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Quem está
realmente inovando?
I
novar não é fácil. Quer senso de empreendedorismo,
dizer, parece que não. faro de negócio e sensibilidade
Pode ser uma questão de para detectar as oportunidades
oportunidade. Que o diga Marcos e necessidades dos clientes
Silveira, CEO da Pele Nova, uma – tanto no B2B quanto com
empresa de biotecnologia que o cliente final. Assim, estão
nasceu nos laboratórios da nascendo novos produtos e
Universidade de Ribeirão Preto, novos mercados para o negócio,
a USP. A proposta inovadora, de enfim, deslanchar. E inovação,
16
recuperação de pele, literalmente, que pode transparecer um
nasceu de muita pesquisa e desafio difícil para quem vive
cresceu para desafiar grandes dentro da caixinha – como diz
grupos internacionais em um a publicidade da ACS –, é uma
entrevista Marcos Silveira
mercado que movimenta perto das prioridades das empresas
O desafio de nascer na guerra de um
de R$ 10 bilhões por ano. Mas de call center, como demonstra mercado disputadíssimo
não foi só o senso inovador a pesquisa jornalística que A busca por parceiros estratégicos, identificação
do cliente-chave e empreendedorismo para
que deu alicerces ao negócio. desenvolvemos ao longo de
consolidar o negócio. O mapa para vencer
Depois de um business plan e três meses e publicamos com os desafios da concorrência
a conquista de investidores, o exclusividade nesta edição
negócio decolou mesmo quando – e posteriormente em mais
12 ouvidoria
uma pequena equipe de vendas detalhes no portal. Foram
começou a patinar para cumprir ouvidas mais de 20 empresas Conheça o primeiro ouvidor público do País
as metas, até identificar atalhos dos mais variados portes, A história de Manoel de Eduardo
mais fáceis e viáveis para que revelam o que estão Alves Camargo e Gomes caminha junto
à história da ouvidoria no Brasil.
chegar ao cliente. A história que fazendo para ofertar serviços Primeiro ouvidor público reconhecido
abre esta edição ilustra bem o inovadores e diferenciados no Brasil, ele conta a evolução
ao mercado, demonstrando, da atividade no País
inclusive, a tendência de
24
evoluírem dentro dos clientes,
chegando ao outsourcing cobrança
de várias áreas de negócio. O esforço das empresas
que mudam a atividade
Merecem ainda atenção a Recursos humanos,
matéria de Tendência sobre o tecnologia e segmentação.
mercado de alimentos, outro Velhos conceitos adquirem
novos formatos para sustentar
grande trabalho jornalístico, o crescimento num setor cada
por exemplo. Boa leitura. vez mais competitivo
Vilnor Grube
06 blogs
44
Você tem história de
tendência cliente para contar?
O esforço para agregar valor ao cliente Agora os leitores podem
A convergência invade as empresas de call center e cria novas contar suas histórias de
oportunidades de negócios, agregando mais valor ao resultado relacionamento com
clientes no novo blog
“Histórias” da Cliente SA.
40 34
Confira na seção Portal.
marketing de inovação
relacionamento
Quem conhece os atalhos
nas bases de dados?
Novos modelos de
negócios
InovaCOMM
seções
Imprescindível para identificar chega para
On-line 30
oportunidades de negócios, fomentar a troca
a aplicação de soluções de de idéias e
ABT em Revista 62
qualidade de dados ainda fornecer subsídios Gente 66
engatinha no mercado para novos negócios
articulistas
42 36 60 22 08
Fernando Guimarães Leonardo V. Azevedo Marcos Fábio Mazza Alessandro Goulart Júlio Xavier
58 38 64 14 32
Enio Klein João Batista Ferreira Marco Barcellos Luiz Santucci Filho José Devair Gonçalves
Blog CLIENTE
Hora de usar
o arco e flecha
BLOG HISTÓRIAS JÁ ESTÁ NO AR
ARTIGOS
Muitos executivos ainda não
entendem a necessidade de
Leitores agora podem contar suas histórias de gestão de relacionamento com cliente database eficiente
Autor: Vicente Criscio
Mal começou o ano e os Blogs dos portais ClienteSA cionamento com cliente para contar. Basta clicar no
Mobilidade: muito além
e Callcenter.inf.br já estão com novidade. É o Blog link “Conte sua História”, postar seu texto e aguardar
do hardware e software
Histórias, que vai abrir espaço para todos os leitores a aprovação do conteúdo, por parte dos jornalistas Adoção correta de meios
que tiverem alguma história sobre gestão de rela- dos portais. É possível também publicar fotos e ou- de transmissão auxilia na
tras ilustrações. integração de dados
Os blogs que já estão no ar desde o ano passado são Autor: João Moretti
o do Carrapato, com José Teófilo Neto, diretor da Co-
municação Direta - Consultoria & Treinamento; o de Sua empresa está viva?
