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ARTIGO S
25/06/2009 - 17:11:29 - UM GOLPE NA DEMOCRACIA
No último dia 17 fizemos contato com a ASSOF – PM-BM para
convidar o seu presidente, Sr. Major ARAÚJO, para participar de
uma reunião de entidades de classe, ocasião em fomos surpreendidos
ao saber através de colegas da Polícia Militar que o mesmo não era
mais o presidente da ASSOF, isso em razão de que havia sido
afastado “destituído” da presidência daquela associação por
determinação judicial. E que tanto o Major ARAÚJO quanto o SD –
TELES estariam presos no Quartel da Ajudância Geral.
Deixamos claro que não temos procuração para falar em nome
dos mesmos, mas por ser o primeiro um companheiro de luta junto
ao FORUM de Entidades dos Servidores Público do Estado de
Goiás, e por entender haver algo estranho fomos atrás para verificar
as informações.
Pois bem, ficamos atônitos e estarrecidos, realmente a Justiça o
havia afastado “destituído”, algo preocupante para a democracia,
mais do que atingir a pessoa do Major ARAÚJO, atinge o ESTADO
DEMOCRATICO DE DIREITO em um dos seus pilares, que a
liberdade de expressão e a livre associação para fins pacíficos. Ora, é
cediço que um dos princípios basilares que eclodiu e ajudou a
fundamentar o ESTADO DEMOCRATICO DE DIREITO foi sem
dúvida a liberdade de expressão. Não é demasiado afirmar que os
tiranos, ditadores, déspotas, reprimiam essa mesma liberdade, visto
que ela afetava seus interesses. No caso em tela tivemos informações
que há um estado de PRESSÃO constante sobre os policiais que
participaram do ato de protesto em defesa dos seus direitos. Há até
mesmo TORTURA PSICOLÓGICA, o que nos remete às antigas
inquisições da década de sessenta ou mesmo do PERÍODO
INQUISITORIAL.
O direito de expressão “PLENA” na Carta Política é conquista
noviça, data mesmo de 1988, portanto ainda não entendida e
exercida pela sociedade, até mesmo pelo fato de o Brasil ser um país
principiante no exercício da democracia plena. Mas os direitos só se
incorporam no patrimônio individual ou coletivo quando o
conquistamos e exercitamos, por isso, afastar o presidente de uma
associação que conquistou um mandato através de votos limpos e
desprovidos de qualquer vício, quando defendia sua categoria,
portanto, em pleno exercício do direito que lhe foi delegado por seus
pares, é uma afronta à nossa Carta Mãe, e um desrespeito aos
associados, justamente no ponto em que toca na liberdade de
expressão, porque não há qualquer liberdade quando somos
obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa não em virtude de
lei, mas sim para atender determinados interesses e massagear o ego
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lei, mas sim para atender determinados interesses e massagear o ego


