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A Ascensão do Senhor Jesus Cristo no Corpo Ressuscitado

Por Ruy Porto Fernandes

Durante quarenta dias Jesus Cristo deu provas da Sua ressurreição no próprio corpo
em que foi crucificado, corpo de seu nascimento, vida e morte na Palestina. Pois, foi assim
que completou a sua obra redentora da humanidade, conforme profetizado nas Escrituras e
para quem foi escrita por inspiração do Espírito Santo.

Faltando dez dias para a festa de Pentecostes, em Jerusalém, Jesus reuniu os onze
apóstolos e partiu para o Monte das Oliveiras (At 1.1-12), mas diferentemente da última vez
que ali estiveram, por ocasião da Sua prisão, foram caminhando alegremente pela estrada, que
por várias vezes tinham utilizado para ir ao Jardim Getsêmani para orar e/ou repousar em
privacidade, para longe dos olhos curiosos do povo que sempre os seguiam, pois os amavam.

Foram caminhando e subindo o Monte em aplicada atenção à presença do Seu Mestre


e Senhor, pois desfrutavam, como em outras ocasiões nestes quarenta dias, a renovada
satisfação de interagirem uns com os outros e com o próprio Mestre. Deviam estar repassando
em suas mentes as centenas de perguntas que esperavam fazer e que até então não tiveram
oportunidade como esta de fazê-lo. Afinal, o Senhor era apenas uma pessoa e não poderia dar
a todos a carinhosa e cuidadosa atenção que gostariam.

Contudo, estavam seguros que teriam todo o tempo do mundo, pois, em seus ardentes
e suspensos corações, sabiam que também iriam participar da mesma esperança dos seus
patriarcas e antepassados, a de adquirir o mesmo corpo eterno que o Senhor ali, naquele
momento, possuía. Ora, esta confiança era líquida e certa pelo menos no coração de Mateus,
pois este ouvira rumores de que muitos santos judeus, que já haviam morrido, também tinham
sidos ressuscitados fisicamente por ocasião da própria ressurreição do Senhor (Mt 27.52).

No local escolhido por Jesus, os apóstolos receberam instruções e advertências, mas


desconhecendo o que de fato iria acontecer. Jesus Cristo os adverte a aguardarem em
Jerusalém a promessa do Pai sobre o batismo de revestimento e poder do Espírito Santo, para
serem Suas testemunhas em toda a terra, a começar por Jerusalém, Judéia e Samaria. Ao que
parece, durante o Seu discurso, os apóstolos perceberam que o que ainda aspiravam não
estava para acontecer de imediato, talvez devessem esperar ainda mais, daí fazerem a
pergunta de quando o reino de Israel seria restaurado. Jesus lhes respondeu que este era um
assunto reservado ao Pai e que receberiam a virtude do Espírito Santo.

Enquanto dizia essas coisas, e diante dos olhares atentos dos apóstolos, Jesus foi sendo
elevado ao alto (At 1.9), desafiando mais uma vez as leis da física e da gravidade (Mt 14.22-
36), por ação e obra do Espírito Santo. Mas, não sem antes estender Suas Mãos sobre eles
abençoando-os (Lc 24.50-51). Enquanto Jesus Cristo, fisicamente, ia sendo elevado em
direção ao alto, às alturas (At 1.9), ou ao céu, como em Lc 24.51, uma nuvem também física o
encobriu e os discípulos não mais O viram.

Este foi um acontecimento ocorrido na história e de fenomenologia própria, tal como a


multiplicação dos pães e dos peixes, por duas vezes, as inúmeras curas, e todas as
ressurreições de mortos, bem como os milagres relatados no Antigo Testamento e nos
Evangelhos, que também foram realizados pelo Espírito Santo de Deus aqui na terra.
Assim, a partir deste momento histórico, só iremos ter notícias do Senhor Jesus na
conversão do apóstolo Paulo (At 9.1-31) e através da visão do apóstolo João no livro do
Apocalipse, que tratam de maneira formal da Sua Vitória sobre o Mal.

Embora a visão do apóstolo João tenha sido descrita em um cenário semelhante a uma
corte imperial, como uma sala de trono com toda a pompa e formalismo, devemos ter em
mente que se trata de uma descrição simbólica da entronização do Senhor Jesus, não tendo
essa visão ocorrida fisicamente conforme o relato. Foi uma visão simbólica projetada na
mente do apóstolo, não tendo ele, de fato, presenciado ou interagido com aquele local físico
no céu, pois os locais em que Deus se encontra, e o próprio Deus em si, são invisíveis aos
nossos olhos, como o Espírito Santo também o é.

Portanto, as visões celestiais e interações do Senhor Jesus Cristo que os Seus


discípulos tiveram aqui na terra, bem como as visões e revelações do apóstolo João relatadas
no livro do Apocalipse, foram geradas pelo Espírito Santo, que testifica de Deus e do próprio
Senhor Jesus Cristo em nossas mentes e corações.

Conseqüentemente, a partir daquele momento no Monte das Oliveiras, da última vez


que os discípulos viram e interagiram fisicamente com o Senhor, há quase mil novecentos e
setenta anos, considerando que a crucificação e ressurreição tenham ocorrido no ano 30 desta
era, o Senhor Jesus Cristo se encontra em um local também físico, juntamente com os santos
judeus ressuscitados, pois não mais foram vistos a partir daquele momento, concluindo-se que
também foram retirados desta terra (Mt 27.53).

Então, onde se encontram o Senhor Jesus e os santos judeus ressuscitados? Creio que
este mistério, oculto desde os tempos dos apóstolos, hoje pode ser compreendido tanto pela
afirmação do Senhor Jesus em João 14,3, pois aqui o Senhor Jesus refere-se a um local de
mesma dimensão física e espacial que a terra no qual iria viver eternamente, e onde os seus
ouvintes também iriam estar, ou seja, um local físico que hoje entendemos ser este universo.

No tempo dos apóstolos, o conhecimento astronômico que atualmente possuímos não


era, nem de perto, semelhante. Aliás, naquela época, o conhecimento científico que possuíam
era insipiente ou nulo. Portanto, o Espírito Santo, para referir-se ao local em que Jesus Cristo
estava fisicamente ressuscitado, governando como Deus, utiliza-se da termologia simbólica d
´Ele estar assentado à direita de Deus (Mc 16.19; At 7.55,56; Rm 8.34; Ap 1 e 4). E, como as
visões do livro do Apocalipse que tratam da vitória de Cristo e também do julgamento do
Mal, e que em tais representações simbólicas as visões da pessoa de Jesus Cristo ficam
congeladas na história desde os anos 90 d.C., quando presumivelmente o apóstolo João teve
essa revelação. Então, o que realmente aconteceu fisicamente ao Senhor Jesus após a sua
ascensão às alturas?

Creio que hoje temos que olhar para este universo em que vivemos como o futuro
local da nossa eterna morada. Porque Enoque, Elias, Moisés e os santos judeus ressuscitados
(Gn 5.24; 2Rs 2.11; Jd 1.9; Mt 27.52,53), bem como o ladrão que morreu na cruz (Lc 23.43),
estão juntos com Jesus Cristo, habitando um local físico semelhante a esta terra e sistema
solar, do qual todo o Mal foi expulso e não mais terá acesso, até que seja solto novamente
após o Milênio, ou seja, o Reino Milenar de Deus na Terra e no Universo (Ap 12.7-9; 20.1-
3,7-10). Local este em que também habitaremos ressuscitados, ou não, pois Jesus Cristo em
João 14.3, diz: “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim
mesmo para que onde eu estiver estejais vós também.”

Niterói, 8 de junho de 2009.

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