Não existe tempo ou
cobrança, com Augusto Melo, PFS collection mana- espaço para empresas
ger do HSBC; de qualidade, atualizado por Vladimir mal posicionadas e mal
Valladares, diretor executivo da V2 Consulting; e de estruturadas
marketing de relacionamento, com Fernando Guima- Autor: Paulo Ancona Lopez
rães, diretor de criação da Synapsys Marketing & Me-
dia. Ainda há o “Na pele do cliente”, com Enio Klein, A Internet está mudando:
Você percebe?
diretor e fundador da K&G Sistemas; o de Tecnologia
Mesmo o desconhecido
On Business, com Wanderley Schmidt Campos, diretor que é estimulante guarda
executivo da Move CRM Consulting & BPO; e da “Re- armadilhas perigosas
dação”, que traz comentários dos jornalistas sobre o Autor: Ken Silva
dia-a-dia do mercado.
CALL CENTER
Callcenter gratuito
é viável?
Atualmente existem
Estatística Central de
Atendimento
CLIENTE CALLCENTER.INF.BR
O que muda no varejo com o IOF? Alta nos investimentos em telecom
Maioria dos varejistas descarta adotar medidas para Pesquisa da Abeprest aponta aumento de até
compensar crédito mais caro 22,8% em 2008
Brasil ultrapassa 120 milhões de celulares Clientes mais exigentes
Anatel aponta 2007 como o ano de maior crescimento da Pesquisa aponta lacuna entre expectativa do cliente Quer conhecer em detalhes as
telefonia móvel no País e atendimento prestado empresas de contact center, o
Comércio registra maior alta desde 2001 Consumidor prioriza bom atendimento mercado de cobrança, as Ou-
Varejo especializado puxou aumento de 9,6% das vendas Levantamento traça percepção do cliente sobre vidorias e o Probare? Acesse
totais no ano passado as empresas que mais o respeitam a Central de Atendimento
(www.centraldeatendimen-
to.callcenter.inf.br). São mais
de 50 edições, todas disponí-
veis para download.
Série especial
AS TENDÊNCIAS EM
RELACIONAMENTO COM CLIENTE
Callcenter.inf.br dá seqüência à série de matérias que
apresenta as estratégias das empresas em busca do cliente
Para esclarecer quais as principais com diretores das principais
ações realizadas pelas empresas, empresas do mercado, as maté- Calendário
na busca por fidelização, o Callcen- rias revelam as mais diferentes
ter.inf.br dará continuidade a série estratégias de marketing. Dessa PROGRAME-SE
de reportagens com as tendências vez os setores que serão abor- Veja os cursos e eventos
de relacionamento com cliente. dados são o Financeiro, Hotela- ligados à atividade.
Por meio de entrevistas exclusivas ria e Construção Civil. www.clientesa.inf.br/
Q
ue bom que o comportamento ético do e respeitando a
está em voga! As relações de negócios cadeia de relaciona-
entre empresas, fornecedores, clientes mentos existentes.
e colaboradores são permanentemente fruto de Essas atitudes, quan-
discussões respeitosas e permeadas por valores do escancaradas por Júlio Xavier, economista com MBA em marketing
éticos. Você acredita nisso? toda a empresa e em pela USP e coordenador do MBA Excelência no
Relacionamento com Clientes do Ibmec SP.
Para os gregos, a ética era interpretada como um todos os níveis hierár- E-mail: juliox@isp.edu.br
termo genérico que designava tudo aquilo descri- quicos, podem ajudar
to como ciência da moralidade, ou seja, morada a companhia na tomada de decisões, principal-
da alma. Tudo aquilo que era suscetível de quali- mente no equilíbrio do comportamento das rela-
ficação do ponto de vista do bem e do mal. ções da base “ECC” (empresa-colaborador-cliente).
