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PRÓLOGO

Ainda que se espantem os fracos e os covardes, é urgente dizer que o


caminho que conduz os valentes à Auto-Realização Íntima é
espantosamente revolucionário e terrivelmente perigoso.
Este é o caminho da Revolução da Consciência! Esta é a senda difícil; a via
que os perversos da raça lunar tanto odeiam.
O caminho é oposto à vida comum e corrente de todos os dias. Baseia-se
em outros princípios e está submetido a outras leis; nisto consiste o seu
poder e o seu significado.
A doutrina de todos os Avataras tem suas raízes nos Três Fatores de
Revolução da Consciência: NASCER, MORRER e SACRIFICAR-SE PELA
HUMANIDADE.
O grande Kabir Jesus sintetizou magistralmente a doutrina da Revolução
da Consciência quando disse: "É necessário que o Filho do Homem padeça
muitas coisas e que seja rejeitado pelos anciões e príncipes, sacerdotes e
escribas; que seja entregue à morte e que ressuscite no terceiro dia... E
acrescentou: Em verdade vos digo que alguns não verão a morte, até que
vejam por si mesmos o reino de Deus".

Samael Aun Weor.

PRIMEIRO FATOR: NASCER

"O Filho do Homem nasce na Nona Esfera; o Filho do Homem nasce da


água e do fogo."
Samael Aun Weor

Vocês sabem muito bem que a Revolução da Consciência tem três fatores:
NASCER, MORRER e SACRIFICAR-SE PELA HUMANIDADE. Nascer é um
problema completamente sexual. No morrer, também entra em função o
sexo, e sacrifício pela humanidade é amor. É claro que o sacrifício se
cumpre através do trabalho esotérico em benefício de todo o mundo.
Comecemos com o primeiro fator: NASCER. Certamente, o homem é um
ser não realizado. Todas as criaturas nascem completas, menos o ser
humano. Um cão nasce como cão e como cão está completo. Uma águia
nasce como águia, dispõe de grandes asas e uma visão maravilhosa que
lhe permite caçar até as serpentes mais distantes; nasce completa. Porém,
o pobre animal intelectual equivocadamente chamado homem não nasce
completo.
Acontece que ele nasce sem os veículos que deveria ter. Nasce sem o
Corpo Astral, sem o Corpo Mental e sem o Corpo Causal. Então, o que é
que nasce? Nasce um corpo físico, um "corpo planetário", com a base vital
e nada mais. O que há mais além disso? O Ego, que é de natureza animal.
E possui uma Consciência o pobre animal intelectual? Sim, ele a tem, mas
está engarrafada no Ego; isso é tudo. Uma CONSCIÊNCIA ADORMECIDA,
uma Consciência, diríamos, condicionada ao seu próprio engarrafamento.
Então, resumindo, ele nasce incompleto. O germe penetra em uma matriz
para se desenvolver convenientemente e, pelo fato de ter nascido, não
significa de modo algum que tenha terminado completamente os seus
processos de desenvolvimento. O germe que se gestou num ventre
materno e que nasceu, que veio ao mundo, é um germe incompleto em
todo o sentido da palavra, porque não possui os CORPOS EXISTENCIAIS
SUPERIORES DO SER. Por outro lado, não terminou sequer de desenvolver
o próprio corpo físico.
O desenvolvimento total do corpo físico processa-se através das várias
idades: 7, 14, até os 21 anos. Graças à ENERGIA CRIADORA, o corpo físico
pode ser gerado no ventre materno. Graças à ENERGIA CRIADORA, o corpo
físico pode continuar seu desenvolvimento através dos 7, 14 e 21 anos de
idade. De maneira que o próprio corpo físico, pelo fato de ter nascido, não
está completo; precisa se desenvolver.
Infelizmente, vemos como os adolescentes já estão fornicando, sem ainda
terem completado seu processo de desenvolvimento. Isto é
manifestamente absurdo, porque essa energia criadora que eles estão
desperdiçando é necessária, indispensável, para completar o
desenvolvimento do corpo físico. De maneira que, honradamente, a
função sexual deveria começar aos 21 anos de idade e não antes, porque
antes o germe que entrou no ventre materno não completou ainda seus
processos de desenvolvimento. Submetê-lo à cópula é algo absurdo.
Observando bem todas estas coisas, meus estimados irmãos, vale a pena
refletir um pouco. Dos 21 anos em diante, a energia sexual está livre para
outras atividades. Antes dos 21 anos a energia sexual só tem um objetivo:
completar o desenvolvimento físico do germe que nasceu, isto é,
completar o desenvolvimento do corpo físico. Após os 21 anos a energia
fica livre.
Depois dos 21 anos de idade, poderíamos usar a energia criadora para
fabricar os Corpos Existenciais Superiores do Ser e chegar ao Segundo
Nascimento. Infelizmente, as pessoas não sabem usar a energia criadora,
essa energia que as fecundou no ventre materno, que permitiu o
desenvolvimento do feto, seu nascimento e crescimento pelas idades dos
7, 14 e 21 anos.
As pessoas não sabem utilizar essa energia quando fica livre. Em vez de
utilizá-la para a sua Realização, completando assim sua construção, já que
o ser humano nasce incompleto, a eliminam do seu organismo. Bem
sabemos que as pessoas extraem do seu organismo o Exiohehari, isto é, o
esperma sagrado. Isto é gravíssimo...
Ao tocarmos nesta questão relacionada com o nascimento, o primeiro
fator da Revolução da Consciência, devemos salientar que a humanidade,
em todos os sentidos, anda involutivamente. Bem sabemos que os
adolescentes não somente gastam o material sexual, a energia criadora
ou ESPERMA SAGRADO, com a cópula, mas ainda adquirem vícios como o
da masturbação. Este vício, infelizmente, tornou-se hoje em dia mais
comum do que lavar as mãos. Os jovens, sejam eles rapazes ou moças,
adquirem esse desgraçado vício e assim arruinam miseravelmente seus
cérebros; se idiotizam. Quantas vontades teriam sido maravilhosas e se
esgotaram! Quantos rostos bonitos murcharam!... E tudo isso por falta de
instrução...
Realmente, tanto rapazes como moças não recebem nas escolas ou
colégios a devida instrução sobre a questão sexual e, claro, o impulso
sexual faz com que sintam a necessidade de fazerem uso do sexo. Como
não têm orientação, em geral trocam idéias, os jovens com seus
amiguinhos e as jovens com suas amiguinhas, e por aí começa o vício
repugnante da masturbação. Esta é a desgraça da nossa época, além de
outros vícios que, infelizmente, também se tornaram comuns, tais como o
homossexualismo e o lesbianismo. Obviamente, os homossexuais são
sementes degeneradas que não servem para nada. As lésbicas,
igualmente, são sementes degeneradas que jamais poderão germinar.
Portanto, os vícios que existem atualmente em relação ao sexo são
insuportáveis. Se os rapazes e as garotas pudessem crescer limpos, com
uma educação sexual perfeita e completa, tudo seria diferente. Se na
verdade os jovens, homens e mulheres, pudessem chegar até a idade dos
21 anos respeitando o sexo, com pureza real, seria algo admirável e
teríamos uma nova geração de seres melhores.
Infelizmente, a pobre humanidade não recebe a educação sexual no
momento em que mais necessita. Se recebessem, chegariam saudáveis à
