos à
Em função do exposto pretendeu-se, com análise de regressão, conforme os modelos
este trabalho, estudar o desenvolvimento da área descritos na Tabela 1. Nos modelos Eq7 e Eq8,
foliar do gergelim, cultivado na região semi-árida consideraram-se os erros multiplicativos e, para
do Nordeste brasileiro, por ser excelente tornar mais fácil obter as estimativas dos seus
indicador da capacidade fotossintética e, parâmetros, procedeu-se a uma linearização, por
também, como determinador do crescimento da meio do uso de logaritmos base 10.
planta em estudos de nutrição, competição e Na escolha das melhores equações,
relações com o ambiente, entre outros, tendo consideraram-se os seguintes critérios:

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TABELA 1. Modelos teóricos de regressão. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados sobre as medidas lineares de


comprimento e largura das folhas coletadas
quinzenalmente, e as medidas de 565 folhas
obtidas por meio do planímetro, foram
submetidos a análise de regressão, conforme
os modelos descritos na Tabela 1, para cada
fase do crescimento da cultura. Não houve
diferenças entre genótipos nem entre épocas
de amostragem sobre as características foliares
avaliadas. Portanto, para cada um dos nove
modelos teóricos testados, determinou-se
apenas uma equação para o ciclo completo da
cultura. Além disso, levando em consideração a
inadequação da indicação e uso de modelos
diferentes para os diversos estádios do
desenvolvimento da cultura, procurou-se
identificar um ou mais modelos que se
ajustassem aos dados em quaisquer momentos
de coletas dos dados relativos às dimensões das
α e β são parâmetros a serem estimados. folhas, em que os resultados se encontram
é o comprimento da folha em cm.
é a largura da folha em cm.
sumarizados na Tabela 2.
Si é a área foliar. Estimativas acuradas de área foliar por essas
ε é o erro aleatório. equações requerem alta correlação entre a área
real medida pelo planímetro e o modelo adotado
em que se utilizam o comprimento (C), a largura
a) Coeficiente de determinação (r2 ≥ 0,95). (L) ou o produto, C x L.
b) Coeficiente de correlação (r ≥ 0,95); entre a O valor de r² variou de 0,7648 a 0,9872,
área real e valores estimados pelas equações. sendo o de menor valor correspondente ao
c) Proximidade entre o valor da área real e os modelo em que se utilizou o logaritmo do
estimados pelas equações. comprimento da folha, como base de cálculo
para estimativa da área foliar individual de folhas
Obteve-se um fator (f) de ajuste, por meio de gergelim, enquanto o maior valor de r² foi
ARP obtido quando a estimativa da área foliar teve,
da equação f = , onde: ARP é a área real
CxL como base, os dados do produto do comprimento
2
(cm ); C: o comprimento da folha (cm); L: a pela largura da folha, multiplicado pelo fator de
largura da folha (cm). O objetivo desse fator é ajuste (Tabela 2).
estimar a área foliar, pela equação Os coeficientes de correlação simples
envolvendo as nove equações ajustadas e a área
AF= C x L x . Para a escolha de valor de f ,
foliar real obtida por meio do planímetro,
procedeu-se a uma análise estatística descritiva, encontram-se na Tabela 3. Tal procedimento foi
em que obtiveram-se média, amplitude, erro- adotado como critério, além dos valores de r²,
padrão, coeficiente de variação e intervalo de na escolha das melhores equações.
confiança, considerando-se como valor padrão Com base nos valores dos r² (Tabela 2) e dos
de , o limite superior do intervalo de confiança. coeficientes de correlação (Tabela 3) os modelos
mais apropriados para as relações entre as
As estimativas dos parâmetros dos modelos
dimensões lineares e a área de uma folha
de regressão e demais cálculos, foram realiza- individual, são os que incluem ambas as
dos pelos procedimentos Proc Reg e Proc Means dimensões, comprimento e largura. Assim, os
do SAS(2000, versão 8.1). modelos que estabeleceram as equações Eq1

