Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
DO PROCESSO DE BOLONHA
- RELATÓRIO -
ISCTE
2006/2007 e 2007/2008
GAQE
Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino
Dezembro 2008
1
2
CONCRETIZAÇÃO
DO PROCESSO DE BOLONHA
- RELATÓRIO -
ISCTE
2006/2007 e 2007/2008
Coordenação:
Sílvia Silva
António Caetano
Equipa:
Raquel Velada
Elsa Cardoso
Ana Margarida Graça
Catarina Gomes
Raquel Matos
Rita Silva
Susana Cardoso
Ana Castro
Francisco Aguiar
Dezembro 2008
3
4
Índice
1. Introdução................................................................................................................................................................. 7
2. Caracterização Geral do ISCTE ............................................................................................................................ 11
2.1. Cursos em Funcionamento em 2006/2007 e 2007/2008 no Modelo de Bolonha ......................................... 15
2.2. Caracterização Geral dos Docentes ............................................................................................................. 19
2.3. Caracterização Geral dos Alunos.................................................................................................................. 22
2.4. Serviços de Apoio ao Estudante ................................................................................................................... 26
2.5. Biblioteca do ISCTE ...................................................................................................................................... 30
2.6. Indicadores de Competitividade do ISCTE ................................................................................................... 30
3. Preparação do Processo de Bolonha .................................................................................................................. 33
4. Concretização do Processo de Bolonha ............................................................................................................. 39
4.1. Atribuição de Créditos ................................................................................................................................... 41
4.2. Competências a Adquirir ............................................................................................................................... 42
4.3. Carga de Trabalho do Aluno ......................................................................................................................... 43
4.4. Organização dos Cursos em ECTS .............................................................................................................. 59
4.5. Nível de Internacionalização ......................................................................................................................... 64
5. Sistema de Monitorização e Garantia da Qualidade........................................................................................... 71
5.1. Satisfação dos Alunos.................................................................................................................................. 74
5.2. Opinião dos Docentes e Alunos sobre a Implementação do Processo de Bolonha ..................................... 77
6. Medidas e Acções de Apoio ao Estudante .......................................................................................................... 79
6.1. Sucesso Escolar............................................................................................................................................ 81
6.2. Competências Transversais e Extracurriculares........................................................................................... 84
6.3. Inserção na Vida Activa................................................................................................................................. 84
7. Conclusões e Medidas para Consolidar a Qualidade do Ensino: Bolonha II................................................... 87
5
6
1. Introdução
7
8
No quadro dos desafios que o Processo de Bolonha veio colocar ao ensino universitário
europeu, a avaliação da sua implementação nas Instituições de Ensino Superior constitui um
processo importante, permitindo a análise dos progressos alcançados, bem como a identificação
dos aspectos a melhorar tendo em vista assegurar o permanente desenvolvimento da qualidade
do ensino.
O relatório foi elaborado pelo GAQE (Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino) em estreita
colaboração com a Presidente do Conselho Pedagógico. A informação constante do relatório foi
validada pelos Departamentos/Escola. Salienta-se ainda a participação das comissões
pedagógicas, bem como do grupo de trabalho coordenado por Elsa Cardoso no que diz respeito
à utilização dos dados disponíveis no sistema de informação. Na recolha da informação contou-
se também com a colaboração dos vários serviços do ISCTE. Este Relatório Global baseou-se
ainda nos relatórios elaborados para cada curso e validados pelas suas Coordenações nos
respectivos Departamentos/Escola (ver anexo 1).
No próximo capítulo apresenta-se a caracterização do geral do ISCTE, assim como dos seus
Docentes e Alunos.
9
O capítulo 5 focaliza-se no sistema de monitorização e garantia da qualidade implementado no
ISCTE e sistematiza os contributos dos estudantes e docentes.
No último capítulo faz-se uma síntese das principais conclusões sobre a concretização do
processo de Bolonha e apresenta-se um conjunto de iniciativas a implementar devidamente
articuladas e integradas com o Programa de Desenvolvimento estratégico do ISCTE.
10
2. Caracterização Geral do ISCTE
11
12
O ISCTE é uma pessoa colectiva de direito público, que goza de autonomia administrativa,
estatutária, científica, pedagógica, financeira e disciplinar, nos termos da legislação aplicável.
Fundado em 1972, o ISCTE é uma instituição de ensino superior público de média dimensão,
com cerca de sete mil alunos e 400 professores. O ISCTE é um instituto universitário
especializado com uma posição de liderança nacional nas suas duas áreas fundadoras, gestão e
sociologia, recentemente alargadas com a inclusão, respectivamente, das subáreas da economia
e das políticas públicas. Completam os domínios de actividade do ISCTE as áreas das ciências
sociais em geral, das ciências e tecnologias de informação, bem como da arquitectura, o que
possibilita a existência de um ambiente de elevada interdisciplinaridade enriquecedor tanto das
actividades de ensino como das de investigação.
A instituição distingue-se, no panorama universitário português, (i) por um forte peso do ensino
pós-graduado, que integra já mais de 40% dos seus alunos, (ii) por uma prática sistemática de
transferência de conhecimento e inovação para o exterior através de relações estreitas com
organizações públicas e privadas, (iii) por um desenvolvimento sustentado da investigação e das
suas relações quer com os níveis pós-graduados de ensino quer com as actividades de
prestação de serviços, e (iv), por fim, por um elevado grau de autonomia financeira (mais de 50%
de receitas próprias).
Missão e Estratégia
Enquanto instituição universitária, o ISCTE tem por missão produzir, transmitir e transferir
conhecimento científico de acordo com os mais altos padrões internacionais, que proporcione
valor económico, social e cultural à sociedade.
Para desenvolver essas actividades de forma eficaz e articulada, o ISCTE tem como pilares
fundamentais do seu desenvolvimento:
1. consolidar um corpo docente de elevadas competências de ensino e de investigação de
acordo com os melhores critérios internacionais;
13
2. internacionalizar as actividades de ensino, investigação e prestação de serviços, bem
como os corpos docente e discente;
14
Estatutos do ISCTE então vigentes, os quais tinham sido aprovados pelo Despacho
Normativo nº 11/91, de 7 de Fevereiro de 1991, o seu Regulamento Interno.
15
Quadro 2.1.1. Cursos de 1º Ciclo
Anos lectivos de funcionamento
Curso Departamento/Escola
no Modelo de Bolonha
Antropologia Antropologia 2006/2007 e 2007/2008
Finanças Finanças e Contabilidade 2006/2007 e 2007/2008
Finanças e Contabilidade Finanças / Contabilidade 2007/2008
Gestão Escola de Gestão 2006/2007 e 2007/2008
Gestão e Engenharia Industrial Escola de Gestão 2006/2007 e 2007/2008
Gestão de Recursos Humanos Escola de Gestão 2006/2007 e 2007/2008
História História 2006/2007 e 2007/2008
Marketing Escola de Gestão 2006/2007 e 2007/2008
Psicologia Psicologia Social e das Organizações 2006/2007 e 2007/2008
Sociologia Sociologia
2006/2007 e 2007/2008
Sociologia, ramo de Políticas Públicas
Sociologia e Planeamento Sociologia 2006/2007 e 2007/2008
Engenharia de Telecomunicações e Informática Ciências e Tecnologias de Informação 2006/2007 e 2007/2008
Engenharia Informática Ciências e Tecnologias de Informação 2006/2007 e 2007/2008
Informática e Gestão de Empresas Ciências e Tecnologias de Informação 2006/2007 e 2007/2008
Economia Economia 2006/2007 e 2007/2008
Arquitectura (Mestrado Integrado) Arquitectura 2007/2008
Ciência Política Sociologia
2007/2008
Ciência Política, ramo de Políticas Públicas
1 Existem dois modelos de segundo ciclo de estudos no ensino superior: Mestrados Integrados ou de Continuidade são
aqueles que vêm na sequencia de uma licenciatura podendo, ou não, ser necessários para o exercício de uma profissão;
Mestrados Temáticos são aqueles que se desenvolvem em torno de um tema de estudo.
16
ciclo possuem especializações, cujos dados serão apresentados separadamente se houver
diferenças, caso contrário, esses cursos serão tratados como um todo, englobando as
especializações.
17
Quadro 2.1.3. Cursos de 2º Ciclo Temático
Anos lectivos de
Curso Departamento/Escola funcionamento no Modelo
de Bolonha
* Estudos Urbanos Sociologia 2006/2007 e 2007/2008
* Família e Sociedade Sociologia 2006/2007 e 2007/2008
* Instituições e Justiça Social, Gestão e Desenvolvimento Sociologia 2006/2007 e 2007/2008
Administração e Políticas Públicas Sociologia 2006/2007 e 2007/2008
Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação Sociologia 2006/2007 e 2007/2008
Desenvolvimento, Diversidades Locais e Desafios Mundiais - Sociologia
2007/2008
Análise Gestão
Estudos Africanos Sociologia 2007/2008
Ciências do Trabalho e Relações Laborais Sociologia 2007/2008
Sociologia da Saúde e da Doença Sociologia 2007/2008
Educação e Sociedade Sociologia 2007/2008
Risco, Trauma e Sociedade Antropologia / Sociologia 2007/2008
Museologia: Conteúdos Expositivos História / Antropologia 2006/2007 e 2007/2008
História, Defesa e Relações Internacionais História 2006/2007 e 2007/2008
Psicologia Social e das
Comportamento Organizacional 2007/2008
Organizações
Psicologia Social e das
** Intervenção Comunitária e Protecção de Menores 2007/2008
Organizações
Economia e Políticas Públicas
Ramos de: Competitividade Territorial e Política Regional;
Economia 2007/2008
Conhecimento, Inovação e Competitividade; Sustentabilidade e
Inclusão Social; Estratégia e Governação Económica Europeia
Economia Social e Solidária Economia 2007/2008
Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos Economia 2007/2008
Economia Monetária e Financeira Economia 2007/2008
Ciências e Tecnologias de
2006/2007 e 2007/2008
* Ciências da Complexidade Informação
Ciências e Tecnologias de
2006/2007 e 2007/2008
Gestão de Sistemas de Informação Informação
18
2.2. Caracterização Geral dos Docentes
No Quadro 2.2.1. apresenta-se a caracterização geral dos docentes do ISCTE do 1º Ciclo
consoante as habilitações académicas.
No Quadro 2.2.1. pode observar-se que, nos anos lectivos em análise e em todos os cursos de
1º Ciclo, à excepção do curso de Gestão, a percentagem de docentes com o doutoramento é a
mais elevada comparada à percentagem dos outros graus académicos.
19
No Quadro 2.2.2. apresenta-se a caracterização geral dos docentes do ISCTE do 2º Ciclo,
Mestrados de Continuidade, consoante as habilitações académicas.
Docentes
Docentes com Docentes com
Docentes com
Licenciatura Doutoramento
(n) Mestrado
(%) (%)
(%)
Cursos
Sociologia 25 14,5 20,0 65,5
Sociologia e Planeamento 14 7,0 7,0 86,0
Antropologia - Espec. Multiculturalismo e Identidades 7 14,0 0,0 86,0
** História Moderna Contemporânea 10 3,4 0,0 96,7
Psicologia Social e das Organizações 19 0,0 10,5 89,5
* Gestão 17 0,0 17,6 82,4
* Gestão e Engenharia Industrial 11 18,2 9,1 72,7
* Contabilidade 11 27,3 0,0 72,7
* Gestão de Recursos Humanos 10 0,0 10,0 90,0
* Marketing 14 7,1 7,1 85,7
* Finanças 10 30,0 0,0 70,0
* Engenharia de Telecomunicações e Informática 12 0,0 16,0 84,0
* Engenharia Informática 16 0,0 12,5 87,5
Legenda: * Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008; ** Não abriu em 2007/2008
No Quadro 2.2.2. pode observar-se que, nos anos lectivos em análise e em todos os cursos de
2º Ciclo, Mestrados de Continuidade, a percentagem de docentes com o doutoramento é a mais
elevada comparada à percentagem dos outros graus académicos.
20
No Quadro 2.2.3. apresenta-se a caracterização geral dos docentes do ISCTE do 2º Ciclo,
Mestrados Temáticos, consoante as habilitações académicas.
Docentes Docentes
Docentes com
Docentes com com
Cursos Doutoramento
(n) Licenciatura Mestrado
(%)
(%) (%)
No Quadro 2.2.3. pode observar-se que, nos anos lectivos em análise e em todos os cursos de
2º Ciclo, Mestrados Temáticos, à excepção do curso de Administração e Políticas Públicas, a
percentagem de docentes com o doutoramento é a mais elevada comparada à percentagem dos
outros graus académicos.
21
2.3. Caracterização Geral dos Alunos
A caracterização geral dos alunos do 1º Ciclo do ISCTE é apresentada no Quadro 2.3.1.
De acordo com o Quadro 2.3.1., em média, 47,8% dos alunos do 1º ciclo do ISCTE são do sexo
feminino. A média de idades do total de alunos do 1º Ciclo do ISCTE situa-se nos 22,9 anos,
existindo 5 cursos cujos alunos têm idades iguais ou superiores à média do 1º ciclo do ISCTE,
como por exemplo Antropologia (M=31,1). Por outro lado, em 11 cursos, os alunos têm idades
inferiores à média do 1º ciclo do ISCTE, como por exemplo Finanças (M=18,0).
22
No Quadro 2.3.2. são apresentados os resultados da colocação e da classificação dos alunos do
1º Ciclo do ISCTE.
23
através de concursos especiais é inferior à média do 1ºCiclo, como por exemplo Engenharia de
Telecomunicações e Informática.
