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Processo Te nO 02.518/07
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTAD '

Prestação de Contas do Prefeito Municipal de


Igaracy, Sr. Jucelino Lima de Farias, relativa ao
exercício financeiro de 2006. Emissão de
parecer favorável à aprovação das contas.
Declaração de atendimento parcial da LRF.
Recomendações ao atual gestor.

o TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAíBA, no


uso das atribuições que lhe conferem os art. 31, parágrafos 1° e 2° da Constituição
Federal e 13, parágrafos 1°, 2°, 4°, 5° e 6° da Constituição do Estado, e art. 1°,
inciso IV da Lei Complementar n.? 18, de 13 de julho de 1993, apreciou os autos do
Processo TC n.? 02.518/07, referente à PRESTAÇÃO DE CONTAS DO PREFEITO
MUNICIPAL DE IGARACY, relativa ao exercício financeiro de 2006, à luz do
disposto no Parecer Normativo 47/2001, e decidiu, em sessão plenária hoje
realizada, à unanimidade, na conformidade do relatório e do voto do relator,
constantes dos autos, emitir PARECER FAVORÁ VEL à aprovação das contas do
Sr. Jucelino Lima de Farias, com as ressalvas do § único do art. 124 do
Regimento Interno do Tribunal, encaminhando-o à apreciação da egrégia Câmara
de Vereadores daquele município e declarando, também, que o Chefe do Poder
Executivo Municipal cumpriu parcialmente as disposições essenciais da LRF
conforme foi proposto pelo relator e, ainda, recomendar à atual Administração
Municipal de Igaracy, no sentido de evitar toda e qualquer ação administrativa que,
em similitude com aquelas ora debatidas, venham macular as futuras contas da
gestão municipal.

Presente ao julgamento o Exmo. Sr. Procurador Geral em Exercício junto ao TCE/PB.


Publique-se e cumpra-se.
TCE - Plenário Ministro João Agripino.
João Pessoa, )S de 2008.

o Diniz Filho

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Canso Fábio Túlio Filgueiras Nogueira


Processo Te nO 02.518107

cons. subst. Umberto Si1VeiFaPorto


Relator

André Carla Torres Pontes


Procurador Geral em Exercício junto ao TCE/PB
PROCESSO TC n° 02.518/07

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Trata o presente processo da prestação de contas anual do Sr.


Jucelino Lima de Farias, Prefeito do Município de Igaracy, relativa ao
exercício financeiro de 2006.

Após analisar a documentação inserta nos autos, sob os


aspectos orçamentário, financeiro, patrimonial, fiscal e outros, a equipe técnica
deste Tribunal emitiu relatório de fls. 1.216/29 onde destacou que o Orçamento
para o exercício foi aprovado pela Lei n° 262/2005, fixando a despesa e
prevendo a receita no montante de R$ 5.970.000,00, tendo sido abertos
créditos suplementares e especiais no total de R$ 2.985.000,00, com
autorização e com fontes de recursos adequadas. Informou, ainda, a Auditoria
que as despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino atingiram no
exercicio o percentual de 27,99% das receitas de impostos, enquanto os
gastos com saúdo atingiram 17,09% dessas receitas e, as despesas com
pessoal corresponderam a 69,1'l% da Receita Corrente Liquida. Os recursos
do FUj\WEF totaliz ararn F\:.$ 5'11.980,11, dos quais cerca de 66,5~l% foram
aplicados em remuneração e valorização do magistério e 33,48% ern outras
despesas compatíveis com a legislação pertinente.

() órgi'o de instrução elencou, também, algumas irregularidades


na qestào cio mencionado responsável que, devidamente notificado,
apresentou cic(esd (fls. 1234/43i:~7), analisados pela Auditoria (fls 4389/4L10CJ)
que entendeu pela manutenção das falhas enumeradas a seguir:

(> guanto às disposições essenciais da LRF


C> desequilíbrio entre receitas e despesas;
<> gastos com pessoal, correspondendo a 69,77% da ReL,
ultrapassando o limite fixado para o Poder Executivo;

e quanto aos demais aspectos examinados e relatados


'» execução de apenas 3,35% da previsão orçamentária das
despesas de capital, não havendo nenhum dispêndio com
obras públicas;
e não contabilização da despesa orçamentária com encargos
sociais (INSS), maculando a Lei de Responsabilidade Fiscal
no que se refere ao equilíbrio entre receitas e despesas e
limites de pessoal, no valor de R$ 569.761,34, infringindo os
arts. 35 e 50 das leis 4.320/64 e 101/2000 respectivamente;
e despesas insuficientemente comprovadas com pagamentos
previdenciárias (INSS), no valor de R$ 49.549,87;
e despesas insuficientemente comprovadas com treinamento de
professores, no valor de R$ 37.460,00;
e excesso de gastos com combustiveis, no valor de R$
27.394,48;
e prestação de informações falsas na prestação de contas
anual, no intuito de prejudicar a fiscalização;
e aquisição fictícia de medicamentos, no valor de R$ 9.100,00;
e despesa em duplicidade e com finalidade desviada com a
OSCIP - ASPAMI, no valor de R$ 61.850,OO;/7;i
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PROCESSO Te n° 02.518/07