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TABELA 2. Equações que estabelecem as relações lineares estimadas entre a área foliar e as medi-
entre a área individual da folha (cm²) e das de comprimento e largura do limbo.
dimensões [(comprimento (C) cm e Pelas Figuras 1 e 2, verifica-se que as equa-
largura (L) cm)] de folhas de gergelim.
ções 1 e 4 estimam, com elevado grau de preci-
são, áreas com até 200 cm², sendo menos pre-
cisas para folhas com áreas superiores a 250
cm². Também observaram-se, nessas figuras,
que cerca de 80% das folhas de gergelim têm
áreas inferiores a 250 cm².
Na Figura 3, verifica-se o alto grau de
correlação entre as áreas foliares estimadas pela
Eq9 (S = C x L x 0,70, r²=0,9872) e a área
medida pelo planímetro.
O método a ser selecionado por um
pesquisador é determinado pela disponibilidade
de recursos materiais, humanos e financeiros, e
de tempo para realizar as medidas com a
precisão desejada. Embora a utilização de ambas
as medidas, comprimento e largura do limbo da
(S = 4,0438 + 0,6075 CL), Eq4 (S = 0,631 folha, seja significativamente mais precisa que
CL) e Eq9 (S = 0,70 CL), com r² 0,9746, o uso de apenas uma dimensão, tal procedimento
0,9857 e 0,9872, respectivamente, e requer duas vezes o número de medidas a serem
coeficiente de correlação de 0,9872 de igual tomadas. Nas equações ajustadas, os melhores
valor para as três equações, parecem ser os modelos com uso de dimensão, comprimento (C)
mais indicados para a estimativa da área foliar ou largura (L) foram o Eq5 (S = 0,3552 C²) e o
de plantas de gergelim. Eq6 (S = 0,9076 L²) cujos valores de r² foram
As Figuras 1, 2 e 3 ilustram as regressões 0,9204 e 0,9162, respectivamente.

TABELA 3. Coeficientes de correlação das equações (Eq) que estabelecem as relações entre a área real
(Ap) da folha (cm²) e as áreas estimadas.

Os valores abaixo da cada coeficiente referem-se ao nível de significância do coeficiente P> ½t½

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CONCLUSÕES

1. As estimativas de área de folhas de plantas


de gergelim são mais precisas quando se usam
ambas as dimensões de comprimento e largura
do limbo.
2. As equações lineares que utilizam medidas
apenas do comprimento (c) ou da largura (L)
podem ser utilizadas para se estimar a área de
folhas de gergelim.
3. A equação C x L x (S = 0,70 CL) foi a
FIG. 1. Regressão linear, sem intersepto, entre a que proporcionou maior precisão às estimativas,
área (cm²) e o produto do comprimento além de simplificar os cálculos.
(c) pela largura (l) do limbo de folhas de
gergelim.

REFERÊNCIAS

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method of determining leaf area in cotton.
Agronomy Journal, v. 55, p. 584-585, 1963.

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RICKERT, K.G. Improving estimates of individual
leaf area of sunflower. Agronomy Journal, v.92,
p.761-765. 2000.

BURSTALL, L.; HARRIS, P.M. The estimation


of percentage light interception from leaf area
FIG. 2. Regressão linear, com intersepto, entre a
index and percentage ground cover in potatoes.
área (cm²) e o produto do comprimento (c)
pela largura (l) do limbo de folhas de Journal of Agriculture Science, n.100. p.241-
gergelim. 244, 1983.

HEILMAN, J.L.; KANEMASU, E.T.; PAUSEN,


G.M. Estimating dry matter accumulation in
soybean. Canadian Journal of Botany, n.55.
p.2196-2201, 1977.

LIETH, J.H.; REYNOLDS, J.F.; ROGERS, H.H.


Estimation of leaf area of soybeans grown under
elevated carbon dioxide levels. Field Crops
Research, v.13, p. 193-203, 1986.

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SAS OnlineDoc. Version 8.1. Cary, 2000.

SHIH, S.F.; GASCHO, G.J. Relationship among


FIG. 3. Representação gráfica das relações entre stalk length, leaf area, and dry biomass of
área (cm²) foliar ajustada pelo fator ea sugarcane. Agronomy Journal, v.72, p.309-313,
área (cm²) real das folhas de gergelim. 1980.

Rev. bras. ol. fibros., Campina Grande, v.6, n.1, p.491-496, jan-abr. 2002
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SHIH, S.G.; GASCHO, G.J.; RAHI, G.S. Tese de Doutorado.


Modeling biomass production of sweet sorghum.
Agronomy Journal, v.73, p. 1027-1032, 1981. WENDT, C.W. Use of a relationship between
leaf length and leaf area to estimate the leaf
SILVA, L.C. Respostas ecofisiológicas e area of cotton (Gossypium hirsutum L.), castors
desempenho agronômico do amendoim cv. BR1 (Ricinum communis L.), and sorghum (Sorghum
submetido a diferentes lâminas e intervalos de vulgare L.). Agronomy Journal, v. 59, p. 484-
irrigação. Campina Grande: UFPB, 1997. 126p. 486, 1967.

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