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Processo Te n° 02583/08
Prefeitura de Ibiara. Prestação de Contas
referente ao exercício de 2007. Emissão de
Parecer Favorável à aprovação das contas.

o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, no uso de suas atribuições que lhe


confere a Constituição Estadual, em apreciação aos presentes autos do Processo TC n°
02583/08, que trata da Prestação de Contas do Sr. Nailson Rodrigues Ramalho, ex-Prefeito de
Ibiara, exercício de 2007, e

CONSIDERANDO que compete ao Tribunal de Contas do Estado, nos termos das


Constituições Federal e Estadual, c/c a Lei Complementar n° 18/1993, apreciar as contas
prestadas anualmente pelos prefeitos municipais, emitindo sobre elas parecer prévio;

CONSIDERANDO o relatório da Auditoria, o parecer da representante do Ministério


Público, a proposta de decisão do Auditor Relator e o mais que dos autos consta,

DECIDE, por deliberação unânime de seus membros, em sessão plenária hoje realizada:

1. Emitir PARECER FAVORÁVEL à aprovação das contas do ex-Prefeito de Ibiara, Sr.


Nailson Rodrigues Ramalho, relativas ao exercício de 2007, encaminhando-o à consideração
da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, ressalvando de que essa decisão decorreu do
exame dos fatos e provas constantes dos autos, sendo suscetível de revisão se novos fatos ou
provas, inclusive mediante diligências especiais deste Tribunal, vierem a interferir de modo
fundamental nas conclusões alcançadas;

Presente ao julgamento a Exm", Sra. Procuradora Geral.


Publique-se e cumpr e.
TC - Plenário Mi ã Agripino, em 27 de maio de 20'.P1"~-""rt~

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PROCURADORA GERAL
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo Te n° 02583/08

o Processo TC n" 02583/08 trata da Prestação de Contas do ex-Prefeito de Ibiara, Sr.


Nailson Rodrigues Ramalho, relativa ao exercício de 2007.

o relatório elaborado pela Auditoria deste Tribunal, com base na documentação que
compõe os autos, destaca o seguinte:

a) A Prestação de Contas foi encaminhada a este Tribunal no prazo, instruída com todos os
documentos exigidos;
b) O orçamento para o exercício, Lei Municipal n" 337, de 27 de outubro de 2006, estimou
a receita e fixou a despesa em R$ 6.153.705,00, autorizou, ainda, a abertura de créditos
adicionais suplementares até o limite de 60% da despesa fixada;
c) A receita orçamentária arrecadada representou 82,63% de sua previsão;
d) A despesa empenhada correspondeu 81,11 % de sua fixação;
e) Os gastos com obras e serviços de engenharia totalizaram R$ 158.361,38,
correspondendo a 3,21 % da Despesa Orçamentária Total;
1) A remuneração do Prefeito e do Vice-Prefeito obedeceu aos ditames da Lei Municipal
n" 315/2004;
g) Os gastos com remuneração e valorização do magistério atingiram 69,56% dos recursos
oriundos do FUNDEB;
h) Os percentuais aplicados em educação e em ações e serviços públicos de saúde
corresponderam, respectivamente, a 39,96% e 13,71 % da receita de impostos, inclusive
transferências. Contudo, após a análise da defesa apresentada, o percentual da saúde
passou para 16,56%;
i) Os gastos com pessoal do Poder Executivo representaram 43,46% da RCL;
j) Os recursos repassados ao Poder Legislativo atingiram 6,93% da receita tributária,
inclusive transferências, efetivamente realizada no exercício anterior;
k) A inspeção in loco foi realizada no período de 17 a 21 de novembro de 2008;
I) O exercício analisado não traz registro de denúncia;
m) O município não possui regime próprio de previdência.

A Auditoria apontou várias irregularidades referentes aos aspectos examinados e sobre


as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal e concluiu que, após análise de defesa,
algumas persistiram pelos motivos que se seguem:

1) Não comprovação da publicação dos RGF e dos REO.