idade dos 21 anos e isso seria maravilhoso. Se aos 21 anos, no momento
em que a energia sexual fica liberada para qualquer tipo de atividade, a
usassem com o propósito de criar os Corpos Existenciais Superiores do
Ser, isso seria formidável.
Obviamente, creio que vocês já conhecem a chave da alquimia: não
ignorar o adágio latino que diz: Imnisium membrum virilis in vaginam
faemina sine ejaculatio seminis. Em síntese, diríamos: união do lingam-
yoni sem derramar jamais a taça de Hermes Trismegisto, o Três Vezes
Grande Deus Ibis De Thot.
Como vocês vêem, estou dando a chave – simples e clara – porém em
linguagem decente, porque ao instruir os estudantes e falar dos mistérios
do sexo, deve-se fazê-lo com modéstia e de forma viva, jamais em estilo
vulgar. Isto seria muito grave para nós, seria uma infelicidade, se
formariam conceitos errôneos sobre os nossos ensinamentos. Obviamente,
o desejo refreado transmutará completamente o esperma sagrado em
energia criadora.
Bem, é conveniente que vocês saibam que a energia sexual, da qual tanto
se fala hoje em dia na fisiologia, psicologia, psicanálise, etc., é o
mesmíssimo Mercúrio dos alquimistas medievais. Essa energia criadora
transmutada é o mesmo Mercúrio dos Sábios. Obviamente, tal mercúrio
vem a condensar-se ou a cristalizar-se, mediante as notas DÓ, RÉ, MI, FÁ,
SOL, LÁ, SI, em uma oitava superior com a forma maravilhosa e
esplêndida do Corpo Astral.
Assim, o Corpo Astral não é um implemento necessário para a vida do ser
humano. As pessoas vivem sem Corpo Astral. O Corpo Vital assegura ou
garante completamente a vida do corpo físico; não há necessidade de se
possuir um Corpo Astral. O Corpo Astral é um luxo que é dado a poucos.
No entanto, bem que vale a pena dar-se a esse luxo.
Alguém sabe que tem um Corpo Astral quando pode usá-lo, quando pode
caminhar com ele, quando pode movimentar-se no espaço com ele. Tal
veículo dá a imortalidade no mundo astral; torna alguém imortal nessa
região.
Em uma segunda oitava, um pouco mais acima, com as notas DÓ, RÉ, MI,
FÁ, SOL, LÁ, SI, o Mercúrio dos Sábios vem a se cristalizar no famoso e
esplêndido Corpo Mental. Quando se possui um Corpo Mental, recebe-se a
iluminação diretamente... Com um Corpo Mental, podemos aprender,
captar, todos os ensinamentos do universo.
Um pouco mais além temos o Corpo da Vontade Consciente. Ninguém
nasce com o Corpo da Vontade Consciente, porém mediante a
transmutação da libido sexual, em uma oitava mais elevada, com as notas
DÓ, RÉ, MI, FÁ, SOL, LÁ, SI, o Mercúrio dos Sábios vem a se cristalizar na
forma extraordinária do Corpo da Vontade Consciente ou Corpo Causal.
Quando alguém já tem os veículos físico, astral, mental e causal, é óbvio
que poderá receber os princípios anímicos e espirituais para se converter
em homem.
O primeiro nascimento, de onde vocês vieram, foi o do corpo planetário ou
corpo físico. O Segundo Nascimento é o nascimento do Filho do Homem, o
nascimento do homem, falando concretamente.
De maneira que um dos fatores da Revolução da Consciência é nascer;
nascer como homem. No primeiro caso, quem nasce é o animal
intelectual; no segundo nascimento, nasce o homem, o Filho do Homem, o
verdadeiro homem.
Diz-se que o homem verdadeiro é o Homem Causal. Por que se chama o
homem verdadeiro de Homem Causal? Simplesmente porque fabricou o
Corpo Causal, que é o último dos corpos necessários para que alguém se
torne homem. Então, seu centro de gravidade fica estabelecido no Mundo
Causal; vive ali, nessa região. O Mundo Causal tem uma tonalidade azul
profunda, intensa, elétrica. Esta é a cor fundamental ou básica do éter ou
akash, akasha puro. Ali se descobre que tudo flui e reflui, vai e vem, sobe
e desce, cresce e decresce. No Mundo das Causas Naturais conhecemos
todo o encadeamento de causas e efeitos, de efeitos e causas. Toda causa
tem um efeito, todo efeito se converte por sua vez em causa. Cada
palavra dita, pode dar origem a muitos efeitos, a toda uma série de
efeitos.
Em certa ocasião, estando no Mundo Causal, escutei um homem que dava
uma palestra. Intencionalmente, interrompi aquele homem para fazer uma
objeção a uma palavra sua. Aquele Homem Causal guardou silêncio e agiu
muito bem. Mas em seguida vi como apareceu o resultado das minhas
palavras, da minha objeção. Aquela reunião terminou de imediato porque
o Homem Causal se retirava. Ao terminar aquela reunião, cada um saiu
dizendo algo... seu conceito e os conceitos, por sua vez, produziram outros
resultados. E esses resultados produziram outros resultados e a outros
mais... Portanto, percebi que a interrupção que eu havia provocado tinha
dado origem a uma série de consequências. Eu havia agido
intencionalmente com o propósito de investigar a lei de causa e efeito e o
resultado fora aquele.
No Mundo das Causas Naturais é que se vem a conhecer o que é a Lei de
Causa e Efeito. Claro, ali se movem os Senhores da Lei com seus pesos e
balanças; estão sempre ativos anotando nos arquivos akáshicos os débitos
e os créditos da cada um de nós.
Em algumas reuniões no Mundo das Causas Naturais, é de causar
assombro ver nela reunidos aos diferentes Adeptos encarnados todos
vestindo trajes civis, tais quais os que usamos aqui no mundo físico. Não
quero dizer com isto que seja sempre assim. Claro que dentro dos templos
os Adeptos usam suas vestes sagradas. Porém, em certas reuniões ou
assembléias, todos esses Mestres, que têm corpo no mundo físico,
assistem-nas vestidos como civis, como cavalheiros, decentemente, como
se estivessem no mundo físico. Usam gravata, roupas bem ajustadas,
apresentam-se de relógio no pulso e outras tantas ervas... A que se deve
isso? É que essa é a região do homem, do homem real, do homem
verdadeiro; a região do Homem Causal.
De modo que o Segundo Nascimento é nascer como Homem Causal, como
homem verdadeiro.
Este é, portanto, o primeiro fator da Revolução da Consciência: NASCER.

SEGUNDO FATOR: MORRER

"Se alguém consegue passar pela aniquilação budista, se consegue morrer


radicalmente, desperta absolutamente, aqui e agora.
Assim como a vida representa um processo gradual e sempre mais
completo de exteriorização ou extroversão, da mesma forma a morte do
Ego é um processo de interiorização gradativa, no qual a Consciência
individual, a essência pura, se despoja de suas inúteis vestimentas, como
Ishtar em sua simbólica descida, até ficar inteiramente nua e desperta em
si mesma diante da grande realidade da vida livre em seu movimento.
Indubitavelmente, para que a luz, que constitui a essência anímica agora
engarrafada no Ego, comece a brilhar, a cintilar e a resplandecer, deve se
libertar. Porém, em verdade vos digo, que isto só é possível para quem
passa pela terrível aniquilação budista, para quem dissolve o eu e morre
em si mesmo."
Samael Aun Weor, "A Doutrina Secreta de Anahuac".

