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ANÁLISE GRAVIMÉTRICA.

Introdução:
Análise gravimétrica é um método macroscópico que envolve amostras relativamente
grandes em comparação com outros procedimentos analíticos quantitativos
Gravimetria trata-se da obtenção, por tratamento químico da substância sob análise, e da
pesagem de um composto do elemento na forma mais pura possível. As determinações
gravimétricas tradicionais tratam da transformação do elemento, íon, ou radical, a ser
determinado, em uns compostos puros e estáveis, adequados para pesagem direta, ou que
possa ser convertido em outra substância química que possa ser quantificada sem muita
dificuldade.A massa do elemento, original pode, então, ser calculada a partir da fórmula do
composto e das massas atômicas relativas de seus elementos.
Os procedimentos gravimétricos tradicionais são essencialmente manuais e trabalhosos,
sendo, em geral, demorada a análise gravimétrica, tendo, porém tais vantagens:
 Acurada e precisa se forem usadas balanças analíticas modernas.
 Facilidade na identificação de possíveis fontes de erros. Porque os filtrados podem
ser testados para avaliar o término da precipitação e os precipitados podem ser
analisados quanto à presença de impurezas.
 É um método absoluto, isto é, envolve uma medida direta, sem necessidade de
calibração.
 As determinações podem ser feitas com aparelhagem relativamente barata. Os itens
mais caros são os fornos elétricos e os cadinhos de platina
É possível obter alto grau de acurácia e, mesmo nas lições normais de laboratórios, alcançar
resultados redutíveis com margem de 0.3 a 0.5%. Existem duas principais aplicações dos
métodos gravimétricos:
 Análise de padrões, para no teste e calibração de técnicas instrumentais.
 Análise de alta precisão. O tempo necessário para análise gravimétrica, entretanto,
limita esta aplicação, a um número pequeno de determinações.

PRINCÍPIOS GERAIS DA ANÁLISE GRAVIMÉTRICA.

A base da análise gravimétrica é a pesagem de uma substância (constituinte separado da


amostra na forma de uma fase pura, com composição química bem definida) obtida pela
por precipitação, volatilização, eletrodeposição ou extração, sendo esta substância então
pesada, (no caso de precipitação). A partir da massa dessa última (sub-pesada). Acha-se a
massa do constituinte através de relações estequiométricas.
Na gravimetria por precipitação o constituinte a determinar é isolado mediante adição de
um reagente capaz de formar com aquele, um composto pouco solúvel. Os reagentes
orgânicos têm maior vantagem, por produzirem compostos, pouco solúveis normalmente
coloridos, de massas moleculares elevadas. Isto significa que se obtém uma quantidade de
precipitado maior, a partir de uma pequena quantidade de íons a determinar.
Uma classificação rígida dos reagentes orgânicos é difícil, porém, os mais importantes são
os que formam quelatos complexos, com um ou mais anéis (normalmente de 6 átomos,
incluindo o íon metálico). A formação de anéis aumenta consideravelmente a estabilidade.
Pode-se classificar estes reagentes levando em consideração o número de prótons
deslocados de uma molécula neutra durante a formação do anel. A aplicação dos reagentes
orgânicos na análise baseia-se no estudo da constituinte de formação do composto
coordenado (que é uma medida de sua forma de estabilidade dos complexos e dos
equilíbrios de precipitação envolvidos, particularmente na produção de quelatos neutros).
Nem sempre o constituinte pode ser pesado na mesma forma química de precipitação, as
vezes o precipitado resultante pode ser pesado após secagem na temperatura adequada. Em
outros casos a composição do precipitado tem de ser convertida (por calcinação), ao óxido
metal. Em poucos casos pode-se usar um método titrimétrico que utiliza o complexo
orgânico precipitado quantitativamente.
São três os fatores que determinam o sucesso de uma análise por precipitação:
1. O precipitado deve ser insolúvel o bastante para que não ocorram perdas apreciáveis
na filtração. A quantidade de analito que permanece na solução não deve exceder
0.1mg, o limite de secção das balanças analíticas comuns. Na análise faz-se uso de
excesso de precipitante, a solubilidade do precipitante é reprimida por efeito do íon
comum.Este excesso deve ser, entretanto, usado sob controle, a fim de eletrólitos
inertes e de formação de complexos, sobre a solubilidade dos precipitados.
2. O precipitado deve ser separado facilmente da solução por filtração e pode ser
lavado para a eliminação completa das impurezas solúveis.Estas condições exigem
que as partículas não atravessem o meio filtrante e que o tamanho das partículas não
seja reduzido durante a lavagem.Usa-se técnicas usuais de filtração através de papel
ou cadinhos filtrantes. Um precipitado constituído de grandes cristais pode ser
recolhido sobre um material filtrante bastante poroso e a operação é rápida, porém,
um sólido finamente dividido requer um material filtroso denso, a operação será
mais lenta.
3. O precipitado deve poder ser convertido em uma substância pura de composição
química definida. Isto pode ser conseguido por calcinação ou por uma operação
química simples, como a evaporação de uma solução apropriada.
Às vezes é necessário coagular ou flocular a dispersão coloidal de um precipitado
sólido finamente dividido para permitir a filtração e impedir a repeptização durante a
lavagem. Propriedades de colóides são, em geral, típicas de substâncias em que o
tamanho das partículas varia entre 0.1nm e 1nm. O papel de filtro quantitativo comum
retém partículas de diâmetro de até 10-2nm ou 10nm. Por isto, as soluções coloidais
comportam-se como soluções verdadeiras e não podem ser filtradas( o tamanho das
moléculas é da ordem de 0.1nm ou 10-8cm)
Outra dificuldade que pode ocorrer é a supersaturação. A concentração do soluto em
uma solução supersaturada é maior do que o esperado para situação de equilíbrio em
uma dada temperatura. É, portanto, um estado instável.O estado de equilíbrio pode ser
estabelecido por adição de um cristal do soluto puro( procedimento conhecido como
“semear”a solução) ou por estímulo so início da cristalização, por exemplo, raspando o
interior frasco.
Requisitos que atendam a forma de pesagem:

