Sei sulla pagina 1di 6

Publicado no D. O. E.

PJ.-,_ Q 9.
Em, al' t..

PROCESSOTC N.o 02534/07

Objeto: Recurso de Reconsideração


Relator: Auditor Renato Sérgio Santiago Melo
Impetrante: Célio Cordeiro Alves
Advogado: Dr. Rodrigo dos Santos Lima
Procuradores: Sr. Alysson Correia Maciel e outro

EMENTA: PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL - PRESTAÇÃO DE


CONTAS ANUAIS - PRESIDENTE DE CÂMARA DE VEREADORES -
ORDENADOR DE DESPESAS - CONTAS DE GESTÃO -
IRREGULARIDADE - APLICAÇÃO DE MULTA - FIXAÇÃO DE PRAZO
PARA RECOLHIMENTO - RECOMENDAÇÕES- REPRESENTAÇÕES-
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO - REMÉDIO
JURÍDICO ESTABELECIDO NO ART. 31, INCISO 11, C/C O ART. 33,
AMBOS DA LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N.o 18/93 -
Apresentação de justificativas e documento incapazes de elidir as
máculas constatadas. Conhecimento do recurso e, no mérito, pelo
seu não provimento. Remessa dos autos à Corregedoria da Corte.

Vistos, relatados e discutidos os autos do RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO interposto pelo


Presidente do Poder Legislativo do Município de São Vicente do SeridójPB, durante o
exercício financeiro de 2006, Sr. Célio Cordeiro Alves, em face da decisão desta Corte de
Contas, consubstanciada no ACÓRDÃO APL - TC - 553/08, de 30 de julho de 2008,
publicado no Diário Oficial do Estado - DOE de 02 de agosto do mesmo ano, acordam os
Conselheiros integrantes do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAÍBA, por
unanimidade, em sessão plenária realizada nesta data, na conformidade da proposta de
decisão do relator a seguir, em:

1) TOMAR conhecimento do recurso, diante da legitimidade do recorrente e da


tempestividade de sua apresentação, e, no mérito, pelo seu não provimento.

2) REMETER os autos do presente processo à Corregedoria deste Tribunal para as


providências que se fizerem necessárias.

Presente ao julgamento o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas


Publique-se, registre-se e intime-se.
TCE - Plenário Ministro João Agripino

João Pessoa, 01 de abril de 2009


PROCESSOTC N.o 02534/07

Conselheiro A o Diniz Filho

r>

Presente: L ~_---::.
I.
I
(\j.~
Represent'nte do Ministério Público Especial
I

,)
PROCESSOTC N.o 02534/07

o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, ao analisar as contas do Presidente da Câmara


Municipal de São Vicente do Seridó/PB, Sr. Célio Cordeiro Alves, relativas ao exercício
financeiro de 2006, em sessão plenária realizada em 30 de julho de 2008, mediante o
ACÓRDÃO APL - TC - 553/08, fls. 411/425, publicado no Diário Oficial do Estado - DOE de
02 de agosto do mesmo ano, fi. 426, decidiu: a) julgar irregulares as referidas contas;
b) aplicar multa ao do Chefe do Poder Legislativo no valor de R$ 1.500,00; c) conceder prazo
para recolhimento da penalidade; d) enviar recomendações; e e) efetivar as devidas
representações.

As supracitadas decisões tiveram como base as seguintes irregularidades remanescentes:


a) insuficiência financeira para saldar os compromissos de curto prazo; b) incompatibilidade
entre os valores da despesa com pessoal e da receita corrente líquida apresentados no
Relatório de Gestão Fiscal - RGFdo segundo semestre do período e aqueles apurados na
prestação de contas; c) ausência de empenhamento, pagamento e contabilização de
obrigações patronais devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; d) omissão de
informações no Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da
Sociedade - SAGRESMUNICIPAL quanto à realização de licitações; e) contratação de
profissional para serviços típicos da administração pública sem a realização de prévio
concurso público; e f) falta de retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias
incidentes sobre a folha de pagamento da Edilidade.