De acordo com o quadro 2.3.2, a média do 1º Ciclo da classificação do último colocado no 1º ano
dos vários cursos de 1º ciclo foi de 125,8 valores. Existem 5 cursos cuja média de classificação
do último colocado no 1º ano dos cursos de 1º ciclo é superior à média do 1º Ciclo, como por
exemplo Gestão de Recursos Humanos. Por outro lado, em 11 cursos, a média de classificação
do último colocado no 1º ano dos cursos de 1º ciclo é inferior à média do 1º ciclo do ISCTE,
como por exemplo Antropologia.
Sexo
Idade
Cursos Feminino
(média)
(%)
Sociologia (várias especialidades) 28,5 73,8
Sociologia e Planeamento 28,8 72,4
** Antropologia - Especialidade Património e Identidades 39,3 64,6
Antropologia - Especialidade Multiculturalismo e Identidades 38,0 44,2
** História Moderna Contemporânea 27,7 64,7
Psicologia Social e das Organizações 23,6 86,1
* Gestão 23,3 60,5
* Gestão e Engenharia Industrial 22,9 60,0
* Contabilidade 26,6 66,7
* Finanças 23,3 45,7
* Gestão de Recursos Humanos 25,4 73,2
* Marketing 23,2 58,5
* Engenharia de Telecomunicações e Informática 24,3 16,1
* Engenharia Informática 24,6 26,3
Média Mestrados Continuidade 27,1 58,0
Legenda: * Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008; ** Não abriu em 2007/2008
Em média (Quadro 2.3.3), 58% dos alunos do 2º ciclo de Mestrados de Continuidade do ISCTE
são do sexo feminino. A média de idades do total de alunos situa-se nos 27,1 anos. Existem 5
cursos cujos alunos têm idades superiores à média dos Mestrados de Continuidade, como por
exemplo Antropologia, especialidade Património e Identidades (M=39,3). Por outro lado, em 9
cursos, os alunos têm idades inferiores à média do 2º ciclo de Mestrados de Continuidade do
ISCTE, como por exemplo Gestão e Engenharia Industrial (M=22,9).
24
A caracterização geral dos alunos do 2º Ciclo, Mestrados Temáticos do ISCTE é apresentada
no Quadro 2.3.4.
De acordo com o Quadro 2.3.4., em média, 61,9% dos alunos do 2º ciclo de Mestrados
Temáticos do ISCTE são do sexo feminino. A média de idades do total de alunos situa-se nos
32,6 anos. Existem 16 cursos cujos alunos têm idades iguais ou superiores à média dos
Mestrados Temáticos, como por exemplo Educação e Sociedade (M=39,9). Por outro lado, em
10 cursos, os alunos têm idades inferiores à média dos Mestrados Temáticos do ISCTE, como
por exemplo Economia Monetária e Financeira (M=26,0).
25
2.4. Serviços de Apoio ao Estudante
O ISCTE oferece aos alunos um conjunto de serviços, programas e actividades que têm por
objectivo facilitar a adaptação ao mundo universitário e, mais tarde, uma melhor integração no
mercado de trabalho. Para além dos diferentes serviços e programas oferecidos pelo ISCTE,
salienta-se ainda o papel da Associação de Estudantes.
Centro Médico
Centro de Apoio Psicopedagógico
Gabinete de Apoio ao Aluno
Restaurantes (2) e Bares (5)
Instalações para Estudantes (Residência Universitária)
Instalações Desportivas
Bolsas e Prémios
O ISCTE atribui aos seus alunos que se destacam um prémio e uma bolsa de estudos por mérito:
26
de bolsas a atribuir num determinado ano lectivo é de uma por cada 500 estudantes ou fracção,
inscritos no ISCTE no ano lectivo a que se reportam as bolsas.
Prémios de Excelência
Tendo por objectivo criar incentivos para que os vários corpos envolvidos na vida académica
universitária do ISCTE (discentes, docentes e funcionários) sejam recompensados por
prestações de grande mérito no cumprimento das suas funções, o ISCTE decidiu instituir
prémios de excelência para os referidos corpos. Este processo foi iniciado com a criação de
prémios para discentes. Assim, o Senado do ISCTE reunido em sessão plenária de 12 de Julho
de 2005 deliberou instituir os “Prémios de Excelência Académica para Discentes”, tendo criado
dois tipos de prémios:
o Prémio de ingresso para as melhores notas de candidatura às licenciaturas;
o Prémio de frequência para as melhores notas anuais de licenciatura.
Estes prémios são entregues na cerimónia de abertura de cada ano lectivo.
27
g) Procurar financiamento e elaborar candidaturas a programas nacionais e internacionais
de estágios curriculares e profissionais, assegurando a necessária gestão e
acompanhamento;
h) Criar mecanismos de apoio à inserção na vida activa, apoiando a realização de acções
de formação e aperfeiçoamento na aquisição e utilização de conhecimentos,
competências e qualificações, por forma a facilitar o desenvolvimento pessoal, a
empregabilidade e a participação no mercado de trabalho nacional e internacional;
i) Proceder à divulgação, pelos meios apropriados, de ofertas de emprego e formação
junto dos alunos e recém-licenciados.
28
conhecimentos e experiências, estando empenhada em continuar a construir uma dimensão
internacional dos seus programas académicos, actividades de pesquisa e redes
institucionais.
4. AIESEC - A AIESEC constitui uma plataforma internacional para os jovens descobrirem
e desenvolverem o seu potencial, tendo por objectivo proporcionar às pessoas a capacidade
e o desejo/vontade de ter um impacto positivo na sociedade. a AIESEC proporciona através
do seu programa de intercâmbio a mais de 4000 estudantes e recém-licenciados a
oportunidade de viver e trabalhar num outro país.
Cursos de Línguas
O projecto do Centro de Cursos Livre (CCL) surge da necessidade de criar um novo canal de
comunicação com potenciais clientes. Desta forma, a Associação de Tecnologias e Sistemas de
Informação Estratégicos (ATSIE) reuniu um grupo de alunos do ISCTE para conjuntamente criar
um sistema e-learning. O CCL – é uma associação de formação linguística, tendo como meta a
promoção da multiculturalidade e plurilinguismo e o uso justificado e enriquecedor dos tempos
livres.
Com a mesma finalidade de apoio aos alunos na adaptação ao mundo universitário, o ISCTE
possui ainda uma Associação de Estudantes.
29
2.5. Biblioteca do ISCTE
A Biblioteca do ISCTE, especializada na área das ciências sociais, empresariais e tecnológicas
tem como objectivo apoiar todos os sectores de actividade do Instituto, facultando, nas melhores
condições de utilização, os recursos bibliográficos necessários ao desempenho das funções de
ensino, investigação, educação permanente e extensão cultural. O fundo documental da
Biblioteca do ISCTE é composto por cerca de 56.000 títulos (monografias, obras de referência,
teses e dissertações) e 17.000 periódicos em suporte papel e digital. A cada área temática
corresponde uma cor, que é visível tanto na etiqueta com a cota como no topo da(s) estante(s)
em que o documento se encontra arrumado.
De acordo com dados do Relatório elaborado pelo CIPES (2008) sobre a Rede Pública de
Ensino Superior, em 2006, o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE)
oferece 891 Vagas, correspondentes a cerca de 1,9% do total nacional. Apesar da sua
dimensão, apresenta-se como a 14ª instituição mais procurada no país, com 2,5% das primeiras
escolhas, na primeira fase de candidatura. O peso relativo dos matriculados em primeira
escolha, na primeira fase foi de cerca de 2,4% do total nacional, colocando o ISCTE na 13ª
posição da rede de sistema de Ensino Superior público a nível nacional. Desta forma, o Índice de
Força do ISCTE, em 2006, foi de 1,14. O número de matriculados em segundas opções – Índice
de Fraqueza – foi de cerca de 46% no ISCTE, valor mais favorável do que a média nacional de
50,2%. De acordo com os dados recolhidos pelo Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino
do ISCTE, no ano lectivo 2007/2008, o Índice de Força do ISCTE foi de 0,99 e o Índice de
Fraqueza foi cerca de 50% (Quadro 2.6.1.).
30
A taxa de ocupação do ISCTE, em 2006, foi superior a 100% (101%), consideravelmente acima
da média nacional de 87%. As primeiras escolhas na primeira fase, no ISCTE, foram superiores
às vagas o que se traduziu num potencial de crescimento positivo, de 14%, significativo na
medida em que a média nacional foi negativa de cerca de -13%. O ISCTE apresentou, em 2006,
como classificação média do último aluno admitido 123,5, valor um pouco superior à média
nacional de 121,8.
Com um financiamento público anual, no último quadriénio, de pouco mais de €11 milhões, bem
como com os mais baixos rácios de pessoal não docente da universidade portuguesa (0,49 por
docente), o ISCTE é ainda a instituição universitária nacional com o mais baixo custo público por
aluno (cerca de €2800) e com o mais elevado volume relativo de receitas próprias (60% em
2007).
31
32
3. Preparação do Processo de Bolonha
33
34
Globalmente, no ISCTE o processo de mudança foi iniciado no ano lectivo 2005-2006 com o
desenvolvimento de várias iniciativas de informação e debate desencadeadas, por exemplo, pela
Presidência e Conselho Científico. A introdução de ajustamentos ao processo de mudança
continuou ainda no ano lectivo 2006-2007 com a introdução de instrumentos regulamentares e
operacionais de apoio ao funcionamento pedagógico.
No âmbito da implementação do processo de Bolonha foi criado, na instituição, o cargo de
Coordenador Institucional para os ECTS no ISCTE, actualmente desempenhado pelo Prof.
Doutor Rui Pena Pires, Professor de Missão para o Processo de Implementação de Bolonha. A
principal função deste cargo constitui no acompanhamento da adequação da implementação do
sistema de monitorização do trabalho dos alunos e avaliação das suas competências com base
no sistema de créditos definido pelo modelo pedagógico de Bolonha a nível da instituição.
35
- Plataforma de e-learning – a utilização da plataforma de e-learning constituiu uma importante
ferramenta de apoio às actividades de ensino-aprendizagem, de modo a aumentar o seu uso
foram realizadas várias acções formativas para docentes e foi disponibilizado um tutorial online.
- Apresentação de proposta de criação de um regime de frequência dos ciclos de estudo a
tempo parcial - O conselho pedagógico considerou que o novo modelo de carga semanal
dificilmente seria compatível com a aprendizagem ao longo da vida para muitos estudantes,
nomeadamente para os estudantes-trabalhadores. Simultaneamente, considerou que sujeitar
estes estudantes ao regime normal poderá ter consequências extremamente negativas, para
eles próprios e para a Universidade, aumentando as taxas de abandono, contribuindo para a
desmotivação e para o insucesso. Face a esta situação o Conselho Pedagógico do ISCTE
propôs a criação de um regime de frequência dos ciclos de estudo a tempo parcial, à
semelhança do acontece noutros Universidades europeias.
A proposta em causa foi apresentada à presidência do ISCTE e ao Ministro da Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior.
Para além das iniciativas gerais levados a cabo pelo ISCTE no processo de Implementação de
Bolonha, neste ponto destacam-se algumas das iniciativas específicas realizadas por alguns
Departamentos/Cursos do ISCTE.
Ciências Tecnológicas
- Início do processo que deverá conduzir ao primeiro curso de 2º ciclo em modo de blended-
learning (b-learning), com a monitorização atenta das CPC do DCTI. (Licenciatura em
Engenharia Informática; Engenharia de Telecomunicações e Informática; Informática e Gestão
de Empresas)
- Introdução de reuniões no final de cada período (três ao longo do ano), entre o Coordenador e
os alunos para que estes possam expor os eventuais problemas que os preocupam, nos
Mestrados Temáticos. (Mestrado em Gestão de Sistemas de Informação)
36
Ciências Sociais
- Ajustamento dos métodos de avaliação aos objectivos das Unidades Curriculares (UCs),
com utilização de maior variedade de métodos para além dos tradicionais testes escritos.
Nomeadamente, elaboração de trabalhos de casa, resolução de exercícios em aula, testes
intermédios, realização de trabalhos de grupo para apresentação em turma (por vezes, em
inglês), participação oral e marcação de faltas. Por outras palavras, de forma a reflectir as novas
exigências introduzidas pelo Processo de Bolonha, o qual requer o desenvolvimento de novas
competências por parte dos alunos, os momentos de avaliação das UCs passaram a ser
fortemente baseados no trabalho autónomo dos alunos e com uma forte ênfase na vertente
prática. (Licenciatura em Economia e Licenciatura em Psicologia; também em vários Mestrados:
2º Ciclo Cont – Mest. EI; Mest. PSO; Mest. GEI; Também 2º Ciclo Temático – Mest. PSO; ICPM)
- Realização das Primeiras Jornadas Pedagógicas de Psicologia (Julho de 2006) que tiveram
como objectivos: contribuir para a qualidade pedagógica do ensino/aprendizagem, nos contextos
da formação superior em Psicologia e da re-estruturação de Bolonha; reflexão sobre os
principais desafios pedagógicos associados à mudança para Bolonha; melhorar a articulação e a
coerência pedagógica entre Unidades Curriculares, Perfis de Unidades Curriculares e a
avaliação de competências. (Lic. Psicologia)
Ciências de Gestão
- Ficha de Planeamento das Aulas (PA), foi introduzida como facultativa no ano lectivo 2006-
2007 passando a ser obrigatória em todas as UC dos cursos da IBS, a partir do ano lectivo 2007-
2008. Este instrumento exige uma reflexão ex ante sobre as actividades a desenvolver e a sua
distribuição em horas de contacto e de trabalho autónomo do aluno, ao longo do período lectivo,
e porque constitui o instrumento que, por excelência, materializa em actividades a desenvolver
37
os objectivos de aprendizagem, a sua correcta utilização ao longo do período lectivo, pelos
ajustamentos que permite efectuar, torna-o uma das peças fundamentais do Processo de
Implementação de Bolonha. (Escola Gestão)
38
4. Concretização do Processo de Bolonha
39
40
A concretização do processo de Bolonha foi realizada de acordo com os procedimentos definidos
na legislação publicada (Decreto-Lei n.º 42/2005, Decreto-Lei n.º 74/2006). Nomeadamente no
que diz respeito à atribuição de créditos, competências a adquirir, carga de trabalho e
organização dos cursos em ECTS.
