SNA organiza movimento contra
companhias americanas
Foto:Cláudia Fonseca
Manifestantes atiram sapato contra o Tio Sam
Diretores do SNA
sofrem ameaças
nas bases da TAM
As denúncias publicadas no último
jornal Aeroluta sobre as irregularidades
cometidas por funcionários da TAM
causaram polêmica e resultaram em in-
timidação; o SNA recebeu ligações de
trabalhadores preocupados com a inte-
gridade física dos diretores sindicais que
trabalham na empresa. Eles afirmaram
ter ouvido no vestiário e na pista que o
grupo denunciado quer retaliação.
Página 3
Seis aeroviários são reintegrados à SATA
Página 6
Lutas e conquistas
Sub-sede de Brasília entra com ação de
periculosidade contra empresas aéreas
Página 8
indicatos se reúnem em mani-
S
(SNA) Marcelo Schmidt a mediar
festação para reivindicar que as negociações. Também participa-
a American AirLines, Citibank ram os Sindicatos dos Bancários e
e Halliburton respeitem a legislação dos Petroleiros, a Central Única dos
trabalhista brasileira. Durante o mo- Trabalhadores (CUT) e a Opção
vimento, o Cônsul da Embaixada Socialista, organização dos estudan-
Americana Erik Hol-Ossen se com-
tes do PT de Nova Iguaçu.
prometeu com o diretor do Sindi-
cato Nacional dos Aeroviários Página 5
Sindicato de Porto Alegre Azul propõe estender
ganha ação contra prazo de compensação
a Vit Solo de horas extras
Página 2 Página 2
Trabalhadores autorizam SNA
VarigLog não inclui
multa do FGTS a entrar com ação contra TAP/VEM
Foto:Cláudia Fonseca
em sua dívida
trabalhista
Página 6
Muriaé incrimina
funcionário
sem ter
provas
Página 6
Selma Balbino pede aos trabalhadores que analisem
com calma as propostas da empresa
TAP/VEM criou banco de horas que não é permitido na Convenção Cole-
tiva de Trabalho (CCT), não reconhece o direito de periculosidade dos
aeroviários do hangar e não pagou dívida herdada da Varig, referente ao depósito
do FGTS do 13° salário. Para orientar a categoria, o SNA organizou assembleia
na Área Industrial, no dia 24 de julho. Uma parcela dos trabalhadores já
informou ao sindicato que quer entrar com ação contra a empresa no Tribunal
Regional dos Trabalho (TRT).
Página 4
Pág.2
Azul pede que prazo de compensação
de horas-extras seja estendido
Empresa afirma que seu ritmo de crescimento torna inviável o cumprimento da CCT
Azul Linhas aéreas pede que a com-
pensação de horas-extras possa ser efe-
tuada em até 180 dias, no período de
um ano, durante reunião com o Sindi-
cato Nacional dos Aeroviários (SNA).
O encontro ocorreu no dia 12 de maio,
na sede da FENTAC. A proposta con-
traria a cláusula 10 da Convenção Co-
letiva de Trabalho (CCT), que
determina o prazo de 30 dias para
compensação. Se isso não ocorrer, o
trabalhador deve receber por essas
horas no próximo mês.
O diretor de RH da Azul, Johannes
Castellano, afirma que o atual desen-
volvimento da companhia resulta em
uma maior demanda de trabalho, o
que faz com que funcionários preci-
sem exceder o tempo estipulado em
sua jornada quase todos os dias. Se-
gundo Johannes, esse é um problema
atípico que surgiu graças ao rápido
crescimento da empresa.
De acordo com o diretor, o cum-
primento da CCT não é viável nesse
momento. “Como estamos em um rit-
mo muito acelerado, não há a possi-
bilidade de compensar as horas ex-
tras dos nossos funcionários, o que nos
obriga a reembolsar o valor no salário
todos os meses. Essa prática nos causa
prejuízos, em um momento que
estamos nos apresentando ao merca-
do”, explica.
Além da questão financeira, ele
alega que se o trabalhador se acostu-
mar a receber essas horas-extras, ele
pode enfrentar problemas no futuro.
“Quando nos estabilizarmos e não
Aeroluta
Aeroluta
Aeroluta
A responsabilidade pela publicação de fotografias, charges e ilustrações é exclusiva da diretoria do Sindicato.