e balanço orçamentário, financeiro e patrimonial incorretamente


elaborado, não representando a real situação da execução
orçamentária e financeira do exercício e patrimonial do
município;
• dívida flutuante incorretamente elaborada, não representando
a real situação de endividamento de curto prazo do município;
• crescimento elevado de 169,40% entre os exercícios de 2005-
2006 da dívida flutuante, implicando no comprometimento de
equilíbrios fiscais futuros;
e constatação de processos Iicitatórios na modalidade de leilão
nOs01/2006 e 02/2006, sem comprovação de publicação dos
editais;
• pagamento de salários abaixo do mínimo, infringindo
dispositivos da Constituição Federal;
•• prestação de informações falsas ao INSS por meio da GFIP,
no intuito de diminuir a contribuição previdenciária do
município (parte patronal), que no exercício foi de apenas
0,99% da despesa com pessoal civil, fato que enseja o
aparecimento de um passivo contingente, inviabilizando
exercícios futuros, além de comprometer aposentadoria, no
futuro, dos servidores municipais;
priorização na contratação de prestadores de serviços,
elevando o ~J2cstonesse item em 475,80[%, em detrimento ,'os
gastos com efetivos que elevou-se apenas 8,81 %, infringindo
o art. 37, 11 da Constituição Federal, no que diz respeito a
burla ao Concurso Público;

Com relação aos gastos com obras públicas a Auditoria informou


qu-.: dur(~rjlc o L)(c,cicio
ele: 200C; não houve dispêndio CUiTi obras plJ:)!icc:~;
naquela Prefeitura.

E quanto às remunerações dos agentes políticos (Prefeito e Vice-


Prefeito) se situaram dentro dos parâmetros constitucionais e legais.

O processo foi submetido à apreciação do Ministério Público


Especial que através do parecer nO914/08, em síntese, opinou pela:

o em issão de parecer contrário à aprovação das contas


anuais do Chefe do Poder Executivo Municipal de Igaracy, Sr.
Jucelino Lima de Farias, exercício financeiro de 2006;

• emissão de parecer sobre as contas de gestão fiscal do


Sr. Jucelino Lima de Farias, declarando o atendimento
parcial ao disposto na LC n? 101/2000, relativamente ao
exercício de 2006, em face das falhas constatadas pela
Auditoria em relação à gestão fiscal;

• imputação de débito ao gestor mencionado acima em virtude


das seguintes falhas e no valor de cada uma correspondente,
conforme apurado pela ilustre Auditoria:
a) despesas insuficientemente comprovadas com pagamento
de encargos previdenciários ao INSS;
b) despesas insuficientemente comprovadas com treinamento
de professores;
c) gastos excessivos com combustível;
d) aquisição fictícia de medicamentos; d?
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PROCESSO TC nO 02,518/07

e) despesas em duplicidade e com finalidade desviada com a


OSCIP -ASPAMI;
• aplicação de multa pessoal prevista no art. 56, li, da Lei
Orgânica desta Corte de Contas ao gestor acima referido, face
à transgressão de normas legais e constitucionais, conforme
apontado;
• recomendação à Prefeitura Municipal de Igaracy, no sentido
de:
1. guardar estrita observância aos termos da
Constituição Federal, sobretudo, no tocante aos
princípios norteadores da Administração Pública,
ressaltando-se aqui o da legalidade, o do controle,
o da publicidade, da razoabilidade, da
economicidade e o da boa gestão pública;
2. conferir a devida obediência às normas
consubstanciadas na Lei nO 4.320/64, na Lei n?
8.666/93 e na Lei Complementar n? 101/2000;
3. organizar e manter a Contabilidade do Município
em consonância com os princípios e regras
contábeis pertinentes;

" remessa de cópia dos presentes autos à Procuradoria de


Justiça do Estado, p~1r<'i que, diante cios indícios da prática ri?
ato.. de impro;J:cJac!:; administrativa e de ilícitos penais, possa
tomar as providências inerentes a sua competência;

~ representação ao Instituto Previdenciário competente


acerca da omissão detectada nas presentes contas, relativas
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bem como relativos 2 informações concernentes a encarqos


sociais;

G realização de diligência no município de Igaracy, para fins


de verificar a situação da gestão de pessoal, sobremodo a
situação dos contratados por excepcional interesse público, e
subseqüente formalização de processo específico para exame
das irregularidades eventualmente constadas,

