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Introdução
O texto seguinte pretende, de uma forma simples, dar aos alunos e encarregados de
educação algumas pistas que os possam ajudar a organizar as actividades
escolares.
Motivação
O segredo do sucesso está na motivação. Esta deverá ser forte, mas não excessiva
(o que pode conduzir à ansiedade e ao medo do fracasso, que prejudicam o
rendimento).
Os reforços do interesse
É mais importante estar atento aos esforços do aluno do que às suas classificações.
Alguns pais dão aos filhos um prémio em dinheiro, proporcional às classificações
alcançadas. Mas este processo pode transformar o estudo num negócio.
Por outro lado, é por vezes necessário aplicar castigos, mas é preferível sublinhar o
encorajamento sempre que o aluno obtém um resultado positivo, já que são os
prémios, e não os castigos, que podem criar o gosto pela aprendizagem.
Pensar no futuro
Autoconfiança
A construção da confiança
É muito importante que o jovem escolha o curso certo, de acordo com as suas
aptidões, capacidades e interesses. Para uma escolha adequada é importante o
conselho de um técnico (orientador vocacional ou psicólogo).
Acrescente-se que nem todos podem alcançar licenciaturas. Por vezes, existem
alternativas, aparentemente menos atractivas, que podem permitir a plena
realização pessoal e profissional.
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Persistência
No entanto, um jovem com metas ambiciosas terá sempre que dedicar mais tempo
ao estudo do que a outras ocupações.
É desejável que se dedique ao estudo individual, em média, um mínimo de 10 horas
semanais.
As horas mais rentáveis deverão ser dedicadas ao trabalho mais difícil. Antes de
dormir deverão realizar-se apenas trabalhos de casa e revisões ligeiras.
Pausas no trabalho
Para evitar a saturação, o estudante poderá também mudar de assunto, mas não é
conveniente mudar para uma disciplina semelhante (Inglês e Francês, por exemplo),
já que isto poderá provocar confusões.
A eficácia de um horário
É importante elaborar um horário semanal para o estudo. Este deverá ser realista e
ajustar-se às necessidades individuais. Deverá também ser flexível e ter em conta
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os compromissos relativos às várias disciplinas (testes e trabalhos, por exemplo, que
poderão ser registados numa agenda).
O horário deverá funcionar como um guia que poderá levar o aluno a trabalhar com
regularidade.
Exercício de autodisciplina
O trabalho regular e planificado implica alguma dose de sacrifício, mas traz enormes
recompensas: previne a fadiga, as confusões e a ansiedade de quem guarda o
estudo para a última hora.
Ocupações extra-escolares
Um bom estudante deve dar prioridade ao trabalho escolar. Mas isso não significa
que se torne um “escravo do dever”.
O local de estudo
O ideal é que exista um local destinado apenas ao estudo. Mas em muitos casos,
isso não é possível. Deve então partir-se das condições existentes, identificando, em
conjunto com o jovem quais os estímulos do meio ambiente que podem
contribuir para perturbar a sua atenção e, em seguida, a imaginar
estratégias para os eliminar ou evitar.
O jovem deverá ser incentivado a organizar o seu local de estudo tendo em conta os
seguintes aspectos:
• Se possível, ter um local exclusivamente dedicado ao estudo.
• Estudar num local confortável e com boa iluminação.
• Ter todo o material necessário nesse local (para evitar interrupções).
• Pôr fora do local de trabalho (ou desligar) tudo aquilo que puder servir de
distracção (TV, rádio, jogos de computador, etc.).
• Evitar ser interrompido por outras pessoas (colocando, por exemplo, um aviso
na porta).
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A Leitura Activa
Uma leitura orientada para o estudo deverá fazer-se de acordo com as regras
seguintes.
Nesta fase, é aconselhável dar uma rápida vista de olhos pelo conteúdo, para obter
uma “visão panorâmica” do assunto a explorar. Poderá passar pela leitura de um ou
outro parágrafo do início, do meio ou do fim; pelo exame de títulos e subtítulos,
esquemas, ilustrações e frases destacadas.
O que importa é que, nesta fase, o estudante descubra a ideia principal do capítulo
ou texto, orientando o trabalho para os aspectos mais importantes.
Nesta fase, o estudante deverá explorar e captar o essencial. Deverá passar pela
leitura integral do texto, de forma aprofundada, tantas vezes quantas forem
necessárias, até conseguir respostas para questões como estas:
• Que diz o autor? Que ideias pretende transmitir?
• Os factos e argumentos apresentados são fundamentados?
• Concordo com as opiniões do autor?
• Que novidades há no texto?
• Há no texto informações úteis? Posso aplicá-las na prática?
• Que relação tem o assunto com aquilo que já sei?
O bom leitor manifesta espírito crítico perante aquilo que lê. A leitura “em
profundidade” é feita com a inteligência e não só com os olhos.
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Processos de Leitura Activa
Consultar o Dicionário
Sublinhar
É uma forma de prestar mais atenção e captar melhor o que se lê. Quem sublinha lê
duas vezes. Um bom sublinhado permite também tirar bons apontamentos e fazer
revisões rápidas.
Para sublinhar bem é preciso saber descobrir o essencial que, normalmente, é
assinalado nos títulos e subtítulos ou através da insistência em determinadas ideias.
As 3 regras fundamentais para sublinhar bem são:
• Dar prioridade a definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos e outros
elementos que sejam a chave da ideia principal.
• Não abusar dos traços e cores. Normalmente, basta destacar, por parágrafo,
uma ou duas frases. Sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada.
Fazer anotações
Tirar apontamentos
Transcrições
Transcrever é copiar por extenso um texto ou parte dele. Não é o melhor processo
para estudar um assunto. Mais eficaz é elaborar esquemas ou resumos. Mas são
indispensáveis quando recolhemos informação para um trabalho escrito e queremos
recorrer a citações. As regras a respeitar nas transcrições são:
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• Não copiar textos demasiadamente longos. Seleccionar as partes mais
importantes.
• Pôr entre aspas os textos transcritos.
• Indicar, com precisão, a fonte – nome do autor, título do livro ou revista,
editor, nº e local de edição, data e página.
Esquemas
Resumos
Um bom resumo (tal como um bom esquema) deve ter as seguintes características:
• Brevidade – um bom resumo não deve ultrapassar um quarto do original.
• Clareza – ideias apresentadas sem confusão ou ambiguidade.
• Rigor – reprodução das ideias sem erros ou deformações.
• Originalidade – utilização de linguagem original, própria de cada leitor, mas
transmitindo o ponto de vista do autor – resumir não é comentar.
A Elaboração de um Trabalho
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Escolha do tema
A escolha do tema do trabalho deverá ser feita com cuidado. Se o tema for proposto
pelo professor, o aluno deverá esclarecer bem junto daquele os objectivos
pretendidos. Se a escolha for livre, o aluno deverá ter em conta:
• A sua capacidade individual, para não se propor tarefas superiores às suas
forças.