O interessado afirmou que a publicação ocorreu através de afixação das referidas peças nos
murais de diversos órgãos oficiais do município e que, a citada publicidade se mostrou mais
eficaz do que seria a publicação em jornais impressos. A Auditoria não acatou esses

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argumentos, visto que o art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal determina que seja dada
ampla divulgação às peças de previsão e de execução orçamentária utilizadas pelos Entes (
Públicos.
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Processo Te nO 02583/08
2) Diferença na conta do FUNDEB da importância de R$ 133.937,57.
O responsável declarou que a diferença indicada na conta do FUNDEB resultou das
inconsistências existentes no Anexo IV-A, e que com as devidas retificações a suposta
diferença ficou esclarecida. Ressaltou ainda que um dos principais fatores que provocou a
diferença está diretamente ligado aos repasses efetuados pelo Governo Federal, pois em
decorrência da transição do Fundef para o Fundeb, alguns créditos foram realizados a maior
que o devido na referida conta. O Órgão Técnico citou que a documentação acostada aos
autos pelo Gestor, composta apenas pelos anexos IV-A, não é suficiente para comprovar as
alegações, ressaltando que estes novos demonstrativos apenas confirmam a diferença
apurada pela Auditoria no seu relatório inicial.

3) Gastos incorretamente contabilizados como outros serviços de terceiro pessoa física.


O gestor afirmou que a inclusão de tais gastos, não exerce qualquer efeito sobre a conclusão
da apuração do percentual de gastos com pessoal, pois, mesmo considerando essas despesas
o percentual apurado permanece dentro dos limites legais. A Auditoria não acatou os
argumentos, esclarecendo que os gastos com serviços de terceiros foram contabilizados
incorretamente.

4) Admissão de servidores sem concurso público.


O interessado citou que os referidos prestadores de serviços foram contratados por
excepcional interesse público, tendo em vista que o efetivo de pessoal da Prefeitura não
atendia as necessidades da administração. Finalizando, acrescentou que todos os contratados
estão amparados por contrato formal entre as partes, delimitando suas funções e os prazos de
duração dos respectivos contratos. O Órgão de Instrução rebateu afirmando que a
irregularidade apontada diz respeito àqueles servidores que desempenham atividades de
caráter efetivo, que existem no quadro de pessoal do município e que a contratação de
servidores por excepcional interesse público é utilizada apenas para atender necessidades
urgentes e temporárias e sempre através de Lei autorizativa, cabendo ao gestor regularizar a
situação mediante a realização de concurso público, conforme dispõe a Constituição Federal,
em seu art. 37, inciso 11.

5) Ausência de recolhimento de obrigações patronais ao INSS, no valor de R$ 87.965,52.


O defendente declarou que além da quantia de R$ 278.247,59, a Prefeitura de Ibiara
repassou para o INSS, através da conta do FPM, em virtude de débitos previdenciários da
gestão anterior, a importância de R$ 95.535,33, obtendo-se o montante de R$ 373.783,14,
ou seja, mais do que o valor apontado como devido pela Auditoria. Finalizando, informou
que o INSS emitiu duas certidões referentes aos exercícios de 2007 e 2008, atestando a
inexistência de dívidas previdenciárias. A Auditoria citou que limitou a sua análise ao
exercício em foco, isto é, ao regime de competência, conforme determina o art. 50, inciso 11
da LRF, não acatando os argumentos apresentados.

O Ministério Público veio aos autos e opinou pela emissão de parecer favorável à
aprovação da prestação de contas, pelo atendimento integral às disposições da Lei de
Responsabilidade Fiscal, pela devolução do montante de R$ 133.937,57, com recursos do
próprio Município à conta específica do FUNDEB, pela recomendação à Adm:' •
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Processo Te n° 02583/08
Municipal de Ibiara no sentido de evitar toda e qualquer ação administrativa que, em similitude
com aquelas ora debatidas, venham macular as contas de gestão municipal e pela comunicação
à Receita Federal do Brasil a respeito do fato relacionado à contribuições previdenciárias para
as providências a seu cargo.

