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Uma idéia que só me surgiu mais tarde, para motivar os alunos com algo bem mais

interessante seria a de pedir que imaginassem um diálogo entre Sócrates e alguma


personalidade famosa. Sobre o que falariam? Futebol? Universo? Origem da Vida? Amor?
Eu escrevi alguns anos atrás um livro que não foi publicado, “Diálogos hipotéticos”, em
que imaginei Sócrates dialogando com alguns persnages históricos, um deles era Hitler. Era
mais ou menos assim:

Críton: - Sócrates, temos visita, é um estrangeiro e quer te conhecer.


Sócrates – Quem é ele? E de onde veio?
Críton – É um governante de uma terra distante, da Germânia. Recentemente ele
provocou o caos na Europa.
Sócrates – Ora, não o faça esperar, traga-o aqui.
(o estrangeiro entra na casa de Sócrates)
Sócrates – Dize-me ó estrangeiro, que acordo tens com um dos deuses mais antigos, o
caos, para venerá-lo mais que aos outros deuses?
Hitler – sabes melhor que eu, nobre Sócrates, que tudo vem do caos, inclusive os
grandes impérios.
Sócrates – Vejo em ti uma ambição do tamanho do panteon, ó estrangeiro. Porque esta
sede de poder, que ultrapassa as forças de um indivíduo.
Hitler – ultrapassa, porque se espalha por toda a nação.
Sócrates – mas, ainda assim, cada homem e cada mulher só poderão suportar o peso
do seu próprio corpo e talvez, no máximo, um pouco a mais, embora isto a longo prazo lhe
cause danos à saúde.
Hitler – Debates sobre um assunto que tu apenas conhece em teoria.
Sócrates – Sim, mas já estive ao lado daqueles que se intitulavam imortais até que
testemunhei a mortalidade deles. Mas, dize-me me contaram que tua teoria, pois tu também
é teórico como eu, se assemelha a de Darwin, que pensava que o mais forte tinha o direito
natural sobre o mais fraco (na verdade esta é uma interpretação errônea das ideias de
Darwin, que disse que o ambiente selecione os mais adaptados ao ambiente).
Hitler – Exatamente, eu lidero um povo forte que não aceita a existência de fracos.
Sócrates. Então dize-me, vocês correm o mundo para exterminar as pulgas ou os
vermes que parasitam os nossos intestinos?
Hitler – Como? Por que eu faria isso?
Sócrates – é que o daimon (deus interior, há quem diga que é Eros, o deus do amor)
que habita em mim me disse que o que tu propões é inútil e impossível, perder tua vida em
caçadas deste tipo. Se eles são inferiores a ti, porque dás tanta importância a estas formas
minúsculas de vida. Se são inferiores a ti por que te preocuparias, basta que as tires de tua
roupa ou do teu ventre quando invadirem o teu corpo.
Hitler – não são estes seres que eu persigo.
Sócrates – persegues homens e mulheres?
Hitler – do tipo mais inferior.
Sócrates – estás andando em círculos, estrangeiro, pois se são inferiores não deverias
te preocupar com eles, um bom vermífugo daria conta do recado ou, então, fazes como eu,
quando as pulgas invadem minhas roupas, chamo a Xantipa para me ajudar a devolvê-las
para o solo. O teu problema, estrangeiro, é que persegues homens e mulheres não porque
eles sejam inferiores a ti, mas porque eles são diferentes de ti! Dize-me: tu que também é
artista, segundo o que me informaram: tu pretendes acabar com a cor vermelha ou com o
azul?
Hitler- Como?
Sócrates- é que se tudo o que é diferente, te causa indignação e revolta, e o vermelho
é diferente do azul, qual deles tu protegerás e qual extinguirás?
Hitler – Há, Sócrates, vejo que não entendeste nada do que ti disse (o estrangeiro sai
apressado).
Extraído da obra 40 aulas de filosofia para adolescentes, de Antonio Jaques de Matos

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