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PROCESSO TC N0 1258/04 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO'i''7~~
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(FAC). Prestação de Contas relativa ao exercício de 2003.
RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO contra decisão
consubstanciada no Acórdão APL-TC-376/2007. Conhecimento do
recurso. Não provimento.

RELATÓRIO:
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, em 06/06/2007, analisou a Prestação de Contas Anual
da Fundação de Ação Comunitária (FAC), relativa ao exercício de 2003, de responsabilidade da
Senhora Vera Maria Nóbrega de Lucena, emitindo o Acórdão APL-TC-376/2007, publicado em
26/06/2007, com o seguinte teor:
a) JULGAR REGULAR COM RESSALVAS a presente Prestação de Contas, relativa ao exercício
de 2003, da Fundação de Ação Comunitária (FAC), sob a responsabilidade da Senhora VERA
MARIA NÓBREGA DE LUCENA, atuando como gestora;
b) ASSINAR o prazo de 90 (noventa) dias ao atual Secretário de Estado das Finanças, para
comprovar a recomposição do valor de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais) referente a
recursos vinculados e administrados pela FAC;
c) RECOMENDAR ao atual gestor da Fundação de Ação Comunitária (FAC) a fim adotar
providências no sentido de manter um sistema permanente de recuperação de créditos
concedidos a título de empréstimos com o objetivo de diminuir os índices de inadimplência.
Em 10/07/07, inconformada com a decisão, a sra. Vera Maria Nóbrega de Lucena, interpôs,
tempestivamente, RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO contra a decisão consubstanciada no Acórdão
supracitado, sendo recebido nos autos pelo Relator e, em seguida, exarou despacho para análise do
Recurso pelo Órgão de Instrução (Fls. 348).
A Unidade de Instrução Técnica desta Corte analisou, ás fls. 349-351, a exposição de motivos
desacompanhada de documentação comprobatória, apresentada pela impetrante (fls. 340-346),
entendendo que a apelante não conseguiu trazer aos autos provas aptas para modificar o
entendimento anteriormente esposado no Acórdão APL-TC-376/2007.
Instado a manifestar-se, o MPjTCE ofereceu Parecer às fls. 352-354, em 21/01/2006, da lavra da
ilustre Procuradora Elvira Samara Pereira de Oliveira, opinando, preliminarmente, pelo conhecimento
do recurso intentado, posto que tempestivo e, no mérito, pelo seu não provimento ante a subsistência
dos fundamentos da decisão recorrida, ratificando-se o inteiro teor do Acórdão APL TC 376/2007.
O processo foi agendado para esta sessão, com as notificações necessárias.

VOTO DO RELATOR:
Destaco, inicialmente, as alegações apresentadas pela interessada quando da apresentação do
presente Recurso de Reconsideração:
1. alega a recorrente que a transferência de recursos da conta nO 006.025-2, agência Caixa
Econômica Federal - PB, para a Secretaria de Finanças do Estado, no valor de R$
5.000.000,00, foi efetuada em cumprimento ao disposto no artigo 3° do Decreto nO24.520/03,
que instituiu o Comitê Gestor de Finanças Estaduais, como também amparada pelas Leis n°
4.320/64 e nO3.654/71;
2. a transferência efetuada não teria acarretado a insuficiência financeira para quitar Restos a
Pagar;
3. a citada transferência já teria sido devolvida à FAC para o custeio do Programa Proalimento
(hoje Programa do Leite), através das fixações de recursos n° 11094 de 05/12/2003; nO204
de 15/01/2004 e n° 378 de 22/01/2004, sendo o saldo remanescente no valor de R$
2.690.550,71, como parte da fixação de recurso n° 1092 de 10/02/2004.
O recurso apresentado é composto apenas da explanação de motivos, sem que tenha sido

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apresentada qualquer documentação comprobatória dos fundamentos da peça recursal.
O Órgão Técnico deste Tribunal, bem como o Ministério Público junto a esta Corte, afirmam que as
alegações apresentadas pela recorrente neste recurso de reconsideração são as mesmas ~recidas
quando da defesa apresentada inicialmente na instrução do processo de prestação de conta"lt,
Processo Te nO 1258/04
........................................................................... · · H._ .
f1s.2

Em relação à alegação de que a transferência de recursos da conta nO 006.025-2, agência Caixa


Econômica Federal - PB, para a Secretaria de Finanças do Estado, no valor de R$ 5.000.000,00, já
teria sido devolvida à FAC, esclarece a Auditoria que os documentos anexados às fls. 257/263
demonstram a realização de transferência pelo Governo do Estado à FAC como contrapartida do
convênio n° 2812003, e não a título de devolução pela Secretaria de Finanças dos recursos a esta
repassados, conforme aduz a recorrente, esclarecimentos estes seguidos pelo Órgão Ministerial.
Diante destes fatos, o Parquet Especial afirma que não merecem acolhimento os argumentos
levantados pela recorrente na tentativa de demonstrar o aspecto legal da transferência ora em debate,
pois não há de se falar na legalidade da transferência de referida quantia repassada à Secretaria de
Finanças, posto tratar-se de recursos vinculados ao objetivo da FAC, não podendo os mesmos, de
acordo com o parágrafo único do art. 8° da Lei de Responsabilidade Fiscal', serem utilizados para
atender objetivos diversos de sua vinculação.
Reitero, assim, os fundamentos do voto apresentado quando da análise da prestação de contas, ou
seja, que a transferência de recursos realizada em favor da Secretaria de Finanças do Estado foi
retirada da conta específica do PROPENE -Programa de Apoio a Pequenos Negócios, onde estes
são provenientes da arrecadação global da taxa estabelecida na Lei nO4.499 de 12/08/1983, que tem
por objetivo o desenvolvimento de ações que visem a concessão de estímulos financeiros,
financiamentos, execução de obras de infra-estrutura empresarial, aquisição de equipamentos,
insumos e assistência técnico-gerencial a serem prestados aos titulares de pequenos
empreendimentos no território do Estado da Paraíba, e que tal transferência não foi restituída por
parte do Governo Estadual à FAC, descumprindo o que determina o artigo 8°, parágrafo único da LRF
101/2000', e repercutindo na forma de uma insuficiência financeira ao final do exercício no valor de
R$ 648.906,27, elencada como uma irregularidade pelo Órgão de Instrução e pelo Ministério Público
junto ao TCE/PB.
Diante destas considerações, acosto-me ao entendimento do Ministério Público Especial junto a este
Tribunal de Contas, votando pelo conhecimento do presente recurso, por estarem configurados os
pressupostos de tempestividade e legitimidade, e, no mérito, pelo seu não provimento, tendo em vista
que a recorrente não apresentou documentos ou fatos novos que pudessem modificar a decisão
inicialmente prolatada.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO:


Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC-1258/04, ACORDAM, à unanimidade, os
Membros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAIBA (TCE/Pb), em tomar
conhecimento do RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO acima caracterizado, por atendidos os
pressupostos da tempestividade e legitimidade e, no mérito, pelo seu não provimento, mantendo-se,
na íntegra, a decisão recorrida.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


TCE-Plenário Ministro João Agripino

conselheir
l Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira
Relator

Fui presente,
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, Ana Teresa Nóbrega
Procuradora Geral do Ministério Público junto o TCE-Pb

1 Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente para atender ao
objeto de sua vinculação, ainda que em exercício d/verso daquele em que ocorrer o ingresso.

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