• As fontes de consulta, assegurando-se de que estas existem e são acessíveis.
• O tempo disponível, para poder delimitar as fronteiras da investigação.
Recolha de informações
Não convém que o estudante se baseie numa única fonte: as fontes deverão ser
variadas e merecedoras de crédito.
As informações podem ser registadas como transcrições literais (neste caso, entre
aspas e com indicação do autor, título da obra e página) ou como resumo pessoal.
O Plano
A filtragem
A ordenação
A redacção
Um bom plano facilita a redacção mas esta é sempre um processo que passa por
várias tentativas e exige esforço e persistência. As questões a ter em conta são:
As partes do texto
Bibliografia
No final do trabalho, deve-se apresentar sempre uma lista bibliográfica. Ela deve ser
organizada por ordem alfabética e deve integrar as obras consultadas. Pode ainda
recomendar outras obras com interesse para o tema estudado.
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• local de edição (se não constar, escreve-se s.l. – sem local);
• editor
• data de edição (se não constar, escreve-se s.d. – sem data).
Apresentação do Trabalho
O material de trabalho
É muito importante levar sempre para as aulas o material necessário. Se o não fizer,
mostra pouco brio e, certamente, não consegue trabalhar bem, nem deixa trabalhar
os colegas. Se tiver o material necessário, pelo contrário, poderá seguir as
explicações do professor tirando apontamentos, ou sublinhando o manual.
Os assuntos da lição
Se tiver conhecimento do assunto que irá ser tratado na próxima lição, o aluno terá
toda a vantagem em preparar-se com antecedência.
Saber escutar
A atenção
A descoberta do essencial
Quando existe um manual adoptado, é mais fácil descobrir o essencial das matérias,
que aparecem organizadas no manual. Mas quando não existe manual, é muito mais
importante tirar bons apontamentos, conhecer o método do professor, interpretar
bem as palavras e ouvir até ao fim o que é dito na aula.
O aluno deve também escutar até ao fim as explicações do professor, mesmo que a
matéria não lhe agrade ou não concorde com o que está a ser dito.
O espírito crítico
O aluno deve reflectir e avaliar aquilo que escuta. Isto significa que as coisas não
devem ser aceites nem rejeitadas sem reflexão.
A reflexão crítica é um processo activo de aprendizagem e uma condição
indispensável para uma boa participação nas aulas.
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Participação
Fazer perguntas
Fazer perguntas é um bom processo de participação nas aulas. Mas elas devem ser
interessadas, concretas e oportunas.
Tirar apontamentos
O normal é fixarmos cerca de 20% do que apenas ouvimos. A única técnica que
permite não perder o que se escuta é escrever apontamentos. É muito importante
possuir nas aulas um caderno onde estes apontamentos possam ser registados. O
bom aluno tem orgulho nos seus apontamentos e conhece as vantagens dos
apontamentos bem organizados, sobretudo na altura das avaliações.
Seleccionar
Se existe um manual que contém o essencial da matéria, bastará anotar aquilo que
completa ou clarifica o que está escrito. Para tal podem fazer-se anotações no
próprio manual (isto implica, evidentemente, saber antecipadamente o que lá está
escrito). Se não existir um manual, torna-se importante escrever o mais possível,
centrando a atenção nas ideias, e não nas palavras do professor.
Existindo ou não um manual, o aluno não deve deixar nunca de anotar:
• Esquemas (quadros, gráficos, desenhos que resumem o essencial).
• Definições, fórmulas, sínteses e comentários feitos pelo professor (estes
elementos dão pistas sobre os elementos mais valorizados nos testes , por
exemplo).
• Indicações bibliográficas.
Trabalho em Grupo
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A realização do trabalho
Definir objectivos
Para que o trabalho possa ser realizado com êxito é necessário que o grupo
estabeleça objectivos claros, que sejam compreendidos e aceites por todos os
elementos. Se necessário, esta clarificação de objectivos deverá ser feita com o
auxílio do professor.
Distribuir tarefas
Estabelecer regras
Relações Humanas
É muito importante cuidar das relações humanas, na aula ou fora dela, já que as
boas relações interpessoais favorecem a confiança mútua, a cooperação e a
produtividade do trabalho.
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O êxito dos grupos
O aluno que não faz uma adequada planificação do seu estudo é habitualmente
aquele se prepara apenas na véspera das provas. O estudo “à última hora” apesar
de resultar em algumas situações, não é de todo aconselhável uma vez que a
informação apenas fica registada na memória a curto prazo, e por pouco tempo.
Impede o seu utilizador de desenvolver as suas capacidades de relacionar,
compreender e aplicar conceitos e conhecimentos de forma inteligente. Diversas
disciplinas, entre as quais Matemática, Português, Ciências da Terra e da Vida,
Ciências Físico-Químicas, Inglês, Francês, não se compadecem com uma atitude
deste tipo.
Na verdade, no dia anterior à prova, deve descansar-se mais, pois o sono regular é
indispensável à concentração e à capacidade de raciocinar com clareza. Um aluno
cansado, tem tendência a precipitar-se, a dar respostas imediatas sem uma leitura
adequada das questões, encontra-se mais irritável e menos lúcido.
Outro conselho útil pode ser rever a matéria antes de dormir, uma vez que durante
o sono as interferências na memória serão menores. Isto, caso a prova ocorra de
manhã; caso ocorra durante a tarde ou à noite, é aconselhável rever novamente a
matéria no dia seguinte.
Factores essenciais a ter em conta na preparação para os testes:
• estudar com antecedência;
• identificar os pontos importantes da matéria;
• utilizar estratégias aprendidas (sublinhar, resumir, parafrasear, etc.);
• ler os resumos elaborados;
• elaborar listas de perguntas sobre a matéria, incluindo exemplos práticos,
factos, datas, etc.;
• anotar as dúvidas voltando a rever a matéria;
• clarificar as dúvidas com o professor ou outros;
• resolver testes ou exames antigos;
• responder a questões sobre a matéria;
• resolver problemas e efectuar exercícios de aplicação variados evoluindo no
grau de dificuldade.
As perguntas devem ser lidas com atenção. Muitas vezes o insucesso num teste
deve-se ao facto de o aluno não responder exactamente àquilo que lhe é pedido.
Assim, é necessário que o aluno saiba exactamente o que significam expressões
como: analisar, averiguar, comparar, avaliar, definir, estabelecer, explicar,
interpretar, justificar, descrever, enumerar, resumir, ilustrar, caracterizar, entre
outras.
Para dar uma boa resposta, o aluno deve identificar com clareza aquilo que lhe é
solicitado e responder sem fugir ao tema. Uma boa prova não é necessariamente
uma prova grande. Na avaliação é geralmente valorizado o essencial, não o
acessório ou os pormenores.