Se o germe não morre, a planta não nasce. É necessário morrer, isto é, o


Ego animal deve deixar de existir em nós, em nossa psique, se é que
queremos gozar da autêntica iluminação.
Normalmente, os irmãos gnósticos, os aspirantes, nossos afiliados, sofrem
muito por falta de iluminação. Eles gostariam de se mover nas regiões
inefáveis, visitar o Nirvana, o Maha-paranirvana, escutar a música das
esferas, etc. Mas, ao se verem presos, escravizados nesta região
tridimensional de Euclides, ao não poderem perceber todas essas
maravilhas dos mundos superiores, sofrem o indizível. É claro que seus
sofrimentos são lógicos; têm razão em sofrer.
Uns querem se adiantar aos fatos. Falando em linguagem vulgar, diria que
alguns querem pôr a sela antes de trazer o cavalo ou ordenhar a vaca
antes de comprá-la; querem ser exploradores do espaço sem terem ainda
adquirido as faculdades para isso. Às vezes, metem-se no espiritismo e
terminam convertidos em médiuns, etc., cujas práticas conduzem à
epilepsia. Todos os epilépticos que investigamos foram médiuns do
espiritismo em passadas existências. De maneira que não é nada
agradável tornar-se epiléptico; isso é muito duro, muito ruim.
Continuando, direi a vocês que a iluminação não é possível se não se
desintegra o Ego. Normalmente a Consciência, aliás anormalmente,
porque não se pode dizer que isso é normal, está engarrafada no Mim
Mesmo, no Eu da psicologia experimental. É claro que enquanto a
Consciência continuar engarrafada no Ego, enfrascada no Mim Mesmo,
estará adormecida, funcionando em função de seus próprios
condicionamentos. Será subjetiva, incoerente e imprecisa.
Escutei o que me informaram em relação aos ataques de tenebrosos em
Guadalajara e o que lhes respondi? Que tudo isso se devia ao subjetivismo
do Ego. Que alguns irmãos sejam possuídos por demônios, que as bruxas
da meia-noite, montadas em suas vassouras, venham atormentar os bons
irmãozinhos, que os ataquem incessantemente, que os ameacem de
morte e muitas outras incoerências, parece-me bem mais coisas da seita
dos vudu! Na verdade, no fundo, isso me parece nefasto. Porém, nenhuma
dessas questões tão incoerentes, tão imprecisas e tão vagas, de bruxas,
de vampiros e de cinquenta mil coisas mais, aconteceria se os aspirantes
não tivessem Ego. Tudo isto se deve ao Ego.
Quando foi que vocês ouviram falar que um Gautama Sakyamuni foi
atacado por bruxas, que o tenham invadido, que se tenham apossado
dele? E que Gautama depois tenha ferido de morte uma outra pessoa
gritando: te mato, te mato, vim te matar? Isso jamais se viu entre
Iniciados! De modo que tudo isso acontece entre pessoas que têm Ego.
Não havendo Ego, não há nada disso, porque quando destruímos o Ego,
quando passamos pela aniquilação budista, a Consciência então se
emancipa, se libera, fica auto-desperta, se torna objetiva; as incoerências
terminam. Não vem senão a iluminação total, limpa, sem manchas, sem
vacuidades de nenhum tipo. Quando temos mente objetiva, Consciência
objetiva, a única coisa que reina em nós é a claridade meridiana do
espírito. Então, nos movemos no mundo das matemáticas e das
perfeições. Mas isso não seria possível se antes não passássemos pela
aniquilação budista.
Poderia sintetizar para vocês a didática, diríamos, da aniquilação budista
em poucas palavras: PRECISAMOS VIVER ALERTAS E VIGILANTES COMO A
SENTINELA EM TEMPO DE GUERRA. É no terreno da vida prática, no
relacionamento com nossas amizades, em casa, na rua, no trabalho, que
os defeitos que levamos escondidos afloram de forma espontânea. Defeito
descoberto deve ser imediatamente julgado, submetido de imediato à
análise. Mediante a Auto-Reflexão Evidente do Ser, podemos conhecer
diretamente qualquer defeito. Tendo compreendido tal ou qual erro
psicológico, indubitavelmente poderemos nos dar ao luxo de desintegrá-lo.

Chegamos ao ponto crítico, difícil, desta palestra que damos aqui.


Gurdjieff, Ouspenski, Nicoll e muitos outros autores da quarta via,
gnósticos também como nós (porque também somos da quarta via ou
quarto caminho), pensaram que poderiam desintegrar qualquer agregado
psíquico inumano, isto é, qualquer defeito, qualquer eu, através da
simples compreensão criadora e nada mais.
Gurdjieff cometeu um erro imperdoável, com o qual, naturalmente, lançou
um grave karma sobre si. Este erro foi ter se pronunciado contra a Divina
Mãe Kundalini. Que o fez por ignorância, não o nego. Assim foi! Porém, de
qualquer modo, a ignorância da lei não exclui seu cumprimento. Ele
confundiu a serpente sagrada Kundalini com o abominável órgão
kundartiguador e atribuiu à Devi Kundalini os efeitos sinistros e tenebrosos
do abominável órgão kundartiguador.
Para que vocês entendam melhor, lhes direi que há duas serpentes: a que
sobre e a que desce. A serpente de bronze que curava os israelitas no
deserto, enroscada no lingam gerador, no TAO, e a serpente Pitão, com
sete cabeças, que se arrastava no lodo da terra e que Apolo, irritado, feriu
com seus dardos. A serpente que subia pela vara de Esculápio, o deus da
medicina, e a serpente que se arrastava no lodo, a serpente tentadora do
Éden. Eis aqui a dupla pata do galo dos Abraxas, dos gnósticos.
Portanto, a serpente que sobre é sagrada, é a Kundalini, e a que desce é o
kundartiguador. O erro de Gurdjieff foi atribuir à serpente ascendente os
efeitos hipnóticos, tenebrosos e abomináveis da serpente descendente.
Foi ai que Gurdjieff falhou.
No México, existe o Instituto para o Desenvolvimento Harmonioso do
Homem. Essa é a escola de Gurdjieff. Porém, pergunto: Quem dentre eles
conseguiu eliminar os eus? Qual o estudante que conseguiu libertar a sua
Consciência radicalmente? Qual deles chegou à iluminação objetiva?
Nenhum! Porque a mente por si mesma não pode alterar
fundamentalmente nenhum defeito. Pode, sim, rotulá-lo com diferentes
nomes, justificá-lo, condená-lo, buscar evasivas ou escapatórias para
evitá-lo; pode escondê-lo de si mesma e dos outros, mas nunca poderá
desintegrá-lo. Precisamos de um poder que seja superior à mente e
Gurdjieff não aplicou este procedimento sobre si. Lamento que Gurdjieff
tenha desviado o sentido do ensinamento que eu mesmo lhe dei porque
Gurdjieff é meu discípulo. Lamento que tenha cometido esse grave erro.
Deixou-se influir por outras mentalidades e isso é lamentável...
Assim, olhando as coisas de frente, precisamos de um poder que seja
superior à mente e este não é outro que a Kundalini, a serpente ígnea de
nossos mágicos poderes. Somente ela pode pulverizar qualquer agregado
psíquico inumano, seja este de ira, cobiça, luxúria, inveja, etc.
Naturalmente, primeiro temos que descobrir o defeito que queremos
eliminar. Como segundo requisito, há que trabalhá-lo, compreendê-lo e,
como terceiro, eliminá-lo. E podemos eliminá-lo com o poder da Divina
Mãe Cósmica, com o poder da Divina Mãe Kundalini. Porém, há que se
apelar à Kundalini, à Devi Kundalini Shakty. Apelar naquele momento em
que necessitamos eliminar o agregado psíquico que tenhamos descoberto
e compreendido. Sim, há que se apelar a Ela, rogar-lhe que pulverize o tal
defeito e Ela o fará.
Agora, o poder máximo da víbora sagrada, da Divina Cobra dos templos,
encontra-se na Forja dos Cíclopes. Se um casal invocar de verdade a
víbora divina em pleno trabalho na Forja dos Cíclopes, em pleno trabalho
sexual espiritual, certamente obterá resposta.
Deve-se, pois, apelar a esse poder transcendental e maravilhoso da cobra
dos antigos mistérios divinos. E quem não tem companheira? E a mulher
que não tem cônjuge? Também podem apelar à Cobra Sagrada! De
qualquer maneira, ela trabalhará para desintegrar os defeitos. No entanto,
estou afirmando que o máximo de seu poder está na Forja dos Cíclopes,
na Frágua Acesa de Vulcano.
Falo a vocês nesta linguagem serpentina porque são irmãos que já fizeram
o curso de missionários. Portanto, têm que estar preparados para
entender este idioma porque quando se fala dos mistérios sexuais, deve-
se falar com decência, com dignidade, jamais numa linguagem vulgar,
sempre numa linguagem esotérica, edificante e essencialmente
dignificante.
Se conseguirem passar pela aniquilação budista, se conseguirem morrer
radicalmente, despertarão absolutamente, aqui e agora. Far-se-ão
conscientes da vida nos mundos superiores. Mas é necessário morrer para
despertar! Repito: aqui e agora! Quando alguém desperta
verdadeiramente, o problema do desdobramento deixa de existir, a
pessoa fica consciente tanto no mundo físico como nos mundos
superiores. Esteja o corpo dormindo ou desperto, se estará sempre
consciente. O problema do desdobramento astral desaparecerá de forma
definitiva e para sempre porque se seu corpo dorme, manterá a
Consciência e consciente estará no mundo astral. Ali viverá consciente,
agirá conscientemente e regressará à vontade ao seu corpo físico quando
quiser. Então, onde fica o problema do desdobramento? Como problema,
ele deixa de existir. O importante é despertar...
Com a morte se mata a morte por toda uma eternidade.