AEROLUTA
Carlos Togni (Gerente de Aeroportos) e Johannes Castellano
houver mais necessidade do empre-
gado trabalhar além do seu horário, a
renda dele vai cair. Mas até isso acon-
tecer, ele já terá se habituado a rece-
ber um valor que não corresponde ao
salário real”.
SNA vai convocar
assembleia
Selma Balbino, Secretária Geral
do SNA, diz entender que esse é
um caso particular, mas que o
acordo só será aprovado se os
trabalhadores aceitarem a proposta.
Mas ela informa que caso a
resposta seja positiva, essa será uma
prática temporária. “Não vamos
permitir que a medida possibilite
uma flexibilização na Convenção
Coletiva de Trabalho”, avisa.
O SNA vai convocar os traba-
lhadores para uma assembleia e
colocar o pedido da Azul em
votação, a decisão será tomada
pela categoria. O sindicato pede
que todos compareçam quando a
data for definida.
- Órgão do Sindicato Nacional dos Aeroviários
Endereço:Av. Churchill, 97, 4º andar
• Centro • Castelo • RJ
- Tels.:(021) 2220-2016/2220-2497 Fax.(021)2262-3237
Julho de 2009
Fotos:Cláudia Fonseca
Selma Balbino, Dr. Álvaro Quintão e Marcos José
Vit Solo perde mais uma ação
para sindicato do setor aéreo
Má conduta da terceirizada foi pauta
da reunião com a Azul Linhas Aéreas
Sindicato de Porto Alegre ganha ação contra a Vit Solo no
Tribunal de Justiça, no dia 31 de março. A empresa descumpre
uma série de cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A terceirizada não paga cesta básica, não respeita a folga agrupada
e não compensa nem salda domingos trabalhados e horas-extras.
Essa é a segunda derrota da Vit Solo nos tribunais. A primeira
foi para o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), no Pará, em
2008. O SNA também tem ações contra a prestadora de serviços
nos estados do Ceará, Bahia, Santa Catarina e Espírito Santo.
Azul pensa em cancelar contrato com a Vit Solo
Irregularidades cometidas pela Vit Solo tiveram destaque
durante a reunião realizada em Campinas entre a Azul Linhas
Aéreas e os sindicatos do setor aéreo filiados à Central Única
dos Trabalhadores (CUT), no dia 9 de junho.
Dirigentes sindicais informaram à companhia que consideram a
Vit Solo uma das piores prestadoras de serviço para se trabalhar no
Brasil e lembraram que os descumprimentos da CCT praticados pelas
terceiras podem prejudicar as contratantes. Diante desse quadro, a Azul
repensa o seu contrato com a Vit Solo.
Secretaria
de Imprensa e Cultura
Redação e
Cláudio Fonseca
Colaboração:
Edição:
Cláudia Fonseca
Selma Balbino - Secretária Geral
Impressão: Pontiguar
Editora -Tel.:2223-0359
Programação
Visual:
Carlos Soares
Tiragem: 3.500 exemplares Reg.Prof.16.993/RJ
Julho de 2009
Direção do SNA
é ameaçada após
denúncia do
jornal AeroLuta
Sindicato vai entrar com ação no Ministério
Público do Trabalho contra a TAM
Edição de Maio de 2009 do Jornal
Aeroluta causa polêmica. A matéria
Turma do Bope, Guarda Municipal
e Apartheid, em que um grupo de fun-
cionários da TAM é apontado por re-
ceber privilégios dentro da empresa,
gerou uma série de ameaças quanto a
integridade física de diretores do SNA.
Entre os dias 14 e 15 de maio, tra-
balhadores da companhia, que pediram
para não serem identificados, ligaram
para o sindicato. Informaram que ou-
viram no vestiário e na pista da TAM
que o grupo denunciado busca uma for-
ma de retaliação, e pediram que os di-
rigentes tomem cuidado.
O SNA declara que não vai permi-
tir esse tipo de ameaça, e afirma que se
Diretores do SNA acompanham
perícia no SDU e no AIRJ
TAM faz pressão para
que trabalhadores
entreguem carta de
desistência da ação
de periculosidade
Tribunal Regional do Trabalho (TRT)
determina perícia nos aeroportos Tom
Jobim (AIRJ), no dia 29 de maio, e no
Santos Dumont (SDU), em 1 de junho.
