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Nesse contexto surge a sociologia quando pessoas que se viram envoltas em uma série
de mudanças ocasionadas pela “dupla-revolução”, tiveram a iniciativa de pesquisar para
compreender e explicar as suas novas condições de vida, onde suas explicações sempre
tiveram intenções práticas, com um forte desejo de interferir no rumo desta civilização.
Imaginação sociológica pode ser entendida como uma ferramenta que capacita o
homem a entender o cenário histórico em seu contexto mais amplo, as interações do
individuo com o meio externo e seu comportamento social. Permite também entender e
identificar as questões estruturais da sociedade e seus reflexos na vida individual,
sempre na perspectiva de “fora para dentro”, o individuo vê a sua própria sociedade
como uma pessoa de fora a veria, “abandonando” suas experiências pessoais,
perspectivas, expectativas, e preconceitos culturais. “O divórcio, por exemplo, é um fato
pessoal inquestionavelmente difícil para o marido e para a esposa que se separam.
Entretanto, (...) o uso da imaginação sociológica [permite ver] o divórcio não apenas
como problema pessoal do individuo, mas sim como uma preocupação da sociedade.
Usando essa perspectiva, podemos notar que um aumento da taxa de divórcio na
verdade redefine uma instituição fundamental – a família. Os lares hoje com freqüência
incluem padrastos, madrastas e meios-irmãos cujos pais se divorciaram e casaram
novamente.
A imaginação sociológica é uma ferramenta que nos proporciona poder. Ela nos
permite olhar para além de uma compreensão limitada do comportamento humano, ver
o mundo e as pessoas de uma forma nova, através de uma lente mais potente que o
nosso olhar habitual. ”¹
Segundo C. Wright Mills “o indivíduo só pode compreender sua própria experiência e
avaliar seu próprio destino localizando-se dentro de seu período; só pode conhecer suas
possibilidades na vida tornando-se cônscio das possibilidades de todas as pessoas, nas
mesmas circunstâncias em que ele." (1995 p.12) Assim a imaginação sociológica "nos
permite compreender a história e a biografia e as relações entre ambas." (1995 p.12)
Sendo a sociologia (em síntese) o estudo da vida humana, dos grupos e da sociedade, a
imaginação sociológica faz-se ferramenta fundamental para alcançarmos um nível de
abstração satisfatório para o estudo do nosso próprio comportamento como seres
sociais, uma análise do “quadrado” em que vivemos. Somente com o uso da imaginação
sociológica podemos pensar sociologicamente.
Referencias:
T1: A promessa (p. 9-14)
T2: O que é sociologia? (p.25-27)
T3: O que é sociologia? (p.7-71)
Era das Revoluções - Eric Hobsbawm (Capítulo 1)
A base do pensamento social nos séculos XVIII e XIX – Bernardo Goytacazes de
Araújo
¹ http://cadernosociologia.blogspot.com/2008/08/na-tentativa-de-entender-o.html