 Possuir uma composição perfeitamente bem definida. Somente assim a pesagem


final na determinação gravimétrica poderá servir de base para o cálculo do resultado
da análise.
 A forma de pesagem não deve ser inconvenientemente higroscópica.
 É desejável que o precipitado possa ser convertido na forma de pesagem a uma
temperatura relativamente baixa e, de outra parte, que a forma de pesagem suporte
temperaturas relativamente altas; então, a conversão do precipitado na forma de
pesagem poderá ser efetuada sem controle de temperatura.
 Por último, é conveniente que uma pequena quantidade do constituinte a determinar
origine uma quantidade relativamente grande da forma de pesagem. Chama-se fator
gravimétrico o número de gramas do constituinte contido em um grama da forma de
pesagem. Quanto menor o fator gravimétrico, menor a quantidade determinável do
constituinte, isto é, mais sensível o método.

Após a obtenção e filtração, o precipitado ainda precisa ser tratado. Além da água da
solução, o precipitado pode ter outros quatro tipos de água:

1. Água adsorvida, presente em todas as superfícies de sólido em quantidade


que depende da umidade da atmosfera.
2. Água ocluída, presente em soluções sólidas ou em cristais.
3. Água sorvida, associada a substâncias com óxidos hidratados.
4. Água essencial, presente como água de hidratação ou
cristalização(CaC2O4 .H2O ou Mg(NH4)Po4 ) ou como água de constituição,
formada durante o aquecimento (Ca(OH)2 __CaO +H2O
Além da produção de água, a calcinação de precipitado leva comunente à decomposição
térmica, envolvendo dissociação de sais em ácidos e bases como, por exemplo, a
decomposição de carbonatos e sulfatos. As temperaturas de decomposição dependem,
obviamente, da estabilidade térmica.
As temperaturas de secagem e calcinação dos precipitados para obtenção do composto
químico desejado podem ser determinada pelo estudo das curvas termogravimétricas de
cada substância.
Muitos dos problemas associados à análise gravimétrica podem ser superados através dos
seguintes procedimentos:
 A precipitação deve ser bem diluída, levando-se sem conta a solubilidade do
precipitado, o tempo necessário para a filtração e, também, as operações
subseqüentes com o filtrado. Isto diminui os erros devido a co-precipitação.
 Reagentes devem ser misturados lentamente, com agitação constante, para reduzir
supersaturação e facilitar o crescimento de cristais. Um pequeno excesso do
reagente é normalmente suficiente, porém em certos casos, é necessário usar um
grande excesso de reagente. A precipitação pode ser feita em condições que
aumentem a solubilidade do precipitado, reduzindo, assim, a supersaturação.
 Se a solubilidade e a estabilidade do precipitado permitirem, a precipitação deve ser
feita em soluções quentes. As soluções devem ser aquecidas até uma temperatura
ligeiramente inferior ao ponto de ebulição.
 Quando a temperatura é mais elevada a solubilidade aumenta e a supersaturação é
menos provável, a coagulação é favorecida, a velocidade de cristalização aumenta,
permitindo a formação de cristais mais perfeitos.
 O tempo de digestão dos precipitado cristalinos deve ser maior o possível. Deixe o
material em repouso, de preferência durante a noite, exceto em casos que pode
ocorrer pós-precipitação.Use, como regra, um banho-maria. Isto reduz o efeito de
co-precipitação e o precipitado resultante é filtrado mais facilmente. A digestão tem
pouco efeito sobre precipitados amorfos ou gelatinosos.
 O precipitado deve ser lavado com a solução de um eletrólito apropriado. Água pura