Para obter um bom desempenho nas provas de avaliação, além dos aspectos já
referidos, importa salientar os seguintes:
• Estudar de forma planeada, não deixando o estudo para a véspera;
• Proceder a uma cuidadosa revisão da matéria;
• Treinar respostas, resolver testes anteriores;
• Encarar a avaliação com confiança;
• Reflectir antes de responder, procurando captar o sentido exacto da pergunta;
• Responder de forma clara e segura;
• Evitar falar daquilo que não se domina bem;
• Não dar opiniões pessoais caso não tenham sido pedidas;
• Assumir as responsabilidades perante uma nota negativa;
• Aproveitar o aviso, caso as notas estejam baixas, para modificar os métodos
de trabalho.
Método de Estudo
Problemas
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Para não sucumbir ao stresse da avaliação, invista no planeamento: organize os
tempos de estudo, crie um ambiente que favoreça a concentração, estabeleça
objectivos específicos para cada sessão, treine estratégias de aprendizagem das
matérias. Evite, sobretudo, as «directas»: para além de um enorme cansaço,
provocam sentimentos de ansiedade e de insegurança, meio caminho andado para as
«brancas». Mantenha os ritmos a que se habituou no período de aulas, invista numa
alimentação equilibrada, durma no mínimo seis horas por noite. Se não tem nervos de
aço, não abuse dos estimulantes. Inicie o «estágio» quanto antes. Boa sorte!
Saber estudar
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relacioná-las com outras anteriores. O autoquestionamento é um método alternativo
também com bons resultados. Experimente colocar questões a si mesmo antes,
durante e depois da leitura de um documento: verá que passa a organizar
activamente a informação que vai recolhendo, clarificando o que não ficou
compreendido numa primeira leitura.
Não se esqueça que a identificação das dificuldades é meio caminho andado para a
sua superação. Não bloqueie no «não percebo nada». Promova sessões de estudo
com colegas mais à-vontade na matéria e dê voz às suas interrogações.
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Alimentar-se bem não significa comer muito ou escolher refeições pesadas. Evite as
gorduras em demasia e os pratos de confecção elaborada (guisados, por exemplo):
provocam sonolência e dificuldades de digestão. Qualquer dos efeitos afecta a
concentração.
A melhor bebida é a água. Beba-a sem limitações. Se não tiver problemas de peso,
pode alternar com sumos de frutos ou refrigerantes. As bebidas desportivas — ricas
em sais minerais e açúcar — podem ser uma boa alternativa para os serões.
Alimentam sem afectar o sistema nervoso.
Manter o ritmo
NÃO MUDE de hábitos durante este período e muito menos nos dias que antecedem
as provas. Se sempre estudou de dia, continue; se prefere a actividade nocturna,
mantenha-a. O psiquiatra Daniel Sampaio é adepto de um «ritmo de trabalho
regular». As «directas» estão definitivamente desaconselhadas.
Não abuse de estimulantes: café, chá preto, coca-cola, bebidas energéticas, devem
ser tomadas com moderação porque perturbam o sono. Evite experimentá-las em
vésperas de exames. Se precisa mesmo de estudar horas a fio, recorra a estimulantes
vegetais: o guaraná e o ginseng são menos prejudiciais do que a cafeína, considera o
médico Pedro Lôbo do Vale.
Mexa-se!
PRATICADO com conta, peso e medida, o exercício físico só traz vantagens: contraria
os malefícios do sedentarismo e ajuda a atenuar a ansiedade. Se é um fanático da
aeróbica ou de outras modalidades que promovem um dispêndio considerável de
calorias, modere os ímpetos. O cansaço extremo pode diminuir o rendimento
intelectual. Daniel Sampaio não aconselha sessões de ginásio após as 18 horas:
podem provocar insónias, pelo que estão contra-indicadas nas vésperas de exames.
Conselhos práticos para os que não cuidam do físico: procure mexer-se entre as
sessões de estudo. Ao fim de duas horas, quando a concentração começa a baixar,
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faça um intervalo. Vá passear o cão, dê umas voltas pela casa para desentorpecer os
músculos e desanuviar o espírito, dance durante uns minutos, pule à vontade.
Truques chineses
Pedro Choy avança alguns segredos e técnicas milenares que a população chinesa
põe em prática no dia-a-dia. Em frente ao espelho, procure o triângulo que protege o
orifício da orelha (ver imagem). Pressionando este ponto de forma rítmica (com o
indicador por dentro e o polegar por fora) poderá aumentar a sua capacidade de
aprender. Agora encontre o ponto que fica a meio caminho entre as sobrancelhas.
Com o polegar, faça movimentos de pulsação (compressão forte, ausência de
compressão) e de rotação (no sentido dos ponteiros do relógio e em sentido
contrário). A estimulação deste ponto tranquiliza e potencia a memorização e a
retenção da informação.
Outro ponto crucial: com a palma da mão para cima, procure as pregas do punho (que
separam a mão do antebraço). Trace uma linha recta imaginária que vem do ponto
que separa o dedo anelar do mínimo até esta prega. Está encontrado o ponto (ver
imagem) que, pressionado à porta da sala de exame, pode evitar uma «branca». É
também tranquilizante: os estudantes mais ansiosos vêem desaparecer os suores
frios. A pressão deste ponto deve alternar entre a pulsação e a rotação.
Existe ainda uma técnica simples de concentração que costuma facilitar tanto o
rendimento intelectual como físico: sentado numa cadeira estável, respire devagar,
feche os olhos e tente sentir o bater do coração nos dedos das mãos. Faça este
exercício durante cinco minutos. Vai sentir grande paz interior.
Vantagens do yoga
NÃO FOI por acaso que a Associação Lusa de Yoga (ALYO) promoveu sessões semanais
para os estudantes durante o mês de Maio. Aos sábados, entre as 10 da manhã e o
meio-dia, quem quisesse experimentar algumas das posições psicobiológicas do yoga
só tinha de dirigir-se à Alameda da Universidade, ao Campo Grande, em Lisboa. O
objectivo da iniciativa consistia em ensinar os alunos a superar a tensão que precede
as avaliações.
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Para António Pereira, director de uma das unidades da Rede Mestre DeRose em
Lisboa, o yoga — que se auto-intitula mais próximo da técnica milenar — proporciona
um «estado expandido de consciência», contribuindo igualmente para combater
esgotamentos, irritabilidade, insónias, situações que advêm do excesso de stresse.
«90% das pessoas sentem os efeitos de combate ao stresse logo na primeira
sessão de yoga bem conduzida», sublinha. Ao contrário do exercício físico, os
benefícios do yoga começam no sistema nervoso e endócrino, seguem para os órgãos
internos, para depois chegarem aos músculos e articulações. Reaprende-se a respirar
— a base da terapia. O professor aconselha a prática destes exercícios «sob
orientação» duas vezes por semana.