TERCEIRO FATOR: SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE

Jesus Cristo disse: “Em que vos ameis uns aos outros, provareis que sois
meus seguidores”.
Jamais conseguiremos cumprir este preceito cristão enquanto continuarem
dentro de nós os eus do ressentimento e do amor próprio. É urgente,
improrrogável, inadiável, eliminar de nossa psique tais elementos
indesejáveis. O eu do ressentimento ou do desejo revanchista sempre deu
origem aos grandes fracassos no mundo.
Samael Aun Weor

O terceiro fator é o sacrifício pela humanidade. Precisamos amar nossos


semelhantes, porém temos de demonstrar nosso amor com fatos
concretos, claros e definitivos. Não basta dizer que amamos nossos
semelhantes, não! Há que se demonstrar isso com fatos. Há que estar
disposto a subir ao altar do supremo sacrifício pela humanidade. Temos
que levantar a tocha da sabedoria para iluminar o caminho dos demais.
Há que estar disposto a dar até a última gota de sangue por todos os
nossos semelhantes, com verdadeiro amor, desinteressado, puro...
De maneira que o terceiro fator de Revolução da Consciência é o sacrifício
por nossos semelhantes. Nascer, morrer e sacrifício pela humanidade são
os três fatores que nos convertem em verdadeiras encarnações do Cristo
Cósmico. Esses três fatores terminam nos convertendo em deuses, ainda
que tenhamos corpos de homens. Esses três fatores terminam fazendo de
nós algo diferente: transformam-nos em deidades, em deuses inefáveis,
Elohim, Daimons, etc.
Se trabalhamos com o primeiro e o segundo fatores, nascer e morrer, mas
não amamos nossos semelhantes, nada estaremos fazendo para levar a
luz do conhecimento a outras pessoas, povos e nações. Cairíamos num
egoísmo espiritual muito refinado que nos impediria todo avanço interior.
Se somente nos preocupamos conosco e nada mais e nos esquecemos de
tantos milhões de seres que povoam o mundo, inquestionavelmente nos
auto-encerramos em nosso próprio egoísmo. Dessa forma, o eu do
egoísmo não permitirá a iluminação.
O egoísmo pode se apresentar sob formas sumamente refinadas que
temos de eliminar. Enquanto tivermos o egoísmo dentro de nós mesmos,
não será possível a iluminação.
O egoísmo está formado por múltiplos eus dentro dos quais se encontra
enfrascada a Consciência. É verdade que há que se desintegrar essa
multiplicidade de eus egoístas, pois, se não o fizermos, a Consciência
continuará engarrafada, condicionada, aprisionada, limitada... E qualquer
possibilidade de iluminação estará anulada.
Devemos compreender que toda a humanidade é uma grande família.
Infelizmente, estamos engarrafados em muitos afetos e consideramos
unicamente como família a umas poucas pessoas que nos rodeiam. Isto é
egoísmo, porque todos os seres humanos, sem exceção de raça, credo,
casta ou cor, constituem uma só família. Essa família chama-se
humanidade.
Se só vemos como irmãos aos que nos rodeiam desde o berço, vamos
muito mal. Se unicamente queremos redimir essas pessoas que se dizem
nossos familiares, agimos de forma egoísta. Torna-se indispensável ver em
cada pessoa um irmão. Não digo isso por mero sentimentalismo, mas
porque em verdade somos todos irmãos. Não é uma frase meramente
sentimentalista. É real, tal como se escuta! Somos uma família, uma só
grande família que não deveria estar dividida. Uma enorme família que
povoa a Terra e que se chama humanidade.
A esses nossos irmãos, necessitamos levar o conhecimento; mostrar-lhes a
senda, para que algum dia eles também possam trilhá-la e chegar à
liberação final.
Se queremos ser felizes, precisamos lutar pela felicidade dos outros.
Quanto mais se dá, mais se recebe. Mas quem nada dá, até o que tem lhe
será tirado.
Como poderíamos alcançar a autêntica felicidade nirvânica ou
paranirvânica, aqui e agora, se não trabalhássemos pela felicidade dos
outros? A autêntica felicidade do Ser não pode ser egoísta, a conseguimos
apenas através do sacrifício por nossos semelhantes.
Assim, quem conseguiu os estágios mais elevados do Ser, quem ingressou
nos mundos paranirvânico, maha-paranirvanico, monádico, ádico ou quem
enfim conseguiu fundir-se com o Eterno Pai Cósmico Comum, obviamente
sacrificou-se no mundo, de alguma forma, por seus semelhantes e isso lhe
deu méritos suficientes para conseguir em verdade a felicidade que não
tem limites nem margens jamais.
Para se fazer curso de missionário, deve-se pensar no bem comum; que
devemos amar, sim, de uma forma extraordinária a todos os seres que
povoam a superfície da Terra. Amar não apenas os que nos amam, porque
isso qualquer um faria, mas também os que nos odeiam; os que nos
amam porque nos compreendem e os que nos odeiam porque não nos
compreendem.
Não deve existir em nós isso que se chama ódio. Há pessoas que destilam
e bebem seu próprio veneno e sofrem o indizível!... Isso é grave! Não se
deve ser tão tonto. Aquele que está destilando e bebendo o seu próprio
veneno é um tonto. Aquele que forjou um inferninho em seu entendimento
é um néscio; precisa pensar que o melhor mesmo é amar, pois se fizer de
sua mente um inferno, jamais será feliz.
As pessoas estão todas cheias de ressentimentos. Isso é gravíssimo! Onde
quer que exista o eu do ressentimento, o amor não poderá florescer. Não
há quem não tenha ressentimentos. Todo mundo guarda em seu coração
palavras, fatos ou acontecimentos dolorosos, acompanhados naturalmente
de suas consequências ou corolários, que são os já mencionados
ressentimentos.
Que ganhará quem carrega tudo isto? Nesse sentido, não sabe amar. É
revanchista, não sabe amar. Aquele que odeia está muito perto da
maldição.
É necessário saber compreender os outros, aprender a olhar do ponto de
vista alheio, se é que queremos saber amar. As pessoas são
incompreensíveis, não querem entender às outras, simplesmente porque
não sabem ver do ponto de vista alheio. Se alguém se situa no ponto de
vista alheio, aprende a perdoar, aprende a amar. Porém, se não é capaz de
perdoar ninguém, não sabe amar.
Agora, perdoar de forma mecânica não serve para nada. Alguém, poderia
perdoar simplesmente porque aprendeu na doutrina gnóstica que deve
perdoar. Isso seria automático, não serve! No fundo, continuará com o
mesmo ressentimento, com o mesmo ódio e até com o mesmo desejo
revanchista, sufocado e reprimido.
Quando se diz PERDOAR, isso implica numa eliminação. Ninguém poderá
perdoar se não eliminar o eu do ressentimento, se não anular o eu do
rancor, se não reduzir a poeira cósmica o eu do revanchismo, o eu que
quer tirar o cravo, etc. Enquanto tais eus não tenham sido eliminados
através da compreensão e com o auxílio de Kundalini Shakty, não será
possível perdoar de verdade. Se perdoa, isso será automático e perdão
automático não é perdão.
Temos que ser sinceros com nós mesmos, se queremos saber amar. Se
alguém não é sincero consigo mesmo, não poderá amar jamais... Amar
implica em um trabalho, trabalho dispendioso sobre si mesmo. Como
alguém poderia amar aos outros se não trabalha sobre si mesmo, se não
elimina do seu interior os elementos da discórdia, do revanchismo, do