De acordo com o Artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 42/2005, um crédito define-se como a unidade de
medida do trabalho do estudante sob todas as suas formas, designadamente, sessões de ensino
de natureza colectiva, sessões de orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos,
trabalhos no terreno, estudo e avaliação.
Segundo o Artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, no ensino universitário, a obtenção do grau de
licenciado corresponde a um ciclo de estudos de 180 a 240 créditos, com uma duração normal
de trabalho de 6 a 8 semestres curriculares. Na sua maioria, os cursos de licenciatura do
ISCTE optaram por uma estrutura do 1º ciclo constituída por 6 semestres curriculares
correspondentes a 180 créditos, à excepção do curso de Informática e Gestão de Empresas
que optou por uma estrutura constituída por 8 semestres curriculares correspondentes a 240
créditos.
Segundo o Artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, no ensino universitário, a obtenção do grau de
mestre compreende 3 a 4 semestres curriculares de trabalho, representando estes 90 a 120
créditos. “Em consequência de uma prática estável e consolidada internacionalmente” numa
determinada especialidade, excepcionalmente, o grau de mestre pode ser adquirido com 2
semestres curriculares de trabalho, o equivalente a 60 créditos. O grau de mestre pode ainda ser
adquirido após um ciclo de estudos integrado com a duração de 10 a 12 semestres curriculares
de trabalho e, portanto, o correspondente entre 300 a 360 créditos, “nos casos em que, para o
acesso ao exercício de uma determinada actividade profissional, essa duração: a) Seja fixada
por normas legais da União Europeia; b) Resulte de uma prática estável e consolidada na União
Europeia.” (art. 19º, DL n.º 74/2006). Na sua maioria, os cursos de mestrado do ISCTE optaram
por uma estrutura do 2º Ciclo com 120 créditos, à excepção de 7 cursos, dos quais 3 são
mestrados temáticos e 4 são mestrados de continuidade: International Management, Gestão de
Serviços de Saúde nas duas especialidades e Prospecção e Análise de Dados (102 créditos);
Gestão, Contabilidade e Marketing (102 créditos) e Finanças (108 créditos).
Tendo por referência os programas de estudos europeus, o sistema de créditos é baseado no
princípio que 60 ECTS medem o volume de trabalho a tempo inteiro de um estudante durante
41
um ano lectivo. Tendo-se estimado que o tempo de horas de estudo dos alunos por ano é de
1500-1680 horas, um ECTS corresponderá a 25 a 28 horas de trabalho (Decreto-Lei n.º 42/2005;
ECTS Users’ Guide, 2005).
A tipologia adoptada pela DGES, MCTES, patente no Decreto-Lei n.º 74/2006, considera como
objectivo do ensino superior o desenvolvimento de competências genéricas e específicas. As
competências genéricas, transversais a todas as áreas de ensino, abrangem competências de
tipo: 1) interpessoal, referentes à capacidade de expressão de sentimentos e criticas,
capacidades sociais de cooperação; 2) instrumental, visando o desenvolvimento da capacidade
cognitiva, de compreensão e manipulação de conceitos, assim como de capacidades
metodológicas de manipulação e compreensão do ambiente, capacidades tecnológicas e
linguísticas; 3) sistémico, que incluem a capacidade de compreensão, integração e intervenção
em sistemas abrangentes integrando o uso das restantes competências. As competências
específicas visam o desenvolvimento de aptidões próprias da área de formação científica
particular do curso ministrado, onde a componente experimental e de projecto deve assumir um
papel importante.
42
Em síntese, verifica-se que a nível do 1º ciclo existe uma definição formal dos objectivos de
aprendizagem sendo a organização do curso construída de modo a promover o alcance dos
mesmos.
No que diz respeito aos mestrados de continuidade e temáticos observa-se também que a
maioria destes definem quais as competências a serem adquiridas, embora, nem sempre
distinguindo entre competências específicas de genéricas com base na tipologia adoptada pela
DGES.
Em síntese verifica-se que, relativamente ao 1º ciclo, o 2º ciclo tem uma menor estruturação
formal do processo de definição de competências e de articulação com aspectos de organização
dos cursos. É de assinalar, no entanto, que a maioria dos cursos de 2º ciclo define
expressamente quais as competências a serem desenvolvidas e os objectivos de aprendizagem
que os alunos devem atingir, contribuindo para uma focalização do ensino na aprendizagem do
aluno.
O tempo de trabalho dos alunos do ISCTE do 1º Ciclo encontra-se assim repartido por várias
modalidades pedagógicas como pode ser observado no Quadro 4.3.1. e no Gráfico 4.3.1..
43
Quadro 4.3.1. 1º Ciclo: Organização do Tempo de Trabalho (% de horas)
OT + S + P Trabalho
Teórico/
Teóricas + PL + TC + Autónomo
Cursos Práticas
(%) OA + E UCs
(%)
(%) (%)
44
Gráfico 4.3.1. 1º Ciclo: Organização do Tempo de Trabalho (% de horas)
Antropologia
Finanças
Gestão
Gestão e Eng. Industrial
Gestão de Recursos Humanos
História
Marketing
Psicologia
Sociologia (2006/2007)
Soc.Major Soc. e Minor Ciência Política (2006/2007)
Sociologia e Sociologia Ramo Políticas Públicas (2007/2008)
Sociologia e Planeamento
Engenharia de Telecomunicações e Informática
Engenharia Informática
Informática e Gestão de Empresas
Economia
* Arquitectura
* Ciência Política
* Finanças e Contabilidade
Média 1º Ciclo
Legenda: OT- Orientação Tutorial, S- Seminarial, OA- Outras Actividades Complementares, PL- Práticas Laboratoriais, TC- Trabalho de Campo,
E - Estágio; * Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008
De forma a promover o sucesso escolar dos seus alunos e uma efectiva aprendizagem dos
conteúdos lectivos com vista a um adequado desenvolvimento das competências definidas os
cursos do ISCTE procuram um equilíbrio entre as várias modalidades pedagógicas disponíveis.
A componente de contacto lectivo encontra-se assim direccionada, não só para a transmissão de
conhecimentos teóricos de base, nas aulas teóricas, como para a aplicação prática desses
conhecimentos (e.g. práticas laboratoriais, trabalho de Campo, etc.). Um dos objectivos da
aplicação do modelo pedagógico de Bolonha consiste em centrar o ensino superior na
aprendizagem do aluno, sendo assim privilegiado, a par de uma componente de contacto lectivo,
o trabalho realizado de forma autónoma pelo aluno com vista a uma construção activa do seu
conhecimento.
Como se pode observar no Gráfico 4.3.1., em média as licenciaturas do ISCTE privilegiam essa
construção activa do conhecimento, prevendo que cerca de 65% do tempo de trabalho dos
alunos seja dispendido em actividades de aprendizagem autónomas. A maior parte do tempo de
contacto lectivo destina-se à modalidade pedagógica teórico/prática (22,2%), sendo dedicado um
tempo lectivo sensivelmente equivalente a modalidades de cariz marcadamente teórico (5,8%) e
45
prático (6,9%). Analisando especificamente a organização do tempo de trabalho das
licenciaturas ilustradas no gráfico observa-se uma distribuição semelhante à verificada para a
média. Destacam-se os cursos de: Arquitectura como aquele em que a componente de trabalho
autónomo é inferior (37,1%), sendo porém compensada por uma forte componente prática de
contacto (62,9%) e, por sua vez, História com a maior proporção de tempo de trabalho autónomo
(76,2%).
46
Gráfico 4.3.2. 2º Ciclo Continuidade: Organização do Tempo de Trabalho (% de horas)
Sociologia (Geral)
Sociologia (Restantes Especializações)
Sociologia e Planeamento
** Antropologia (Património e Identidades)
Antropologia (Multiculturalismo e Identidades)
** História Moderna Contemporânea
Psicologia Social e das Organizações (Profissional)
Psicologia Social e das Organizações (Investigação)
* Gestão
* Gestão e Engenharia Industrial
* Contabilidade
* Finanças
* Gestão de Recursos Humanos
* Marketing
* Engenharia de Telecomunicações e Informática
* Engenharia Informática (Multimédia)
* Engenharia Informática (Sistemas de Informação e Gestão do Conhecimento)
* Arquitectura
Média Mestrados Continuidade
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Teóricas (% ) Teórico/Práticas (% ) OT + S + P + PL + TC + AO (% )
Legenda: OT- Orientação Tutorial, S- Seminarial, OC- Outras Actividades Complementares, PL- Práticas Laboratoriais, TC- Trabalho de Campo.
* Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008; ** Não abriu em 2007/2008
A organização do tempo de trabalho ao nível do 2º ciclo segue uma estrutura distinta, em função
da diferença entre as competências definidas para o 1º e 2º ciclos. Visto que o 2º ciclo de
estudos superiores visa dotar os alunos, não só de competências ligadas à investigação na área
de formação cientifica da disciplina, mas também de um conhecimento aprofundado dos
contexto específicos de aplicação das competências adquiridas, a par da componente lectiva de
contacto e trabalho autónomo é privilegiada a realização de uma dissertação e/ou de um estágio,
no final do mestrado.
Tal como pode ser observado no Gráfico 4.3.2., em média nos Mestrados de Continuidade, os
alunos ocupam a maior parte do seu tempo em actividades de aprendizagem autónoma,
direccionadas quer para a consolidação das competências transmitidas nas UCs (41,4%) como
para a realização da dissertação final e/ou estágio curricular (38,5%). Em termos das horas de
contacto lectivas, tal como no 1º ciclo, a modalidade pedagógica teórico/prática apresenta uma
relativa preponderância (7,2%), sendo dedicado um tempo lectivo semelhante a modalidades de
cariz marcadamente teórico (3,1%) e prático (4,5%). Analisando especificamente os mestrados
47
verifica-se que, para a maioria, a distribuição da carga de trabalho segue uma tendência
semelhante à observada em termos médios. Destacam-se os cursos de Finanças com maior
porção de trabalho autónoma das UCs (54,5%) e o curso de Psicologia Social das Organizações,
via Profissional, com menor proporção de trabalho autónomo (25,1%).
48
O tempo de trabalho dos alunos do ISCTE do 2º Ciclo, Mestrados Temáticos encontra-se assim
repartido por várias modalidades pedagógicas como pode ser observado no Quadro 4.3.3. e no
Gráfico 4.3.3..
49
Gráfico 4.3.3. 2º Ciclo Temático: Organização do Tempo de Trabalho (% de horas)
** Estudos Urbanos
** Família e Sociedade
** Instituições e Justiça Social, Gestão e Desenvolvimento
Administração e Políticas Públicas
Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação
Desenvolvimento, Divers. Locais e Desafios Mundiais - Análise
Estudos Africanos
** Museologia: Conteúdos Expositivos
História, Defesa e Relações Internacionais
Economia e Políticas Públicas
Economia Social e Solidária
Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos
** Ciências da Complexidade
Gestão de Sistemas de Informação
* Ciências do Trabalho e Relações Laborais
* Sociologia da Saúde e da Doença
* Educação e Sociedade
* Risco, Trauma e Sociedade
* Comportamento Organizacional
* Intervenção Comunitária e Protecção de Menores
* Economia Monetária e Financeira
* Direito das Empresas
* Gestão Internacional (International Management)
* Gestão dos Serviços de Saúde (Organizações de Saúde)
* Gestão dos Serviços de Saúde ( Organizações Farmacêuticas)
* Prospecção e Análise de Dados
* Sistemas Integrados de Apoio à Decisão
Média Mestrados Temáticos
Teóricas (% ) Teórico/Práticas (% ) OT + S + P + PL + TC + AO (% )
Legenda: OT- Orientação Tutorial, S- Seminarial, OC- Outras Actividades Complementares, PL- Práticas Laboratoriais, TC- Trabalho de Campo.
* Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008; ** Não abriu em 2007/2008
Por fim, tal como se observa no Gráfico 4.3.3., os Mestrados Temáticos seguem uma distribuição
do tempo de trabalho ainda mais direccionada para o trabalho autónoma dos alunos,
favorecendo a construção activa da aprendizagem. A maior porção do tempo de trabalho
direcciona-se, em média, para o desenvolvimento de actividades autónomas de apoio às UCs
(46,4%) ou do estágio e/ou dissertação (39,7%). O contacto destinado à orientação da
dissertação e/ou estágio curricular do aluno ocupa uma menos porção do tempo de trabalho do
aluno do que nos mestrados de continuidade. A maior parte do tempo de contacto lectivo (5,5%)
dá-se sob forma da modalidade pedagógica teórico/prática, sendo dedicado um tempo lectivo
semelhante a modalidades de cariz teórico (3%) e prático (3,5%). Analisando especificamente a
organização do tempo de trabalho dos mestrados temáticos ilustrados no gráfico observa-se
uma distribuição mais díspar do tempo de trabalho que se deve à maior pluralidade de formatos
e de objectivos visados por este tipo de cursos. Destacam-se os cursos de História, Defesa e
Relações Internacionais com a componente de trabalho autónomo mais elevada (53,7%). O
50
curso de Instituições e Justiça Social, Gestão e Desenvolvimento é o que tem menor proporção
de trabalho autónomo (35,6%).