Sono reparador
DORMIR no mínimo seis horas é condição fundamental para obter bom rendimento
nas sessões de estudo e nas avaliações. Se é propenso a insónias e não consegue
dominar a ansiedade, procure os conselhos de um psiquiatra. Verá que não é caso
único.
Os adeptos dos produtos naturais poderão optar por suplementos à base de plantas
medicinais, como a erva-de-são-joão, a kava kava, o lúpulo ou a valeriana. Tisanas de
tília e camomila também exercem um efeito calmante.
INTRODUÇÃO
De acordo com BONOMA, 1985, o método do Estudo de Caso tem sido visto mais
como um recurso pedagógico ou como uma maneira para se gerar 'insights'
exploratórios, do que um método de pesquisa propriamente dito e isto tem ajudado a
mantê-lo nesta condição.
Mas, apesar das fraquezas e limitações apontadas, o Estudo de Caso tem tido um uso
extensivo na pesquisa social, seja nas disciplinas tradicionais, como a Psicologia, seja
nas disciplinas que possuem uma forte orientação para a prática como a
Administração, além de ser usado para a elaboração de teses e dissertações nestas
disciplinas. Mas, se o método é assim considerado, porque isto ocorre?
Uma das possíveis causas para isto, segundo YIN (1989) reside no fato de que a
afirmação de que este método é o irmão mais fraco dos métodos, pode estar errada
uma vez que, por ser utilizado como um método pedagógico, seu projecto, suas
limitações e fraquezas não sejam bem conhecidas enquanto método de pesquisa.
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O Método do Estudo de Caso é um método das Ciências Sociais e, como outras
estratégias, tem as suas vantagens e desvantagens que devem ser analisadas à luz
do tipo de problema e questões a serem respondidas, do controle possível ao
investigador sobre o real evento comportamental e o foco na actualidade, em
contraste com o carácter do método histórico.
Um ponto comum entre vários autores (GOODE, 1969, YIN, 1989, BONOMA, 1985) é a
recomendação de grande cuidado ao se planejar a execução do estudo de caso para
se fazer frente às críticas tradicionais que são feitas ao método.
1.1. Definição
O Método do Estudo de Caso " ... não é uma técnica especifica. É um meio de
organizar dados sociais preservando o carácter unitário do objecto social estudado"
(GOODE & HATT, 1969, p.422). De outra forma, TULL (1976, p 323) afirma que "um
estudo de caso refere-se a uma análise intensiva de uma situação particular" e
BONOMA (1985, p. 203) coloca que o "estudo de caso é uma descrição de uma
situação gerencial".
YIN (1989, p. 23) afirma que "o estudo de caso é uma inquirição empírica que
investiga um fenómeno contemporâneo dentro de um contexto da vida real, quando a
fronteira entre o fenómeno e o contexto não é claramente evidente e onde múltiplas
fontes de evidência são utilizadas". Esta definição, apresentada como uma "definição
mais técnica" por YIN ( 1989, p. 23 ), nos ajuda, segundo ele, a compreender e
distinguir o método do estudo de caso de outras estratégias de pesquisa como o
método histórico e a entrevista em profundidade, o método experimental e o survey.
O método, muitas vezes, é colocado como sendo mais adequado para pesquisas
exploratórias e particularmente útil para a geração de hipóteses (TULL, 1976 ) e isto
(YIN, 1989) pode ter contribuído para dificultar o entendimento do que é o método de
estudo de casos, como ele é desenhado e conduzido.
Ao comparar o Método do Estudo de Caso com outros métodos, YIN (1989) afirma que
para se definir o método a ser usado é preciso analisar as questões que são colocadas
pela investigação. De modo específico, este método é adequado para responder às
questões "como" e '"porque" que são questões explicativas e tratam de relações
operacionais que ocorrem ao longo do tempo mais do que frequências ou incidências.
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No caso do Método Experimental, as respostas a estas questões são obtidas em
situações onde o investigador pode manipular o comportamento de forma directa,
precisa e sistemática, sendo-lhe possível isolar variáveis, como no caso de
experimentos em laboratório. Ao fazer isto, deliberadamente se isola o fenómeno
estudado de seu contexto. (YIN, 1981).
De acordo com YIN (1989), a preferência pelo uso do Estudo de Caso deve ser dada
quando do estudo de eventos contemporâneos, em situações onde os
comportamentos relevantes não podem ser manipulados, mas onde é possível se
fazer observações directas e entrevistas sistemáticas. Apesar de ter pontos em
comum com o método histórico, o Estudo de Caso se caracteriza pela "... capacidade
de lidar com uma completa variedade de evidências - documentos, artefactos,
entrevistas e observações." (YIN, 1989, p. 19)
BONOMA (1985) ao tratar dos objectivos da colecta de dados, coloca como objectivos
do Método do Estudo de Caso não a quantificação ou a enumeração, "... mas, ao invés
disto (1) descrição, (2) classificação (desenvolvimento de tipologia), (3)
desenvolvimento teórico e (4) o teste limitado da teoria. Em uma palavra, o objectivo
é compreensão" (p. 206).
De forma sintética, YIN (1989) apresenta quatro aplicações para o Método do Estudo
de Caso:
1. Para explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito
complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias
experimentais;
2. Para descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;
3. Para fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção
realizada; e
4. Para explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não possuam
resultados claros e específicos.
O Método de Estudo de Caso, de acordo com TULL e HAWKINS (1976), não deve ser
usado com outros objectivos além do objectivo de geração de ideias para testes
posteriores pois factores como o "...pequeno tamanho da amostra, a selecção não
randômica, a falta de similaridade em alguns aspectos da situação problema, e a
natureza subjectiva do processo de medida se combinam para limitar a acuracidade
de um poucos casos" (p. 324).
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Apesar de ser uma forma distinta para a inquirição empírica, ele é visto como a forma
menos desejável do que a experimentação ou surveys. Segundo YIN (1989), isto
ocorre por razões como a grande preocupação sobre a falta de rigor das pesquisas de
estudo de caso, uma vez que, "... muitas vezes, o investigador de estudo de caso tem
sido descuidado e tem admitido evidências equivocadas ou enviesadas para
influenciar a direcção das descobertas e das conclusões".(YIN, 1989, p. 21)
Um outro aspecto levantado por GOODE e HATT (1967, p. 426), é que o "...perigo
básico no seu uso é a resposta do pesquisador ... que chega a ter a sensação de
certeza sobre as suas próprias conclusões". Mais à frente, estes autores colocam
também que "... cada caso desenvolvido como uma unidade assume dimensões
completas na mente do pesquisador. Ele passa a sentir-se seguro de poder responder
muito maior número de questões do que poderia fazer somente com os dados
registrados". Isto significa que o sentimento de certeza do pesquisador é grande e é
maior do que nos outros métodos de pesquisa e isto pode levar o pesquisador a
ignorar os princípios básicos do plano da pesquisa e, segundo GOODE e HATT (1967,
p. 427), o "resultado, naturalmente, é uma grande tentação de extrapolar, sem
garantia".