pode provocar peptização.
 Se devido à co-precipitação o precipitado estiver contaminado, pode reduzir o erro
dissolvendo-se o sólido em um solvente adequado e reprecipitando a quantidade de
impurezas presente na precipitação.
 Para evitar a supersaturação, costuma-se fazer a precipitação usando soluções
homogêneas.
Os métodos gravimétricos, em virtude da natureza das operações que eles envolvem,
são, em geral, de execução laboriosa e demorada. Além disso, a carência de reagentes
precipitantes específicos ou mesmo bastante seletivo faz com que, freqüentemente, a
precipitação do constituinte desejado tenha de ser procedida da separação prévia de
substâncias interferentes. De qualquer maneira, muitos métodos gravimétricos
conservam um grande valor como métodos finais de referência, suposto que permitam
separar quantitativamente o constituinte sob forma de uma fase sólida pura. Os métodos
gravimétricos são, em muitos casos, insubstituíveis quando se requer um elevada
exatidão.Não é raro um nível de exatidão correspondente à um erro relativo de 0.1%. A
faixa de aplicabilidade da análise gravimétrica é limitada pela sensibilidade da balança
analítica.
Os precipitados nem sempre possuem todas as propriedades desejáveis. Na prática, o
analista muitas vezes tem de lançar mão de formas de precipitação e de pesagem que
afastam consideravelmente das condições ideais. A exatidão dos métodos gravimétricos
é limitadas pela perda de material devido a solubilidade do precipitado no meio em que
se origina e no liquido de lavagem usado. A questão é tanto mais critica quanto mais
solúvel o precipitado.
DETERMINAÇÃO DO FERRO SOB A FORMA DE ÓXIDO DE
FERRO(III)

Discussão:
Uma certa quantidade de amostra de solo contendo Fe (II) e Fe (III) será tratada
seguindo a marcha analítica anteriormente proposta.Uma pequena quantidade será
pesada e solubilizada conforme pesquisa sobre os tipos de digestão.

A solução amostra contendo ferro (III) é tratada com um ligeiro excesso de solução
aquosa de amônia para precipitar o Fe2O3.x H2O, o precipitado não tem uma
composição estequiométrica definida, mas contém uma quantidade variável de água. O
Fe (II) é apenas parcialmente precipitado pela solução de amônia na presença de sais de
amônio, logo o Fe (II) presente na solução amostra deverá ser oxidado a Fe (III).

A equação para a precipitação do óxido de ferro (III) hidratado pode ser escrita
como:
[Fe(H2O)6]3+ + 3NH3 Fe(H2O)3(OH)3 + 3NH4+
Ou como
Fe3+ + 3NH3 + 3H2O Fe(OH)3 + 3NH4+

Por calcinação o óxido de ferro (III) hidratado produz óxido de ferro (III) que depois
de resfriado é pesado.

Interferentes:
 Al, Cr (III), Ti e Zr são também precipitados pela amônia ·
 Mn pode ser precipitado como óxido hidratado na presença de oxidantes
(mesmo o oxigênio atmosférico)
 Ânions como o arsenato, fosfato, vanadato e silicato formam compostos
insolúveis com o ferro em meio fracamente básico.
 Compostos hidroxi (como o glicerol e açucares), sais de hidroxiácidos
orgânicos (como ácidos cítrico, tartárico e salicílico), pirofosfatos e fluoretos alcalinos
podem formar sais complexos evitando a formação do hidróxido de ferro (III).
Principais etapas da análise gravimétrica do ferro (III)
CÁLCULOS EM ANÁLISE GRAVIMÉTRICA

Os cálculos realizados em gravimetria são relativamente simples, devendo ter-se


cuidado especial com a correspondência de unidades, de modo geral:
L kg
ml g

ETAPAS: Precipitação Filtração Lavagem Aquecimento Pesagem


*O analito é convertido em precipitado dificilmente solúvel.