O motivo da vistoria é a ação movida
pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários
(SNA) contra a TAM, em que reivindica
o pagamento de periculosidade para os
mecânicos de avião. Os diretores da
instituição Reinaldo Barbosa e Luiz Car-
doso (Pará) acompanharam o perito
César Augusto durante as inspeções.
Mas nem todos foram receptivos a
essa notícia. Na semana em que tomou
AEROLUTA
algum de seus diretores sofrer qualquer
tipo de lesão, a polícia saberá exatamen-
te onde deve começar a investigar. O
sindicato cobrou da TAM que medidas
sejam adotadas imediatamente.
Gestora de RH
se contradiz
Outro fato que chegou ao conheci-
mento do SNA, após a publicação do
último Aeroluta, é a de que os funcio-
nários que se recusaram a participar
de um abaixo assinado foram intimida-
dos. O documento seria uma tentativa
de minimizar as denúncias feitas con-
tra um supervisor da TAM na edição
de maio do jornal, baseadas em telefo-
conhecimento da visita, a TAM fez pres-
são para que os trabalhadores entregas-
sem carta ao SNA informando a desis-
tência da ação. Uma funcionária de
manutenção preparou o documento e en-
viou ao Sindicato.
Como a instituição não aceitou re-
ceber a carta se não fosse entregue
pelo próprio trabalhador, ela se apre-
sentou na sede do SNA para exigir o
recebimento do pedido. Questionada
pelo presidente do órgão, Fernando
Galdino da Silva, admitiu ter redigido
as cartas, alegando que os mecânicos
não conseguiriam preparar o
documento.
“A TAM deveria ter vergonha. Di-
zer que profissionais qualificados como
os mecânicos não são capazes de
tarefa tão simples”, declara a direção
do sindicato.
Pág.3
Fotos:Cláudia Fonseca
A última
tentativa de
diálogo com a
TAM foi
durante a
reunião
realizada em
abril, com
Antônio
Pavanelli e
Adriana
Ferreguti
( foto abaixo)
nemas e cartas enviadas pelos
aeroviários ao sindicato.
Ao tomar conhecimento desse fato,
a direção do sindicato entrou em con-
tato com a gestora de Recursos Hu-
manos Adriana Ferregutti para pedir ex-
plicações. Ela disse por telefone que a
lista de fato existia, mas que havia su-
mido. Horas depois, desmentiu a infor-
mação por e-mail, em que afirmou trar com uma ação no Tribunal Regional
desconhecer a existência do abaixo do Trabalho (TRT) contra a companhia
assinado. A diretoria do SNA achou aérea.
essa postura muito estanha. “Durante a última reunião com An-
tônio Pavanelli, que aconteceu no dia
Ação no TRT 15 de abril, apresentamos fotos para
comprovar as más condições de traba-
Apesar do impacto causado pelas lho impostas pela TAM. Ainda assim,
denúncias vinculadas no Aeroluta, a nada mudou. Não vamos permitir esse
empresa não tomou nenhuma medida desrespeito. Agora, nossa luta é na jus-
para corrigir as irregularidades come- tiça”, declara Selma Balbino, Secretá-
tidas. Por isso, o sindicato decidiu en- ria Geral do SNA.
MPT tem 22 denúncias
contra a TAM só em Brasília
TAM acumula 22 processos no Ministério Público do Trabalho (MPT) de Brasília.
As ações abrangem todo o território brasileiro. Entre as denúncias constam o
descumprimento de normas de segurança do trabalho e da Convenção Coletiva (CCT),
assédio moral e crime de racismo.
Para o Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), essa é a comprovação de que
a empresa não está interessada em resolver os problemas dos funcionários, apesar
das constantes tentativas de diálogo da instituição nos últimos dois anos. De acordo
com o SNA, os aeroviários mais lesados são os de rampa. “A TAM trata esses
profissionais com desprezo, como se fossem trabalhadores de segunda categoria”,
afirma a direção.
Empresa tem nova direção no Recursos Humanos
O SNA espera que a nova diretora de Recursos Humanos Agne Machado tenha
uma postura diferente da do antigo responsável pelo cargo, Roberto Hobeika, e dos
gerentes Arnaldo Amaral e Antônio Pavanelli. Segundo a instituição, eles não fizeram
nada para melhorar as condições de trabalho da categoria.
A direção do sindicato declara que está organizando documentos com as denún-
cias que foram entregues a TAM e, apesar disso, não tiveram solução nos últimos
dois anos. Esse material será enviado a Agne Machado, para que ela se familiarize
com as irregularidades cometidas pela companhia e busque uma solução.
