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Em 1958, o Director do Colégio Militar, General Pereira de Castro e o Mestre de Equitação,


Capitão de Cavalaria Manuel José Lopes Cerqueira levantaram a possibilidade da criação da
Escolta a Cavalo, com a finalidade de abrilhantarem as solenidades da vida colegial e prestar
honras de acompanhamento às individualidades que presidam àqueles actos.

Para que se concretizasse tal anseio que era vivido por muitos, valeu a amável atenção do
General Esquível, ao tempo, Administrador Geral do Exército que colocou no Conselho
Administrativo uma modesta verba para acudir aos gastos inevitáveis.

Assim nasceu essa "pequena grande" força, constituída por alunos de todos os anos que, a par
de bom comportamento e aproveitamento escolar, se destacam na disciplina de equitação;
desde então e até ao presente ano a Escolta tem sabido honrar com distinção e brio o Colégio.

Desfile da Escolta a Cavalo - Av. Liberdade em Lisboa, 1959 ( 1ª Escolta )

As Oficinas de Equipamentos e Arreios de Santa Clara confeccionaram os punhos e as


cananas, as suspensões das espadas, os fiadores das lanças. Também naquelas oficinas se
iniciou o fabrico dos xabraques que, por muito moroso, não permitiu a sua utilização no 3 de
Março de 1959. Na sua falta, utilizaram-se velhos e obsoletos xabraques que a GNR tinha em
depósito e não utilizava, aos quais o Chefe Moreno da Serralharia Colegial adaptou um CM em
metal amarelo, com o desenho sempre usado na barretina.
O Mestre de Equitação estabeleceu um modelo de esporas que era o único permitido no
Colégio - sem roseta para os Alunos do 5º ano e com ela para os do 6º e 7º anos, que já se
encontram em desuso.

Entre o escol de Sargentos na Formação do Colégio Militar, o Sargento de Artilharia


Felgueiras, antigo correeiro, todo se esmerava na aplicação das correias das esporas, na
colocação dos botões amarelos nas testeiras e braços dos peitorais. A cada inovação se reunia
o « estado-maior » da Formação e todos davam a sua opinião, alvitravam e assim se decidia.
Depois, foram seleccionados os 24 alunos que haviam de constituir a Escolta mais o respectivo
Aluno Comandante que teria de ser graduado em « três estrelas », e também o Porta-Guião.

Desfile da Escolta a Cavalo - Av. Aliados no Porto, 1994

As flâmulas das lanças e o Guião foram bordados por uma senhora; o Mestre de Equitação
teve a ideia de nelas colocar a coroa mural em tempos atribuída à sigla do Colégio, mas caída
no esquecimento. Essa coroa, hoje, figura nas barretinas. Resolveu o Mestre de Equitação
informar os alunos que eram necessários calções de fazenda igual à do dolmen. Resolveu-se,
assim, pela melhor forma, e em benefício da compostura e atavio da Escolta.

Na primeira escolta foram usados cavalos cedidos pela G.N.R. porque a fileira da Formação
não tinha número suficiente de animais com a mesma pelagem e aptos a circular na via
pública. Posteriormente e obtida a indispensável autorização superior, o Tenente Filipe André
percorreu Unidades do Exército recrutando animais sem taras e com pelagem branca ou ruça,
enquanto o Capitão Lopes Cerqueira conseguia alguns bons animais na fileira da Escola
Prática de Cavalaria.

Desfile da Escolta a Cavalo - Av. Liberdade em Lisboa, 2003 ( Ano do Bicentenário )

Foi, então, possível conjugar o binário Aluno-Cavalo consoante as características deste e


aptidão equestre daquele. O papel da Escolta a Cavalo não se resume à participação nas
cerimónias comuns do ano lectivo. Os alunos da Escolta são frequentemente chamados a
representar o Colégio Militar nos mais diversos eventos. Entre os desempenhos da Escolta a
Cavalo destacam-se Guardas de Honra em variadas cerimónias de cariz religioso, militar e
equestre, não só a cavalo, como a pé. Nenhuma cerimónia é tão sentida pelos alunos como o
Desfile a Cavalo na Avenida da Liberdade.

A Escolta a Cavalo é considerada como elemento valioso na educação e formação dos alunos,
pela forma digna, sóbria, disciplinada e coesa como o pequeno conjunto se apresenta,
continuando e honrando as tradições centenárias do Colégio Militar.

Professora Celeste Silva


Colaboração: Sr. Cor. Cav. Ribeiro Mateus
( Ex-Aluno 169/44 )

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