Na definição acadêmica, a ética – palavra ori- Quando bem claros, os valores éticos tendem a
ginada diretamente do latim (ethica) e indireta- direcionar a maneira pela qual as empresas ad-
mente do grego (ethiké) - é um ramo da filosofia ministrarão os negócios e como será a relação
e um sub-ramo da axiologia (do grego: valor, do dia-a-dia para a tomada de decisões.
dignidade), que estuda a natureza do que é con- Recomendo, portanto, que quando tomar de-
siderado adequado e moralmente correto. cisões, o senso de valor e o respeito às crenças
No mundo empresarial, a ética pode ser en- da companhia sejam um predicativo decisivo
tendida e definida como um valor da organiza- como premissas inegociáveis para a perpetuida-
ção que assegura sua sobrevivência, sua de do negócio e da empresa.
reputação e faz com que crie um diferencial Posso afirmar, com muita tranqüilidade, que
competitivo, respeitado e admirado pelo merca- este conjunto ético, quando colocado em práti-
do e que, conseqüentemente, irá impulsioná-la ca com simplicidade e transparência, sempre foi
para a geração de resultados confiáveis. e será uma poderosa ferramenta de gestão em-
Há algum tempo, muitas organizações têm se presarial. Quanto mais simples e verdadeiro o
preocupado fortemente com a conscientização posicionamento das empresas, mais fáceis tor-
e a disseminação de sua missão, sua visão e, nar-se-ão as relações.
principalmente, permeando suas ações em seus No mundo corporativo, a ética deve ser cons-
valores éticos e nas suas crenças. tantemente discutida e disseminada em sua base
A atividade empresarial baseada na ética em piramidal. A ética pressupõe verdadeiramente
toda a cadeia de relacionamentos, quer sejam que seus colaboradores seguirão à risca a esco-
com seus funcionários, clientes ou fornecedo- lha feita pela empresa para se relacionar com o
res, está caminhando a passos constantes e sen- seu mercado-alvo e que, se essa atitude destoar
do considerada um fator importantíssimo e desse credo, ou vice-versa, então, está na hora
decisivo para a geração de negócios perenes e de buscar um novo caminho.
com resultados absolutamente crescentes.
Desse modo, é relevante termos a consciên-
cia de que toda a sociedade pode ser beneficia-
“
da através da ética
aplicada dentro da em-
É relevante termos a presa. Como você, per-
consciência de que toda cebo também que é
notório o resultado das
a sociedade pode ser companhias que agem
beneficiada através da dentro dos padrões e
comportamentos éticos,
ética aplicada dentro
”
chancelando sua verda-
da empresa deira atitude, valorizan-
C
omo parte da estratégia de da BrasilTelecom. Outra boa notí-
crescimento e seguindo ten- cia está relacionada ao faturamento
dência do mercado, a das companhias. Ainda de acordo
Contractors e a Meta Soluções anun- com o Ranking do Callcenter.inf.br, Marcelo Martins, presidente da Meta-Contractors
ciaram a fusão de suas operações. em 2006, ele chegou a R$ 102 mi-
Com isso, elas se tornam a maior lhões, com 8.060 funcionários. é impulsionado por uma mudança
companhia nacional de telemarke- Pelas projeções de crescimento das no posicionamento estratégico de
ting ativo em vendas, atendendo a duas, considerando os dados divul- algumas organizações. “O cenário
necessidade do mercado de otimi- gados no Ranking, devem fechar para atuação comercial de algumas
zação das operações e unindo esfor- 2007 com faturamento próximo de delas ficou bem elástico, permitindo
ços para serem mais competitivas, R$ 200 milhões. a prospecção de negócios que ante-
somando o expertise de gestão, ope- riormente, em função de perfil e
ração e know-how. MERCADO porte, eram explorados exclusiva-
Além disso, a nova empresa passa Com a novidade, surgem discus- mente por empresas menores. O es-
a ocupar lugar de destaque no sões de como o mercado irá reagir, paço de atuação das pequenas
Ranking do Callcenter.inf.br. Soman o que há por trás dessa estratégia e deverá diminuir gradativamente”,
do-se o número de posições de se mais empresas seguirão por esse conta o consultor.
atendimento (PA’s) das duas empre caminho. Para o consultor Vladimir Já para Kendi Sakamoto, diretor ge-
sas (2.550 da primeira e 1.550 da Valladares, diretor executivo da V2, ral da Kendi Sakamoto Consulting, a
segunda), passa a ocupar a sétima estima-se que novos negócios fi- fusão não gera ameaça ao mercado,
posição, descontando da Teleper quem concentrados entre grandes e que deve tornar-se mais competitivo.
formance os números da operação médias empresas, fato que também “É uma medida saudável, já que, an-
tes, Atento, Contax e outras grandes
empresas ficavam com os clientes
O CALLCENTER.INF.BR quIS saber! que exigiam um grande número de
O que você acha da união da Meta com a Contractors? PA’s. Agora, a Meta-Contractors tem
a chance de competir”, afirma.