Pág.4
Sindicato vai entrar com três
ações contra TAP/VEM no TRT
Empresa criou banco de horas que não é permitido na CCT
S
indicato Nacional dos Aerovi-
ários (SNA) vai entrar com
ação no Tribunal Regional do
Trabalho (TRT) contra a TAP/VEM.
A companhia tem em seu quadro média
de 70 profissionais que deveriam
trabalhar 180 horas mensais, mas em
vez disso, têm jornada de 210, sem re-
ceber acréscimo salarial. Com o pas-
sar do tempo, foi criado um banco de
horas que não é permitido na Conven-
ção Coletiva de Trabalho (CCT).
Negociação
O sindicato apenas aguardava a au-
torização da categoria para processar
a empresa. Para evitar o conflito nos
tribunais, no dia 16 de junho a TAP/
VEM apresentou uma proposta. Paga-
ria em parcelas apenas um terço dos
últimos cinco anos de dívida, a partir
de março de 2010.
Os trabalhadores apresentaram
como contraproposta o pagamento de
100% das dívidas dos últimos cinco anos
e a compensação para os anos anteri-
ores. Na última reunião com a empre-
sa, no dia 26 de junho, nova opção foi
apresentada.
A TAP/VEM quer dividir as horas
extras em duas partes. Metade será
paga e a outra metade compensada.
Entenda a proposta
da TAP/VEM
De acordo com a proposta da
TAP/VEM, um trabalhador com 200
horas-extras receberia da seguinte
maneira:
* 100 horas serão compensadas e as
outras 100 serão recebidas em parce-
las, incorporadas ao salário ;
* Porém, o trabalhador não terá direito
à 100% de cada uma dessas 100 horas;
* Em vez de ter acrescentado ao
pagamento o total de 100 horas, ele
vai receber apenas 67, o equivalente
AEROLUTA Julho de 2009
Porém, ela não liquidará 100% da dívi-
Fotos:Cláudia Fonseca
da, mas apenas 2/3 de cada uma des-
sas importâncias. Uma observação
importante: nenhum valor acima de 10
mil será pago.
“Muitos trabalhadores já informa-
ram que não vão aceitar essa proposta
e querem entrar com ação na justiça.
Tem aeroviário com saldo de 70 mil.
Seria um absurdo receber apenas 10.
O que incomoda é que alguns preten-
dem concordar. Não vamos nos res-
ponsabilizar por essas pessoas”, de-
clara Selma Balbino, Secretária Geral
Assembleia na
do SNA.
Periculosidade e FGTS
Área Industrial
Para orientar os trabalhadores, * Veja mais
O SNA também vai entrar com uma assembleia foi realizada no dia
mais outras duas ações contra a 24 de julho, entre 11hs e 13h, na Área imagens
TAP/VEM. Uma diz respeito à dívida Industrial. Selma Balbino, Secretária da assembleia
da Varig herdada pela empresa. Du- Geral da instituição, pediu que os no site
rante anos a companhia não aeroviários não fossem imediatistas
www.sna.org.br,
depositou o FGTS do 13° dos e analisassem com calma a última
trabalhadores. proposta da empresa. na Galeria de Fotos.
A outra envolve o direito dos
aeroviários do hangar de receber
periculosidade. Segundo a direção do
sindicato, esses profissionais realizam
atividades de risco. Eles atuam no tan-
que do combustível, fazem o abasteci-
mento das aeronaves e trabalham com
eletricidade.
próximo aos 2/3 propostos pela em-
presa.
* A compensação acontece da mesma
forma. Em vez de ser compensado em
100 horas, ele será compensado em
apenas 67.
* No final das contas, das 200 horas
que o trabalhador teria direito, ele será
abonado apenas em 134;
* Sendo que o valor que deveria ser
todo reembolsado no contracheque do
trabalhador, vai ser reposto também
por meio de compensação.
Julho de 2009 AEROLUTA Pág.5
Fotos:Cláudia Fonseca

SNA lidera
manifestação contra
empresas americanas
Dirigente sindical Marcelo Schmidt
pede ao Cônsul da Embaixada Americana
que seja o mediador da negociação

S
indicato Nacional dos Aeroviários
(SNA) organiza manifestação
com a participação dos Sindica-
tos dos Bancários e Petroleiros, Central
Única dos Trabalhadores (CUT) e a
Opção Socialista - organização dos estu-
dantes do PT de Nova Iguaçu. Os gru-
pos se reuniram em frente ao Consulado
Americano, no dia 29 de junho, para rei-
vindicar que as empresas American
AirLines, Citibank e Halliburton respei-
tem a legislação trabalhista brasileira.