Monitorização do Trabalho
A percepção dos alunos sobre a carga de trabalho foi operacionalizada através de 2 indicadores
de adequação: “Carga horária semanal do curso” e “Volume de trabalho exigido no curso”. Estes
indicadores foram medidos numa escala de três níveis (1= Abaixo do adequado; 2= Adequado;
3= Acima do adequado) e foram agregados para constituírem um índice em que os valores mais
altos correspondem à percepção de carga de trabalho acima do adequado e os valores mais
baixos correspondem à percepção de carga de trabalho abaixo do adequado.
51
O Quadro 4.3.4. e o Gráfico 4.3.4. apresentam os resultados da percepção dos alunos do 1º
Ciclo do ISCTE quanto à carga de trabalho exigida nos seus cursos.
Antropologia
Finanças
Gestão
Gestão e Engenharia Industrial
Gestão de Recursos Humanos
História
Marketing
Psicologia
Sociologia
Sociologia e Planeamento
Engenharia de Telecomunicações e Informática
Engenharia Informática
Informática e Gestão de Empresas
Economia
* Arquitectura
* Ciência Política
* Finanças e Contabilidade
Média 1º Ciclo
1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0
Legenda: Escala: 1 – Abaixo do Adequado; 2 – Adequado; 3 – Acima do Adequado (ver conteúdo da pág. 51).
* Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008
52
A média do 1º Ciclo da percepção da carga de trabalho2 dos alunos é de 2,2. Assim, existem 12
cursos cuja média da percepção da carga de trabalho é igual ou superior à média do 1º Ciclo,
como por exemplo Informática e Gestão de Empresas (M=2,4). Por outro lado, 5 cursos
possuem uma média inferior à média do 1º Ciclo, como por exemplo Ciência Política (M=2,0).
2
A carga de trabalho refere-se à percepção dos alunos sobre a carga horária semanal do curso e sobre o volume de trabalho
exigido no curso.
53
Gráfico 4.3.5. 1º Ciclo: Estratégias Activas de Aprendizagem
Antropologia
Finanças
Gestão
Gestão e Engenharia Industrial
Gestão de Recursos Humanos
História
Marketing
Psicologia
Sociologia
Sociologia e Planeamento
Engenharia de Telecomunicações
Engenharia Informática
Informática e Gestão de Empresas
Economia
* Arquitectura
* Ciência Política
* Finanças e Contabilidade
Média 1º Ciclo
1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0
Legenda: Escala: 1 – Não descreve o meu comportamento, não é nada disto que faço; 2 - Descreve mal o meu comportamento;
3 - Descreve mais ou menos o meu comportamento; 4 - Descreve bem o meu comportamento; 5 - Descreve muito bem o meu
comportamento, é mesmo isto que eu faço (ver conteúdo da pág. 51). * Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008.
A média do 1º Ciclo da percepção das estratégias de aprendizagem3 dos alunos é de 3,5. Assim,
existem 11 cursos cuja média da percepção das estratégias de aprendizagem é igual ou superior
à média do 1º Ciclo, como por exemplo História (M=3,8). Por outro lado, 6 cursos possuem uma
média das estratégias de aprendizagem inferior à média do 1º Ciclo, como por exemplo
Informática e Gestão de Empresas (M=3,3).
3
As estratégias de aprendizagem referem-se à percepção dos alunos sobre a sua assiduidade às aulas, a sua participação nas
discussões das aulas e a procura que fazem de bibliografia sobre os temas abordados.
54
Gráfico 4.3.6. 2º Ciclo Continuidade: Percepção acerca da Carga de Trabalho
Sociologia
Sociologia e Planeamento
Legenda: Escala: 1 – Abaixo do Adequado; 2 – Adequado; 3 – Acima do Adequado (ver conteúdo da pág. 51).
* Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008.
55
Gráfico 4.3.7. 2º Ciclo Continuidade: Utilização de Estratégias Activas de Aprendizagem
Sociologia
Sociologia e Planeamento
Legenda: Escala: 1 – Não descreve o meu comportamento, não é nada disto que faço; 2 - Descreve mal o meu comportamento;
3 - Descreve mais ou menos o meu comportamento; 4 - Descreve bem o meu comportamento; 5 - Descreve muito bem o meu
comportamento, é mesmo isto que eu faço (ver conteúdo da pág. 51).* Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008
56
O Quadro 4.3.8. e o Gráfico 4.3.8. apresentam os resultados da percepção dos alunos do 2º
Ciclo, Mestrados Temáticos do ISCTE quanto à carga de trabalho exigida nos seus cursos.
1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0
Legenda: Escala: 1 – Abaixo do Adequado; 2 – Adequado; 3 – Acima do Adequado (ver conteúdo da pág. 51).
* Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008; ** Não abriu em 2007/2008
57
A média do 2º Ciclo Temático da percepção da carga de trabalho dos alunos é de 2,1. Assim,
existem 10 cursos cuja média da percepção da carga de trabalho é igual ou superior à média do
2º Ciclo Temático, como por exemplo Sociologia da Saúde e da Doença (M=2,6). Por outro lado,
7 cursos possuem uma média inferior à média do 2º Ciclo Temático, como por exemplo
Economia e Políticas Públicas (M=1,9).
58
Gráfico 4.3.9. 2º Ciclo Temático: Utilização de Estratégias Activas de Aprendizagem
Legenda: Escala: 1 – Não descreve o meu comportamento, não é nada disto que faço; 2 - Descreve mal o meu comportamento;
3 - Descreve mais ou menos o meu comportamento; 4 - Descreve bem o meu comportamento; 5 - Descreve muito bem o meu
comportamento, é mesmo isto que eu faço (ver conteúdo da pág. 51).
* Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008; ** Não abriu em 2007/2008.
A média dos Mestrados Temáticos da percepção das estratégias de aprendizagem dos alunos é
de 3,9. Assim, existem 13 cursos cuja média da percepção das estratégias de aprendizagem é
igual ou superior à média dos Mestrados Temáticos, como por exemplo Comportamento
Organizacional (M=4,3). Por outro lado, 2 cursos possuem uma média das estratégias de
aprendizagem inferior à média dos Mestrados Temáticos, como por exemplo Museologia:
Conteúdos Expositivos (M=3,3).
O Quadro 4.4.1. apresenta a estrutura curricular adoptada na maioria dos cursos de 1º Ciclo do
ISCTE em termos de número de ECTS nas diferentes UCs de carácter obrigatório e UCs de
carácter optativo.
59
Quadro 4.4.1. 1º Ciclo: Estrutura Curricular
ECTS Optativos
ECTS ECTS ECTS ECTS
Dentro e/ou Fora
Obrigatórios Obrigatórios Optativos Optativos Fora
do
Dentro do Fora do Dentro do do
Cursos Departamento/
Departamento/ Departamento/ Departamento/ Departamento/
Escola mas
Escola Escola Escola Escola
Dentro do ISCTE
(%) (%) (%) (%)
(%)
Antropologia 63,3 0 30 6,7 0
Finanças 53,3 43,3 3,3 0 0
Gestão 33,3 56,7 0 0 10
Gestão e Engenharia Industrial 66,7 33,3 0 0 0
Gestão de Recursos Humanos 63,3 33,3 0 0 3,3
História 73,3 0 20 6,7 0
Marketing 56,7 36,7 0 0 6,7
Psicologia 58,3 10 25 6,7 0
Sociologia, Ano Lectivo 2006/2007 50 13,3 0 10 26,7
Sociologia, Ano Lectivo 2007/2008 23,3 40 20 10 6,7
Sociologia Ramo Políticas Públicas,
Ano Lectivo 2007/2008 80 20 0 0 0
Sociologia e Planeamento 70 23,3 6,7 0 0
Engenharia de Telecomunicações e
Informática 90 10 0 0 0
Engenharia Informática 86,7 13,3 0 0 0
Informática e Gestão de Empresas 60 40 0 0 0
Economia 47,8 30 0 0 22,2
* Arquitectura 91,1 5,6 0 0 3,3
* Ciência Política 66,7 26,7 0 0 6,7
* Ciência Política ramo Políticas
Públicas 63,3 36,7 0 0 0
* Finanças e Contabilidade 40 40 16,7 0 3,3
Média 1º Ciclo 61,4 26,1 6,1 2 4,4
Legenda: * Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008
No que respeita à estrutura curricular do 1º Ciclo, verifica-se através do Quadro 4.4.1., que a
média do 1º Ciclo de proporção de ECTS de Unidades Curriculares Obrigatórias dentro do
departamento é de 61,4% e a de ECTS de Unidades Curriculares Obrigatórias fora do
departamento é de 26,1%.
Por sua vez, a média do 1º Ciclo de proporção de ECTS de Unidades Curriculares Optativas
dentro do departamento é de 6,1%, a de ECTS de Unidades Curriculares Optativas fora do
departamento é de 2% e a de ECTS de Unidades Curriculares Optativas fora e/ou dentro do
departamento é de 4,4%.
60
O Quadro 4.4.2. apresenta a estrutura curricular adoptada na maioria dos cursos de 2º Ciclo,
Mestrados de Continuidade do ISCTE em termos de número de ECTS nas diferentes UCs de
carácter obrigatório e UCs de carácter optativo.
Quadro 4.4.2. 2º Ciclo Continuidade: Estrutura Curricular (ECTS)
ECTS ECTS ECTS ECTS
ECTS
Obrigatórios Obrigatórios Optativos Optativos
Optativos Dentro ECTS
Dentro do Fora do Dentro do Fora do ECTS
e/ou Fora do Projecto/
Cursos Departamento Departamento Departamento Departamento Estágio
Departamento/ Dissertação
/ / / / (%)
Escola (%)
Escola Escola Escola Escola
(%)
(%) (%) (%) (%)
Sociologia 35,0 0,0 10,0 5 10,0 0,0 40,0
Sociologia - Espec.
45,0 0,0 0,0 5 10,0 0,0 40,0
Comunicação e Cultura
Sociologia – Outras Espec.: da
Família, Educação e Políticas
Sociais; Sociologia Urbana o
40,0 0,0 5,0 5 10,0 0,0 40,0
Território e do Ambiente;
Sociologia das Organizações,
Trabalho e Empresa
Sociologia e Planeamento 45,0 10,0 0,0 0 5,0 0,0 40,0
** Antropologia - Espec.
60,0 0,0 0,0 0 0,0 5,0 35,0
Património e Identidades
Antropologia - Espec.
56,7 0,0 8,3 0 0,0 0,0 35,0
Multiculturalismo e Identidades
** História Moderna e
Contemporânea - Espec. 45,0 0,0 0,0 0 20,0 0,0 35,0
Sociedade e Política
** História Moderna e
Contemporânea - Espec. 35,0 10,0 0,0 0 20,0 0,0 35,0
Cidades e Património
** História Moderna e
Contemporânea - Espec. 35,0 10,0 0,0 0 20,0 0,0 35,0
Relações Internacionais
Psicologia Social e das
22,5 5,0 22,5 0 0,0 15,0 35,0
Organizações: Profissional
Psicologia Social e das
26,7 5,0 18,3 0 0,0 15,0 35,0
Organizações: Investigação
* Gestão 41,2 0,0 0,0 0 17,6 0,0 41,2
* Gestão e Engenharia
55,0 0,0 10,0 0 0,0 0,0 35,0
Industrial
* Contabilidade 44,1 2,9 0,0 0 11,8 0,0 41,2
* Finanças 29,4 2,9 0,0 0 26,5 0,0 41,2
* Gestão de Recursos
50,0 0,0 0,0 0 10,0 0,0 40,0
Humanos
* Marketing 52,9 0,0 0,0 0 5,9 0,0 41,2
* Engenharia de
Telecomunicações e 35,0 10,0 20,0 0 0,0 0,0 35,0
Informática
* Engenharia Informática -
45,0 0,0 20,0 0 0,0 0,0 35,0
Espec. Multimédia
* Engenharia Informática -
Espec. Sistemas de Informação 40,0 5,0 20,0 0 0,0 0,0 35,0
e Gestão do Conhecimento
* Arquitectura 51,7 3,3 0,0 0 10,0 0,0 35,0
Média Mestrados
42,4 3,1 6,4 0,7 8,4 1,7 37,4
Continuidade
Legenda: * Cursos que entraram em funcionamento em 2007/2008; ** Não abriu em 2007/2008
61
No que respeita à estrutura curricular dos Mestrados de Continuidade, verifica-se que a média
dos Mestrados de Continuidade de proporção de ECTS de Unidades Curriculares Obrigatórias
dentro do departamento é de 42,4% e a de ECTS de Unidades Curriculares Obrigatórias fora do
departamento é de 3,1%.
Por sua vez, a média dos Mestrados de Continuidade de proporção de Unidades Curriculares
Optativas dentro do departamento é de 6,4%, a de ECTS de Unidades Curriculares Optativas
fora do departamento é de 0,7% e a de ECTS de Unidades Curriculares Optativas fora e/ou
dentro do departamento é de 8,4%.
Relativamente às Unidades Curriculares de Estágio e Dissertação ou Projecto, a média dos
Mestrados de Continuidade de percentagens de ECTS de Unidades Curriculares de Estágio é de
1,7% e a de ECTS de Unidades Curriculares de Dissertação ou Projecto é de 37,4%.
62
O Quadro 4.4.3. apresenta a estrutura curricular adoptada na maioria dos cursos de 2º Ciclo,
Mestrados Temáticos em termos de número de ECTS nas diferentes UCs de carácter
obrigatório e UCs de carácter optativo.
63
No que respeita à estrutura curricular dos Mestrados Temáticos, verifica-se através do quadro
3.1.15, que a média dos Mestrados Temáticos de proporção de ECTS de Unidades Curriculares
Obrigatórias dentro do departamento é de 41,4% e a de ECTS de Unidades Curriculares
Obrigatórias fora do departamento é de 7,5%.