Ainda segundo GOODE e HATT (1967), a ocorrência deste sentimento de certeza pode
resultar no perigo de se negligenciar ou deixar de verificar fidedignidade dos dados
registrados, da classificação usada ou da análise dos dados. Aqui, é interessante o
comentário feito pelos autores:
"Como o pesquisador tende a frisar, ninguém conhece os dados tão bem quanto ele,
assim imagina que ninguém poderia verificar apropriadamente seu trabalho. Além
disto, a colega de dados é uma actividade que exige tempo, e é difícil encontrar
outros que estejam dispostos a estudar os casos tão completamente."¹
Uma outra preocupação em relação a este método (YIN, 1989) é o fato dele fornecer
pequena base para generalizações científicas uma vez que , por estudar um ou
alguns casos não se constitui em amostra da população e, por isto, torna-se sem
significado qualquer tentativa de generalização para populações.
É também uma preocupação frequente com este método é queixa de que "... eles
tomam muito tempo e resultam em um documento volumoso e de difícil leitura" (YIN,
1989, p 21.), o que nos parece, dificulta o entendimento e a compreensão.
Com relação a estas considerações, concordamos com YIN (1989) quando ele afirma
que bons estudos de caso são difíceis de serem realizados e que um dos principais
problemas a isto relacionado refere-se à dificuldade de se definir ou testar as
habilidades de um investigador para a realização de um bom estudo de caso.
Mas estes problemas podem ser contornados. YIN (1989) e GOODE & HATT (1967),
propõem algumas medidas para que se possa obter um bom estudo de caso:
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2. Ao se fazer generalizações, da mesma maneira que nas generalizações a partir
de experimentos, fazê-las em relação às proposições teóricas e não para
populações ou universos (YIN, 1989).
3. Planejar a utilização, tanto quanto possível, da "...técnica do código qualitativo
para traços e factores individuais que são passíveis de tais classificações. Se
usar categorias como 'egoísta' ou 'ajustado' ... desenvolverá um conjunto de
instruções para decidir se um determinado caso está dentro da categoria e
estas instruções devem ser escritas de maneira que outros cientistas possam
repeti-las"( GOODE & HATT, 1969, p. 428-429). Estes autores recomendam que,
por segurança, as classificações feitas sejam analisadas por um conjunto de
colaboradores que atuarão como "juizes da fidedignidade mesmo das
classificações mais simples".(ibid., p. 429).
4. Evitar narrações longas e relatórios extensos uma vez que relatórios deste tipo
desencorajam a leitura e a análise do estudo do caso.
5. Proceder selecção e treinamento criteriosos dos investigadores e assistentes
para assegurar o domínio das habilidades necessárias à realização de Estudo de
Caso.
Isto significa, a nosso ver que, a elaboração do projecto de pesquisa tem uma
influência directa sobre os resultados a serem obtidos e a validade das conclusões
tiradas do trabalho e ele serve de guia para todo o trabalho do investigador.
Isto é coerente com que nos apresentam NACHMIAS e NACHMIAS (apud, YIN, 1989),
quando descrevem o projecto de pesquisa como sendo uma planta que "... guia o
investigador no processo de colecta, análise e interpretação das observações. É um
modelo lógico que conduz o pesquisador ao formular inferências a respeito das
relações causais entre as variáveis em observação ... e define... se as interpretações
obtidas podem ser generalizadas para a população maior ou para situações
diferentes".(p. 28-29).
O projecto de pesquisa endereça quatro problemas: (1) que questões devem ser
estudadas, (2) que dados são relevantes, (3) que dados devem ser colectados e (4)
como se deve analisar os resultados. O projecto de pesquisa, se correctamente
elaborado irá ajudar o investigador a evitar as situações onde as evidências não
endereçam as questões inicialmente colocadas. Visto desta forma, o projecto de
pesquisa é um trabalho, como veremos, bem mais completo do que um plano de
trabalho e ele lida com os aspectos lógicos da pesquisa e não com os aspectos
logísticos dela.
25
com cuidado e rigor pois darão sustentação ao processo de pesquisa e guiarão o
investigador em seu trabalho, ajudando-o a se manter no rumo decidido. São eles:
A unidade de análise está relacionada com a definição do que o caso é e ela pode ser
um indivíduo, uma decisão, um programa, pode ser sobre a implantação de um
processo e sobre uma mudança organizacional. A definição da unidade de análise
está ligada à maneira pela qual as questões de estudo forma definidas.
26
colectados e para a definição das estratégias para a sua análise, possibilitando-lhe
fazer contribuições/generalizações para a teoria maior (YIN, 1989).
O investigador elabora, então, um modelo preliminar que servirá de base tanto para
determinar os vieses iniciais e os esforços necessários para eliminá-los quanto para o
desenho do projecto de pesquisa.
Este estágio ocorre do meio para o final do projecto de pesquisa do estudo de caso.
Neste estágio, o investigador já possui um modelo sugerido das possíveis
generalizações para teste e uma boa compreensão dos factores sob os quais as
observações de campo poderão ser agrupadas e pode desejar avaliar as suas
predições/proposições iniciais.
Neste estágio, o investigador pode colher informações sobre outros casos que foram
investigados em outras situações ou localidades, mas que sejam consistentes, para
testar generalizações. (BONOMA, 1985).
27
2.2.4. - Estágio de Desconfirmação
BONOMA (1985), ao formatar e propor este processo afirma que estes estágios não
são hierarquizados mas estão em uma evolução interactiva cujo objectivo é a busca
da compreensão, mais parecida com a que é encontrada nos métodos dedutivos.
Considerando que o projecto de pesquisa deve ser uma proposição lógica, sua
qualidade deve ser analisada também por critérios lógicos e, de acordo com YIN
(1989), quatro testes, referentes a Validade e a Confiabilidade são relevantes.
2.3. 1. - Validade
De acordo com SYKES (1990), o termo validade é usado em uma grande variedade de
sentidos nos debates sobre a pesquisa quantitativa. A sua mais importante distinção
está em seu uso referindo-se ao tipo e precisão da informação obtida das amostras
individuais, sejam elas indivíduos ou grupos e a avaliação da validade deve ser feita à
luz do propósito do trabalho de investigação.
2.3.2. - Fidedignidade
Para que isto seja possível, é condição necessária que os procedimentos do estudo a
ser repetido estejam devidamente documentados e, para facilitar este processo, o
investigador deve projectar o maior número de estágios possíveis.
YIN, 1989, apresenta quatro tipos de 'designs', resultantes de uma matriz de dupla
entrada, considerando o número de casos envolvidos no projecto - um caso ou
múltiplos casos - e a unidade de análise - holística ou encaixada (ver também
CAMPOMAR, 1991).