Durante o movimento houve a atua-
ção de um grupo teatral e o arremesso
de sapatos no Tio Sam, que representa
para os dirigentes sindicais o imperialis-
mo americano. Os protestos em praça
pública, ao som do megafone, chamaram
a atenção do Cônsul da Embaixada
Americana Erik Hol-Ossen, que se com-
prometeu com o diretor do SNA Marcelo
Schmidt, a intermediar uma negociação
entre os trabalhadores e as companhias
internacionais.
“As empresas não estão abertas ao
diálogo, por isso achamos importante a
participação do Cônsul como mediador”,
declara Marcelo. Durante o diálogo com
Erik Hol-Ossen, ele entregou dois docu-
mentos: uma moção de repúdio da
Integração latino-americana dos traba-
lhadores em transportes e um panfleto
que informa as principais irregularidades
cometidas pelas multinacionais dos Es-
tados Unidos.
“Nosso objetivo é que essa documen-
tação chegue à sede das companhias no
exterior”, diz Marcelo. Dirigente sindical,
ele era funcionário da American
AirLines. Trabalhou na aérea durante
quase 15 anos e, apesar de ter estabili-
dade, foi demitido há três meses. Ele afir-
ma ter sido desligado por incomodar a
chefia, pois reivindicava os direitos da
categoria. Segundo ele, os funcionários
sofrem assédio moral e convivem diari-
amente com a preocupação do desem-
prego.
Próximo movimento
Marcelo conta que os sindicatos vão
denunciar a American AirLines, o
Citibank e a Halliburton para a Comis-
são de Direitos Humanos da Organiza-
ção Internacional do Trabalho (OIT).
Para dar continuidade às reivindicações,
uma nova manifestação será realizada
no mês de julho, no Aeroporto Internaci-
onal Antônio Carlos Jobim. “Hoje demos
um importante passo, queremos manter
essa onda de protestos”, afirma Marce-
lo Schmidt.
*Veja mais imagens da manifestação
no site www.sna.org.br,
na Galeria de Fotos.
American AirLines, Halliburton e
Citibank na mira dos sindicatos
Durante a manifestação, dirigentes co de Dados de Exploração e Produ- Já a American AirLines é apon-
sindicais distribuíram panfletos nas ção (BDEP) e os leilões realizados pela tada como um péssimo negócio para
versões em inglês e português para os Agência Nacional de Petróleo (ANP). o Brasil. De acordo com o Sindica-
pedestres. O texto informava os O Citibank não fica atrás. Os diri- to Nacional dos Aeroviários (SNA),
descumprimentos da legislação bra- gentes afirmam que a direção do banco os funcionários vivem em perma-
sileira cometidos pelas empresas impede o sindicato de atuar nas suas nente clima de medo desde que
americanas American AirLines, unidades, tornando impossível a eleição Rafael Sanchez assumiu a função
Halliburton e Citibank. de um representante da categoria. de coordenador de atividades. O
No documento consta uma denún- Também informam que as demissões desrespeito às leis brasileiras, como
cia grave da Associação dos Engenhei- por justa causa são práticas comuns, o assédio moral e demissão às portas
ros da Petrobrás. A organização afir- que causa preocupação e suspeita en- da aposentadoria, se tornou prática
ma que a Halliburton controla o Ban- tre funcionários. comum.
Pág.6 AEROLUTA Julho de 2009

Funcionário da Muriaé acusado de denunciar

companhia à Infraero é afastado
SNA vai cobrar das empresas a comprovação da acusação no Ministério do Trabalho
Jorge Márcio Rodrigues foi
afastado da Muriaé no dia 22 de
junho, sob a acusação de ter envia-
do e-mail ao gerente de operações
da Infraero, Luiz Alberto Bellini,
denunciando a permissão e conivên-
cia da empresa na compra e venda
ilegal de mercadorias no Aeroporto
Internacional Antônio Carlos Jobim.
O gerente Márcio Fernandes diz que
um supervisor da SATA afirma ter
visto o funcionário enviar a
mensagem no dia 5 junho, porém,
nesse dia Jorge estava de folga, o
que pode ser confirmado em sua
escala.