ressentimento, do ódio, etc.? Quando tais elementos infra-humanos
moram em nossa psique, fica anulada toda a nossa capacidade de amar.
Necessitamos amar todos os nossos semelhantes, mas repito: isto implica
em um trabalho. Não é possível amar enquanto os elementos do ódio
existirem em nós mesmos. Se queremos amar, devemos ser sinceros.
Necessitamos nos auto-explorar, nos auto-investigar, para descobrir esses
elementos que nos incapacitam de amar.
Existe muito amor fingido nas diferentes escolas de tipo pseudo-esotérico
e pseudo-ocultista. Nós, gnósticos, não devemos aceitar o amor fingido;
devemos ser exigentes com nós mesmos. Vamos ou não amar nossos
semelhantes? Sejamos sinceros! Não se trata de nos deixarmos levar por
sentimentalismos sublimes. Poderíamos crer que amamos quando na
realidade não estamos amando.
O amor é algo muito sublime. Vou lhes dar um exemplo ou alguns
exemplos sobre o amor.
O fundador da cidade de Nova Iorque era um homem muito inteligente;
tinha uma esposa muito distinta... Quando fundou Nova Iorque, aquilo
parecia um paradoxo: ali nada mais havia do que vegetação, árvores,
montanhas, etc. Ele concebeu a idéia de uma grande cidade ao
contemplar aquela região.
No entanto, era a época dourada, a época em que nos Estados Unidos as
pessoas tinham sede de ouro; coisa que sempre tiveram. Mas, naquela
época, era muito mais manifesta a cobiça pelo ouro físico, pelas minas de
ouro, etc. Indo-se pelo mundo, cometeu um erro que considerou muito
sério: abandonou sua esposa em plena montanha. Não a abandonou por
nenhuma outra mulher, não, apenas pelo ouro, para buscar as minas... Um
dia soube dela, alguém disse-lhe que ela tinha morrido. Não se preocupou
muito com isso porque não tinha senão ânsias, sede insaciável por ouro.
Mais tarde, encontrou uma mulher e casou-se com ela.
Construiu uma estrada de ferro e estabeleceu bancos. Quando se tornou
um grande homem, falando diante de um auditório, de repente descobriu
entre as pessoas que ali estavam, aquela que ele havia abandonado.
Aquele homem já não pôde mais falar. Tratou de se segurar, ficou confuso
porque julgava que ela estivesse morta. Ela, por sua vez, fora informada
que ele havia se casado outra vez e que tinha seis filhos...
No auditório, quando se encontraram, ambos levaram a mão à boca... Ele
não sabia o que fazer. Foi ela quem falou: "Não te preocupes, sei que estás
casado". Ele estava perplexo, claro, porque recordava seu primeiro amor.
Ele a amava, só que sua sede pelo ouro fizera com que a abandonasse...
Ele não sabia o que fazer, quando ela continuou: "Podes ir, segue teu
caminho". Ela também o adorava. Ele tentou se afastar e percebeu que
não podia, sentiu que era difícil se desprender dela. Porém, ela deu-lhe
coragem: "Não olhes para trás, siga em frente, não te detenhas por mim.
Tu deves triunfar. Te amo muito e desejo teu triunfo..." Ele se foi
caminhando como um sonâmbulo até que ela partiu. Ela o amava muito...
Ele poderia ter deixado a outra mulher imediatamente e ir-se com ela,
mas ela preferiu a felicidade dele à própria. Isso é amor!
Qual de vocês se sente capaz de fazer isso? Ser capaz de renunciar ao que
mais ama pela felicidade do ser amado? É que o amor não quer
recompensa; ele é dádiva por si mesmo, ele é trabalho com renúncia aos
frutos. O amor não quer senão o bem dos outros, ainda que isso lhe custe
a própria felicidade.
Pretender definir o amor é um tanto difícil. Se o definimos, o desfiguramos.
Ele é bem mais como uma emanação surgida, diríamos, do fundo da
própria Consciência. Ele é uma função do Ser.
Temos que entender, temos que compreender a necessidade de amar
nossos semelhantes, porque mediante o amor podemos nos transformar. É
amando que distribuímos bênçãos, levamos o ensinamento a todos os
povos da Terra e encaminhamos os outros com o máximo de paciência.
Devemos saber perdoar os defeitos alheios.
Inquestionavelmente, ao levarmos o ensinamento aos outros,
encontraremos muita resistência; choverão pedras em muitas ocasiões,
porém há que saber amar, perdoar a todos e não reagir.
As pessoas vivem reagindo diante dos impactos que provêm do mundo
exterior. Há sempre uma tendência a reagir. Quero me referir às mesas
diretoras dos Lumisiais. Em plena assembléia alguém diz algo relacionado
a outra pessoa e nunca falta a reação imediata do aludido. Algumas vezes
com ira, outras com impaciência, porém de alguma forma sempre reage.
Raras vezes tenho visto uma mesa diretora onde algum sujeito permaneça
impassível; sem reagir ao que os outros digam.
Essa tendência de reagir contra todo o mundo existe em todos. Mas que
engraçadas são as pessoas! Basta que se mova um botão para que
trovejem e soltem relâmpagos. Se outro botão se move, sorriem
docemente. Os humanóides são máquinas que todo o mundo controla
como quer. São como um instrumento musical onde cada um toca sua
própria canção. Se alguém quiser que vocês sorriam, basta que lhes diga
umas palavras doces, que lhes dê umas palmadinhas no ombro, e sorrirão
docemente. Se quiser que se irritem, basta que lhes diga umas quantas
palavras duras e já estarão com o cenho franzido e reagindo
imediatamente. Aqui mesmo, eu estou conversando com vocês e os vejo
um pouco sorridentes. Se neste momento lhes lançasse uma
descompostura, que aconteceria? Mudariam de imediato e já não estariam
tão sorridentes, as sobrancelhas se mostrariam franzidas... Isso é triste,
mas assim é. Por que? Porque são máquinas; instrumentos que todo o
mundo toca, como um violão. Quem quiser vê-los contentes lhes dirá
umas quantas palavras doces e já estarão felizes. Quem quiser vê-los
furiosos lhes dirá umas palavras duras e já estarão terríveis.
De maneira que dependemos dos outros. Não temos liberdade. Não somos
donos de nossos próprios processos psicológicos. Cada um faz de nós o
que bem quiser. Umas quantas palavrinhas elogiosas e imediatamente –
ah! – somos tomados de auto-importância. Outras palavrinhas
humilhantes e que tristes e pequenos nos sentimos. Se cada um faz de
nós o que quer, então onde está a nossa autonomia? Quando deixaremos
de ser máquinas?
É óbvio que para se aprender a amar, há que se adquirir autonomia,
porque se alguém não é dono de seus próprios processos psicológicos
jamais poderá amar. Como? Se os outros são capazes de nos tirar do
estado de paz e nos pôr em estado de discórdia, como poderíamos amar?
Enquanto dependermos psicologicamente dos outros, não seremos
capazes de amar. A dependência obstaculiza o amor. Precisamos acabar
com a dependência e nos fazer amos de nós mesmos, donos de nossos
próprios processos psicológicos..
Quando estive reencarnado como Tomás de Kempis, escrevi o livro
IMITAÇÃO DE CRISTO. Naquela antiga obra, há uma frase que diz: Eu não
sou mais porque me louvam nem menos porque me vituperam, já que eu
sempre sou o que sou... De maneira que devemos permanecer impassíveis
diante do louvor e do vitupério, diante do triunfo e da derrota; sempre
serenos, impassíveis, sempre donos de nós mesmos, de nossos próprios
processos psicológicos.
Assim, por esse caminho, estaremos sempre estáveis nisso que se chama