Não resignado, o Sr. Célio Cordeiro Alves interpôs, em 18 de agosto de 2008, recurso de
reconsideração. A referida peça processual está encartada às fls. 427/465, onde o
interessado alega, sumariamente, que; a) o art. 56, inciso lI, da Lei Orgânica do
Tribunal - LOTCEnão impõe critérios para imposição de penalidades, devendo, portanto, a
decisão ser revista; b) as supostas ausências de recolhimento das contribuições
previdenciáriasdevidas pelo empregado e pelo empregador encontram-se elididas, haja vista
que o débito foi confessado, negociado e parcelado junto ao INSS; e c) as máculas
relacionadas a despesas sem licitação foram suprimidas, conforme entendimento dos
analistas do Tribunal.

Em seguida, os autos foram encaminhados aos peritos da Divisão de Auditoria da Gestão


Municipal VI - DIAGM VI, que, ao esquadrinharem o recurso apresentado, emitiram o
relatório de fls. 468/470, onde asseveram, em síntese, que o parcelamento junto ao INSS
apresentado pelo recorrente abrangia apenas os valores devidos até o mês de maio de 2006,
faltando a comprovação dos pagamentos dos meses subseqüentes, bem como o
empenhamento e a contabilização das obrigações patronais do período. Também
mencionaram que as negociações e os parcelamentos posteriores ao término do exercício
financeiro não foram considerados na análise por serem intempestivos. Ao final, mantiveram

~t }_.
o posicionamento consignado na decisãovergastada.

Instado a se pronunciar, o Ministério Públicojunto ao Tribunal de Contas, através


de ft. 472, opinou pelo conhecimento do rec~o que atendidos os pres~d~
PROCESSO TC N.O 02534/07

tempestividade e legitimidade, e pelo seu não provimento, mantendo-se, na íntegra, os


termos da decisão atacada.

Solicitação de pauta, conforme fls. 473/474 dos autos.

É o relatório.

Recurso de reconsideração contra decisão do Tribunal de Contas é remédio


jurídico - remedium juris - que tem sua aplicação própria, indicada no art. 31, inciso 11,
c/c o art. 33, ambos da Lei Complementar Estadual n.O 18/93 - Lei Orgânica do TCE/PB -,
sendo o meio pelo qual o responsável ou interessado, ou o Ministério Público Especial,
dentro do prazo de 15 (quinze) dias, interpõe pedido, a fim de obter a reforma ou a
anulação da decisão que refuta ofensiva a seus direitos, e será apreciado por quem houver
proferido o aresto vergastado.

In limine, evidencia-se que o recurso interposto pelo Presidente do Poder Legislativo do


Município de São Vicente do Seridó/PB, durante o exercício financeiro de 2006, Sr. Célio
Cordeiro Alves, atende aos pressupostos processuais de legitimidade e tempestividade,
sendo, portanto, passível de conhecimento por este ego Tribunal. Entrementes, consoante
destacado pelos peritos do Tribunal e pelo representante do Ministério Público de Contas, os
argumentos e documentos apresentados pelo recorrente são incapazes de modificar a
decisão guerreada.

No tocante à reconsideração da pena pecuniária imposta, é importante realçar que a multa


disciplinada na Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado (Lei Complementar Estadual
n.O 18, de 13 de julho de 1993) está em total consonância com o estabelecido nos arts. 5°,
inciso 11, e 71, inciso VIII, ambos da Constituição de República, não se podendo cogitar de
inobservância ao princípio da legalidade. Com efeito, qualquer transgressão a dispositivos
normativos constitucionais, infraconstitucionais ou regulamentares de natureza contábil,
financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial pode ensejar a aplicação de penalidade,
concorde dispõe o art. 56, inciso 11, da referida Lei Orgânica do TCE/PB - LOTCE/PB,
in verbis:

Art. 56 - O Tribunal poderá também aplicar multa de até Cr$ 50.000.000,00


(cinqüenta milhões de cruzeiros) aos responsáveis por:

I - (omissis)

II - infração grave a norma legal ou regulamentar de natureza contábil,


financeira, orçamentária, operacional e patrimonial; (

-\ );,
0.\,,\~ .J'\~c:;:P
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02534/07

Em relação à falta de empenhamento, pagamento e contabilização de obrigações patronais


devidas ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, na quantia de R$ 26.247,97, bem
como à ausência de retenção e recolhimento das contribuições previdenciárias devidas pelos
segurados, na soma de R$ 8.767,43, evidencia-se que a negociação dos débitos do Poder
Legislativo, constantes no PEDIDO DE PARCELAMENTOencartado aos autos, fls. 436/447 e
456/465, abrangeu unicamente os meses de setembro de 2004 a maio de 2006, não
incluindo, por conseguinte, todo o período deste último exercício.

O citado ajuste foi requerido em 06 de julho de 2006 e concedido no mesmo dia, sendo o
montante negociado de R$ 51.629,93 (R$ 45.203,35 do principal atualizado e R$ 6.426,58
de juros), para ser quitado em 60 (sessenta) parcelas mensais, conforme informação
existente no SISTEMA DE COBRANÇA DA DATAPREV - CONSULTA DADOS DO
PARCELAMENTO e CONSULTA EXTRATO DE PARCELEMANTO/DÉBITO (PROCESSO
n.o 603482260), fls. 447 e 450/451. No entanto, especificamente em relação ao exercício
financeiro de 2006, apenas foram negociados os débitos relacionados aos meses de janeiro a
maio, na importância mensal de R$ 2.406,60, fls. 445/446, faltando o detalhamento dos
valores correspondentes à parte patronal e das quantias respeitantes às contribuições dos
segurados.

Ademais, cabe salientar que na documentação apresentada pelo Sr. Célio Cordeiro Alves,
existem informações de outros 03 (três) parcelamentos realizados pelo Município de São
Vicente do Seridó/PB - Poder Legislativo, após o exercício financeiro de 2006, consoante
CONSULTA DADOS DO PARCELAMENTO e EXTRATO DE PARCELAMENTO/DÉBITO emitidos
pelo SISTEMA DE COBRANÇA DA DATAPREV, faltando, contudo, a anexação dos
correspondentes PEDIDOS DE PARCELAMENTO,devidamente preenchidos, individualizados e
com a demonstração do período englobado pelos novos pactos.

No que diz respeito às despesas com locação de veículos, no valor de R$ 20.332,00, e com
serviços de contabilidade, na soma de R$ 17.270,00, os especialistas deste Pretório
mencionaram inicialmente que tais dispêndios foram realizados sem o devido procedimento
Iicitatório, porém, na análise da defesa consideraram como sanada a citada eiva. Por outro
lado, o relator, com base nas provas constantes dos autos, entendeu que a contratação de
serviços contábeis, no valor anual de R$ 18.000,00, deve ser precedida de concurso público,
como também que foram omitidas informações no SAGRES MUNICIPAL acerca dos
procedimentos de licitação e inexigibilidade realizados pela Urbe.

Por fim, no que concerne às demais irregularidades destacadas na decisão de fls. 411/425, é
necessário destacar que o recorrente não apresentou quaisquer justificativas.

Ante o exposto, comungando com a intervenção do Parquet Especializado, proponho que o


Tribunal de Contas do Estado da Paraíba:

1) TOME CONHECIMENTO do recurso, diante da legitimidade do recorrente da


tempestividade de sua apresentação, e, no mérito, pelo seu não provimento. ?;,.' .
\ \ JY"
.f\...... .'
,
",i"Ç5j'
\...'-.: ....
\

~
~
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSOTC N.o 02534/07

2) REMETA os ..autos do presente processo à Corregedoria deste Tribunal para as


providênciasjtúêse f~~rem necessárias.

Éapro .~. ) .. "


I/~~'
~~".
)

Potrebbero piacerti anche