É o relatório, informando que o interessado e o seu representante legal foram notificados


da inclusão do processo na pauta desta sessão.

Sobre as irregularidades remanescentes, passo a comentar:

a. Quanto à publicação dos RGF e do REü, entendo que foi cumprido o art. 48 da LRF,
pois o defendente comprovou que os referidos instrumentos de transparência da gestão fiscal
foram afixados em locais públicos;

b. Com relação à diferença de saldo na conta do FUNDEB, informo que o fato ocorreu
devido aos ajustes realizados pelo Banco do Brasil nas contas do FUNDEF e FUNDEB,
decorrentes do art. 47 da Medida Provisória n? 339 de 23/12/2006, que serviram para adequar a
movimentação dessas contas à nova sistemática dessa medida provisória, conforme foi
esclarecido na nota técnica n'' 706/2007, da Secretária do Tesouro Nacional, restando apenas a
ser devolvido com recursos do próprio Município a quantia de R$ 1.400,00, referente à despesa
da MDE que fora paga com recursos do FUNDEB;

c. No que tange à contabilização incorreta com serviços de terceiros, deve o gestor


obedecer à classificação da despesa como determina as portarias da Secretaria do Tesouro
Nacional, bem como a Lei 4.320/64 e a Lei de Responsabilidade Fiscal;

d. Concernente aos servidores que foram admitidos sem concurso público, recomendo à
Divisão de Auditoria de Gestão de Pessoal - DIGEP que verifique a situação desses servidores
para que seja obedecido o que determina o art. 37, inciso II, da Carta Magna;

e. No que se refere às contribuições previdenciárias, considero que o cálculo levantado


pela Auditoria é impreciso, por não terem sido deduzidas, por exemplo, as despesas do salário
família e do salário maternidade, do valor a ser repassado ao INSS e como o gestor comprovou
que repassou o montante de R$ 278.247,59, referente às contribuições previdenciárias e
acostou aos autos certidões negativas referentes ao exercício de 2007 atestando inexistência de
dívidas previdenciárias, considero afastada a referida falha.

Ante o exposto, proponho que este Tribunal:

1. Emita PARECER FAVORÁVEL à aprovação das contas do ex-Prefeito de Ibiara, Sr.


Nailson Rodrigues Ramalho, relativas ao exercício de 2007, encaminhando-o à consideração
da Egrégia Câmara de Vereadores do Município, ressalvando de que essa decisão decorreu do
exame dos fatos e provas constantes dos autos, sendo suscetível de revisão se novos f: ou
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

Processo Te n° 02583/08
provas, inclusive mediante diligências especiais deste Tribunal, vierem a interferir de modo
fundamental nas conclusões alcançadas;

2. Assine prazo de 60 dias para que o atual Prefeito de Ibiara proceda o retomo à conta do
FUNDEB, com recursos do próprio Município, a quantia de R$ 1.400,00, (um mil e
quatrocentos reais) referente ao pagamento de despesas incompatíveis com a finalidade do
referido Fundo e comprove a este Pretório as providências adotadas;

3. Recomende à Divisão de Auditoria de Gestão de Pessoal - DIGEP que verifique a


situação dos servidores que foram contratados sem a realização de concurso público, para que
seja obedecido o art. 37, inciso II, da Carta Magna e ao atual Prefeito de Ibiara, no sentido de
evitar toda e qualquer ação administrativa e contábil que, em similitude com aquelas ora
debatidas, venham macular as contas de gestão municipal.

É a proposta, em 27 de maio de 2009.

AUDITOR OSCAR D SANTIAGO MELO


ATOR

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