Para comprovar que ele não
compareceu à empresa nesse dia,
basta conferir o cartão de ponto
eletrônico, resgatar as imagens das
câmeras que filmam a entrada da
Infraero e checar o controle da
catraca eletrônica.
Assédio Moral
Em vez de apurar o fato, a dire-
ção da Infraero se preocupou em
punir o possível autor da mensa-
gem, em acordo com a Muriaé. O
Sindicato Nacional dos Aeroviários
(SNA) vai exigir que as empresas
comprovem no Ministério Público
do Trabalho (MPT) as acusações.
“Eles não podem incriminar sem ter
provas. Vamos até as últimas
consequências na apuração das
irregularidades e acusações não
fundamentadas”, declara a direção
do sindicato.
Trabalhadores afirmam que
desde abril, quando o jornal
Aeroluta publicou denúncias das ir-
regularidades cometidas pela
Muriaé, os funcionários sofrem
assédio moral como perseguição e
coação. Segundo informações,
Jorge Márcio, o profissional afas-
tado, começou a fazer tratamento
para depressão após a decisão da
empresa. Ele acredita que pode ser
demitido quando retornar às
atividades

Troféu Abacaxi Diretores do SNA se reúnem

Trabalhadores recusam proposta
da Gol durante assembleia
Empresa planejava estender o
prazo de compensação
de horas-extras para 90 dias
Categoria vota contra a proposta
da Gol de estender o prazo de com-
pensação de horas-extras de 30 para
90 dias, durante assembleia promovi-
da pelo Sindicato Nacional dos
Aeroviários (SNA) nas bases da
companhia, no dia 11 de maio. Ape-
sar da Folha de São Paulo ter anun-
ciado no dia 15 de maio que a em-
com gerente da Swissport
Os diretores do SNA Marcos já ter ordenado a modificação da no-
José de Almeida Moraes e Luis da menclatura das escalas.
presa obteve lucro de R$ 61,4 milhões
Rocha Cardoso (mais conhecido
no último trimestre, a Gol afirma pas-
sar por dificuldades financeiras.
como Pará) se reuniram no início de Bebedouro
junho com o gerente da Swissport
De acordo com a Convenção Co-
Thiago Santos, para reivindicar o fim Um dos grandes problemas en-
letiva de Trabalho (CCT), se a com-
das irregularidades cometidas pela frentados pelos aeroviários é a falta
pensação não for realizada dentro de
empresa. de um bebedouro na sala de concen-
um mês, no próximo pagamento o fun-
De acordo com os dirigentes sin- tração de atendimentos aos voos. Se-
cionário terá as horas-extras remune-
dicais, as horas-extras são compen- gundo esses trabalhadores, eles pre-
radas no contracheque. Os sindicatos
sadas e pagas de maneira equivocada cisam andar em vários pontos do ae-
cutistas são contra o prolongamento
e as escalas são mal elaboradas. roporto para conseguir beber água.
desse prazo. O SNA acredita que a
Thiago Santos se comprometeu em Thiago se comprometeu em resolver
recusa da categoria é uma prova de
verificar essas informações e afirmou essa questão ainda no mês de junho.
que os trabalhadores estão cada vez
mais conscientes de seus direitos.

VarigLog não apresenta real Ação Judicial movida pelo SNA

valor da dívida trabalhista
VarigLog declara valor da dívida tra-
balhista inferior à realidade, durante reu-
nião com o Sindicato de Guarulhos
(SINDIGRU), no dia 7 de maio. A
empresa alega déficit de R$ 4 milhões,
mas não incluiu nos cálculos os 40% de
multa sobre o FGTS dos funcionários
demitidos, nem os meses que o benefí-
cio não foi depositado. Segundo a em-
presa, essa dívida é da Caixa Econômi-
ca Federal.
A companhia esclareceu que o valor
corresponde apenas aos processos que
foram homologados. Porém, uma das
principais irregularidades cometidas pela
empresa é a dificuldade que muitos dos
trabalhadores demitidos têm para homo-
logar rescisões pendentes. Até hoje, eles
ainda não conseguiram receber os valor
que têm direito. A VarigLog ainda não
apresentou solução alguma para esse pro-
blema, demonstrando total desrespeito
aos trabalhadores que atuaram durante
anos na companhia.
reintegra seis trabalhadores à SATA
Quatro funcionários demitidos da SATA foram reintegrados à empresa
no dia 4 de julho. Alexandre Varella, Gutemberg Mendes, Hilton Abreu e
Samuel do Nascimento entraram com uma ação coletiva pelo Sindicato
Nacional dos Aeroviários (SNA) e conseguiram na justiça o direito de vol-
tar a trabalhar na auxiliar de serviços aéreos.
