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OBS: FALA-SE em construir uma nova ordem e não um novo sistema internacional.
• O sistema internacional é anárquico e cada Estado possui uma parte do poder
mundial. Esse poder, entretanto, não é dividido igualmente entre os Estados o que
os obriga a criar uma hierarquia no que tange as suas relações.
• Após as guerras napoleônicas, o poder se concentra nas mãos de 4 grandes
potencias: Inglaterra, Rússia, Prússia e Áustria.
• O sistema internacional que se organiza após o congresso de Viena é multipolar.
• A ordem internacional é formada por normas, valores e regras que a principio
devem ser respeitadas por todos no âmbito do sistema internacional. São as
grandes potencias que criam as ordens internacionais. Assim, em Viena, os
Grandes se reúnem não para questionar o sistema internacional mas sim a ordem
internacional vigente no período napoleônico.
• Os 4 vencedores admitiram na mesa negociadora a Franca, exatamente, porque
sem a Franca, a nova ordem não seria estável. Tallayrand, a Franca também era
vencedora, porque, de acordo com ele, conseguiram se livrar de Napoleão
(argumento interessante). Henry Kissinger acreditava que a segurança total de um
país significava a insegurança total de outro. Assim, incluir a Franca era uma
decisão acertada, uma vez que incluía a Franca na elaboração da ordem
internacional pós Napoleão.
• A época a concepção de poder era o tamanho do território e o número de súditos.
• Como alcançar essa nova ordem, mais pacífica e estável. Essa nova ordem estava
baseada em dois princípios:
o Princípio da legitimidade dos príncipes (ou princípio da restauração). A
paz internacional só seria possível se se reconhecesse os regimes
anteriores a Napoleão. Assim se rejeitava o direito de conquista, de modo
que todos aqueles governantes que chegaram ao poder, direta ou
indiretamente, pelas mãos de Napoleão, deveria dar lugar ao príncipes
legítimos.
o Princípio do concerto europeu.
As grandes potências tinham a responsabilidade comum de manter
o status quão territorial dos tratados de 1815 e resolver os
problemas internacionais relativos a Europa.
Quando o Status Quo tivesse que ser modificado ou um problema
tivesse que ser resolvido, as mudanças não poderiam ser feitas
unilateralmente e os benefícios não poderiam ser efetivados sem
seu formal e comum consentimento.
• Um dos problemas que não podiam ser resolvidos naquele momento era o da
unificação alemã. Entre as elites alemãs a questão foi suscitada. Havia duas
potencias que competiam pela unificação dos estados germânicos, Prússia e
Áustria e nenhum desses Estados aceitavam a relegar esse projeto a outrem. De
modo que isso só poderia ser resolvido pela guerra, porém não era momento para
guerras, assim tentou-se equacionar o problema por meio de uma confederação
germânica composta por 39 Estados. Essa confederação teria sua dieta na cidade
de Frankfurt e os estados se fariam representar mediante sua população, o que
dava enorme vantagem a Prússia. Para equilibrar o sistema, deu-se a Áustria a
presidência permanente da Dieta.
• Toda a conferência internacional possui um documento final que indica as
determinações que se fizeram tomar na reunião. No Congresso de Viena houve
dois, já sinalizando problemas. O primeiro deles foi a Santa Aliança, baseada em
dogmas eclesiásticos. A primeira vista, esse tratado foi considerado uma loucura,
mas Metternich adapta-o e o propõe a Prússia, Rússia, Áustria e Inglaterra. Esse
documento não foi aceito pela Inglaterra, uma vez que era anti-liberal e anti-
racionalista.
• Em contrapartida, vendo-se excluído do sistema europeu, Castlereagh propõe a
Quádrupla Aliança, assinada por Áustria, Prússia, Rússia e Inglaterra.