Exercícios resolvidos

Exemplo 1: Determinação de ferro em solo

0,485g de uma amostra de solo contendo ferro (II) e (III), foi oxidada e o ferro (III).
precipitado como óxido de ferro hidratado (Fe2O3. xH2O). O precipitado depois de
filtrado, lavado e calcinado pesou 0,248g, com o ferro na forma de óxido (Fe2O3).
Qual o conteúdo de ferro (III) na amostra?

Passo 1 : Cálculo da massa de Fe+3


Dados do problema:
m amostra = 0,485g
m Fe2O3 = 0,248g
PM Fe = 55,847g
PM Fe2O3= 159,690g
Reações:

Amostra contendo

Fe+2 e Fe+3 + H+ Fe+3 + NH4OH Fe2O3. xH2O Fe2O3


(HNO3) (agente precipitante) (precipitado já calcinado)
digestão oxidação Fe+2 a Fe+3
Cálculo da massa de Fe+3
+3
2Fe Fe2O3
2moles de Fe+3 1mol Fe2O3
2 x PM Fe+3 1x PM Fe2O3
+3
m Fe m Fe2O3

mFe+3 =2x55,847x0,248
159,690
mFe+3 = 0,173

Passo 2: Cálculo da % de Fe+3 na amostra.


m amostra 100%
+3
m Fe % Fe+3
0,485 100%
0,173 % Fe+3
+3
% Fe =0,173x100 % Fe+3 = 35,67 %
0,485

Exemplo 2: Cálculo da % de ferro pelo fator gravimétrico(F.G.)


Tomando como base de cálculo os dados do Exemplo 1, calcule a % de ferro(III) na
amostra de solo.
Passo 1: Cálculo do fator gravimétrico
F.G. = PM substância pretendida x a (No mol do elemento na substância pesada)
PM substância pesada b (No mol do elemento na substância pretendida)
a e b são índices que tornam o peso molecular (PM) do numerador e do
denominador
quimicamente equivalentes

Fe+3 ; b=1 Fe2O3 ; a=2


F.G = 55,847 x 2 F.G.= 0,699
159,69 1
Passo 2: Cálculo da % de ferro (III) na amostra
% de analito, ou seja, a % Fe3+= massa do precipitado x F.G.x100
massa da amostra
3+
% Fe = 0,248 x 0,699 x 100
0,485 % Fe3+ = 35,74%
Exemplo 3: Determinação de cálcio em águas naturais

O íon cálcio é precipitado na forma do sal orgânico oxalato de cálcio (pouco


solúvel) com ácido oxálico H2C2O4. O precipitado CaC2O4 é coletado em papel de
filtro (este será convertido em CO2(gás) e H2O(vapor) pela ação oxidante do O2
atmosférico, sendo estes então eliminados), seco e aquecido até o rubro
(calcinação). O processo converte o precipitado quantitativamente para óxido de
cálcio (cal). O precipitado depois de calcinado é resfriado em dessecador e pesado.
Usa-se um cadinho previamente aquecido, resfriado e pesado para a ignição do
precipitado. O cálcio em 200mL de amostra de água natural foi determinado pela
precipitação do cátion como CaC2O4 . O precipitado foi filtrado, lavado e calcinado
em cadinho com massa de 26,600g. A massa do cadinho, mais o precipitado
calcinado (CaO PM=56,08g/mol) foi de 26,713g. Calcule a massa de cálcio
(PM=40.08g/mol) por 100mL de amostra de água.
Passo 1: Cálculo da massa de CaO

(massa cadinho + massa precipitado) - massa do cadinho = massa de CaO


26,713 - 26,600 = 0,113g
mCaO = 0,113g

Passo 2: Cálculo da massa de Ca presente no material calcinado:

CaO Ca+2
1mol de CaO 1mol Ca+2
1 x PM CaO 1x PM Ca+2
mCaO mCa
mCa = mCaOxPMCa+2
PMCaO
mCa = 40,08x0,113 mCa = 0,081 g (massa do Ca em 200 mL de amostra)
56,08
Passo 3: Cálculo da massa de Ca em 100 mL de amostra
mCa g 200 mL
x g 100 mL

x g = mCa x100mL
200 mL x g = 0,081x100 x g = 0,041 g (massa de Ca em 100 mL
de amostra)
200
Exemplo 4: Determinação do volume de precipitante requerido para a
precipitação de determinado elemento.