de determinadas pessoas que pensam estar acima inclusive da
própria Lei Maior.
Na democracia, ainda que adstrito aos ritos burocráticos, não
devemos nos afastar da legalidade para atingir os fins desejados, e
muito menos deve haver ingerência em qualquer processo que venha
macular uma futura decisão proferida, seja ela administrativa,
judiciária ou militar. A lisura em qualquer processo é que lhe
confere executoriedade e credibilidade a quem a proferiu, se em seu
bojo guardar qualquer ranço de ilegalidade ou abuso de poder, essa
decisão não deve prosperar.
Devemos ter claro em nossas mentes que proibir o cidadão de
manifestar-se pacífica e ordeiramente defendendo seus direitos e
suas idéias, é o mesmo que impor a lei da mordaça, onde, só se pode
falar aquilo que é conveniente aos interesses de quem impõe as
regras. Portanto, não é momento de calar, mas sim de falar, de
mostrar o que de fato está acontecendo, e o que fizeram com o
Major ARAÚJO e SD TELES não pode ficar às escondidas, não
podemos viver sob um estado de medo dentro de um ESTADO
DEMOCRÁTICO.
Dizer que houve qualquer incitação ou levante contra a
disciplina e hierarquia é outro absurdo que só serve para justificar a
imposição da ditadura hodierna utilizada por aqueles que
transitoriamente detêm o poder, invocando para tanto os princípios
CASTRENSE. Alegar que os policiais estavam armados com o fim
de promoverem distúrbio, é inconcebível, ora, basicamente todos os
policiais anda armado, ademais, o porte para os militares é normal e
legal, o que permite a eles portarem suas armas. Logo, o fato de
estarem armados não constitui qualquer infração, seja na esfera
penal, administrativa ou militar. Portanto, se assim for, conforme
alegam os superiores responsáveis pelos procedimentos em
andamento o policial militar não poderia usar armas, pois se assim
fosse, ele seria um risco para a sociedade, o que não é verdade.
Ao contrário do que dizem os desafetos do Major ARAÚJO e
SD TELES (este porque disse que as condições de trabalho são as
piores, e isto é fato), as categorias quando buscam melhoria salarial
e melhores condições de trabalho não está visando exclusivamente
apenas o bem estar dos seus representados, porque essas conquistas
(quando acorrem) refletem diretamente no policial, estimulando-o a
trabalhar cada vez melhor, a cuidar de sua família, a propiciar
educação para si e seus familiares, a serem imparciais e não cederem
ao assédio do crime, o que sem dúvida reverte positivamente em
favor da sociedade da qual todos nós fazemos parte. No outro
quadrante vemos que as condições de trabalho, quando oferecidas a
contento, lhes permitem dar uma resposta imediata à demanda da
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contento, lhes permitem dar uma resposta imediata à demanda da


sociedade por segurança pública. Agora, negar que a segurança
pública passa por situação de quase falência não é novidade, e o que
eles disseram a mídia divulga todos os dias. Será que o pedido
formulado em desfavor dessas duas pessoas não se trata de questão
subjetiva e, portanto, para mostrarem quem pode mais estão
tomando-os como nocivos desejando puni-los para dizer: Aqui quem
manda é eu, se qualquer outro fizer o que eles fizerem eu mando pra
rua. Realmente é uma afronta.
Na democracia não podemos perder de vista, nem esquecer, a
liberdade de ir vir é um direito sagrado que foi consolidado por
instrumentos próprios no Continente Europeu, de lá para cá muito
sangue foi derramado para chegarmos ao estágio atual, e veja que o
processo dessa conquista já dista de séculos. Entretanto, aqui ainda
sofremos imposições absurdas como as que foram impostas ao Major
ARAÚJO, e SD TLES, dentre elas (ao primeiro) a proibição de
adentrar em unidades da Polícia Militar, corporação a que pertence.
É impensável admitir que tais medidas mereçam florescer, pois se
assim for, que respeito teremos pela Constituição cidadã e leis
inferiores.
Em outro contexto questionamos!!!! Se o Major ARAÚJO
estava exercendo os direitos conferidos por mandato classista, qual a
autoridade do Comando da Polícia Militar para ingerir na
administração da Associação, vemos que nenhuma, em razão de que
ao representar seus associados, está exercendo as funções de um
líder classista que não se confunde com qualquer ato relativo às
funções de seu cargo na administração pública. Ninguém, nem
mesmo o Estado pode interferir nos assuntos internos de uma
entidade representativa quando esta age nos limites Constitucionais e
legais e dos poderes conferidos pelo sufrágio. De modo que, peca o
Comando quando toma medidas de afogadilho baseado em
informações deturpadas. Somente uma assembléia geral
extraordinária ou decisão judicial transitada em julgado poderá
retirar do Major ARAÚJO o mandato que lhe foi conferido pelos
seus pares.
Lamentável que o Poder Judiciário tenha atendido de pronto a
solicitação do Comando da Polícia Militar, certamente avalisado pela
Secretária de Segurança Pública, eis que os princípios de fumaça do
bom direito e o perigo na demora foram tomados a contrário senso,
prejudicando substancialmente as pessoas envolvidas, que a nosso
sentir são as verdadeiras vítimas e ferindo de morte os conceitos
democráticos nos quais acreditamos. Porém, quando a verdade
chegar ao conhecimento desse Poder certamente o erro será reparado
e a JUSTIÇA fará JUSTIÇA.
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No que tange à legalidade, temos convicção de que o


