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TRi8UNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo TC n° 02585/07

Administração Direta Municipal. Câmara Municipal de Sumé.


Prestação de contas anuais, exercício financeiro de 2006.
Julga-se regular a prestação de contas, quando satisfeitas as
disposições legais reguladoras da matéria.

ACORDÃO APL TC frll2oo8


1. RELATÓRIO
Examina-se a prestação de contas da Mesa da Câmara Municipal de Sumé, relativa ao
exercício financeiro de 2006, tendo como Presidente o Vereador Joel Florêncio da Silva.
A manifestação inicial da unidade técnica de instrução desta Corte, fls. 333/339, evidenciou os
seguintes aspectos:
1. a prestação de contas foi encaminhada ao Tribunal no prazo determinado pela Resolução
RN TC nO99/97;
2. o orçamento, Lei nO 913/2005, estimou as transferências e fixou a despesa em
R$ 490.000,00;
3. tanto as transferências quanto as despesas orçamentárias somaram R$ 482.274,88,
correspondentes a 98,42% do valor estimado e da fixação inicial;
4. a receita extra-orçamentária somou R$ 41.742,29, relativa a Consignações de: INSS
(R$18.156,25); ISS (R$ 3.610,08), IRRF(R$14.734,83), IPAMS (R$ 4.541,13) e Outras
(R$ 700,00), e a despesa extra-orçamentária atingiu o mesmo valor, referente a
Consignações de INSS (R$ 10.619,01), ISS (R$ 3.610,08), IRRF (R$ 14.734,83), IPAMS
(R$ 12.078,37) e Outras (R$ 700,00);
5. a despesa com a folha de pagamento do Poder Legislativo atingiu 59,86% das
transferências recebidast, cumprindo, assim, ao que determina o artigo 29-A, parágrafo
primeiro da Constituição Federal;
6. os gastos com pessoal, no valor de R$ 323.471,23, corresponderam a 3,05% da receita
corrente líquida, atendendo o que dispõe o art. 20 da Lei de Responsabilidade Fiscal -
LRF;

1 Art. 29-A.o total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídíos dos Vereadores e excluídos os gastos
com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatórío da receita tríbutária e das transferências
previstas no § 5º do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no exercícío anterior:
I - oito por cento para Municípios com população de até cem mil habitantes;
11- sete por cento para Municípios com população entre cem mil e um e trezentos mil habítantes;
111- seis por cento para Municípios com população entre trezentos mil e um e quinhentos mil habitantes;
IV - cinco por cento para Munícípios com população acima de quinhentos mil habitantes

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§ 1º A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por cento de sua receita com folha de pagamento, íncluído o gasto com

:~::'Id;O de seus Vereadores


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Processo Te nO 02585f07

7. regularidade no pagamento dos subsídios dos Vereadores, vez que cumpriu as


determinações constantes do art. 29, incisos VI e VII da Constituição Federal;
8. a despesa total do Poder Legislativo Municipal foi de R$ 7,95% do somatório das receitas
próprias mais transferências, cumprindo o art. 29-A da Constituição Federal;
9. o Balanço Financeiro não apresentou saldo para o exercício seguinte;
Por fim, apontou as seguintes irregularidades:
10 incorreta elaboração dos RGFs encaminhados para este Tribunal;
11 ausência de comprovação da publicação dos RGFs;
12 incompatibilidade de informações entre o RGF e a PCA,
13 incompatibilidade não justificada entre demonstrativos contábeis apresentados na PCA;
relativo aos valores das consignações do INSS e do IPAM;
14 obrigações patronais não contabilizadas (não empenhadas/não recolhidas) no valor de
R$ 30.852,73;
15 não retenção e/ou não recolhimento das contribuições previdenciárias (partes
empregado e empregador), sobre as remunerações pagas a Vereadores (exceção de
dois) nos meses de janeiro a abril de 2006;
16 recolhimento indevido de contribuições previdenciárias ao IPAMS;
17 não retenção de INSS sobre o pagamento de serviços de terceiros prestados à
Câmara.

Em decorrência das falhas indicadas, o interessado, regularmente notificado,


apresentou defesa e documentos de fls. 343/400. Ao analisar os argumentos apresentados, o
órgão técnico considerou sanadas as irregularidades acima mencionadas, a exceção de:
• incompatibilidade não justificada entre demonstrativos contábeis apresentados na
PCA, relativo aos valores das consignações do INSS e do IPAM;

não retenção de INSS sobre o pagamento de serviços de terceiros prestados à
Câmara.
Instado a se pronunciar, o Ministério Público Especial, em parecer da lavra da Procuradora
Geral Ana Terêsa Nóbrega, opinou, em síntese:

1. irregularidade das contas prestadas pela Mesa da Câmara


Municipal de Sumé, relativas ao exercício de 2006;
2. atendimento integral das disposições da Lei de Responsabilidade
Fiscal;

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3. recomendação no sentido de se evitar, em ocasiões futuras,


comportamentos administrativos que venham prejudicar as contas
de gestão.

É o relatório, informando que não foram expedidas as notificações de praxe.

2. VOTO DO RELATOR
No que diz respeito ao não recolhimento, junto ao INSS, das contribuições previdenciárias
incidentes sobre os serviços diversos prestados à Câmara, a irregularidade não se insere entre àquelas
previstas no Parecer Normativo 52/042, que levam o Tribunal a decidir pela reprovação das contas,
pois, o contrato entre a Câmara e o prestador de serviço não configura vínculo empregatício. Cabe, no
entanto, comunicação ao INSS, com vistas à adoção das medidas cabíveis ao caso.

Tocante a incompatibilidade não justificada entre demonstrativos contábeis apresentados


na PCA, relativo aos valores das consignações do INSS e do IPAM, acompanho o entendimento do
Órgão Ministerial no sentido de entender como falha formal e recomendar maior zelo quando da
elaboração dos demonstrativos contábeis.

Ante o exposto, VOTO no sentido de que o Tribunal julgue regular a Prestação de Contas da
Mesa Diretora da Câmara Municipal de Sumé, relativa ao exercício de 2006, sob a responsabilidade do
Senhor Joel Florêncio da Silva e declare o atendimento integral às disposições da LRF, por parte do
chefe do Poder Legislativo do Município de Sumé, exercício de 2006.

3. DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO

Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC nO 02585/07, ACORDAM os


Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, à unanimidade de votos, na sessão
plenária hoje realizada, em:

I) Declarar o ATENDIMENTO INTEGRAL AOS PRECEITOS DA LRF;


11) JULGAR REGULAR a prestação de contas da Mesa da Câmara
Municipal de Sumé, de responsabilidade do Exmo. Sr. Vereador
Presidente Joel Florêncio da Silva, relativa ao exercício financeiro
de 2006;

2 PARECER NORMATIVO PN-TC- 52/2004


2.5. não retenção e/ou não recolhimento das contribuições previdenciárias aos órgãos competentes (INSS ou órgão do regime próprio de
previdência,conforme o caso), devidas por empregado e empregador, incidentes sobre remunerações pagas pelo Municipio;

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'li) Comunicar ao INSS quanto ao não recolhimento das contribuições


previdenciárias relativas aos serviços de terceiros prestados à
Câmara Municipal de Sumé.

Publique-se, intime-se.

Sala das Sessões do TCE-PB - Plenário Ministro João Agripino.

João Pessoa, O

Conselheiro

Ana Terêsa Nóbrega


. ". . \---
\ .

Procuradora Geral do
Ministério Público junto ao TCE·PB

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