Calcule o volume (mL) de NH3 (densidade 0,99g/mL, pureza 2,3%) que é requerido
para precipitação o ferro como Fe(OH)3 em 0,70g de amostra que contém 25% de
Fe2O3.
Dados do problema.
m amostra = 0,70g
% Fe2O3 amostra = 25%
d NH3 = 0,99g/mL
PNH3 = 2,3%

Reação:

Passo 2: Cálculo da massa Fe(OH)3


Passo 3: Cálculo da massa de NH3.

Passo 4: Cálculo do volume de NH3:

1 mL dxP g
100
volume de NH3 mL massa de NH3
1 mL 0,99x2,3
100
volume de NH3 mL 0,112
volume de NH3 mL = 0,112x100
0,99x 2,3

volume de NH3 mL = 4,92 mL


PESAR A AMOSTRA APÓS RESFRIAMENTO

O uso da balança analítica é recomendado. O procedimento de calcinação e resfriamento


da amostra deve ser repetido (10 a 15 minutos) até massa constante (dentro de 0,0002 g).

RESFRIAR A AMOSTRA EM DESSECADOR


A amostra depois de calcinada é transferida com o uso de garra para dessecador para
resfriar, 15 minutos é tempo suficiente, após resfriamento o cadinho com a amostra
calcinada deve ser pesado.

Dessecador

CALCINAÇÃO DE PRECIPITADOS
Quando o líquido estiver totalmente esgotado no papel de filtro, dobre os bordos deste e
transfira-o para o cadinho já previamente pesado. No uso do aparato simples de calcinação
aqueça gradualmente até secagem do precipitado, carbonize o papel sem inflamar e queime
o carbono a uma temperatura tão baixa quanto possível, sob condições de boa oxidação,
com livre acesso de ar, a fim de evitar a redução do óxido de ferro (III). Finalmente, calcine
o precipitado ao vermelho, por uns 15 minutos, tomando cuidado para excluir os gases
daschamas do interior do cadinho. De outro modo, aqueça-o num forno elétrico de mufla a
500-550o C.
1- Preparo do cadinho

Calcinar um cadinho limpo (porcelana, sílica ou platina) em mufla ao vermelho, resfrie-o


num dessecador durante 20 minutos e pese-o.
2 - Aparatos para calcinação: simples e muflas

Se não houver disponibilidade de muflas um aparato simples para a calcinação de


materiais em cadinhos de porcelana, pode ser montado na bancada do laboratório, tampar o
cadinho é recomendado.
Muflas para calcinação:

Têm alcance comum de 1200oC (Figura 1), havendo modelos que alcançam 1800oC (Figura
2). Observar o revestimento interno em cerâmica, que serve como proteção ao corpo
metálico e isolante térmico.
Figura 1:
Figura
2:

3 - Objetivo da calcinação

A calcinação do precipitado tem como objetivo eliminar:

 Água adsorvida (presa à superfície)

 Água ocluída (presa nas cavidades)

 Água sorvida (presente em cavidades nas partículas)

 Água essencial (água de hidratação, ou, de cristalização, ou, de constituição: é um


dos constituintes da rede de moléculas que forma o cristal).
LAVAGEM DO PRECIPITADO

Após a filtragem o precipitado deverá ser lavado por três a quatro vezes com porções de
75 a 100 ml de solução a 1% quente de nitrato de amônio até obter teste negativo (pelo
menos muito fraco) de cloreto nas águas de lavagem (usam-se algumas gotas de solução de
AgNO3 0,1N). Pode-se ainda lavar o precipitado por três vezes com água morna, o teste do
cloreto deve ser repetido.
Deixe cada porção do líquido de lavagem se esgotar antes de adicionar uma nova porção,
não encha o filtro com precipitado mais do que três quartas partes da sua altura total.
Enquanto a filtração progredir, pode-se ir preparando o cadinho que será usado na
calcinação do precipitado.

FILTRAGEM DO PRECIPITADO

Logo que a maior parte do precipitado tenha decantado para o fundo, decante o líquido
sobrenadante através de um papel de filtro sem cinza, mas deixe tanto precipitado quanto
possível no becker. É essencial que o papel de filtro se adapte bem ao funil, de modo que a
haste do funil fique a todo tempo cheia com o líquido, de outro modo a filtração será muito
lenta. Adicione cerca de 100 ml de uma solução a 1% quente de nitrato de amônio ao
precipitado, e agite muito bem com bastão de vidro, e deixe decantar o precipitado.