amor. Necessitamos nos estabelecer no reino do amor, mas não o
conseguiremos fazer se não formos donos de nossos próprios processos
psicológicos. Pois se os outros são capazes de nos enraivecer cada vez
que quiserem, se os outros são capazes de fazer com que sintamos ódio,
se os outros são capazes de fazer com que sintamos desejo de
revanchismo, obviamente não somos donos de nós mesmos e, nessas
condições, jamais poderemos estar estabelecidos no reino do amor.
Estaríamos no reino do ódio, da discórdia, do egoísmo, da violência, porém
jamais no reino disso que se chama amor.
Devemos permanecer estáveis no reino do amor. Temos que nos tornar
donos de nossos próprios processos psicológicos. Se batemos numa porta,
por exemplo, para dar o ensinamento gnóstico e nos recebem a pedradas,
se nos afastamos dali com desejos de vingança ou terrivelmente
confundidos, não servimos para ser missionários gnósticos. Se chegamos
a um povoado para predicar a palavra, o senhor cura nos corre e nos
enchemos de terror, por acaso serviremos para ser missionários
gnósticos?
O medo nos incapacita de amar. Do que temos medo? Da morte? Porque,
se nascemos para morrer? Que morramos uns dias antes ou uns dias
depois, qual a diferença? Sempre teremos que morrer! Do que temos
medo? Além do mais, a morte é tão natural quanto o nascimento! Se
temos medo da morte, devemos ter também do nascimento, já que são os
dois extremos do mesmo fenômeno que se chama vida.
Ter medo da morte? Por que? Se tudo o que nasce tem de morrer? As
plantas nascem e morrem, os mundos nascem e morrem. A nossa própria
Terra nasceu e um dia será um cadáver, ficará convertida em uma outra
Lua.
Portanto, por que temer a morte? A morte é a coroa de todos e por certo é
até muito bela. Jamais se deve olhar a morte com horror; mas vê-la como
ela é. Ver um cadáver em um caixão no meio de uma sala não é ter
compreendido o mistério da morte. O mistério da morte é muito sagrado.
Jamais poderíamos compreender a origem da vida, o mistério da vida, se
antes não tivéssemos compreendido a fundo o mistério da morte. Quando
alguém entende de verdade o que são os mistérios da morte, entende os
mistérios da vida. A morte nos proporciona momentos deliciosos; com ela
vem a paz.
Bem vale a pena não se ter medo ao morrer. Se alguém morre no
cumprimento do seu dever, trabalhando pela humanidade, esse alguém
será recompensado com créditos nos mundos superiores. Dar a vida por
seus semelhantes é algo sublime. Foi isso que fez o Divino Rabi da
Galiléia. É o que fizeram todos os santos e todos os mártires: Santo
Estevão, apedrejado por ensinar a palavra, Pedro, crucificado de cabeça
para baixo e pernas para cima, indicando com isso o trabalho na Forja dos
Cíclopes. Esses são os verdadeiros mártires. Esses são os que se
sobressaem mais tarde, no Mahanvantara, como deuses.
Assim, temer é absurdo. Que mais poderia nos acontecer? Que nos
levassem a um paredão de fuzilamento? E daí? No final, morre-se uns dias
antes ou uns dias depois. Isso é algo que não tem a menor importância!
Vale a pena que pensemos em todas essas coisas. Por temor, os homens
se armam para matar os outros, por temor há guerra entre as nações...
Cada nação teme que outra a invada e por isso se arma; depois vem o
desastre. Por temor existem os ladrões, os quais têm medo da vida. Por
temor existem as prostitutas, as quais têm medo da fome. Por temor um
homem mata o outro. O temor é, pois, a raiz de muitas maldições sobre a
Terra.
Temos de acabar com o eu do medo. Devemos deixar o medo no umbral
do templo. Infelizmente, há diferentes tipos de medo. Quem tem medo,
jamais poderá enfrentar a prova do guardião da imensa região. Como
poderia enfrentá-la, se teme? Quem tem medo, ao ver-se fora do corpo
físico fica chiando. Até parece que se esqueceu que já deixou sua mamãe,
seu papai, seus irmãozinhos, seu avô... E agora, que faço?
Vocês podem ficar seguros que estamos sós, cada um de nós está só e a
única família que temos se chama humanidade. Depois da morte,
qualquer um tem de chegar à conclusão de que está só. A boa reputação
do papai e da mamãe, o carinho dos irmãos e amigos, tudo isso fica para
trás. Descobre-se que se é apenas uma criatura da natureza e isso é tudo;
sem nome nem sobrenome, terrivelmente só. E o papai, e a mamãe e os
irmãozinhos? São tão somente a fascinação de um dia! Nada disso temos,
estamos espantosamente sós.
Ao longo do tempo, a única coisa que temos de buscar dentro de nós é o
Pai que está em segredo, nossa Mãe Eterna e sempre Divina, a Kundalini,
e o Senhor Cristo. E a família? São todos os milhões de seres humanos!
Não me refiro somente aos da Terra, mas aos de todos os mundos do
espaço. Esta é a realidade!
O que estou lhes dizendo é uma realidade descarnada, mas é a realidade.
Descarnada porque vocês querem muito a seus familiares, não é verdade?
Agora, se alguém não tivesse família, vocês diriam: Bom, se não a tem,
que lhe importa, pois? Não, eu também tenho família e me dou conta de
que isso é vão! Não quero dizer que não gosto de meus familiares. Sim, eu
gosto deles, como vocês gostam dos seus. Só que eu já experimentei
diretamente a realidade da minha própria família e cheguei à conclusão de
que família é toda a humanidade.
Não guardo ressentimentos contra a minha família. Não acreditem que
estejam ouvindo alguém ressentido, não! Quando falo que experimentei a
realidade do que é a família, estou me referindo de forma transcendental
ao ensinamento.
Fora do corpo físico, ensinaram-me os mistérios da vida e da morte. Em
certa ocasião, fizeram com que sentisse a morte por antecipação. Fizeram
com que saísse do corpo físico e já fora da forma física fizeram com que
me adiantasse no tempo para que eu me visse morto. O que vi? Um
cadáver. O que havia naquele ataúde? Um corpo. Qual? O meu. Quem
estava diante do ataúde na sala cheia de flores e coroas de defunto? Meus
familiares. Entre eles, ali estava minha mãe. Aproximei-me dela, beijei sua
mão e disse: Agradeço pelo corpo que me destes, muito me serviu esse
corpo, seu resultado foi maravilhoso. Muito obrigado! Aproximei-me de
todos os outros familiares, despedindo-me deles.
Abandonei aquela moradia e submergi no seio da natureza, convencido de
que estava desencarnado... E o que havia? A natureza: vales profundos,
montanhas, oceanos, nuvens, ar e sol. E meus familiares? Tinham ficado
no passado, já não tinha mais familiares. Nomes, títulos, minha linhagem,
meu povo, minha língua... o que havia restado? Coisas do passado! Agora
estava submerso na natureza selvagem. E minha querida família?
Somente pude exclamar: Já não tenho família!
E os seres que me eram próximos? Isso foi no passado, agora estou só,
espantosamente só. Sou tão somente uma criatura da natureza; natureza
selvagem. O que há são uns vales, umas montanhas, uma terra úmida de
chuva... E minha casa? Que casa? Já não tenho casa. E bens? Muito menos
bens terrenais; de onde os vou tirar? Então, quem sou? Uma partícula da
natureza, de uma natureza selvagem, que nada tem que ver com
questões familiares..