Também participaram da ação os aeroviários Edmilson Pereira e Miguel
Elias Filho. Eles não compareceram no dia da reintegração, mas voltarão
às atividades profissionais em breve. O presidente do SNA, Fernando
Galdino da Silva, estava presente e parabenizou os trabalhadores por
não terem desistido da luta.
Julho de 2009 AEROLUTA Pág.7

Boa maré Obituário

Air France manda funcionários no setor aéreo José Dantas Filho
insatisfeitos procurarem a justiça Gol consegue lucro de R$ 61,4 mi-
lhões, Azul se torna a 4ª empresa com
lutou pela
Departamento de Recursos Hu- ver satisfeito deve procurar a justi-
manos da Air France declara que não ça”. Aeroviários ficaram chocados
maior participação no mercado e Anac redemocratização
declara que a demanda dos voos inter-
é obrigado a cumprir cláusula da quando ouviram da companhia que
nacionais subiram 3,5%. Todas essas do SNA após
Convenção Coletiva de Trabalho ela não tem obrigação de pagar 100%
informações foram divulgadas em veí- a ditadura
(CCT), durante reunião realizada dos domingos trabalhados. O SNA já
culos de grande circulação, como o
com funcionários no início de junho. denunciou ao Ministério Público do
Estado de São Paulo e a Folha de Foto:Arquivo SNA
Segundo a empresa, “quem não esti- Trabalho.
São Paulo. Ao que parece, o setor está
passando por uma boa maré. Resta
Orbital descumpre a CCT saber se os trabalhadores compartilha-
Orbital assume o lugar da ProAir no atendimento de voos da Continental, mas rão os reflexos desse bom desempe-
sua postura em relação aos trabalhadores deixa a desejar. A empresa descumpre nho das companhias no mercado.
a CCT ao impor excesso de jornada de trabalho, apresenta escalas mal formula-
das, compensa de maneira equivocada as horas-extras e não paga os domingos Agentes patrimoniais
trabalhados. O SNA vai marcar uma reunião com a companhia para reivindicar
o fim dessas irregularidades.
sofrem desvio
Aproximadamente 100 funcionários da de função
Agentes patrimoniais do Forte de
TAP/VEM contraem intoxicação alimentar Macaé, que têm como função fazer
a segurança da área externa do Ae-
roporto Internacional Antônio Carlos
Jobim, estão assumindo atividades
de trabalho dos aeroviários. Apesar
de não terem autorização para atuar
na área interna do aeroporto, eles re-
gistram os tickets de viagem refe-
rentes às bagagens dos passageiros.
José Dantas Filho, diretor
O SNA vai entrar em contato com a de Administração e Patri-
Infraero para por fim a essa irregu- mônio do SNA entre 1986 e
laridade. Se os agentes patrimoniais 1995, faleceu de aneurisma
Uma média de 100 trabalhadores da dois dias internado. Britto acredita que continuarem exercendo essas fun-
cerebral na madrugada do dia
TAP/VEM teve problemas de intoxi- o problema seja a falta de higiene no ções, eles devem passar a fazer par-
cação alimentar no início do mês de refeitório da empresa. Segundo funci- te da categoria aeroviária, com as 24 de maio. Sempre atuante,
julho. Entre eles, o dirigente sindical do onários, o local é sujo e os pratos e ta- garantias determinadas na Conven- se destacou por fazer parte da
SNA Antônio Carlos Britto. Ele ficou lheres são mal lavados. ção Coletiva de Trabalho. direção que assumiu o sindi-
cato após a ditadura militar.