O correto procedimento de filtragem é um dos fatores importantes em uma análise


química, pois, caso não seja devidamente executado, gerará erros consideráveis entre os
resultados obtidos e a realidade da amostra em análise.

Informações adicionais sobre filtragem

1- Papéis de filtro

Utilizados em procedimentos básicos e em análises técnicas, de separação de corpos


insolúveis/pouco solúveis de meios líquidos diversos, são divididos, de acordo com sua
porosidade, em qualitativos e quantitativos, têm alcance de retenção de 0,1µ m a 1µ m
(1µ m=10-3mm)

 Papéis de filtro qualitativos:


 Papéis de filtro quantitativos:

Manipulação:
Método de dobra do papel para filtragem em funil:

Este funil de papel é então encaixado no recipiente adequado (cadinho, funil, etc.), onde é
preso pela simples aplicação de pequenos jatos de água, com piceta, nas bodas internas do
mesmo.
Deve estar a borda do papel cerca de 0,5 a 1cm abaixo da borda do recipiente e ser
mantido um pequeno espaço entre as paredes do funil de papel e o aparato utilizado de
modo a tornar a filtração mais rápida.

Uma vez terminada a filtragem e lavagem do precipitado, este deverá ser recolhido ainda
dentro do papel e levado a calcinação, onde sofrerá completa dessecagem e/ou reação de
transformação final. Observar que, caso não haja interferências, o papel será convertido em
CO2 e água, que serão eliminados no processo.
2- Membranas de filtração:

3- Funis de Bückner:

Aparato muito utilizado em filtrações sob vácuo, no qual o papel é colocado sem dobra
sobre os furos, tendo-se o cuidado de manter uma pequena borda de papel de alguns
milímetros de altura, de modo a impedir eventual passagem do precipitado pelo lado do
papel.

4- Filtração
Na figura, observa-se o precipitado no fundo do copo 1 , que será separado da fase líquida
fazendo-se todo o conteúdo do copo 1 passar através do papel de filtro no funil, de modo
que todo o precipitado fique retido neste (deve-se proceder completa lavagem do copo 1
para garantir a confiabilidade dos dados finais).
 Seguindo os procedimentos adequados, praticamente todo o item em análise estará no
fundo do copo, mesmo considerando o equilíbrio entre as fases.
Modo usual de manipulação para filtragem observe o uso do bastão de vidro para evitar a
queda brusca da solução no funil, evitando assim o re-espalhamento do precipitado pela
solução. E o vidro de relógio, para evitar maiores contaminações na nova solução recolhida
no copo 2 (que pode prosseguir para novas análises)

OXIDAÇÃO E PRECIPITAÇÃO DO FERRO

A amostra depois de solubilizada é tratada com 1 a 2mL de HNO3 concentrado para efetuar
a oxidação do Fe(II) a Fe(III) a reação do processo é:

3Fe2++ NO3- + 4H+ 3Fe3+ + NO+ 2H2O

Ferva a solução brandamente até que a cor fique amarelo-clara (3-5 minutos).Para
verificar se o ferro foi completamente oxidado transfira uma gota da solução para um tubo
de ensaio e dilua com 1 mL de água, adicione algumas gotas de solução de
hexacianoferrato de potássio(0,1%), se aparecer uma cor azul, existe ainda Fe(II) presente e
deve-se adicionar mais HNO3. Outro teste pode ser efetuado com a o-fenantrolina que na
presença de Fe (II) dá uma coloração vermelha.
Dilua a solução a 200 ml, aqueça-a até ferver e adicione lentamente uma solução de
amônia 1:1 que deve ser entornada de um becker lentamente, até haver um ligeiro excesso
presente, indicado pelo odor do vapor acima do líquido. Ferva o líquido brandamente por 1
minuto e deixe o precipitado decantar. O líquido sobrenadante deve estar incolor.
Informações adicionais sobre a Teoria dos precipitados

1- Condições de Precipitação:
 Soluções diluídas devem ser usadas, pois reduzem os erros devido a coprecipitação.
 A mistura lenta dos reagentes com agitação constante promove a formação de
cristais maiores.
 Soluções aquecidas, quando (as características do precipitado permitem):
apresentam melhor uniformidade do espalhamento dos reagentes, pois ocorre
aumento da solubilidade, reduzindo o grau de supersaturação.
 A coagulação é favorecida com a diminuição da formação do soluto
 A velocidade de cristalização é aumentada levando a cristais mais perfeitos
2 - Métodos de precipitação:
Precipitação em soluções homogêneas: Ao invés de ser adicionado um reagente, o agente
precipitante é gerado lentamente na própria solução por meio de uma reação química
homogênea.