• A Santa aliança manteve-se ativa até 1823, o que não significa que tenha
desaparecido em 1823. A Santa Aliança funcionou por meio de congressos. Houve
4 intervencoes e 6 congressos.
o Eaix – La – chatelle – Decidiu a retirada das tropas estrangeiras da Franca
e determinou a entrada da Franca na Quíntupla Aliança.
o Carlsbad – 1819.
o Viena – 1820 – Nessas duas conferências ficou decidido a intervenção na
Alemanha contra os liberais. Os liberais alemães eram professores e
alunos das universidades alemães
o Troppau – 1820
o Laybach – 1821 - Decidem pela intervenção na Itália, para sufocar
liberais.
o Verona – 1822 – Tropas francesas apoiariam a nobreza espanhola contra a
revolução liberal de Cádiz. Aqui houve a tentativa de se expandir a
intervenção da Santa Aliança nas colônias espanholas na América, o que
foi impedido pela Inglaterra.
• A Guerra da Criméia teve início entre Rússia e Império Otomano. Esse foi
socorrido pela Inglaterra, Franca e Piemonte. Isso significou que o concerto foi
rompido. A paz de cem anos foi obtida pelo equilíbrio de poder, entretanto, a paz
com concerto existiu até 1854, com a Guerra da Criméia. Retorna-se ao equilíbrio
espontâneo, empírico. E até 1822, houve concerto com congressos.
• Em 1830, há o triunfo do liberalismo, com a revolução liberal na franca. Fim da
dinastia dos Bourbon e o início da dinastia dos Orleans, que vai até 1848.
• Em 1870, ocorre a unificação alemã, que quebra o equilíbrio europeu, que é
restaurado pela diplomacia de Bismark.
• Entre 1822 e 1830 a Santa Aliança vai perdendo o seu sentido. Quais são os
acontecimentos que fizeram a Santa Aliança perder sua importância.
o Em agosto de 1822, Castlereagh suicidou-se sendo substituído por George
Canning. Canning interpretava os interesses ingleses de maneira diferente
de seu antecessor. Para Canning, o que interesse a Inglaterra é comércio.
Isso fez com que Canning volta-se a apoiar os processos de independência
na América, fato que ajudou na Independência brasileira.
o Proclamação da Doutrina Monroe, em Dezembro de 1823. América para
os americanos. Os americanos não tinham forca militar para se opor a
Santa Aliança, por isso essa proclamação foi feita com o assentimento
prévio da Inglaterra.
o A morte de Alexandre I e sua substituição por Nicolau I. A preocupação de
Nicolau I era mais interna, sofria pressões internas e corria risco de sofrer
um golpe.
o Luta de independência da Grécia. Os gregos iniciaram a luta de
independência como uma luta de guerrilha em 1822. Os intelectuais
românticos acolheram os ideais de liberdade gregos por considerarem a
Grécia o berço da civilização européia. Os russos, visando a região
estratégica dos estreitos de Bósforos e Dardanelos e pretendendo
enfraquecer o império Turco Otomano, traíram os princípios da Santa
Aliança e apoiaram o movimento de independência da Grécia. A Europa
Ocidental, visando anular o apoio russo, apóia também a independência
grega. Isso mostrava todas as contradições da Santa Aliança.
o A revolução liberal de 1830 na Franca. Os Bourbons em 1815 são
reintroduzidos no poder sob a égide de uma constituição. O absolutismo já
não existia. Entretanto, ainda assim essa constituição dava muitos
poderem ao rei, servindo de base para a constituição brasileira de 1824.
Muitos burgueses se sentiam excluídos do processo político e brota na
Franca movimentos exigindo o sufrágio universal. Diante da forte pressão
os Bourbons entregam o poder a Luis Felipe de Orleans que governaria
com uma constituição mais liberal, porém o sufrágio universal não é
concedido. Incluem-se as camadas superiores da burguesia e deixam-se as
massas sem representação. Luis Felipe de Orleans logo que assume o
poder deixa claro que a Franca não pretende exportar essa revolução para
a Europa. Na esteira desse processo os Belgas declaram sua independência
dos Holandeses, união que ficou acertada em 1815, no Congresso de
Viena. A Santa Aliança não pôde fazer nada quanto a essa separação,
indicando seu fim.