Conclusão: minha família é toda a humanidade ou todos os humanóides;
todos os mundos, as humanidades planetárias e isso é tudo! No entanto,
senti um pouco de tristeza ao perceber que o cordão de prata ainda não
se havia rompido. Quisera tê-lo rompido, mas permanecia intacto. Não me
restou outro remédio a não ser regressar. Eu pensava que já estava
desligado completamente da forma física mas tinha que voltar outra vez.
Voltei e entrei novamente em meu corpo.
Esta é, pois, a realidade com relação aos familiares, aos parentes, primos,
irmãos, tios, sobrinhos, netos, bisnetos, tataranetos, etc. Enfim, tudo isso,
no fundo, nos fascina.
Necessitamos elevar um pouco o coração com a frase sursum corda: PARA
CIMA, CORAÇÕES! E saber que todos nós somos uma grande família.
Precisamos ver em cada pessoa um irmão, sentir cada um de nossos
irmãos como carne de nossa carne, como sangue de nosso sangue. Jamais
ver os outros como estranhos, como gente diferente, porque isso é
absurdo. Todos são uma enorme, uma imensa família que se chama
humanidade.
Devemos nos sacrificar por essa imensa família com verdadeiro amor. Se
assim o fazemos, seguimos com o 3º fator de Revolução da Consciência
em plena forma. Trabalhando pelos outros também somos
recompensados. Ainda que renunciemos aos frutos da ação, sempre
somos recompensados. Trabalhando pelos outros podemos cancelar o
velho karma que trouxemos de existências anteriores.
Conheci muita gente que sofria vários problemas na vida. Por exemplo:
econômicos. Aqueles que têm problemas econômicos,
inquestionavelmente causaram prejuízos econômicos a outras pessoas no
passado e agora colhem daquilo que semearam, bebem do seu próprio
chocolate. No entanto, queixam-se, protestam, blasfemam, etc. Querem
melhorar sua situação econômica, mas não reparam o mal que fizeram,
não tomam parte em alguma ação cooperativa, não são capazes de partir
seu pão para dar a metade ao faminto, não são capazes de tirar uma
camisa para com ela vestir um desnudo, não são capazes de dar um
consolo a ninguém, etc. Contudo, querem melhorar economicamente.
Claro, solicitam serviços, pedem que os ajudemos no trabalho para mudar
sua situação, mas não se preocupam em ajudar ninguém; são parasitas
que vivem sob o sol.
Dessa forma, como poderiam melhorar economicamente? Toda causa traz
seu efeito. O karma é o efeito de uma causa anterior. Se queremos anular
o efeito, há que começar por anular a causa que o produziu. Anula-se a
causa que o produziu com inteligência, sabendo-se anulá-la.
Vocês irão se encontrar com todas essas coisas pelo caminho. Uns
quererão que vocês os curem, porém eles jamais se preocupam em curar
alguém. Encontrarão muitos com gravíssimos problemas econômicos e
que nunca pensaram em cooperar de alguma forma com alguém. Cada
um tem seus problemas e quem cria os problemas é o Ego. Não há nada
mais infeliz que o Ego! Poderemos anular todos os problemas se não
tivermos Ego. Quando não se tem Ego, não há problemas. Por que? Porque
não há quem reaja dentro de nossa mente. Não há um revanchista que
complique a situação, não há ninguém que odeie em nós ou através de
nós. Então, não há problemas. Quem cria os problemas é o Ego e nada
mais do que o Ego.
Trabalhando-se em favor dos demais, cancela-se velhos karmas. Quem
serve aos outros, serve a si próprio. Quem dá, recebe e quanto mais dá,
mais recebe; esta é a lei. Ao Leão da Lei se combate com a balança. Se no
pratinho da balança, pratinho do bem, pudéssemos pôr boas obras, a
balança se inclinaria a nosso favor e o karma ficaria anulado. Na verdade,
há que se ser duro com a balança diante do Leão da Lei. Esta é a chave
para vencer o karma.
Como dizem os Senhores da Lei: Quem faz boas obras tem com que pagar
suas dívidas. Quem tem com que pagar, paga e se sai bem nos negócios,
mas quem não tem com que pagar, terá que ir para a prisão e perder
todos os seus bens. Há que se fazer, pois, muito bem para se pagar as
velhas dívidas. Com o capital das boas obras, podemos pagar o velho
karma sem necessidade de sofrer; não há necessidade de amargurarmos
nossa vida.
Conheço um sujeito que sofre o indizível, está sempre em má situação
econômica, sempre na miséria. Em quantos negócios já fracassou? Não há
negócio em que se meta que não fracasse. Tem mulher, filhos, e com eles
briga incessantemente. Ele é do signo de leão e ela também. Não deviam
brigar, mas parece que os leões são assim: não estão contentes e brigam
incessantemente. Eu os vi no jardim zoológico de Chapultepec, onde não
deixaram de brigar. Leão com leão parece não se entenderem... Bom, o
curioso do caso é que esse sujeito, cujo nome não menciono, sempre pede
que o ajudem no setor econômico, que trabalhemos por ele no mundo das
causas e efeitos. Porém, nunca o vi fazer nada em favor de seus
semelhantes. Pede, mas não dá. Pede, pede e pede, mas jamais dá. Com
que direito pede, se não dá? Como querer que perdoem suas dívidas, se
não é capaz de perdoar seus semelhantes?
Todos repetem na oração do Pai Nosso: Perdoa as nossas dívidas, assim
como perdoamos aos nossos devedores... Porém, se não perdoa aos seus
devedores, aos seus inimigos, com que direito pede ao Pai que o perdoe?
Que direito o assiste para pedir perdão, quando não é capaz de dar
perdão? Com que direito pede piedade, quando não é capaz de entregar
piedade? Com que direito pede caridade, se não é capaz de fazê-la? Assim
são todos: pedem, mas não dão. Isso é gravíssimo!
O missionário gnóstico deve dar. O que vai dar? Sabedoria e amor aos
seus semelhantes. É isso que ele vai dar. Vai assistir, auxiliar, etc., porém,
sempre com amor.
Podemos ajudar aos nossos semelhantes com as CADEIAS MÁGICAS. As
cadeias são maravilhosas tanto para irradiar amor como para curar
enfermos. Com as cadeias, podemos invocar os Mestres da Ciência para
que eles assistam aos enfermos. Com as cadeias, podemos invocar, por
exemplo, Rafael, que é um grande curador universal. Ele é o mesmo que
curou o patriarca Jó, o mesmo que curou Tobias. Ele é isso: um grande
curador mundial ou universal, um grande médico... Com as cadeias,
também se pode invocar médicos como Hipócrates, Galeno, Philipus
Teofrastus Bombastus de Hohenheim, Aureola Paracelso, etc.
Com as cadeias, podemos invocar as Potências da Luz para que nos
assistam em um dado momento; podemos conjurar as Potências das
Trevas para que nos deixem em paz. As cadeias mágicas são formidáveis,
com a esquerda se recebe e com a direita se dá. As cadeias formam
circuitos de forças magnéticas extraordinárias. Com as cadeias, pode-se
fazer grandes obras...
O Movimento Gnóstico Cristão Universal marcha vitorioso em todos os
campos de batalha. Ele está em todo o hemisfério ocidental e aglutina uns
cinco milhões de pessoas. Nestes instantes, está se preparando para
lançar-se à Europa e, claro, dentro em breve estará estabelecido na
Europa. Posteriormente, se estabelecerá na Ásia. Temos que trabalhar pela
humanidade. Uma vez que tenhamos feito nosso trabalho na Europa,
iremos ao Japão para fazer o nosso trabalho em todo o continente asiático.