Vantagens:
 Elimina os efeitos indesejáveis da elevação da concentração.
 O precipitado resultante é denso e prontamente filtrável.
 A coprecipitação é reduzida a um mínimo.
 É possível alterar a aparência do precipitado pela variação da velocidade da reação.

3 - Contaminação de precipitados:
 Co-precipitação: contaminação do precipitado por substâncias que são
normalmente solúveis na água mãe.
2 tipos - Adsorção na superfície das partículas e oclusão de substâncias
estranhas durante o processo de formação do cristal

 Pós-precipitação: ocorre na superfície do primeiro precipitado após a sua


formação, ocorre com substâncias pouco solúveis que formam soluções
supersaturadas, têm usualmente um íon em comum com o precipitado inicial.

4 - Diferenças entre a coprecipitação (cp) e a pós-precipitação (pp):


 Na pp a contaminação aumenta com o tempo de contato do precipitado com a
solução-mãe, na cp a contaminação diminui.
 Na pp a contaminação aumenta com a rapidez da agitação, na cp dá-se o oposto.
 A grandeza da contaminação na pp pode ser muito maior
5 - Digestão de precipitados cristalinos: ·
 Deve ser efetuada no maior tempo possível (exceto nos casos em que possa ocorrer
pós-precipitação. Banho-maria é recomendável e decresce o efeito da coprecipitação
e induz precipitados mais filtráveis (a digestão tem pequeno efeito sobre o
precipitados amorfos ou gelatinosos).
 De preferência o precipitado deve ser lavado com uma solução diluída apropriada
de um eletrólito. A água pura pode causar a peptização (passagem do precipitado ao
estado de solução coloidal).
 Se houver contaminação do precipitado, o erro pode ser eliminado pela dissolução
do precipitado em um solvente adequado para depois ser re-precipitado.

6 - Separações quantitativas baseadas nos métodos de precipitação: ·

 Precipitação fracionada: Quando os produtos de solubilidade de dois sais pouco


solúveis tendo um íon comum diferem suficientemente, um sal precipitará quase
completamente antes que o outro comece a precipitar.
 Ex.: soluções de cloreto e iodeto.
 Precipitação e separação de hidróxidos em concentração de íon hidrogênio: em pH
controlado vários elementos são precipitados:

TABELA 1 - Valores de pH para a precipitação dos hidróxidos:


(valores aproximados de pH já que os produtos de
solubilidade dos hidróxidos metálicos não são muito exatos)

pH íon metálico pH íon metálico


3 Sn+2, Fe+3, Zn4+ 7 Fe2+
4 Th4+ 8 Co2+, Ni2+, Cd2+
5 Al3+ 9 Ag+, Mn2+, Hg2+
6 Zn+2, Cu+2, Cr+3 11 Mg+2
SOLUBILIZAÇÃO DA AMOSTRA

A amostra depois de pesada é transferida para um becker de 400 mL provido de vidro de


relógio. Dissolver a amostra em 50 ml de água e 10 ml de HCl (1:1).

Existem várias maneiras de solubilizar uma amostra, a metodologia empregada irá


depender do tipo de amostra que se quer analisar. Amostras geológicas (solo, rocha,
sedimento, etc.) necessitam de ácidos fortes (HNO3, H2SO4, HF, etc.), aquecimento e em
alguns casos do aumento de pressão (digestão em bombas) para solubilização. Amostras
orgânicas necessitam de um ataque mais brando, o uso de HClO4 é muito frequente.

DA AMOSTRA

Exatamente 0,8000 g da amostra depois de seca e homogeneizada é pesada em balança


analítica. Na prática poderemos substituir a amostra de solo por sulfato de ferro (II) e
amônio. Iremos trabalhar com o sulfato de ferro (II) e amônio apenas para efeitos didáticos.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS SOBRE BALANÇAS

OBS: O uso comum popularizou um erro sobre o qual todos estudantes devem ter
consciência, referente à distinção entre massa e peso. É importante entender as definições
destas duas grandezas:

 Massa - Medida da matéria contida em determinada região do espaço, e, portanto


constante em qualquer parte do planeta ou fora dele.
 Peso - Força com que qualquer massa é atraída para o centro de qualquer planeta, é
variável com a posição na superfície do planeta e com a distância a este, sendo
também influenciável por fatores como magnetismo, velocidade, etc.