A fusão tem sido tema de muita discussão no mercado e quisemos ouvir a opinião
dos leitores, no portal Callcenter.inf.br. O resultado você confere abaixo.
A NOVA EMPRESA
Em entrevista exclusiva, Marcelo
Martins, que assume a presidência
da Meta-Contractors, falou que a
união trará bons resultados para o
mercado. “Temos certeza de que va-
mos conseguir oferecer serviços com
mais qualidade. Pegaremos o melhor
A história de um pioneiro
A ouvidoria no Brasil se mistura à história de Manoel de Eduardo Alves Camargo e Gomes.
Pelas suas mãos, nasceu a reconhecida primeira experiência do País, a ouvidoria pública de Curitiba, em 1986
S
e, durante a década de 1960,
o Brasil viveu a opressão com
a instalação da ditadura mili-
tar, que relegou ao silêncio forçado
todas as instituições democráticas,
já em 1983 o País timidamente vol-
tou a experimentar a abertura demo-
crática e ressurgiram os debates para
a criação de canais de comunicação
entre as instituições do Governo e a
população. Quando, em 1986, a pri-
meira ouvidoria pública foi instituída
na cidade de Curitiba-PR, pelo decre-
to-lei nº. 215/86, a população viu sur-
gir a possibilidade de voz ativa
depois de duas décadas de silêncio
imposto. Do outro lado do canal, es-
tava Manoel Eduardo Alves Camargo
e Gomes, primeiro ouvidor público
do Brasil, cuja figura mistura-se à tra-
jetória de implementação da ativida-
de no País. Confira a Entrevista “Acho que a
Exclusiva. contemporaneidade
nos permite
Por que instituir uma ouvidoria uma instituição estrangeira inaugurar uma Por razões políticas, o proje-
logo após a ditadura? para o Brasil gerasse a per- nova fase das to foi retirado da Câmara.
Porque queríamos democratizar a ad- da de identidade da mes- ouvidorias Com o advento da Lei
públicas no Brasil”
ministração pública municipal. Fazer ma, o que é muito comum Orgânica, Curitiba passou a
com que o munícipe, de fato, partici- na história brasileira. Assim, contemplar o Instituto da
passe da gestão administrativa do muni- imaginamos, em um primeiro mo- Ouvidoria Pública. Curitiba constitucio-
cípio, além de implantar uma cultura de mento, criar a ouvidoria pública no nalizou o Instituto do Ombudsman.
respeito aos interesses e direitos legíti- poder executivo para, após um ano Lamentavelmente, desde a edição da Lei
mos dos munícipes de Curitiba. Para de experiência, elaborarmos um Orgânica, em 1991, ainda não foi im-
isso, fomos buscar na Suécia, no Instituto projeto de lei e encaminhá-lo à plantada a nova ouvidoria na cidade, ela
do Ombudsman, a nossa inspiração Câmara de vereadores. Assim, cria- ainda concede no poder Legislativo.
para criar a ouvidoria. E também nas ríamos uma ouvidoria nos moldes
constituições portuguesa e espanhola, do ombudsman clássico, ou seja, Quais foram os grandes movimentos
ambas saídas de um regime ditatorial, e um órgão voltado para o controle do que aconteceram no mercado de
que intitularam o Instituto do Poder Executivo com sede no ouvidoria nesse período?
Ombudsman como defensor do povo e Legislativo. É muito difícil estabelecer a histó-
provedor de justiça. De fato, após um ano, elaboramos ria das ouvidorias públicas no Brasil,
o projeto de lei e o submetemos a um porque elas passaram a surgir com
Essa cultura resultou na instituição conjunto de juristas no 2º Simpósio diversos modelos a partir de diferen-
de outras ouvidorias... Latino-Americano de Ombudsman, tes paradigmas. Apesar disso, se bus-
Ao nos basearmos no Instituto do realizado em Curitiba, e após o proje- carmos estabelecer alguns marcos no
Ombudsman, tínhamos receio de to ser aprovado, o encaminhamos processo evolutivo, eu diria que o
que esse processo de importação de para a Câmara. período que vai de 1824 até 1986
Os caminhos do marketing
digital Aparelhos móveis podem ser a grande mídia
do futuro, mas ainda representam desafios aos estrategistas
N
os últimos dois anos, a utilização do ma- através do celular sa-
rketing promocional por meio de cam- bem que possuem
panhas direcionadas e interativas, uma mídia muito mais
promoveu excelentes resultados para as princi- eficaz e poderosa, se Luiz Santucci Filho é vice-presidente
Sales & Distribution Brazil da
pais marcas em relação à exposição, divulgação comparada às mídias CycleLogic Mobile Solutions.