Neste aspecto, uma questão que tem sido levantada é a relativa à validade do estudo
de um único caso. YIN, 1989, salienta que, por exemplo, se o caso estudado
representa um caso crítico ele irá afectar directamente uma teoria bem formulada,
servindo de teste para confirmá-la, desafiá-la ou até mesmo ampliá-la. O caso pode
representar também um caso extremo ou único ou pode se tratar de um caso
revelador que não era possível de ser investigado anteriormente e, desta forma se
constituírem objectos válidos para estudo.
Contudo, este autor salienta que as evidências dos casos múltiplos são reconhecidas
como mais fortes do que as evidências de caso único.
29
Um investigador, para conduzir com sucesso um estudo de caso deve ser possuidor
de habilidades que o habilitem para tal. Colwell (1990) apresenta um resumo do
estudo de alguns autores (Axelrod, 1976; May, 1978; Calder, 1977; Berent, 1966;
WELL, 1974 e R&D sub Committee, 1979) sobre as habilidades que um investigador
deve possuir para ser bem sucedido na condução de um estudo qualitativo. Destas
habilidades, segundo YIN (1989), as mais comumente encontradas são:
• Habilidade para ouvir e não se deixar prender pelas suas próprias ideologias e
percepções;
• Habilidade para adaptar-se e ser flexível para que possa ver as novas situações
encontrada como oportunidades e não ameaças;
• Firme domínio das questões em estudo.
Isto deverá actuar como facilitador para a colecta de dados, possibilitará a colecta
dentro de formatos apropriados e reduzirá a necessidade de se retornar ao local onde
o estudo foi realizado.
A condução de um estudo piloto é de extrema importância e a ele deve ser dada mais
recursos do que à fase de colecta de dados do caso real (YIN, 1989. p. 80) pois, se
concluir com sucesso a condução do estudo piloto, a probabilidade de sucesso na
condução do estudo do caso real será bastante elevada.
4.1. - Documentação
O uso da documentação deve ser cuidadoso pois, segundo YIN (1989), eles não
podem ser aceitos como registros literais e precisos dos eventos ocorridos e seu uso
deve ser planejado para que sirva para corroborar e aumentar as evidencias vindas
de outras fontes.
Eles nos ajudam a estabelecer com clareza os títulos e os nomes das organizações
mencionadas e inferências podem ser feitas a partir da análise da qualidade dos
registros e dos documentos, como por exemplo, definir para quem determinados
memorandos eram enviados e assim por diante (YIN, 1989, p. 86).
31
4.2. Dados Arquivados
Um cuidado a ser tomado é que, apesar de estes dados geralmente serem precisos,
sua existência, por si ó, não são garantia de precisão e acurácia. Por causa disto, é
sempre necessário que o investigador faça cruzamentos antes de chegar a
conclusões.
4.3 Entrevistas
Esta é uma das fontes de dados mais importantes para os estudos de caso, apesar de
haver uma associação usual entre a entrevista e metodologia de 'survey' (YIN, 1989).
A entrevista, dentro da metodologia do Estudo de Caso, pode assumir várias formas:
De forma geral, as entrevistas são uma fonte essencial de evidências para o estudo
de Caso (YIN, 1989), uma vez que os estudos de caso em pesquisa social lidam
geralmente com actividades de pessoas e grupos. O problema é que isto pode sofrer
a influência dos observadores e entrevistadores e, por isto, podem ser reportadas e
interpretadas de acordo com as idiossincrasias de quem faz e relata a entrevista. Por
outro lado, os respondentes bem informados podem fornecer importantes insights
sobre a situação. Ao se considerar o uso das entrevistas, portanto, deve-se cuidar
para que estes problemas não interfiram nos resultados provendo treinamento e
habilitação dos investigadores envolvidos.
32
Este é um tipo especial de observação, na qual o observador deixa de ser um
membro passivo e pode assumir vários papéis na situação do caso em estudo e pode
participar e influenciar nos eventos em estudo.
Este é um método que tem largo uso nas pesquisas antropológicas sobre diferentes
grupos culturais e pode prover certas oportunidades para a colecta de dados que
podem dar ao investigador acesso a eventos ou informações que não seriam
acessados por outros métodos.
Yin (1989) aponta que é necessário, para se fazer esta análise, se ter uma estratégia
geral para a análise. "O objectivo final da análise é o de tratar as evidencias de forma
33
adequada para se obter conclusões analíticas convincentes e eliminar interpretações
alternativas". (YIN, 1989, p. 106).
Distinção entre Notas e Narrativas - isto deve ser feito para evitar deixar-se levar
por narrativas bem elaboradas feitas para relatar entrevistas individuais, reuniões
específicas, actividades, sumários de documentos ou de relatórios individuais, que
pela sua redacção podem influenciar a análise das evidências. Ater-se aos fatos é a
melhor alternativa.
34
Tabulação dos Eventos Significativos - se o investigador fez uso de categorias ou
códigos, conforme sugerido por GOODE & HATT (1969), ele poderá usar métodos
para tabular estes dados quantificados. A armadilha existente, segundo YIN (1981)
ocorre quando o investigador usa categorias que são muito pequenas e muito
numerosas, pois elas criarão dificuldades para o analista. Os dados quantitativos
devem reflectir os eventos mais importantes do Estudo de Caso.
De acordo com YIN (1989), nenhuma destas estratégias é de uso fácil e "nenhuma
pode ser aplicada mecanicamente, seguindo uma receita de bolo" ( p. 125). A análise
das evidências é o estágio mais difícil de ser realizado e vale ressaltar aqui a
necessidade de se tomar os cuidados necessários, desde a fase de elaboração do
plano de trabalho, para se evitar os perigos e as críticas que são feitas ao Estudo de
Caso (Ver GOODE & HATT, 1969; YIN, 1989 e TULL & HAWKINS, 1976, por exemplo).
VI - A ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO
Normalmente, os relatórios de Estudo de Caso são longas narrativas que não seguem
uma estrutura planejada, difícil tanto de ser redigida quanto de ser lida. Ao se
elaborar o relatório, a primeira coisa a fazer é elaborar um esquema conceitual claro
que irá orientar todo o trabalho de redacção.
VII - CONCLUSÃO
Sumário
• 1 - Tipos de Memória
• 2 - Fases da memorização
• 3 - Memorização: Vantagens e Desvantagens
• 4 - Factores influenciadores
• 5 - Técnicas de memorização
Introdução
Na maioria dos casos, apenas a leitura de um texto não é suficiente para possuir
conhecimentos, especialmente em matérias tão exigentes em termos de memória
como a química ou a medicina. Uma leitura pode dar uma boa imagem inicial do
tema, mas é necessário algo mais.