Estamos entregando à humanidade o Evangelho na Nova Era de Aquário.


Haverá um grande cataclismo com a chegada de Hercólubus. Este é um
mundo gigante, seis vezes maior que Júpiter e milhares de vezes maior
que a Terra. Pertence ao Sistema Solar Tylar; todo um sistema que vem
viajando em direção ao nosso Sistema Solar de Ors. É claro que esse
mundo, Hercólubus, tem uma órbita enorme, imensa. Cada vez que se
aproxima da Terra produz catástrofes. Quando se aproximou da Terra na
época do continente Mu, produziu grandes terremotos; surgiram vulcões e
no final a Lemúria afundou no Pacífico ao longo de 10.000 anos. Quando
se aproximou na época da Atlântida, esta afundou no oceano que leva seu
nome, o oceano Atlântico. A Atlântida afundou com todos os seus milhões
de habitantes. Agora, Hercólubus vem outra vez e posso lhes assegurar
que vai produzir uma revolução total no eixo da Terra. Quando estiver
bastante próximo, atrairá com força o fogo líquido do interior do planeta e
então brotarão vulcões em erupção por toda parte, acompanhados de
terríveis terremotos. Lembrem-se do que disseram os antepassados de
Anahuac, o que para nós, mexicanos, tem um grande valor: "Os filhos do
5º sol perecerão pelo fogo e os terremotos..."
Acaba de ocorrer um grande terremoto na Europa que deu como resultado
uns 7.000 mortos (sepultados). O Distrito Federal aqui do México aguarda
outro grande terremoto que o destruirá. Este terremoto também afetará
todo o norte do nosso país e os mexicanos devem ficar preparados para
este grande terremoto.
Assim, pois, haverão grandes acontecimentos no futuro. Quando
Hercólubus chegar, o fogo brotará de qualquer parte. Os vulcões
aparecerão e os terremotos acabarão com tudo o que existe atualmente.
Esse será o dia do grande incêndio universal, profetizado por Pedro em
sua Epístola aos Romanos, quando disse: "E os elementos ardendo serão
desfeitos, e a Terra, e todas as obras que há nela serão queimadas..."
Posteriormente, a última coisa que Hercólubus fará, em sua suprema
aproximação, será produzir a revolução do eixo da Terra. Os oceanos
mudarão de leito, os mares serão deslocados, as terras atuais ficarão no
fundo das águas; não restará nada, nada, nada, desta perversa civilização
de víboras. Tudo será destruído!
Claro, haverá um pequeno grupo que será salvo das águas. Estamos
trabalhando com esse objetivo, de organizar este pequeno grupo, e os
missionários gnósticos têm o dever de seguir trabalhando. Este grupo será
o Exército de Salvação Mundial e será selecionado em seu momento e em
sua hora. Antes do cataclismo final, os irmãos do Tibete, entre os quais
estou eu, minha insignificante pessoa, trabalharão em equipe para tirar
desta horrível civilização de víboras os que tenham trabalhado sobre si
mesmos, os que tenham alcançado, pois, a dignidade que lhe
corresponde.
Nós os levaremos para um lugar secreto no Pacífico, um lugar onde nada
lhes acontecerá. Nisso estamos de acordo, eu e os irmãos de alguns
agrupamentos secretos dos Himalaias. Esses que serão levados àquela
ilha se converterão no núcleo da futura humanidade. Por aqueles dias,
depois do grande cataclismo, a Terra ficará envolta em fogo e vapor de
água, e os poucos que formarão aquele núcleo terão de viver em meio à
névoa. Poderão ser considerados como os filhos da névoa, como os
Nibelungos dos tempos antigos. Quando um duplo arco-íris resplandecer
no azul do céu, breve novas terras terão emergido do fundo dos mares.
Nessas novas terras viverá uma nova humanidade, uma humanidade
inocente e pura, uma humanidade perfeita. Então virá a Idade de Ouro
anunciada por Virgílio, o poeta de Mântua, quando disse: "Já chegou a
Idade de Ouro e uma nova progênie manda..."
Nós estamos trabalhando para criar o Exército de Salvação Mundial. Este é
o nosso trabalho, este é o trabalho de todos os missionários. Abriremos
Lumisiais por todas as partes com o propósito de ir criando esse Exército
de Salvação Mundial.
Os tempos do fim já começaram e estamos neles. Hercólubus está à vista
de todos os observatórios do mundo. Temos um mapa particular na
Associação Gnóstica do México. De onde saiu este mapa? Saiu de uma
hemeroteca. Quem o traçou? Foram os astrônomos. Este é um assunto
oficial que se conhece em todos os observatórios do planeta Terra. Então,
se os senhores astrônomos não o publicam, a que se deve? À censura!
Estão proibidos a fim de não levar os povos a um estado, diríamos, de
desespero psicológico. Eles estão proibidos por lei, porém não ignoram,
sabem de Hercólubus e têm mapas em seu poder. Portanto, o que estou
falando é algo completamente oficial, que já se conhece.
Agora, vocês compreenderão os motivos pelos quais nos preocupamos
tanto nesses instantes em levar o ensinamento. É claro que temos de
cooperar com o Sol. O Sol vai acabar com esta raça e vai estabelecer
sobre o mapa do mundo uma nova raça. Necessitamos cooperar com o
Sol. Esta raça já deu seus frutos, já deu o que tinha que dar. Estamos na
hora final, o relógio do destino está parado. O velho Saturno em forma de
esqueleto, com sua gadanha na mão, está parado junto ao relógio. De um
momento para outro, a catástrofe. Esta é a crua realidade dos fatos, meus
estimados irmãos. Por agora, dou por concluída esta conferência com
vocês.
Paz inverencial!

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