Sei sulla pagina 1di 3

PROCESSO TC 02669/06

I
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Município de Alhandra. Poder Executivo. Prestação


de Contas Anual. Exercício de 2005. Recurso de
Reconsideração. Conhecimento e provimento
parcial.

ACÓRDÃO APL TC S-J Y 12008


RELATÓRIO

Este Egrégio Tribunal Pleno, em Sessão realizada em 12/09/2007 apreciou as contas do ex-
Prefeito Municipal de Alhandra, Sr. Renato Mendes Leite, referente ao exercício de 2005, tendo decidido,
através do Parecer PPL TC 164/2007, Acórdão APL TC 66112007 (fls. 7021/7032):

1. Emitir e encaminhar à Câmara Municipal de Alhandra parecer contrário à aprovação


das contas do Prefeito, Sr. Renato Mendes Leite, relativas ao exercício de 2005.
2. Declarar que o chefe do Poder Executivo do Município de Alhandra, no exercício de
2005, atendeu parcialmente às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal;
3. Imputar débito ao Prefeito do Município de Alhanda Sr. Renato Mendes Leite, no valor de
R$ 44.389,03, em face de ausência de comprovação dos beneficiários com doações', assinando-lhe
o prazo de sessenta (60) dias, a contar da data da publicação da presente decisão, a fim de que
proceda ao recolhimento ao erário municipal da importância relativa ao débito, cabendo ação a ser
impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário
devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do
§ 4° do art. 71 da Constituição Estadual;
4. Aplicar multa pessoal ao gestor supracitado, no valor de R$ 2.805,10, em razão de
infrações às normas legais, com fundamento no art. 56 da LCE 18/93, assinando-lhe o prazo de 60
(sessenta) dias, a contar da data da publicação da presente decisão, para efetuar o recolhimento
ao Tesouro Estadual, à conta do Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, a
que alude o art. 269 da Constituição do Estado, a importância relativa à multa, cabendo ação a ser
impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), em caso do não recolhimento voluntário
devendo-se dar a intervenção do Ministério Público, na hipótese de omissão da PGE, nos termos do
§ 4° do art. 71 da Constituição Estadual;
5. Comunicar ao INSS os fatos apurados pela Auditoria em face de suas atribuições legais
(fls. 1809/1810);
6. Recomendar a atual administração à adoção de medidas com vistas a não repetir as
irregularidades apontadas no relatório da unidade técnica deste Tribunal, notadamente quanto à
necessária realização de procedimentos licitatórios.

1 Restaram sem comprovação a doação de 7.016 kg de peixe - R$ 27.362,40 (7.016 x R$ 3,90), considerando que

cada beneficiário recebeu um quilo de peixe, total adquirido 12.000 quilos de peixe, comprovação de 4984 quilos,
bem como a doação de próteses, óculos e realização de exames médicos, no valor de R$ 17.026,63, totalizan R$
44.389,03 (vide planilha do relatório às fls. 6919).

C:\AssessotiPLENO\Reeursos\Reeonsideração\Alhandra-02669-06. doe
PROCESSO TC 02669/06
I
~UNALDECONTASDOESTADO

Inconfonnado, O responsável interpôs o presente Recurso de Reconsideração, contestando as


decisões supracitadas.

o recorrente alega que em nenhum momento afirmou que os beneficiários, com a doação de peixes,
receberam apenas 01 (um) peixe, juntando aos autos novas declarações em que estes beneficiários
confirmam o recebimento de "01 (um) saco contendo dois peixes inteiros que, juntos, pesavam
aproximadamente 03 (três) quilos".

Demonstra ainda, através de fotos, que no local da doação dos peixes não havia instrumento para
pesagem, assim sendo, a distribuição não foi igualitária.

Ao analisar a petição recursal, o órgão auditor destacou que as primeiras declarações juntadas aos
autos quando da apresentação da defesa, no total de 4.984 declarações informavam a doação de 1 kg de
peixe, e agora por ocasião do Recurso são juntadas outras 2.077 declarações constando a informação de
que foram doados a cada beneficiário 3 kg de peixe (6.221 kg). Devido estas contradições, bem como que
os argumentos trazidos aos autos não são suficientes para alteração do entendimento da Auditoria, concluiu
o órgão de instrução pela manutenção da irregularidade.