Esperança para os
Site do SNA mudou credores da Vasp
Ao lado de companheiros
como Roberto Dantas e
O site do SNA foi Ismael Amud, ele fez com que
Justiça do Trabalho vai vender
totalmente reformulado para fazenda de Wagner Canhedo para o SNA retomasse a luta pelos
atender melhor às neces- saldar dívida com os credores da Vasp. interesses do trabalhador e
sidades da categoria. A partir A execução da sentença foi voltasse a ter credibilidade
de agora, o aeroviário poderá determinada pela juíza Elisa Maria com a categoria, depois de
encontrar em nossa página Secco Andreoni, no dia 29 de junho, em
São Paulo. Participaram da audiência
anos de repressão do
atualizações diárias com as
pública o presidente do Sindicato governo. Querido por todos,
últimas matérias publicadas
sobre o setor nos veículos de Nacional dos Aeroviários (SNA) Dantas tinha 53 anos e deixa
Fernando Galdino Silva e o assessor esposa e duas filhas. Foi con-
grande circulação, visualizar
jurídico da instituição Álvaro Quintão. tratado pela Varig como
fotos dos eventos promovidos O decreto teve o respaldo do Ministério
pelo sindicato e muito mais. Público do Trabalho (MPT), na inspetor de manutenção e a
Confira as novidades que presença das procuradoras Celia última empresa em que traba-
estão disponibilizadas para O nosso endereço continua
Regina Camachi Stander e Andrea lhou foi a COMAF.
você, trabalhador. o mesmo, www.sna.org.br Tertuliano de Oliveira.
 Lutas e conquistas
Sub-sede do SNA
de Brasília entra com
SNA organiza ação de periculosidade
contra empresas
animados encontros Ações de periculosidade contra a Swissport, GOL,
TAM e VRG. Esse é apenas um exemplo da
combatividade da sub-sede de Brasília, do Sindicato
Próximo evento será o Arraiá da Colônia de Férias dos Aeroviários Nacional dos Aeroviários (SNA).
Além de defender os interesses do trabalhador, a
O Departamento de Esporte, Lazer e quiser participar vai ter direito à um animado atual direção tem como objetivo firmar convênios com
Cultura do SNA busca sempre promover Arraiá, com muito forró e comidas típicas. Cri- outras instituições para melhorar a qualidade de vida
animados encontros para o entretenimento da anças até 5 anos não pagam. No pacote estão da categoria, ampliando o acesso à saúde, educação
categoria. O próximo evento será a excursão incluídos ônibus, almoço e jantar de sábado e e lazer.
para a Colônia de Férias dos Aeroviários, em café da manhã com o tradicional churrasco de “Os aeroviários de Brasília podem contar com
Miguel Pereira, nos dias 25 e 26 de julho. Quem domingo. dirigentes sindicais atuantes e comprometidos com a
realização de um trabalho sério”, declara Fernando
Confira algumas fotos dos últimos eventos organizados Galdino da Silva, presidente do SNA.
pelo Departamento de Esporte, Lazer e Cultura Contatos da sub-sede de Brasília
Fotos:Arquivo SNA
Endereço:
Ed. Seguradoras, 12º andar, salas 1211 e 1212,
Lote 29, SBS - Zona Urbana, Brasília (DF).
CEP: 70093-900.
Telefones: (61) 3224-6152 ou 3223-2780.
Email: sindaerodf@yahoo.com.br

Na Biblioteca do SNA

* Veja mais imagens

da Colônia no site
Chuvas de
www.sna.org.br
na Galeria outono
de Fotos. Uma emocionante
aventura com uma boa
dose de romance e mui-
ta ação. Esse é o enredo
do título Chuva de Outo-
no, do autor Barry Eisler,
disponível na Biblioteca
do SNA. Além do relato,
o leitor também vai se de-
parar com a complexida-
de de uma cultura distan-
te; a estória se passa no
Japão. A experiência do
Preço escritor que passou uma parte de sua vida no país tor-
Suíte: R$ 90,00 na o relato mais real, com descrições detalhadas sobre
Crianças entre 6 e 12 anos: R$ 45,00 a sociedade local.
Quarto: R$ 70,00 O livro conta a história de John Rain, que enrique-
Crianças entre 6 e 12 anos: R$ 40,00 ce em um mercado nada comum. Ele é especializado
em promover mortes de causas aparentemente natu-
Formas de pagamento rais. Tudo começa a mudar depois que John assassi-
Os sócios podem pagar 50% do valor até o dia 15 na uma autoridade do governo. Ele provoca um curto
de julho e o restante será descontado em folha de circuito em seu marcapasso, o que dá a impressão de
pagamento. Já os visitantes devem efetuar o um infarto. Mas quando percebe que está envolvido
pagamento à vista, até o dia 15 de julho. com a filha do homem que matou, uma pianista de
Jazz, tudo pode mudar.