e aumento nas vendas de produtos e serviços, tradicionais, pois o E-mail: luiz.santucci@cyclelogic.com.br
quando nos referimos ao meio de comunicação celular é o meio mais
que mais cresce no mundo: o celular. próximo e mais íntimo do consumidor. O gran-
Por se tratar de um equipamento personaliza- de desejo e expectativa das empresas anun-
do e um canal com múltiplas funcionalidades, ciantes é criar cada vez mais relacionamentos
as empresas incorporam o mobile marketing à com os usuários de telefonia móvel, expandin-
estratégia de suas ações. De acordo com o mais do assim o Mobile Marketing e deixando 2008
recente relatório da ABI Research, o mercado como o ano promissor dessa mídia, uma vez que
movimentou US$ 1,8 bilhões em 2007 e a gran- teremos mais e novos aparelhos chegando ao
de evolução foi a integração em campanhas mercado com planos atraentes ao consumidor.
cross-media.
Um ponto importante que as companhias
promotoras têm observado nesse aspecto é que
as ações que envolvem essa mídia obtêm um
nível de resposta sobre o consumidor variando
de 30% a 50%, atingindo assim o seu público-
alvo, principalmente quando promocionadas
por campanhas que oferecem prêmios instantâ-
neos e/ou semanais.
Mesmo que essa seja a aposta mais provável
para ser a grande mídia do futuro, os planeja-
dores envolvidos com a área ainda buscam
identificar possíveis erros, para assegurarem
que os relacionamentos estabelecidos com os
clientes não sejam rotulados de “spammers”.
Para isso, operadoras, integradores e agências
envolvidas com Mobile Marketing buscam as
melhores práticas e diretrizes já utilizadas em
outros países como: escolha, controle, perso-
nalização, consideração, restrição e confiden-
cialidade. Esses aspectos certamente farão parte
do Código de Conduta que deverá muito em
“
breve estar definido.
Infelizmente, a imensa
Ações que envolvem a maioria dos 111 milhões
mobilidade obtêm um de usuários de celular no
País não possuem apare-
nível de resposta sobre o lhos com suporte para
consumidor variando de 30% aplicações, porém isso
não acontece quando fa-
a 50%, atingindo assim o seu
”
lamos em SMS texto. As
público-alvo empresas que anunciam
I
novação. Associada a outro termo não me-
nos intrigante, biotecnologia, tem servido
de base para um negócio revolucionário na
área médica. Foi assim que nasceu a Pele
Nova, resultado de estudos nos laboratórios
da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de
São Paulo), de Ribeirão Preto. Foi em 1994, quando
a médica oncologista Fátima Mrué desenvolvia sua
tese de doutorado, estudando materiais para reparo
de trato esofágico em animais com câncer de esôfa-
go. Mas foi ouvindo seus principais clientes – distri-
buidores, enfermeiras e o consumidor final – que a
empresa, em 2006, decolou, pois mesmo com o lan-
çamento do BioCure, um produto revolucionário e
natural, batia na resistência do mercado. O business
plan, elaborado em 2004, demorou para atrair in-
vestidores que, um ano depois, permitiram investir
na primeira planta industrial e rever a política co-
mercial. O modelo do negócio começou a frutificar
com o posicionamento como fornecedor de maté-
ria-prima, a identificação de parceiros, ou distri-
buindo (no caso do BioCure), ou desenvolvendo
produtos finais. A orientação do mercado foi funda-
mental no sucesso do negócio, reconhece Marcos
Silveira, que entrou como diretor financeiro e hoje
responde como CEO da companhia, que vem cres-
cendo aos saltos – pulou de pouco mais de R$ 400
A inovação, à flor da
mil, há três anos, para fechar 2007 com R$ 3 mi-
lhões, com tendência de crescimento. E, apesar de
atuar em segmentos dominados ou por multinacio-
nais ou grandes empresas, desenha um modelo
que, com parceria, está contribuindo para grandes
inovações. “Se hoje os produtos tradicionais repre-
sentam algo em torno de 70% do faturamento de
fabricantes de produtos farmacêuticos de beleza,
entramos nos 30% de produtos inovadores, que no
futuro serão fundamentais para a sobrevivência.