Instado a se pronunciar, o Ministério Público Especial deu razão em parte ao recorrente,


relativamente a retirada da imputação imposta, visto que:

1 - Comparando as aquisições de peixes do exercício em exame - 2005, com as dos exercícios de 2004 e
2006, tem-se que em 2005 foram adquiridos 12.000 kg de peixes, no valor de R$ 46.800,00 (R$ 3,90/kg);
em 2004 foram adquiridos 8.000 kg de peixes, no valor de R$ 27.200,00 (R$ 3,40/kg); em 2006 foram
adquiridos 16.000 kg de peixes, no valor de R$ 70.400,00 (R$ 4,40/kg), não sendo tal fato indicado como
irregularidade no exame da prestação de contas. Assim, no entendimento ministerial, as despesas com
peixes do exercício de 2005, estão compatíveis com os exercícios de 2004 e 2006;

2 - Relativamente às demais doações sem comprovação", o Ministério Público Especial opinou que tal
ausência não motiva a reprovação das contas, uma vez que tais doações estão compatíveis em volume e
natureza com outras verificadas em diversas prestações de contas e houve início de comprovação das
doações, embora sem a completa formalidade.

Por fim, opinou o Órgão Ministerial pelo conhecimento e provimento parcial do presente Recurso
de Reconsideração para que seja emitido parecer favorável à aprovação das contas do recorrente e tornada
sem efeito a imputação do débito, mantendo-se a multa ante o fato subsistente relacionado às licitações não
realizadas.

É o relatório, tendo sido realizadas as notificações de estilo.

2 Demais doações: próteses, óculos e realização de exames médicos.

C:lAssessor\PLENO\Reeursos\ReeonsideraçlioWhandra-02669-06. doe
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC 02669/06
VOTO DO RELATOR

Acolho em parte as alegações do recorrente, e voto em consonância com o entendimento do órgão


ministerial, pelo conhecimento e provimento parcial do Recurso de Reconsideração interposto, de forma
este Egrégio Tribunal:

1. Desconstitua o Parecer PPL TC 164/2007, e emitir novo parecer, desta feita,


favorável à aprovação das contas prestadas pelo Prefeito Municipal de Alhandra,
relativas ao exercício de 2005;
2. Tome sem efeito a imputação do débito, constante no item 2 do Acórdão APL TC
66112007 também guerreado, mantendo-se os demais termos da decisão

É o voto.
DECISÃO DO TRIBUNAL

VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos do Processo TC n° 02669/06 referente


ao Recurso de Reconsideração interposto pelo Prefeito Municipal de Alhandra, Sr. Renato Mendes Leite,
exercício de 2005, e,

CONSIDERANDO o Relatório da Auditoria, o Parecer ministerial, o Voto do Relator e o mais que


dos autos consta;

ACORDAM OS MEMBROS DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, à


unanimidade, com a declaração de impedimento do Conselheiro Antônio Nominando Diniz Filho, em
sessão plenária realizada nesta data em conhecer o Recurso de Reconsideração interposto, dando-lhe,
provimento parcial, de maneira a:
1. Desconstituir o Parecer PPL TC 164/2007, e emitir novo parecer, desta feita,
favorável à aprovação das contas prestadas pelo Prefeito Municipal de Alhandra,
relativas ao exercício de 2005;
2. Tomar sem efeito a imputação do débito, constante no item 2 do Acórdão APL
TC 66112007 também guerreado.

Presente ao julgamento a Exma. Sr . i tério Púbico junto ao TCE.


Publique-se, registre-se e cumpr -s .
TC- Plenário Ministro João Ag pin 'e o

C:\Assessor\PLENO\Reeursos\Reeonsideração\Alhandra-02669-06. doe

Potrebbero piacerti anche