Por sua vez, a média dos Mestrados Temáticos de proporção de Unidades Curriculares
Optativas dentro do departamento é de 2,8%, a de ECTS de Unidades Curriculares Optativas
fora do departamento é de 1,1% e a de ECTS de Unidades Curriculares Optativas fora e/ou
dentro do departamento é de 5,3%.
Relativamente às Unidades Curriculares de Estágio e Dissertação ou Projecto, a média dos
Mestrados Temáticos de proporção de ECTS de Unidades Curriculares de Estágio é de 0,7% e a
de ECTS de Unidades Curriculares de Dissertação ou Projecto é de 41,2%.
64
De acordo com o Quadro 4.5.1., verifica-se que foram recebidos 1935 alunos estrangeiros no
ISCTE, sendo que Finanças é um dos cursos que mais alunos estrangeiros recebeu (17,3%).
Pode também observar-se que foram enviados para o estrangeiro 396 alunos, sendo a maioria
de Gestão (54,3%).
O Quadro 4.5.2. apresenta alguns dados relativos ao grau de internacionalização dos cursos do
1º Ciclo do ISCTE, nomeadamente no que diz respeito aos docentes estrangeiros a leccionar no
ISCTE e aos docentes do ISCTE com experiência internacional de docência.
65
No Quadro 4.5.3. podem observar-se alguns dados relativos ao grau de internacionalização dos
cursos do 2º Ciclo, Mestrados de Continuidade do ISCTE, nomeadamente no que diz respeito
aos alunos estrangeiros recebidos no ISCTE e aos alunos do ISCTE enviados para o estrangeiro.
De acordo com o Quadro 4.5.3., verifica-se que foram recebidos 7 alunos estrangeiros no ISCTE,
sendo que Antropologia – Especialidade Multiculturalismo e Identidades é um dos cursos que
mais alunos estrangeiros recebeu (42,9%). Pode também observar-se que foram enviados para
o estrangeiro 45 alunos, sendo a maioria de Gestão (35,6%).
66
O Quadro 4.5.4. apresenta alguns dados relativos ao grau de internacionalização dos cursos do
2º Ciclo, Mestrados de Continuidade do ISCTE, nomeadamente no que diz respeito aos
docentes estrangeiros a leccionar no ISCTE.
67
No Quadro 4.5.5. podem observar-se alguns dados relativos ao grau de internacionalização dos
cursos do 2º Ciclo, Mestrados Temáticos do ISCTE, nomeadamente no que diz respeito aos
alunos estrangeiros recebidos no ISCTE e aos alunos do ISCTE enviados para o estrangeiro.
De acordo com o Quadro 4.5.5., verifica-se que foram recebidos 51 alunos estrangeiros no
ISCTE, sendo que Gestão Internacional (International Management) é um dos cursos que mais
alunos estrangeiros recebeu (56,9%). Pode também observar-se que foram enviados para o
estrangeiro 77 alunos, sendo a maioria de Gestão Internacional (International Management)
(74,0%).
68
O Quadro 4.5.6. apresenta alguns dados relativos ao grau de internacionalização dos cursos do
2º Ciclo, Mestrados Temáticos do ISCTE, nomeadamente no que diz respeito aos docentes
estrangeiros a leccionar no ISCTE.
69
70
5. Sistema de Monitorização e Garantia da Qualidade
71
72
A mudança pedagógica foi acompanhada pelas estruturas já existentes no ISCTE com
competências a este nível: Conselho Pedagógico e Conselhos de Ano. Contudo, a preparação e
implementação do modelo de Bolonha também foram acompanhadas pela introdução de novos
sistemas de monitorização e garantia da qualidade.
- Monitorização da carga de trabalho – o Conselho Pedagógico elaborou uma proposta de
validação do planeamento das unidades curriculares e da carga de trabalho do aluno. A proposta
foi elaborada tendo em consideração os conceitos e princípios básicos sugeridos pelo projecto
de referência Tuning Educational Structures in Europe e visou propor um Sistema de Validação
da Carga de Trabalho dos alunos.
- Implementação da avaliação e monitorização pedagógica ao nível do ISCTE –
implementação de um sistema em todas as licenciaturas e mestrados de continuidade que
contempla uma Avaliação Intercalar e uma Avaliação final.
A avaliação intercalar tem como objectivos: obter indicadores específicos ao nível da turma
sobre a evolução do processo de ensino e de aprendizagem;
− dar a possibilidade de, em tempo útil, as opiniões dos alunos serem levadas em
consideração pelos docentes na melhoria do processo pedagógico;
− proporcionar aos professores informação específica que permita o eventual
reajustamento das suas práticas pedagógicas, tendo em atenção o feedback dos
seus alunos.
A avaliação realiza-se a meio do semestre e é constituída por duas etapas principais, uma
primeira realizada que implica uma reunião de turma/ano só com os alunos e coordenada pelos
delegados de ano para identificar os “Pontos Fortes e Pontos a Melhorar” relativamente a cada
UC; uma reunião envolvendo os docentes para análise das opiniões dos alunos e decisão sobre
medidas a implementar.
A avaliação final corresponde a um inquérito aplicado no final de cada semestre com o objectivo
de avaliar a qualidade pedagógica segundo a perspectiva dos discentes.
Este sistema é desenvolvido pelo Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino (GAQE) e pelo
CP. Este inquérito engloba grupos de questões sobre: satisfação com o ISCTE, o Curso, as
Unidades Curriculares e os Docentes; opinião sobre o curso frequentado e sua estruturação;
opinião sobre a qualidade das unidades curriculares; percepção das estratégias de
aprendizagem dos próprios alunos; opinião sobre as práticas pedagógicas dos docentes; opinião
dos alunos sobre os aspectos positivos e a melhorar. Relativamente à opinião da qualidade das
unidades curriculares, práticas pedagógicas dos docentes e estratégias de aprendizagem dos
alunos incluem-se questões específicas aos pressupostos do modelo de Bolonha.
73
- Avaliação global - corresponde à realização deste relatório de concretização do Processo de
Bolonha, o qual terá uma periodicidade anual.
Os resultados do nível de satisfação dos alunos do 1º Ciclo do ISCTE relativos aos anos lectivos
em análise são apresentados no Quadro 5.1.1.
De acordo com os resultados (Quadro 5.1.1.), os alunos que frequentam o 1º ciclo no ISCTE
reportam níveis elevados de satisfação, bastante acima do ponto médio da escala. Os alunos de
Ciência Política são os que reportam um nível de satisfação mais elevada com o ISCTE (M=8,5),
os de Finanças com o curso (M=8,3) e com as unidades curriculares (M=7,5), e os de
Antropologia com os Docentes (M=7,3).
Por outro lado, os alunos com níveis de satisfação mais baixos com o ISCTE e com o curso são
os de Sociologia e Planeamento M=6,5 e 6,3 respectivamente), enquanto os de Arquitectura
74
reportam os níveis de satisfação mais baixos com as unidades curriculares (M=5,9) e com os
docentes (M=6,4).
75
Os resultados do nível de satisfação dos alunos do 2º Ciclo, Mestrados Temáticos do ISCTE
relativos aos anos lectivos em análise são apresentados no Quadro 5.1.3.
Os resultados revelam que os alunos que frequentam o 2º ciclo Temático no ISCTE reportam
níveis elevados de satisfação. Os alunos de Gestão de Serviços de Saúde são os que revelam
um grau de satisfação mais elevado com o ISCTE (M=7,9), com o curso (M=8,2), com as
unidades curriculares (M=8,4) e ainda com os docentes (M=9,1).
Os alunos com níveis de satisfação mais baixos, embora acima do ponto médio da escala, com o
ISCTE e com o curso são os de Direito das Empresas (M=5,9 e 6,0, respectivamente). Em
relação às unidades curriculares (M=6,0) e aos docentes (M=6,4), os alunos de Museologia:
Conteúdos Expositivos são os que apresentam um nível de satisfação mais baixo.
76
5.2. Opinião dos Docentes e Alunos sobre a Implementação do Processo de Bolonha
Com o objectivo específico de reflexão sobre os dois primeiros anos lectivos com Bolonha foram
elaboradas reuniões das comissões pedagógicas (com discentes e docentes), reuniões de
docentes e outros mecanismos de participação dinamizados pelos Departamentos e comissões
pedagógicas. Estes contributos foram apresentados em diferentes moldes, alguns sobre a forma
de relatório (e.g., Psicologia, DCTI) outros sobre a forma de Acta (e.g., Gestão). Estas acções
permitiram recolher opiniões de docentes e alunos sobre o processo de Bolonha que foram
integradas nos relatórios elaborados para cada curso e neste relatório. Nomeadamente,
permitiram identificar os exemplos de boas práticas na preparação e processo de implementação,
bem como identificar os pontos fortes e aspectos a melhorar que são apresentados nos capítulos
3 e 6.
77
78
6. Medidas e Acções de Apoio ao Estudante
79
80
6.1. Sucesso Escolar
O Quadro 6.1.1. apresenta um indicador de sucesso escolar recolhido para efeitos do presente
relatório, o qual diz respeito à percentagem de alunos do 1º Ciclo que concluíram o ciclo de
estudos até 31 de Setembro.
Através dos dados do Quadro 6.1.1. verifica-se que, a média global de sucesso escolar no 1º
ciclo é de 66,5%, ou seja, esta percentagem de inscritos no último ano terminou com sucesso
esse nível de formação superior. Em 6 licenciaturas o nível de sucesso escolar excede o valor da
média global, destacando-se o curso de Marketing, em que 89,2% dos finalistas terminaram a
sua formação de 1º ciclo nesse ano lectivo. Abaixo da média situam-se 8 cursos, como por
exemplo, a licenciatura de Engenharia de Telecomunicações e Informática (30%).
81
O Quadro 6.1.2. apresenta um indicador de sucesso escolar recolhido para efeitos do presente
relatório, o qual diz respeito à percentagem de alunos do 2º Ciclo, Mestrados de Continuidade
que concluíram o ciclo de estudos até 31 de Setembro.
Através dos dados do Quadro 6.1.2. verifica-se que, a média global de sucesso escolar no 2º
ciclo de continuidade é de 15,8%, ou seja, esta percentagem de inscritos no último ano terminou
com sucesso esse nível de formação superior. Em 2 mestrados de continuidade, o nível de
sucesso escolar excede o valor da média global, destacando-se o curso de História Moderna
Contemporânea, em que 36,8% dos finalistas terminaram a sua formação de 2º ciclo de
continuidade nesse ano lectivo. Abaixo da média situam-se 3 cursos, como por exemplo,
Antropologia – Especialidade Multiculturalismo e Identidades (1,0%).
O Quadro 6.1.3. apresenta um indicador de sucesso escolar recolhido para efeitos do presente
relatório, o qual diz respeito à percentagem de alunos do 2º Ciclo, Mestrados Temáticos que
concluíram o ciclo de estudos até 31 de Setembro.
82
Através dos dados do Quadro 6.1.3. verifica-se que, a média global de sucesso escolar no 2º
ciclo temático é de 34,5%, ou seja, esta percentagem de inscritos no último ano terminou com
sucesso esse nível de formação superior. Em 5 mestrados temáticos, o nível de sucesso escolar
excede o valor da média global, destacando-se o curso de Risco, Trauma e Sociedade, em que
70% dos finalistas terminaram a sua formação de 2º ciclo temático nesse ano lectivo. Abaixo da
média situam-se 6 cursos, como por exemplo, Família e Sociedade (17%).
83
6.2. Competências Transversais e Extracurriculares
A promoção do desenvolvimento de competências transversais foi realizada principalmente
através dos seguintes tipos de estratégias:
- Criação de Unidades Curriculares com esse objectivo – introdução de unidades curriculares,
nos planos de estudo, com objectivos específicos de desenvolvimento deste tipo de
competências (e.g., as UCs de Competências Académicas I, Competências Académicas II e
Epistemologia e Fundamentos do Pensamento Crítico na Licenciatura de Psicologia);
- Utilização de métodos de avaliação que visam desenvolver e promover estas competências –
na maioria dos cursos generalizou-se a adopção de maior diversidade de modelos avaliativos
que permitam desenvolver e promover competências transversais como, por exemplo, a
capacidade de trabalho em grupo, a organização e gestão de tempo, a exposição e
argumentação oral;
- Envolvimento dos estudantes em actividades de natureza científica - ao nível das
competências extracurriculares, é de salientar o envolvimento dos estudantes em vários tipos de
actividades de natureza científica. Por um lado foram envolvidos em Conferências e Seminários,
quer participando na sua organização, quer assistindo às comunicações. Por outro lado,
nalgumas áreas, foi possível integrar os estudantes em Projectos de Investigação através da
promoção de estágios de iniciação à investigação (e.g, no Departamento de Psicologia em
articulação com o Centro de Investigação e Intervenção Social).
Se considerarmos que estes últimos dois anos são efectivamente anos de transição para o
modelo pedagógico de Bolonha, é difícil, no momento actual, precisar quanto à inserção na vida
activa por parte dos alunos do ISCTE. O presente modelo implementado permite aos alunos que
terminam o 1º ciclo, escolher uma de duas vias: por um lado, ingressar directamente na vida
activa, por outro lado, prosseguir estudos de mestrado, o que contribui para esta dificuldade de
recolher dados de inserção no mercado de trabalho.