Assim, também teremos um crescimento exponen-
cial”, aposta Marcos, nesta Entrevista Exclusiva. Ele
faz um balanço do negócio, discute as oportunida-
des de inovação que abre em mercados tradicionais
e a reviravolta na Pele Nova, agora preparada para
crescer.
16 cliente sa | fevereiro 2008 | www.clientesa.com.br
Com o desafio Qual é a sua formação?
Sou engenheiro mecânico aeronáu- Uma breve história
de entrar em um tico e administrador de empresas. de sucesso
Minha formação foi voltada para pla-
mercado altamente nejamento econômico-financeiro e
consultoria de estratégia. Trabalhei 12
Em pouco mais de 10 anos,
a história de uma descoberta
científica acabou por se tornar
disputado, a Pele Nova anos em grandes empresas de consul- um grande case de sucesso na
toria e auditoria com clientes do setor área médica
chegou apoiada na químico, petroquímico e farmacêuti-
1994 – a médica oncologista Fátima
biotecnologia, com co. Depois, fui convidado a trabalhar
na Pele Nova, assumindo a posição
Mrué desenvolve tese de doutorado
onde estuda materiais para reparo de
inovação e senso de de diretor financeiro, em 2004, e nos
últimos três anos, tenho me dedicado
trato esofágico
pele
E como a experiência foi revertida 2006 – coloca sua estratégia em práti-
para benefício humano? ca e busca a parceria da Hospfar para
sua força de vendas
Depois das experiências com ani-
mais, a Dra. Fátima resolveu fazer um 2006 – começa a buscar outras fren-
protocolo clínico para a primeira apli- tes de negócios, com pesquisas de
cação médica. A condição humana materiais anti-rugas
encontrada foi a úlcera de perna, ou
2007 – com a parceria, a empresa au-
pé diabético. São condições onde o
menta seu faturamento
paciente sofre de insuficiência circu-
latória devido à ausência ou lesão dos
vasos arteriais ou venosos. Com o tra- foi depositada em 1996 e em 2002,
tamento, em oito semanas o tecido encontrou uma empresa de participa-
necrosado é removido, conseguindo ção em projetos na área de biotecnolo-
promover a granulação, a formação gia. Tivemos a satisfação de cair nas
de novos vasos sangüíneos. Ou seja, mãos do Osires Silva, um dos conse-
praticamente todo o tecido lesado do lheiros, que percebeu a distinção do
paciente é recuperado. projeto entre os muitos que estava ava-
liando. Com isso, fomos convidados a
Quando, efetivamente, o projeto fazer a exposição (a Dra. Fátima e o
saiu da esfera de pesquisa para se Dr. Coutinho) para esse investidor ini-
transformar em empresa? cial. O resultado foi positivo e gerou
A Dra. Fátima publicou uma tese e interesse. Assim, nasceu a formatação
requereu a patente da descoberta. Foi da empresa: a Pele Nova Biotecnologia
seu espírito empreendedor. A patente Ltda. A Dra. Fátima transferiu a titulari-
”
negócios, pensando no que o mercado cientes crônicos movimenta US$ 8 bi-
pedia, o que o mercado precisava e o tecnologia necessitava lhões por ano. Então, não falta mercado
que o cliente dessa tecnologia necessi- nem faltam grandes empresas, pois sa-
tava. É uma tecnologia inovadora e bem que é lucrativo. Entre os grandes
pensamos em como atender às neces- Hoje, temos aproximadamente, dois estão Johnson & Johnson, 3M,
sidades do mercado. Participei desse milhões de pacientes sofrendo algum ConvaTec, Coloplast. No Brasil, o ris-
projeto, especificamente em sua parte tipo de ulceração crônica. Basicamente, co ainda está começando a ser melhor
final, na fase de estruturação de capital 70% deles são atendidos pelo setor pú- apreciado. Houve uma grande evolu-
para poder fazer com que a empresa blico e 30% pelo setor privado. É um ção nos últimos três anos. Tanto que a
decolasse. público que está em uma faixa etária quantidade de empresas abrindo capi-
mais elevada, de 40 a 65 anos e nas ca- tal na bolsa de valores aumentou. O
Quem fez o business plan? madas menos favorecidas da popula- mercado de capitais, hoje, começa a
Foi montado por uma empresa de ção, nas classes C e D. São pacientes tomar figura de um mercado mais ma-
consultoria que levantou as necessida- típicos que não fazem prevenção de duro para financiar o risco. Nossa em-
des do mercado na área de curativos es- doenças durante a vida e, por isso, de- presa tinha a condição de start-up.