É o relatório.
Te - Plenário Min. João Agripino, IS de Vt"Ll", t /Vv- de 2.008
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Antes de proferir meu voto devo fazer as seguintes ponderações


com relação às irregularidades de maior gravidade que foram mantidas pela
Auditoria, após a análise de defesa apresentada pelo gestor:
'" com relação às despesas insuficientemente comprovadas
referentes a recolhimentos previdenciários (INSS), no valor de
R$ 49.549,87, no entendimento do Relator os documentos
anexados comprovam que tal diferença corresponde a
pagamentos efetuados mediante DARF, através de
transferências efetivadas, conforme extratos bancários, entre
a conta-corrente do FUNDEF e a do FPM, elidindo pois essa
irregularidade;
e no que tange às despesas com treinamento de professores os
documentos acostados pela defesa comprovam efetivamente
t_: rcalizaçâo ci(~ss~_i atividade, inclusive corri a indicação d
planejamento do curso/matérias e respectivas cargas
horárias), duração, listas de presenças devidamente;
assinadas, etc, além do empenhamento e comprovação do
pagamento da despesa, nos termos da legislação pertinente,
afastando portanto a eiva apontada pela Auditoria;
" L\ aquisição dos medicamentos que a equipe técnica rotulara
do fictícia está devidamente comprovada por notas fiscais,
notas de empenho e recibos de pagamento e respaldada por
declaração do responsável por unidade de saúde do município
de sua entrega, elidindo pois tal irregularidade;
• as despesas com a transferência de recursos para a
Associação de Pais e Mestres do município de Igaracy estão
devidamente respaldadas por convênio firmado entre
Prefeitura e aquela entidade, autorizado por lei municipal
vigente desde 1997 e que vinham sendo julgadas regulares
pelo Tribunal em exercícios anteriores, tendo o Prefeito, em
sintonia com as recomendações do Tribunal, efetuado a
extinção do referido convênio em Outubro/2007;
• por fim, os pagamentos de salários em valores inferiores ao
mínimo nacionalmente unificado estão embasados na Lei
Municipal n? 303/99 que estabeleceu a remuneração por hora
trabalhada, podendo por conseguinte ser proporcionalmente
inferior ao salário mínimo nacional, como têm admitido os
tribunais superiores de nosso país e o próprio TCE/PB, em
casos análogos.
Diante do exposto e tendo em vista que as demais falhas
remanescentes são de natureza administrativa ou apenas formais,
merecedores de cominação de multa, além de recomendações, VOTO no
sentido de que esta Corte de Contas:

a) emita parecer favorável à aprovação das contas do Sr.


Jucelino Lima de Farias, relativas ao exercício de 2006, com a
ressalva do parágrafo único do art. 124 do Regimento Internf?p"7

//;
P/WCESSO TC n° 02.518/07

do TCE/PB, encaminhando-o ao julgamento da Câmara de


Vereadores do município de Igaracy, declarando, ainda, que o
chefe do Poder Executivo daquele município cumpriu
parcialmente as disposições essenciais da LRF, com as
restrições apontadas pela Auditoria;

b) apliquem multa pessoal ao Sr. Jucelino Lima de Farias, no


valor de R$ 2.805,10, com fulcro no inciso 11,do art. 56 da
LOTCE, por infrações a normas legais, concedendo-lhe o
prazo de 60 (sessenta) dias para efetuar o recolhimento dessa
importância ao erário estadual, em favor do Fundo de
Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal;

c) determinem a anexação de cópia desta decisão ao processo


relativo à PCA/2007 daquele município a fim de que a
Auditoria verifique se o Sr. Prefeito Municipal tomou as
medidas preconizadas pela LRF para adequar as despesas
com pessoal do município ao limite ali estabelecido;

d) representem ao INSS a cerca de possíveis falhas e


equívocos no preenchimento das C3FIF) ocorridas durante o
exercício de 2006, conforme informou a Auditoria;

c:) í'-'GOl.lé'nde:r" "J fi municipal r" dcl~, meciir)


administrativas necessárias para não mais repetir as falhas
ocorridas durante o exercício de 2006, sob pena de
repercussão na apreciação das futuras contas.

r~o Voto.
~ROCESSO Te - (;2.518/07 - PCA -2006 - ~GARACY
DEMONSTRATIVO DO CONSUMO E CUSTO DE COM2"}
PARA o EXERCícoo DE 2006

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Observações: Este demonstrativo foi elaborado pela assessoria do gab.net> do ?el2+~)r, +~':<:r:,d() per base os
dados informados pela Auditoria (n° de veículos e tipos) e peja defeso de Igaracy
(dias/ano, KmIdia e consumo médio - Km/litro) //~,o", "i/7
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