Muitas vezes não se resume tudo apenas à memorização. Certas matérias realmente
requerem uma grande dose de memorização de termos, relações e reacções. Mas
outras, de natureza bastante diversa exigem a compreensão, como é o caso da
matemática, dado que é impossível decorar a resolução de um exercício, antes é
necessário compreender como se atinge a solução para que se consiga reproduzir o
mesmo tipo de processo mas adequado a uma situação diferente. O mesmo acontece
com muitos outros ramos e áreas.
Na maior parte dos casos, podemos dizer que em todas as profissões é necessário
decorar em primeiro lugar algumas noções e relações básicas e posteriormente é
necessário compreender as excepções, os casos que se apresentam diariamente e
que requerem mais do que uma simples récita do que se aprendeu. Exigem uma
interpretação e uma adaptação. Daí que para o estudo de todas as matérias se
comece sempre pelo mais monótono para depois se atingir o que se verifica ser um
desafio.
Por isso, não é talvez correcto pensar que exista um dilema entre a memorização e
compreensão relativamente ao melhor método de estudo pois, na verdade, é
necessária uma combinação de ambos para permitir o sucesso da aprendizagem.
36
1 - Tipos de Memória
• Memória automática
Esta é a memória que se relaciona com os hábitos que possuímos e com a utilização
que damos a certas informações que necessitamos todos os dias. A esta memória
apela algo tão básico como conduzir, mas também certas coisas como números de
telefone. Quando se utiliza um determinado número todos os dias, é natural que ao
fim de algum tempo ele fique na memória e já não seja necessário consultar a agenda
telefónica. Daqui se retira a ideia de que a prática e a repetição são fundamentais
para a memorização de tal maneira que a este nível a informação que pretendemos
aparece-nos sem que tenhamos que fazer qualquer esforço para a lembrar.
• Memória afectiva
• Memória cognitiva
2 - Fases da memorização
a – Estabelecimento de objectivos
b – Selecção
37
c – Elaboração de materiais de trabalho
Estas técnicas serão aprofundadas em seguida, mas existem diversos tipos, com
diferente duração e aplicabilidade a cada caso.
e – Revisão
As técnicas de memorização são talvez as mais fáceis de aprender e explicar pois a compreensão depende
não tanto de técnicas mas sim de ginástica mental, em que só uma prática da matéria específica fornece os
instrumentos necessários para a apreensão dos conhecimentos.
Vantagens:
Desvantagens:
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• é uma técnica de aprendizagem muito intensa, que causa bastante cansaço.
•
4 - Factores influenciadores
• Ligações afectivas
• Utilidade
• Compreensão
• Esquematização e Visualização
A memória funciona muitas vezes como uma impressão que se tem de algo estudado
anteriormente. Assim, como numa fotografia, é mais fácil lembrarmo-nos da
localização de um determinado tópico na página em que o inserimos do que das
explicações que se inseriam dentro desse tópico.
Quando lemos um jornal, aquilo que fixamos mais facilmente são as fotografias e os
títulos que nos chamam mais a atenção. Por esse motivo, quando se elaboram
apontamentos se deve ter o cuidado de fazer uma apresentação muito apelativa e
organizada, e se possível gráfica, para que seja mais fácil a memorização dos
conceitos.
• Necessidade e urgência
39
Quando um exame se aproxima, é mais urgente memorizar a matéria que nele se
insere, mas também a maior pressão faz com que esse estudo tenha menor eficácia e
dure menos. Por isso, uma memorização e compreensão com uma certa antecedência
é mais benéfico para aplicações futuras dos conceitos estudados.
5 - Técnicas de memorização
• Repetição
• Imagens mentais
Esta técnica baseia-se na ideia da memória fotográfica. Para as pessoas que tenham
maior facilidade em decorar imagens, aconselha-se o recurso a páginas de
informação estruturada e extremamente visual que provoque uma impressão forte na
memória e obrigue a uma recordação exacta.
A grande desvantagem deste método é não poder ser aplicado a todas as matérias,
mas apenas àquelas que tenham uma maior adaptabilidade a este tipo de estrutura.
• Palavras-chave
• Elaboração progressiva
40
Por vezes pode ser útil encadear as informações de tal maneira que elas sigam uma
ordem lógica que nos permita recordar as informações que elas encerram. Esta
técnica mostra-se bastante útil para descrever processos, mas para enumerar listas
de características ou outras informações que pretendemos decorar, não é muito útil,
devido à dificuldade de encadear os diferentes dados.
Algumas pessoas têm uma maior facilidade em recordar números do que palavras, o
que pode ser comprovado, por exemplo, com os números de telefone. Para essas
pessoas, a codificação de um conjunto de informações em números pode ser a forma
mais fácil de adquirir todos esses dados. No entanto, esta técnica encerra também
outros problemas como o excesso de codificação que pode tornar as mensagens um
conjunto de informações sem sentido e de memorização ainda mais difícil.
Muitas pessoas têm também maior facilidade de decorar um processo ou dados como
os elementos da tabela periódica, se estes formarem, com as suas iniciais uma
palavra fácil de memorizar e com sentido. No entanto, também este método tem
problemas pois a partir das iniciais apenas, muitas vezes é difícil lembrar quais as
palavras que pretendem representar.
• Rimas e jogos
O ensino de crianças passa muitas vezes por rimas e jogos, que se tornam fáceis
instrumentos de memorização. Por exemplo, certas rimas para decorar o nome dos
meses e do número de dias que os compõem ou mesmo o ritmo que se imprime à
tabuada para que quase se assemelhe a uma cantiga são formas de memorização
mais fáceis de implementar. Este tipo de métodos muitas vezes recorre a palavras
que soam a outras e que têm um sentido caricato na frase, o que faz com que a
memória os fixe mais facilmente pois apela á sua componente afectiva. Para matérias
mais complexas, é, no entanto, difícil de aplicar e geralmente baseia-se em jogos
tradicionais, que não incluem muitas das novas matérias a estudar.
Elaboração de Apontamentos
41
• Dificuldade de memorização - quase sempre é difícil recordar com precisão
os procedimentos que nos foram ensinados e até que se atinja um nível de
prática suficientemente grande, é necessário consultar as notas pois a nossa
memória é falível e por vezes distorce mesmo as informações.
•
• Ganhos de tempo quando se fazem notas sobre um livro ou sobre uma aula
ou reunião, elas apresentam-nos a informação que necessitamos de uma forma
muito mais abreviada e sintética; os estudantes utilizam os apontamentos para
resumir a matéria de um ano inteiro em algumas páginas para que seja mais
fácil e rápido o estudo, não recorrendo às sebentas, que por vezes possuem
muita informação ainda em bruto ou com detalhe excessivo.
•
• Maior atenção - quando existe uma preocupação em tirar notas de uma aula
ou de um livro, naturalmente que a atenção para o assunto é muito maior
porque por um lado é necessário seleccionar o mais importante e por outro lado
é também fundamental ouvir ou ler bem para não registar falsas informações.