truturados para pacientes crônicos. O senvolvem situações crônicas. Tivemos de passar por todo o processo
nosso paciente é o paciente crônico de road show para levantar fundos, o
portador do pé diabético, da úlcera de Quais foram as grandes dificuldades que durou quase um ano e meio - de
perna e, em um campo mais amplo, um para o negócio sair do business plan abril de 2002 a outubro de 2003.
paciente acamado em leito hospitalar. e, efetivamente, ganhar mercado?
Os que entraram no negócio são
nacionais?
Identificar o cliente certo para gerar negócios Sim. E podemos citar empresários co
Após algumas tentativas mal-sucedidas, a Pele Nova percebeu que precisava de um mo Gilberto Bomeny, do World Trade
parceiro para se aproximar de seus clientes. A estratégia resultou em crescimento e Center, Marcelo Vespoli Takaoka, da
elevou a empresa à condição de concorrer no mercado ao lado de grandes empresas, Construtora Takaoka, em Alphaville, a
como a Johnson & Johnson, a 3M, a ConvaTec e a Coloplast. Mas o caminho foi longo.
família Frering e o Fundo Rafe. Esse
>> todo o processo de road show foi usado para levantar fundos.
grupo de empresas acreditou no pro-
cesso e investiu na empresa. Isso deu a
>> com a entrada de diversos investidores, a empresa montou seu primeiro parque fabril
condição inicial para montarmos a fá-
>> enfrentou dificuldades para entrar em um mercado dominado por grandes corporações
brica em Mato Grosso do Sul, até por-
>> teve que vender a idéia de um novo produto frente à tecnologias já disponíveis e
que um dos acionistas tinha propriedade
desenvolvidas
no Estado e nos cedeu. E com isso,
>> mostrou que o produto tinha segurança e eficácia, duas palavras-chave no merca-
do de saúde montamos o empreendimento, lança-
>> entendeu que o mercado tinha uma dinâmica que passava pelas enfermeiras, que
mos o produto no mercado e monta-
têm papel fundamental no trato com os pacientes crônicos mos um plano de marketing.
>> mensurou a força de vendas, que era pequena diante dos grandes players do mercado
>> encontrou um parceiro estratégico para a venda e distribuição do produto
Foram muitos desafios?
O primeiro foi o capital. Depois, foi
>> o cliente foi identificado como o gestor das compras do produto, ou seja, as comis-
sões hospitalares, formadoras de opinião lançar o produto nas condições ideais e
>> com a identificação do cliente-chave, a empresa pôde investir em força de treinamento o terceiro, entrar em um mercado do-
minado por seis grandes multinacio-
>> vencer a barreira da repetibilidade, convencendo as enfermeiras a comprar e usar o produto
nais. Apanhamos até conseguir levar a
>> identificou o limite de crescimento para investir em novos produtos
mensagem ao nosso público. Primeiro
>> evitou os erros anteriores, adotando a estratégia B2B, encontrando grandes par-
ceiros para alcançar o mercado
porque não estávamos vendendo dire
tamente para o paciente. Nosso primei-
>> montou um projeto junto aos executivos para que eles tomassem a decisão de
levar o produto ao mercado ro cliente era o médico. Tínhamos que
>> investiu recursos consideráveis em tecnologia e estratégia para ganhar o mercado externo vender a opinião, o conceito, trazendo
uma tecnologia nova e nacional, frente
>> identificou o cliente que não é o final, desenvolvendo um produto com mais sintonia
para atingi-lo a inúmeras outras tecnologias disponí-
veis no mercado e bastante desenvolvi-
”
nosso mercado tinha uma dinâmica
que passava pelas enfermeiras, que têm disponíveis no mercado
papel importante com paciente crôni-
co. Ganhamos essa visão durante nosso
estágio no mercado. Fomos aprenden- que trabalham nas comissões de enfer- deu certo, e começamos a crescer.
do as lições para poder fazer uma sinto- magem ou nas comissões de padroniza-
nia mais fina e chegar de maneira mais ções de hospitais, as formadoras de Então o ano da virada foi em 2006?