No entanto, não nos podemos cingir a esta restrição que por si não é sinónimo de resultados
negativos. Antes pelo contrário, deverá contribuir para o mesmo efeito que se tem observado ao
longo dos últimos anos (pré-Bolonha), o qual se reflecte nos seguintes resultados:
84
concluíram a licenciatura no ISCTE no ano lectivo de 2005/2006, podemos verificar que cerca de
45% dos alunos do ISCTE encontraram emprego até um ano após a conclusão da licenciatura,
51% enveredaram por outras opções, nomeadamente prosseguir estudos, estágios remunerados
ou bolsas de investigação e, por último, apenas 4% se encontravam no desemprego.
No que respeita ao panorama nacional, podemos constatar que o ISCTE é um Instituto Superior
de prestígio no mercado de trabalho, assegurando, de um modo geral, a empregabilidade dos
seus alunos finalistas. A comprová-lo estão os dados constantes no Relatório “A procura de
emprego dos Diplomados com habilitação superior”, do Gabinete de Planeamento, Estratégia,
Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (2008), onde podemos observar que o ISCTE não consta das listagens das
Universidades e respectivos Cursos com maior número de desempregados a nível nacional.
Considerando a transição já referida, estima-se que apenas no final do presente ano seja
possível obter dados concretos acerca da inserção na vida activa dos alunos, de acordo com as
suas opções, quanto à generalidade dos cursos leccionados no ISCTE, à excepção da Escola de
Gestão.
Devido à sua dimensão dentro do ISCTE, a Escola de Gestão efectua relatórios anuais sobre a
inserção na vida activa dos seus alunos. Os dados decorrentes destes demonstram que o ISCTE
é uma boa opção em termos de empregabilidade, uma vez que, em relação aos últimos dois
anos lectivos (2006/2007 e 2007/2008), 53% dos alunos já se encontram empregados, 40%
optaram por prosseguir estudos ou encontram-se em processo de recrutamento e, apenas 14%
dos alunos se encontram desempregados.
Para além disto é importante ter em conta que estes resultados se relacionam com a missão do
OBIS e do GAQE, no ISCTE, em geral e do CRESP – Career Service na ISCTE Business School
– em particular, que é a promoção da imagem dos alunos dos diferentes cursos e a facilitação
entre a “procura” e a “oferta”, constituindo um elo de ligação eficiente entre os alunos finalistas à
procura de trabalho e as organizações que pretendem recrutar talentos.
Por outro lado, é ainda de destacar algumas iniciativas tomadas pelos Departamentos/Escola
que contemplaram esta necessidade de aumentar a inserção na vida activa aquando da
elaboração dos planos de estudo. Nomeadamente, na maioria dos cursos foram introduzidos:
85
projectos/dissertações (2º ciclo) em meio empresarial (e.g., Psicologia, Gestão).
86
7. Conclusões e Medidas para Consolidar a Qualidade do
Ensino: Bolonha II
87
88
O presente relatório constituiu uma oportunidade para analisar os dois primeiros anos lectivos
com cursos a funcionar de acordo com o Modelo de Bolonha. De acordo com o exposto ao longo
do relatório, o Processo de Bolonha foi preparado e implementado no ISCTE através da
introdução de uma série de sistemas e medidas, tendo em consideração quer os princípios de
Bolonha, quer a legislação associada. É ainda de destacar que os novos planos curriculares
foram desenhados, também, tendo como referência práticas de universidades europeias.
Verifica-se que os cursos de Bolonha apresentam uma definição formal dos objectivos de
aprendizagem e identificam as competências que os alunos devem adquirir, sendo a sua
organização, o planeamento das unidades curriculares e os modelos de avaliação construídos
de modo a promover o alcance dos mesmos.
De um modo geral, foi possível dar início à mudança que coloca o aluno no centro do processo
de ensino - aprendizagem e que requer maior trabalho autónomo da sua parte, desenvolvimento
de competências genéricas (transversais e extracurriculares) a par das competências específicas,
bem como a monitorização dos progressos e do sucesso escolar e profissional.
89
Quadro 7.1. Pontos fortes e Aspectos a melhorar
Pontos Fortes
1. Adaptação dos planos curriculares ao modelo de Bolonha realizada de acordo com a legislação, em tempo útil
e tendo como referência modelos internacionais e nacionais;
5. Maior responsabilidade atribuída quer ao docente quer ao aluno, no processo de aprendizagem e maior
valorização do papel das competências nesse processo;
6. Contacto docente – aluno mais próximo, promovido através das práticas laboratoriais ou tutoriais, pelos
atendimentos semanais e por reuniões pedagógicas;
12. Início da criação de unidades curriculares com o objectivo de desenvolver competências transversais e
extracurriculares e maior utilização de métodos apropriados de avaliação;
13. Introdução de estágios académicos no 1º e 2º ciclo com o objectivo de aplicar competências adquiridas,
desenvolver novas competências e promover a inserção do aluno na vida activa.
Aspectos a Melhorar
- Aumentar a interdisciplinaridade;
- Adequar a carga de trabalho e a sua distribuição por horas de trabalho autónomo e de contacto
- Mudar os hábitos e estratégias de trabalho dos alunos no sentido destas serem mais activas, autónomas e
orientadas para o desenvolvimento de competências;
- Garantir a formação pedagógica dos docentes, quer sobre o paradigma de ensino-aprendizagem associado à
mudança de Bolonha, quer sobre instrumentos de apoio à leccionação;
90
Bolonha II – Objectivos e Acções
Face à avaliação realizada, importa continuar o esforço de melhoria através da concretização do
processo de “Bolonha II”, a iniciar em Janeiro com a análise e discussão dos resultados deste
relatório.
Os aspectos a melhorar acima identificados, e outros que venham a resultar da discussão geral
do relatório, têm de ser devidamente articulados com o Programa de Desenvolvimento
estratégico do ISCTE para 2009-2013.
De acordo com esse Programa estratégico para 2009-2013, foram já definidos os seguintes
objectivos e medidas a implementar.
91
Proceder à separação entre aulas teóricas, aulas práticas e aulas laboratoriais sempre
que isso seja viável, optimizando as dimensões de cada tipo de turma de acordo com os
respectivos objectivos pedagógicos: todas as licenciaturas até 2009.
Criar prémios pedagógicos, de diversos tipos, para professores: a partir de 2010.
Assim, o Plano de Acção de Bolonha II (PAB2) deverá integrar os “aspectos a melhorar” agora
identificados com estes objectivos e medidas de desenvolvimento estratégico o qual será
complementado pelos ajustamentos e melhorias específicas requeridas em cada curso de
acordo com a análise efectuada pela respectiva coordenação em cada Departamento/Escola.
92
Bibliografia
Caetano, A., Silva, S., Nunes, F., e Nascimento, G. (2007). Relatório de Satisfação e Qualidade
Percebida: Inquérito aos Alunos das licenciaturas 2006/2007. Lisboa. Gabinete de
Avaliação e Qualidade do Ensino.
Caetano, A., Velada, R., e Marques, M. J. (2008). Relatório de Satisfação e Qualidade Percebida:
Inquérito aos Alunos do 1º ciclo 2007/2008 2º Semestre. Lisboa. Gabinete de Avaliação
e Qualidade do Ensino.
Caetano, A., Velada, R., Ramalho, N., Nascimento, G. e Nunes, F. (2008). Relatório de
Satisfação e Qualidade Percebida: Inquérito aos Alunos do 1º ciclo 2007/2008 1º
Semestre. Lisboa. Gabinete de Avaliação e Qualidade do Ensino.
CIPES (2008). A Rede Pública de Ensino Superior: Um Olhar sobre o Acesso.
Conselho Pedagógico (2006). Monitorização da Carga de Trabalho. Projecto de Validação do
Planeamento das UC e da Carga de Trabalho do Aluno. Retirado do portal de informação
interna do ISCTE em 5 de Dezembro de 2008.
Diário da República, I Série-A n.º37 de 22 de Fevereiro de 2005, Decreto-Lei n.º 42/2005.
Diário da República – I Série-A, n.º 60 de 24 de Março de 2006, Decreto-Lei n.º 74/2006.
Diário da República, II Série-n.º62 de 28 de Março de 2008, Despacho n.º 9179/2008.
Diário da República, I Série-n.º121 de 25 de Junho de 2008, Decreto-Lei n.º 107/2008.
Directorate-General for Education and Culture (2005). ECTS Users’ Guide: European credit
transfer and accumulation system and the diploma supplement. Brussels: Directorate-
General for Education and Culture.
Ferreira, A. C., Caetano, A., e Góis, R. (2008). Inquérito sobre a Empregabilidade e os Percursos
de Inserção Profissional dos Licenciados em 2005/2006. Lisboa. Observatório ISCTE da
Inserção Sócioprofissional dos Diplomados e Gabinete de Avaliação e Qualidade do
Ensino.
Gabinete de Apoio ao Aluno (GAA) (2008). Relatório Workshop Métodos de Estudo. Retirado de
http://gaa.iscte.pt/wp-content/microsoft-word-relatorio-workshop-metodos-de-estudo-
pdf.pdf em 2 de Dezembro de 2008.
Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (2008). A procura de emprego dos
Diplomados com habilitação superior.
ISCTE (2008). Estatutos do ISCTE-IUL. Retirado do portal de informação interna do ISCTE em 2
de Dezembro de 2008.
93
ISCTE (2008). Programa de Desenvolvimento do ISCTE, 2009-2013.. Retirado do portal de
informação interna do ISCTE em 2 de Dezembro de 2008.
Lima, M. L., Nunes, F., Silva, S., Casanova, J. L., e Gomes, C. (2006). Avaliação do Processo de
Ensino/Aprendizagem no ISCTE. Retirado do portal de informação interna do ISCTE em 5
de Dezembro de 2008.
Tuning Educational Structures in Europe (2002). Closing Conference. Retirado de
http://www.relint.deusto.es/TUNINGProject/documentos/Conference-Booklet.pdf em 31 de
Outubro de 2008.
94
Anexos
Anexo 1. Relatórios de Curso - Concretização do Processo de Bolonha
95
Anexo 2. 1º Ciclo: Pontos Fortes e Aspectos a Melhorar
Cursos Pontos Fortes Aspectos a Melhorar
Engenharia Informática • Reorganização curricular que valoriza formação e competências • Introdução de algumas alterações no plano curricular, nomeadamente melhorar a
específicas e simultaneamente aquisição de competências distribuição das Ucs por anos/semestres e melhorar a articulação entre UCS
genéricas “soft skills” optimizando a possibilidade de realização de Projectos transversais a várias UCs.
Engenharia de • Esforço e empenho do corpo docente na adaptação ao modelo • Mudança de hábitos de trabalho dos alunos de modo a reforçar o papel da
Telecomunicações e de Bolonha garantindo qualidade aquisição de competências e conhecimentos
Informática • Alunos de 1ºciclo optam por continuar no 2ºciclo oferecido na
mesma área no ISCTE
Informática e Gestão de • Oferta de uma boa formação na área de Informática, curriculum • Continuar a investir na mudança de hábitos de estudo dos alunos, para que este
Empresas muito próximo da generalidade dos cursos de engenharia seja mais orientado para a aquisição de competências e conhecimentos
Informática • Aumentar o nível de aprovação fundamentalmente no primeiro ano.
• Oferta de uma formação que permite integração entre • Reflectir sobre a carga horária dos alunos que é por eles considerada muito
Informática e Gestão elevada.
• Extensão das unidades curriculares consideradas adequadas • Reflectir sobre o desequilíbrio do rácio da população feminina no rácio total de
pelos alunos alunos da licenciatura
96
Psicologia • Alargamento do âmbito da Licenciatura, consolidada no espaço • Melhorar o plano de estudos da Licenciatura e a sua articulação interna com o
nacional, com médias de entrada consistentemente altas e boa mestrado de continuidade, através da redução média de horas de contacto, da
taxa de inserção na vida activa. uniformização do número de ECTS de todas as UCs.
• A Construção de um curriculum em Psicologia de acordo com • Aumento da mobilidade nacional e internacional dos alunos e professores, através
padrões europeus. da introdução do inglês no 1º ciclo, da maior utilização de programas e recursos que
• Maior flexibilidade em relação à construção desse currículo por promovam a mobilidade de docentes e pela sugestão da criação pelo ISCTE de um
parte de cada um dos alunos. fundo de comparticipação à mobilidade europeia dos alunos.
• Investimento dos docentes na articulação e consolidação de • Melhoria das condições pedagógicas, através da formação pedagógica dos
syllabus e o desenvolvimento de uma reflexão sobre como docentes possibilitando a clarificação das características e exigências do novo
padronizar o material a indicar aos alunos. modelo de ensino-aprendizagem; da clarificação aos alunos sobre as
• Existência de discussões, ao longo do tempo, por forma a características e exigências do novo modelo de ensino-aprendizagem; através da
reflectir sobre o processo de ensino-aprendizagem. remodelação do site do Depso; da efectiva existência regular de tempos lectivos em
• Uma maior responsabilidade atribuída tanto ao docente como ao horário nocturno para estudantes em tempo parcial; da generalização da utilização
aluno, no processo de aprendizagem e a maior valorização de da plataforma de ensino à distância (E-learning), através do aumento das cadeiras
competências e da prática. comuns com outras licenciaturas do ISCTE e do estreitamento das relações com
• As respostas dadas e o trabalho desenvolvido em relação aos faculdades onde existam licenciaturas em psicologia, estabelecendo protocolos de
planos de creditações. intercâmbio de alunos para que obtenham créditos em Ucs que não existem nas
possibilitado nas práticas laboratoriais ou tutoriais e pela • Promoção do sucesso escolar e empregabilidade, através da maior articulação
definição formal de horários de atendimento semanais. Promoção do sucesso escolar e empregabilidade, através da maior articulação
• Investimento na qualificação do corpo docente, o que resultou entre o treino de competências pessoais e académicas e as actividades de
numa qualificação actualmente muito elevada. intervenção do Gabinete de Apoio ao Aluno do ISCTE; da reflexão sobre possíveis
• A proximidade dos estudantes com a investigação, através do novos dispositivos para monitorização do progresso das aprendizagens dos alunos
Laboratório (LAPSO) ou na participação curricular nas ao longo dos semestres; através da criação de um Plano de Monitorização do
investigações do Departamento ou no CIS/ISCTE. progresso das aprendizagens e da integração de todos os alunos; e através da
• Os mecanismos de monitorização pedagógica estão mais articulação entre o grupo de Imagem do DEPSO e o GMIVA para promover a
inserção dos discentes na vida activa e à monitorização dos seus percursos
97
estruturados, eficientes e eficazes. profissionais.