Ministério Público, ao tomar conhecimento verá que tais medidas
não prevalecerão, certamente, por se tratar de Instituição autônoma e
Constitucionalmente detentora do poder de fiscal da lei, manifestará
pela ilegalidade das medidas adotadas, sendo assim, o resultado dos
processos deverão corrigir tamanha INJUSTIÇA. Não temos
qualquer dúvida, o Ministério Público tem se mostrado imparcial e
zeloso nas lides, em especial naquelas que afrontam a Constituição e
os direitos humanos.
Pois bem, execraram o Major ARAÚJO e o SD TELES, mas
esqueceram propositalmente de dizerem algumas verdades, assim,
passamos a elas:
O Major ingressou na corporação em 1987, portanto há mais de 20
(vinte) anos, desde sua investidura até a presente data, pelo que
sabemos, não consta em seus assentamentos funcionais qualquer
punição, consta sim vários elogios e comendas que recebeu ao longo
da carreira, inclusive a Medalha Dom Pedro II, mais alta
condecoração concedida pelo Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.
Como pode então ser nocivo à sociedade pelo fato de estar
reivindicando direito líquido e certo seu e de seus representados, ora,
se há alguém descumprido a Constituição e a Lei, esse alguém é o
Governador, inclusive se mostrar inerte apático, demonstrando quase
um estado letárgico. Quanto ao SD –TELES, não o conhecemos,
mas entendemos que se as punições a ele impostas forem em
decorrência de ter dito que o Estado deixa a segurança pública em
situação difícil, que o problema é estrutural, disse apenas a verdade e
não deve ser penalizado pela incompetência ou descaso do Governo
e dos auxiliares que gerem as pastas do Sistema de Segurança
Pública. Assim colocado entendemos que é conveniente para alguns
simplesmente “ para dar ar de legalidade” formalizarem
procedimentos eivados de interpretações dúbias e os colocam como
bandidos. O homem público não pode agir para atender interesse
pessoal, não pode atuar para atender o seu ego, o cidadão deve ser
respeitado por todos. Afirmamos, ainda que fossem criminosos a
legislação nacional lhes assegura a ampla defesa, o contraditório o
devido processo legal e os direitos humanos, que estão sendo
desrespeitados no caso ora apreciado.
O mais grave de tudo que foi colocado é entender que a
conveniência sobreponha ao direito, todas as instituições associativas
e sindicais existentes em Goiás correm sérios riscos de sofrerem o
mesmo que ocorreu com a ASSOF – PM/BM, o que se mostra um
retrocesso para o processo democrático e conseqüentemente à
evolução social. A permanecer como está, estaríamos voltando ao
tempo do Coronelismo, algo já superado em dias presentes.
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A imprensa ao longo dos anos, principalmente nos períodos de


ditadura, foi a voz que mais alto falou em defesa dos direitos
humanos, especialmente o direito de liberdade e de expressão.
Contudo, até o presente momento nada foi publicado a esse respeito,
pois não vimos ainda qualquer matéria denunciando essa afronta ao
ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO.
Saiba MAJOR ARÁÚJO aqueles mesmos que o usaram para
melhorar seus salários e defender os interesses às suas
conveniências, agora o apedrejam, maculam sua imagem, afeta seus
direitos e sua honra,segrega seu corpo, afetam sua família, e mais,
agem em desacordo com o ordenamento jurídico afrontando a
DEMOCRACIA.
Finalizando, repudiamos e consignamos nosso apoio, dizendo:
não queiram atingir o homem de CARÁTER naquilo que lhe é mais
precioso, SUA HONRA, QUALIDADE QUE ASSISTE A
POUCOS.

Goiânia 24 de junho de 2009.

União Goiana dos Policiais Civis


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