Para a medida da massa dos reagentes e demais itens participantes dos inúmeros
experimentos são utilizadas as balanças de uso geral (também ditas de precisão) e as
balanças analíticas:

1 - BALANÇAS DE USO GERAL:


São as de uso mais comum no laboratório, usualmente apresentam o prato para colocação
de amostras exposto, mas é recomendável este ser protegido por uma simples caixa, pois
leves correntes de ar podem levar instabilidade ao valor lido, ou até induzir a um erro de
leitura.

2 - BALANÇAS ANALÍTICAS:

São as de uso mais restrito, especialmente na determinação de massas em análises


químicas de determinação da quantidade absoluta ou relativa de um ou mais constituintes
de uma amostra, usualmente apresentam o prato para colocação de amostras protegidas por
portinholas de vidro corrediças, pois leves ou até imperceptíveis correntes de ar podem
levar instabilidade ao valor lido, ou até induzir a um grande erro de leitura. Devido à
necessidade de extrema precisão das medidas efetuadas, estas devem ter salas específicas
para sua manipulação, com condições ambientais controladas (temperatura, umidade,...),
bem como observadas as condições da rede elétrica de fornecer voltagem dentro dos limites
de tolerância especificados no manual de cada modelo.
Balança de uso rotineiro, para medidas da ordem de centenas a 0,01g.

Balança analítica, para medidas da


ordem de gramas a 0,0001g (ou
menos)

Tabela 1 - Alguns
elementos determinados
por gravimetria.
Substância analisada Precipitado formado Precipitado pesado interferencias

Fe(OH)3 Fe2O3
Fe Al, Ti, Cr e metais tetravalentes
Fe cupferrato Fe2O3
Al(OH)3 Al2O3 Fe, Ti,Cr (Mg não interfere em
Al
Al(ox)3a Al(ox)3 soluções ácidas)
todos os metais exceto alcalinos e
Ca CaC2O4 CaCO3 ou CaO
Mg
Mg MgNH4PO4 Mg2P2O7 todos os metais exceto alcalinos
Zn ZnNH4PO4 Zn2P2O7 todos os metais exceto Mg
Ba BaCrO4 BaCrO4 Pb
SO42- BaSO4 BaSO4 NO3-, PO43-, ClO3-
Cl- AgCl AgCl Br-, I-, SCN-, CN-, S2-, S2O32-
Ag AgCl AgCl Hg (I)
PO43- MgNH4PO4 Mg2P2O7 MoO42-, C2O42-, K+
Ni Ni(dmg)2b Ni(dmg)2 Pd

Tabela 2 - Alguns agentes precipitantes orgânicos

Reagente estrutura metais precipitados


Ni (II) em NH3 ou tampão
acetato
dimetilglioxima
Pd (II) em HCl
(M2++2HR=MR2+2H+)
Cu (II) em NH3 e tartarato
Mo(VI) e W(VI) em H+
alfa-benzoinoxima
(M2++H2R=MR+2H+;
(cupron)
M2+ = Cu2+, MoO2+, WO22+)
Óxido metálico pesado
Fe (III), V(V), Ti (IV),
hidroxilamina
Zr(IV), Sn(IV), U(IV)
nitrosofenilamonium
(Mn++nNH4R=MRn+nNH4+)
(cupferron)
Óxido metálico pesado

Vários metais. Útil para Al


8-hidroxiquinolina (III) e Mg(II)
(oxina) (Mn++nHR=MRn+nH+)

Vários metais em soluções


dietilditiocarbamato
ácidas
de sodio
(Mn++nNaR=MRn+nNa+)
K+, Rb+, Cs+, Tl+, Ag+, Hg
(I), Cu (I), NH4+, RNH3+,
borotetrafenil de
R2NH2+, R3NH+, R4N+ em
sodio
solução Ac.
(M++NaR=MR+Na+)
Cr2O72-, MnO4-, ReO4-,
cloreto MoO4-, WO42-, ClO4-, I3-. em
tetrafenilarsonium solução ácida
(An-+nRCl=RnA+nCl-)

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