• Propostas com vista a uma ainda maior articulação ensino-investigação, através da
integração dos alunos nas investigações do CIS pelas UCs de Competências
Académicas; da divulgação e promoção da adesão dos alunos às vagas para
estagiários de investigação no CIS e às Bolsas de Iniciação à Investigação (BII)
financiadas pela FCT., e através da promoção da política de publicações cientifico-
pedagógicas de membros do Departamento, como manuais.
• Insuficiência de recursos docentes do departamento, devido ao aumento da carga
horária.
• Recursos administrativos insuficientes para responder às mudanças administrativas
implicadas no processo de Bolonha.
• Necessidade de mais reflexão sobre a promoção de maior autonomia dos alunos no
seu processo de aprendizagem.
Antropologia • Renovação da licenciatura em Antropologia com maiores • Avaliação insuficiente dos efeitos produzidos pelo processo de Bolonha nos
preocupações de adequação às principais questões e problemas curricula das diferentes UCs, com a decorrente correcção dos efeitos dos anos de
da contemporaneidade; transição e ajustamento dos conteúdos e modelos de aprendizagem;
• Consolidação dos protocolos internacionais estabelecidos com • Aumentar a visibilidade dos saberes e competências dos antropólogos e aumentar
universidades de excelência, potencializando as permutas de a publicitação ao nível da opinião pública.
professores e alunos estrangeiros;
• Identificação de entidades públicas ou privadas para parcerias
de projectos de investigação e desenvolvimento de uma política
de articulação entre o Departamento e os Centros de
Investigação do ISCTE.
98
História • Criação da figura do Estudante em Regime de Tempo Parcial • Alteração da licenciatura em História para História Moderna e Contemporânea com
virá melhorar os indicadores de sucesso escolar, que modificações na designação de algumas UCs; reforço da carga das optativas
actualmente são muito baixos. interdisciplinares, suprimindo-se as optativas em História existentes no currículo
• Elevado nível de satisfação dos estudantes com o Curso, com a anterior; possibilidade de atribuição de uma graduação “minor” em qualquer outra
actividade docente e com o apoio do secretariado do licenciatura do ISCTE, correspondendo a 5 UC e 30 créditos ECTS;
Departamento de História. • Alargamento, em 2009/2010, de algumas UCs a alunos que são Professores do
• Elevado nível de qualificação académica do corpo docente e a Ensino Básico e Secundário, no âmbito da formação contínua a que estão
progressão obtida no último biénio. obrigados pelo Estatuto da Carreira Docente.
• A persistência do corpo docente na articulação do trabalho • No âmbito da internacionalização: reforço da saída de estudantes do ISCTE (o
acompanhado dos estudantes em sala de aula com trabalho em objectivo apontado é de 10 para 2009/2010); promoção do intercâmbio de
grupos ou individual de tipo tutorial. professores em regime de visiting teacher, se possível não limitado aos períodos de
• Pluralidade de métodos de pesquisa e estudo e de forma de licença sabática, desde que salvaguardado o cumprimento dos planos curriculares
apresentação dos resultados obtida no conjunto das unidades dos cursos oferecidos pelo Departamento; integração de uma rede inter-
curriculares. universitária no âmbito do programa Erasmus Mundos II para 2010/2011 e
• Trabalho de apoio garantido pelo secretariado do Departamento 2011/2012 (hipótese ainda em fase de estudo); eventual oferta de duas UC em
na difusão dos materiais pedagógicos, das acções extra- língua inglesa em 2010/2011 aos estudantes estrangeiros do ISCTE e admissão
curriculares, na informação sobre percursos individuais e na aberta aos estudantes da Licenciatura - optativa em História (esta hipótese só será
despistagem de situações individuais problemáticas ou de concretizável se a carga horária docente o permitir).
obstáculos ao bom funcionamento do conjunto. • Reflectir sobre as implicações próprias do Processo de Bolonha, como a redução
• A imagem externa favorável e o aumento da visibilidade de do curso para três anos e a consequente redução de conteúdos e formação.
alunos de História do ISCTE. • Repensar a problemática da progressão insuficiente nas competências adquiridas
no decurso dos anos lectivos, detectada no segmento dos estudantes com
rendimento escolar de nível médio e baixo.
• Corrigir algumas situações em que existam unidades curriculares a repetir
conteúdos programáticos.
Economia • Racionalização dos programas tendo em conta as competências • Harmonização do número de ECTS em todas as UCs, embora, as mesmas, não
que se pretendiam transmitir. apresentem a mesma carga no que se refere ao número de horas de contacto
99
• A programação rigorosa dos tempos de trabalho do Processo de docente/discentes.
Bolonha permitiu o aumento da quantidade de informação • Adequação da natureza das UCs (mais gerais, específicas, dentro da mesma área
disponível aos discentes; a distribuição da carga de trabalho pelo científica, fora da área científica, obrigatórias e optativas) dependendo de cada ano
semestre, motivando os discentes para a avaliação contínua e curricular da licenciatura. Sendo que o 1º ano é mais geral e o 3º mais específico. A
para a aquisição continuada de conhecimentos e competências; flexibilidade do 3º ano pode ter ainda como consequência importante mobilizar os
e permitiu o aumento do grau de comunicação entre os docentes discentes para a frequência de um 2º ciclo que permita complementar os seus
e discentes. estudos num ramo de conhecimento que os motive mais fortemente.
• Promoção da interdisciplinaridade, utilizando como pretexto a • Aproximação da licenciatura em Economia aos curricula das licenciaturas
necessidade de conferir uma aplicação prática das matérias, leccionadas na ISCTE Business School.
conduzindo a uma interacção entre UC de diferentes áreas • Intensificar o papel dos tutores, envolvendo o Coordenador de Licenciatura e os
científicas. Coordenadores de Ano.
• Imbuir os discentes do espírito inerente ao Processo de Bolonha, levando-os a
adoptar uma postura mais participativa e activa na sala de aula contra a postura
passiva de esperar pela exposição da ideia pelo docente.
• Participação dos docentes em acções de formação pedagógica no sentido de
adaptarem os seus métodos de trabalho às novas exigências.
• Repensar o sistema de avaliação baseado na avaliação contínua, uma vez que, o
mesmo, torna difícil integrar os trabalhadores-estudantes.
• Criar apoios necessários para que o novo método de trabalho funcione em pleno: a
plataforma de e-learning continua a funcionar mal.
• Reflectir sobre questões colocadas pelos discentes, como a aversão dos mesmos
em assistirem a aulas ministradas em inglês ou realizar/apresentar trabalhos
escritos e/ou orais em inglês, a falta de motivação dos discentes para assistirem às
aulas participarem nas aulas, ou estudarem de forma continuada, e o facto dos
mesmos consideram que o tipo de controlo exercido na Universidade aumentou em
relação ao ensino secundário.
• Incentivar os discentes a procurar os tutores que lhes foram atribuídos, para colocar
100
as tutorias em prática.
• Repensar a problemática de os Docentes não se sentirem confortáveis a
desempenhar um papel de controlo, utilizando o método expositivo tradicional para
suprir as lacunas na participação e motivação dos discentes.
Finanças • Boas práticas pedagógicas de docentes reconhecidas por alunos, • Divulgação aos alunos (principalmente aos novos alunos), em formato “compacto” e
Finanças e Contabilidade evidenciadas pelo cuidado e rigor com que respondem às questões linguagem simples, os principais aspectos do chamado paradigma de Bolonha.
Gestão e Engenharia dos alunos, à preocupação que revelam sobre o seu estado de • Promover reuniões de todos os docentes no sentido de garantir que estes recorrem
Industrial aprendizagem, o modo como se relacionam com os alunos e os às diversas metodologias de aprendizagem preconizadas pelo Processo de
Gestão envolvem nas actividades de aprendizagem, bem como a maneira Bolonha, nomeadamente as participativas, activas e experimentais.
Marketing
como os motivam para o desenvolvimento de novas competências e, • Reforçar o papel dos Conselhos de Ano na avaliação pedagógica das actividades
Gestão de Recursos
ainda, como conseguem manter a ordem na sala de aulas. lectivas, nomeadamente na melhoria de pontos a melhorar que sejam detectados.
Humanos
• Elevada melhoria do processo de monitorização pedagógica, • Proporcionar formação pedagógica a docentes que, no seio da UC, se conclua que
suportado, a partir do ano lectivo de 2006-2007, num conjunto de dela carecem, integrando-os no “Programa de Desenvolvimento de Competências”,
instrumentos que, pelo seu papel e importância na implementação do a desenvolver pela IBS (cf. Objectivos da IBS: 2009-2014).
Processo de Bolonha, destacamos como pontos fortes do mesmo. • Aprofundar a interligação com empresas e outras organizações e com agências
• Preenchimento e disponibilização a todos os alunos no início do governamentais, de modo a desenvolver as competências dos alunos e a potenciar
período lectivo, a partir do ano lectivo 2006-2007, da Ficha de Unidade as possibilidades de saídas profissionais, em estrita articulação com a figura de
Curricular (FUC), obrigatória em todas as UC dos cursos da IBS e “Professor de Empresa” (cf. Objectivos da IBS: 2009-2014).
assumida como instrumento indispensável de apoio ao processo de • Incentivar a participação dos alunos em actividades que contribuam para o
monitorização pedagógica. desenvolvimento de competências transversais e soft skills (TEAM, acções de
• Planeamento das Aulas (PA), facultativo no ano lectivo 2006- formação e actividades específicas).
2007, obrigatório em todas as UC dos cursos da IBS, a partir do ano • Incentivar os alunos na participação de actividades que contribuam para a inserção
lectivo 2007-2008. Este instrumento exige uma reflexão ex ante sobre na vida activa através de iniciativas como, a título meramente ilustrativo: jogos de
as actividades a desenvolver e a sua distribuição em horas de contacto empresa; estágios; acções comunitárias; vistas de trabalho a empresas e outras
e de trabalho autónomo do aluno, ao longo do período lectivo, e porque organizações.
constitui o instrumento que, por excelência, materializa em actividades • Divulgar as boas práticas pedagógicas, identificadas pelos alunos, como forma de
a desenvolver os objectivos de aprendizagem, a sua correcta utilização
101
ao longo do período lectivo, pelos ajustamentos que permite efectuar, incentivar a pluralidade dos docentes da licenciatura a alinharem práticas e
torna-o uma das peças fundamentais do Processo de implementação procedimentos com essas boas práticas e, complementarmente, contribuir para a
de Bolonha. propositura de benchmarking da licenciatura e o seu enquadramento nos “Prémios
• Avaliação Intercalar, realizada sensivelmente a meio de cada de Excelência Pedagógica” (cf. Objectivos da IBS: 2009-2014).
período lectivo, envolvendo directa e exclusivamente o delegado de • Divulgar as políticas e objectivos do “Contacto Internacional dos Alunos Locais”, de
turma e os alunos da UC e tendo por objectivo central a avaliação do modo a aumentar o nível de internacionalização dos alunos, promovendo a sua
desempenho de cada UC, em termos de pontos fortes e pontos a participação em programas internacionais (cf. Objectivos da IBS: 2009-2014).
melhorar, tem, também, um papel de inegável relevo na • Repensar a problemática da assiduidade, bem como a sincronização das aulas
implementação do citado processo, porque, além de possibilitar a livre teóricas e práticas.
expressão dos alunos sobre o desempenho do docente da UC, vai • Sensibilizar os serviços centrais do ISCTE-IUL para a necessidade de investir mais
permitir que, em reunião de Conselho de ano, haja debate sobre as no equipamento adequado de salas de aula e de laboratórios.
principais questões identificadas em cada turma e, sempre que se • Concluir e implementar, no ano lectivo 2008-2009, o regulamento específico de
conclua da sua pertinência, vai permitir, igualmente, que o docente avaliação de conhecimentos e competências da IBS (REACC), bem como contribuir
possa introduzir alterações no processo pedagógico. para a elaboração e implementação do Código de Conduta Académica do ISCTE-
• Criaram-se turmas suplementares no biénio 2006-2008 em todas IUL.
as UC com um nível de reprovações superior a 50% - com particular • Reflectir sobre o facto de existirem turmas de algumas UC com um número
incidência nas UC de Contabilidade (Financeira e de Gestão); excessivo de alunos, impedindo a aplicação/implementação deste processo.
Matemática e Optimização. • Melhorar o equipamento de salas de aulas, em termos de informática e de meios
• Estipulou-se a obrigatoriedade de todos os docentes audiovisuais.
disponibilizarem 2-3 horas/semana para tirarem dúvidas aos alunos.
• Determinou-se que a última semana de aulas de cada período
lectivo ficaria exclusivamente reservada para esclarecimento de
dúvidas dos alunos.
102
Anexo 3. 2º Ciclo Continuidade: Pontos Fortes e Aspectos a Melhorar
Cursos Pontos Fortes Aspectos a Melhorar
Engenharia Informática • Inovação e actualidade das especializações; • Reestruturação do horário diurno para um regime pós-laboral no ano lectivo
• Qualidade do Corpo docente; 2008/2009, de modo a viabilizar o prosseguimento dos estudos desses alunos.