•
• Acumulação de conhecimentos - a construção de apontamentos permite
criar uma base de conhecimentos e de ideias que facilitarão a compreensão de
matérias mais avançadas, eliminando a necessidade de aprender tudo à última
hora e tornando mais fácil o estudo para os exames.
•
• Formação - o treino que se obtém construindo apontamentos vai permitir que
estes sejam cada vez mais úteis, compreensíveis e rápidos; a prática vai fazer
com que o conjunto de sinais convencionados se alargue e que seja utilizado
com tanta naturalidade que já se inseriu no quotidiano de quem os utiliza.
2 - Esquemático
Este método é bastante útil para certo tipo de assuntos que se prestem a um
tratamento tão específico, mas também pode ser adaptado com alguma imaginação à
maioria das matérias. Exige, no entanto uma capacidade de síntese, de compreensão
dos factores mais importantes e de possuir a ideia geral para que se possa planear a
estrutura a elaborar.
Muitas vezes os próprios professores planeiam estas estruturas que apresentam aos
seus alunos para que estes possam mais facilmente identificar o que é importante. A
grande desvantagem deste método é realmente implicar uma dose de
esquematização muito grande à qual nem todas as pessoas ou assuntos se prestam.
3 - Palavras chave
42
Podem ser utilizados para aulas uma vez que a síntese é muito importante e o
professor raramente fala suficientemente devagar para permitir a recolha de notas
mais pormenorizadas. Se se retirar o fundamental da aula através de algumas
palavras-chave, posteriormente, e com o auxílio da bibliografia aconselhada é
possível reconstruir a maior parte do discurso através das ideias registadas.
Também para a elaboração de resumos de livros esta técnica é bastante útil pois
permite individualizar imediatamente aquilo de que trata sem que se tenha de
descrever exaustivamente o conteúdo, facultando a leitura da parte que se deseja. No
entanto esta técnica tem desvantagens pois peca por ser demasiado resumida e por
dar uma noção incompleta do assunto.
Este método não deve ser utilizado para fazer apontamentos de estudo mas sim
apontamentos iniciais. Para pessoas com uma boa memória e que a partir de algumas
palavras consigam recordar-se do assunto é útil, mas para aquelas que se esquecem
facilmente, algumas palavras podem não ser suficientes para servir como base para
raciocínio.
4 – Resumos
Este processo implica geralmente que seja feito imediatamente a seguir às aulas ou
leituras efectuadas ou numa pausa. Implica um texto estruturado e correcto do ponto
de vista gramatical. A estrutura utilizada exige um maior esforço de elaboração de
um texto.
5 - Tópicos
A ideia subjacente a este conceito é resumir em frases curtas uma ideia expressa
numa exposição oral de alguns minutos ou de um capítulo de um livro. É uma forma
mais longa mas talvez mais compreensível de registar apontamentos pois embora
demore mais tempo é mais clara do que a simples utilização de palavras-chave.
Pode ser utilizado em conferências onde não temos uma ideia muito clara da matéria
ensinada ou em livros mais técnicos e de difícil compreensão. Servem, no entanto
objectivos um pouco mais limitados uma vez que podem não abarcar todos os
conceitos expostos assim como a sua explicação.
43
É também particularmente útil para pessoas que tenham maior facilidade em
compreender e elaborar o seu raciocínio através de um mote e não apenas de
palavras soltas.
5 - Preparação
• Suporte - o suporte de escrita a utilizar deve ser durável, isto é, não devem ser
utilizadas folhas soltas que se perdem facilmente e se podem misturar; é
sempre mais vantajoso possuir um caderno onde as informações são ordenadas
e compactadas, sendo fácil encontrar aquilo que se procura.
• Relembrar - quando nos preparamos para assistir a uma aula, ler um livro
técnico ou participar numa reunião, é boa política perder alguns momentos a
reler o que foi aprendido anteriormente ou os conceitos mais importantes por
detrás da matéria a iniciar para que a compreensão seja mais rápida e para que
não se perca tempo durante a escrita à procura de uma ideia que não ficou
muito clara.
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Bons apontamentos são aqueles que possuam um determinado número de
características que permitam a sua correcta e eficiente utilização. Podemos identificar
algumas destas características.
Pessoais - as notas são registadas em primeiro lugar para si próprio, daí que devam
obedecer aos esquemas mentais do seu escritor para se tornarem compreensíveis
para este; cada pessoa deve desenvolver a sua forma própria de fazer apontamentos
pois só assim poderá fazê-lo utilizando todo o potencial que possui.
Curtos - quanto mais reduzidos forem os apontamentos mais estarão a realizar a sua
tarefa de simplificar e auxiliar o estudo. Embora tudo o que é essencial deva ser
incluído, também é indispensável eliminar o supérfluo, para que as notas não fiquem
difíceis de ler e pouco eficientes.
É pois necessária uma pesquisa e uma leitura atenta dos apontamentos, seguida de
uma consulta aos colegas ou ao professor quando um assunto não ficou devidamente
esclarecido. Para isso é importante deixar espaços quando se elaboram os
apontamentos de modo a colocar as observações e dúvidas no local em que elas são
mais apropriadas. Também é nesta fase posterior que se procuram encontrar
45
exemplos para as teorias e assuntos debatidos para comprovar ou refutar aquilo que
foi exposto.
Por outro lado, uma tarefa de estruturação e embelezamento pode também ser útil
nesta fase, quer para tornar mais fácil a leitura, quer para ter a certeza de que os
conhecimentos ficaram devidamente registados e assentes. Para isso recomenda-se
uma divisão em partes, capítulos e sub-capítulos com o uso de sublinhados e cores
diversas que chamem a atenção para as palavras-chave, para as divisões e para os
assuntos mais importantes.
Por fim, o estudo e leitura das notas deve ser feito com toda a atenção e segundo as
necessidades podendo servir de base para a realização de exercícios ou experiências
ou como ponto de partida para o estudo de uma disciplina, permitindo um
conhecimento geral que poderá eventualmente ser mais aprofundado através da
bibliografia recomendada.
Para fazer apontamentos e notas, é necessário utilizar técnicas de escrita básica que
se baseiam numa escrita de tipo telegráfico em que se anulam os artigos e a maior
parte dos verbos de forma a registar rapidamente as ideias.
Sintetizando tudo aquilo que foi exposto anteriormente, podemos incluir alguns
conselhos finais que poderão ajudar os estudantes e profissionais na realização dos
seus apontamentos.
Não abusar das abreviaturas - um texto com excesso de abreviaturas pode até
tornar-se um enigma para o seu responsável daí que estas devam ser limitadas ao
nível útil;
46
O conteúdo interessa mais do que a forma - apesar de se pretender que os
apontamentos sejam o mais apelativos possível, é ainda mais importante a matéria
que eles incluem; as preocupações com a forma têm que ser relegadas para segundo
plano e reservadas para o período após a comunicação;
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