• Pretende-se tomar medidas para estimular e apoiar o desenvolvimento de
dissertações. Serão dinamizados seminários em que os mestrandos expõem os
seus trabalhos em curso aos colegas do 1º e 2º anos do curso.
Engenharia de • Os conteúdos programáticos e a adequação da avaliação das • A revisão curricular embora já tenha sido feita na altura da criação do METI é um
Telecomunicações e diversas UCs do METI a Bolonha. processo contínuo que deverá ser feito regularmente. Por outro lado, um melhor
Informática • A fácil empregabilidade dos mestres. ajuste entre os conteúdos programáticos e os métodos de avaliação do METI e da
LETI deverá ser outro ponto a melhorar, pois não se pode alterar o conteúdo de um
sem que o outro acompanhe essa alteração.
• Reflectir sobre a problemática de que o horário laboral do METI será o principal
ponto fraco que impede um maior número de candidatos do METI externos ao
ISCTE.
Psicologia Social das • A Construção de um curriculum em Psicologia de acordo com • Melhorar o plano de estudos da Licenciatura e a sua articulação interna com o
Organizações padrões europeus. mestrado de continuidade, através da redução média de horas de contacto; da
• O forte e participado investimento dos docentes do uniformização do número de ECTS de todas as UCs; da concretização dos syllabus
Departamento na articulação e consolidação de syllabus e o das UCs de Estágio em Psicologia Social e das Organizações e de Dissertação em
desenvolvimento de uma reflexão sobre como produzir material Psicologia Social e das Organizações, nesta ultima com calendarização das tarefas
padronizado a indicar aos alunos os objectivos, conteúdos e a realizar antes da entrega da Tese de Mestrado para defesa pública, bem como
competências a serem adquiridas em cada UC. entrega de uma tabela com os critérios a avaliar na tese; através da
• A existência de um grupo responsável pela transição e a disponibilização das optativas aos alunos sem sobreposição de horário e da
organização de reuniões, discussões e Jornadas Pedagógicas realização de várias reuniões com todos os docentes do 1º ciclo e do mestrado de
de forma a suscitar uma reflexão renovada sobre as formas de continuidade com vista à discussão detalhada dos pontos fortes e aspectos a
implementar e de melhorar todos os aspectos do processo melhorar.
103
ensino-aprendizagem. • Aumento da mobilidade nacional e internacional dos alunos e professores, através
• Um contacto mais próximo com dos docentes com os alunos, da introdução do inglês no 1º ciclo, da maior utilização de programas e recursos
possibilitado nas práticas laboratoriais ou tutoriais e pela que promovam a mobilidade de docentes e pela sugestão da criação pelo ISCTE
definição formal de horários de atendimento semanais. de um fundo de comparticipação à mobilidade europeia dos alunos.
• O facto de se ter mantido, durante os trabalhosos anos de • Melhoria das condições pedagógicas, através da formação pedagógica dos
transição, durante os quais o trabalho de gestão e articulação foi docentes possibilitando a clarificação das características e exigências do novo
muito intenso, o investimento do departamento na qualificação modelo de ensino-aprendizagem; da clarificação aos alunos sobre as
do corpo docente, através de dispensas para doutoramento e características e exigências do novo modelo de ensino-aprendizagem; através da
licenças sabáticas, o que resultou no facto de a qualificação ser remodelação do site do Depso; da efectiva existência regular de tempos lectivos
actualmente muito elevada. em horário nocturno para estudantes em tempo parcial; da generalização da
• A proximidade dos estudantes com a investigação, apoiada quer utilização da plataforma de ensino à distância (E-learning), através do aumento das
nos trabalhos práticos no Laboratório (LAPSO), quer na cadeiras comuns com outras licenciaturas do ISCTE e do estreitamento das
participação curricular dos próprios alunos nas investigações do relações com faculdades onde existam licenciaturas em psicologia, estabelecendo
Departamento, quer nas inscritas no CIS/ISCTE. protocolos de intercâmbio de alunos para que obtenham créditos em Ucs que não
existem nas suas licenciaturas.
• Promoção do sucesso escolar e empregabilidade, através da maior articulação
entre o treino de competências pessoais e académicas e as actividades de
intervenção do Gabinete de Apoio ao Aluno do ISCTE; da reflexão sobre possíveis
novos dispositivos para monitorização do progresso das aprendizagens dos alunos
ao longo dos semestres; através da criação de um Plano de Monitorização do
progresso das aprendizagens e da integração de todos os alunos; e através da
articulação entre o grupo de Imagem do DEPSO e o GMIVA para promover a
inserção dos discentes na vida activa e à monitorização dos seus percursos
profissionais.
• Propostas com vista a uma ainda maior articulação ensino-investigação, através da
integração dos alunos nas investigações do CIS pelas UCs de Competências
Académicas; da divulgação e promoção da adesão dos alunos às vagas para
104
estagiários de investigação no CIS e às Bolsas de Iniciação à Investigação (BII)
financiadas pela FCT., e através da promoção da política de publicações cientifico-
pedagógicas de membros do Departamento, como manuais.
• Insuficiência de recursos docentes do departamento, devido ao aumento da carga
horária.
• Recursos administrativos insuficientes para responder às mudanças administrativas
implicadas no processo de Bolonha.
• Necessidade de mais reflexão sobre a promoção de maior autonomia dos alunos
no seu processo de aprendizagem.
Antropologia: • O curso consegue captar um número considerável de alunos • Intensificar acompanhamento das dissertações no quadro da turma para assegurar
Multiculturalismo e vindos da actividade profissional ligada a Organizações Não que as dissertações sejam entregues dentro dos prazos limite.
Identidades Governamentais. • Certificação de ECTS.
• Proveniência diversificada na formação académica dos alunos. • Reflectir sobre o Baixo grau de internacionalização.
Ligação a projectos concretos de intervenção social.
• Vários alunos seguem directamente para doutoramento em
universidades de prestígio.
105
• Realizar protocolos com entidades públicas, autárquicas e privadas;
• Aproveitar melhor os acordos existentes em termos de internacionalização.
106
Finanças • Forte componente prática. • Revisão curricular de alguns programas de acordo com o exame CFA® (Chartered
• Qualidade e disponibilidade do corpo docente. Financial Analyst®).
• Diversidade curricular. • Melhoria do Horário e calendário de exames do 2º semestre
• Elevado grau de Especialização. • Introdução de disciplinas leccionadas em inglês
• Grande capacidade de organização. • Supervisão mais apertada de datas de trabalhos
• Possibilidade de aprofundar conhecimentos de Finanças • Pretende-se implementar nos próximos dois anos um conjunto de medidas
segundo três eixos principais: Instrumentos de apoio à aprendizagem:
implementação em 2007/08 de uma plataforma Web de apoio ao programa,
visando uma mais fácil circulação de informação, disponibilização de materiais,
dinamização da inter acção entre alunos e entre estes e o docentes; incentivo à
apresentação do plano de trabalhos por parte de cada UC, que passará a ser
obrigatório a partir 2009/10. Internacionalização: introdução de UC leccionadas em
inglês e abertura de UC à frequência de alunos estrangeiros de programas de
intercâmbio; alargamento das summer schools aos alunos de mestrado. Melhoria
do processo de monitorização das actividades lectivas: introdução de um inquérito
formal de auscultação da opinião dos docentes sobre o programa e os alunos;
alargamento do âmbito dos temas abordados no inquérito realizado aos alunos,
nomeadamente no que concerne a uma mais fina aferição sobre as cargas de
trabalho nas diferentes UC e no conjunto do programa.
Gestão • Capacidade/Qualidade dos docents • Pretende-se implementar nos próximos dois anos um conjunto de medidas
• Horário segundo três eixos principais: Instrumentos de apoio à aprendizagem:
• Carácter diversificado das UC implementação em 2007/08 de uma plataforma Web de apoio ao programa,
• Disponibilidade e apoio do coordenador do mestrado visando uma mais fácil circulação de informação, disponibilização de materiais,
• Boa componente prática dinamização da inter acção entre alunos e entre estes e o docentes; incentivo à
• Disponibilidade dos docents apresentação do plano de trabalhos por parte de cada UC, que passará a ser
• Equilibrio das componentes teórica e prática obrigatório a partir 2009/10. Internacionalização: introdução de UC leccionadas em
inglês e abertura de UC à frequência de alunos estrangeiros de programas de
107
• Reconhecimento internacional-Bolonha intercâmbio; alargamento das summer schools aos alunos de mestrado. Melhoria
• Disponibilidade dos docentes do processo de monitorização das actividades lectivas: introdução de um inquérito
formal de auscultação da opinião dos docentes sobre o programa e os alunos;
alargamento do âmbito dos temas abordados no inquérito realizado aos alunos,
nomeadamente no que concerne a uma mais fina aferição sobre as cargas de
trabalho nas diferentes UC e no conjunto do programa.
• Reflectir sobre o mau planeamento da época de exames e sobre as aulas não
serem leccionadas em Inglês
Gestão e Engenharia • Diversidade de áreas • Pequenos acertos de conteúdo em algumas das unidades curriculares
Industrial • Qualidade dos docentes • Introdução de uma nova disciplina, genericamente designada por sistemas
• Relevância da componente de operações e logística empresariais que pretende trazer a componente das tecnologias de informação às
• Bom fio condutor entre as unidades curriculares leccionadas e a operações e logística
necessidade do aprofundamento dos temas da licenciatura. • Redistribuição dos conteúdos relevantes das unidades curriculares na área das
• Elevada taxa de empregabilidade. operações e logística
• Passagem a opcional da disciplina conotada com a qualidade, por necessidade de
redução da carga horária e pela popularidade e visibilidade que o tema já vai tendo
nos dias de hoje
• Reajustamento dos tempos das UCs mediante a inclusão de 6h de seminários o
que acaba por ser um pequena compensação relativamente à perspectivada
redução do curso
• Promover o ajustamento das características do produto relativamente às exigências
da procura em termos de conteúdos
• Modernizar a designação de acordo com os ajustamentos de conteúdos
• Ajustar características do produto às exigências da procura em termos da sua
duração
• Balancear a carga de trabalho das diferentes unidades curriculares
108
• Melhorar o encadeamento das unidades curriculares
• Ajustar o tempo de contacto das unidades curriculares em função da experiência
com o sistema de ECTS, de 31 horas (TP=30+OT=1) para 37 horas
(TP=30+S=6+OT=1) para cada UC.
• Introduzir progressivamente disciplinas em Inglês com vista à captação de
estudantes internacionais. Primeiramente, o alvo é a frequência avulso de
disciplinas, para, ao fim de alguns anos, passar a ser a completa leccionação em
língua Inglesa.
• Reflectir sobre a repetição de matérias da licenciatura e sobre o ritmo elevado da
leccionação.
• Repensar sobre as melhorias a serem realizadas nos materiais de apoio, nos
assuntos administrativos e na direcção do curso.
• Reflectir sobre as consequências da elevada empregabilidade que leva à não
continuação dos estudos do 2º ciclo.
Marketing • Qualidade dos docentes. • Pretende-se implementar nos próximos dois anos um conjunto de medidas
• Forte componente prática. segundo três eixos principais: Instrumentos de apoio à aprendizagem:
• Com conteúdo e estrutura das Ucs. implementação em 2007/08 de uma plataforma Web de apoio ao programa,
visando uma mais fácil circulação de informação, disponibilização de materiais,
dinamização da inter acção entre alunos e entre estes e o docentes; incentivo à
apresentação do plano de trabalhos por parte de cada UC, que passará a ser
obrigatório a partir 2009/10. Internacionalização: introdução de UC leccionadas em
inglês e abertura de UC à frequência de alunos estrangeiros de programas de
intercâmbio; alargamento das summer schools aos alunos de mestrado. Melhoria
do processo de monitorização das actividades lectivas: introdução de um inquérito
formal de auscultação da opinião dos docentes sobre o programa e os alunos;
alargamento do âmbito dos temas abordados no inquérito realizado aos alunos,
nomeadamente no que concerne a uma mais fina aferição sobre as cargas de
109
trabalho nas diferentes UC e no conjunto do programa.
• Reflectir sobre a repetição de matéria da licenciatura, sobre a falta de apoio do
coordenador do curso, a desorganização na informação aos alunos sobre o
calendário de exames, a carga horária das UCs desajustadas, sobre o pouco
contacto com a língua inglesa e sobre a semana de interrupção para testes
intermédios não fazer sentido.
Gestão de Recursos • Qualidade dos docentes. • Pretende-se implementar nos próximos dois anos um conjunto de medidas
Humanos • Forte abrangência de GRH. segundo quatro eixos principais: Instrumentos de apoio à aprendizagem:
• Boa articulação dos conteúdos entre as UCs. Implementação em 2007/08 de uma plataforma Web de apoio ao programa,
• Contacto com a realidade empresarial através de convidados de visando uma mais fácil circulação de informação, disponibilização de materiais,
empresas. dinamização da inter acção entre alunos e entre estes e o docentes; Incentivo à
• Disponibilidade dos docentes. apresentação do plano de trabalhos por parte de cada UC, que passará a ser
110
correspondentes ECTS na UC de Projecto/Dissertação; Serão suprimidas 2
unidades curriculares, mantendo-se a oferta de duas optativas, de forma a manter
a flexibilidade do currículo deste programa de estudos; Serão introduzidas horas
de Seminário em todas as UC’s, com vista a ampliar a variedade de competências
a adquirir por parte dos estudantes; No sentido de maximizar a coerência do
percurso pedagógico, alterou-se ainda o posicionamento de duas UC’s nos
semestres.
111