efetiva ao paciente, que é nosso cliente opinião. A Hospfar conhecia muito bem Sim, foi o ano da virada. Em 2007,
final. Afinal, queríamos que o paciente esse processo e, com isso, começamos a já chegamos a um faturamento maior.
se recuperasse. Sabíamos, por meio dos ouvir o que elas tinham a nos dizer em E em 2008 e 2009, temos faturamento
estudos, que 80% dos casos se recupe- termos de aproximação dessas institui- projetado, junto com nosso parceiro,
ravam em oito semanas. Por que não ções. Internamente, ficamos apenas com cada vez mais crescente. Começamos
transformar isso em uma realidade? Mas um gerente nacional de vendas e uma com R$ 400 mil em 2005, e estamos
tínhamos que passar por outros clientes estomaterapeuta, elo de ligação entre a saindo desse valor para R$ 3 milhões.
intermediários que são extremamente força de vendas e o distribuidor. Assim, A tendência é aumentar, estabilizar,
importantes. O quinto desafio foi men- ampliamos significativamente a possibi- chegar à faixa de R$ 6 a 7 milhões. O
surar o tamanho da nossa força de ven- lidade de fazer negócios. Passamos a ter nosso mercado não é muito grande,
das. Estávamos comparando nossa força uma força de treinamento. Começamos deve estar em torno de R$ 50 a R$ 80
de vendas, com seis vendedores, com a a passar o conhecimento da nossa tec- milhões por ano.
de multinacionais, com oitenta vende- nologia para as enfermeiras e vendedo-
dores. Isso, obviamente, nos colocava res do distribuidor. Vocês pensam em novos produtos?
em nítida desvantagem. Foi aí que co- Sim. Ao identificar este limite de cres-
meçamos a ouvir melhor o mercado. De alguma forma, você sentia pressão cimento, tivemos outro questionamen-
de descontinuidade do projeto? to. Ser uma empresa com mais de um
Quais foram as estratégias para Sem dúvida. Em um momento nos produto. Assim, ainda em 2006, fomos
superar essas dificuldades? questionamos se o produto teria efeti- identificar as necessidades do mercado
Em 2004 não tivemos um bom ano. vidade no mercado. Mas fomos descar- – ou oportunidades. Descobrimos, por
Em 2005 aprendemos todas as lições tando as hipóteses ruins, reafirmando meio de testes, uma proteína com bons
do mercado - de forma direta, o clien- que o produto era bom. Quer dizer, a resultados no tratamento anti-rugas.
te estava nos sinalizando – e, em 2006, tecnologia por si só, funciona. O pro- Foram 65 mulheres entre 45 e 50 anos
passamos a colocar nossa estratégia duto funciona e é muito bom e quando que foram submetidas a 30 dias de uso
em prática. Uma das lições foi em rela- é comprado, é aceito e utilizado. O do gel que continha essa proteína. A re-
ção à força. Percebemos que somos problema estava na repetibilidade, no dução de rugas foi de 80%. Vimos que
muito bons em desenvolvimento de discurso e no treinamento para con- o mercado pedia novas tecnologias de
novas tecnologias, pesquisa-base e vencer e treinar a enfermeira a usar o princípio ativo natural. Achamos que
aplicada. Mas na área comercial preci- produto. Uma vez que vencemos essa podemos ter condições de atendê-los à
sávamos de parceiro. Hoje, temos um barreira, conseguimos ir em frente. De medida que encontramos uma proteína
grande parceiro, que é distribuidor de repente, conseguimos ver que esse do látex com essa atividade. Outra des-
produtos hospitalares e que tem uma processo junto com nosso distribuidor coberta que fizemos foi no tratamento
“
tremenda força de vendas, atingindo anti-queda capilar. O produto, ao esti-
mais de 20 Estados, a Hospfar Indústria mular a angiogênese e a formação de
e Comércio de Produtos Hospitalares. Nossa empresa tinha a colágeno, estimula a formação de no-
Foi um casamento feliz. Diminuímos a condição de start-up. Tivemos vos folículos.
margem, mas aumentamos o volume.
que passar por todo o processo E qual é a estratégia para esses
E começaram a despontar os clientes... de road show para levantar novos produtos?
Sim. O cliente foi identificado como Só o mercado de úlcera crônica
fundos, o que durou quase
”
gestor dos processos de compra de cura- gira em torno de R$ 80 milhões, no
tivos, que geralmente são enfermeiras um ano e meio Brasil. O de produtos na área cosmé-
”
ainda mais nos próximos anos.
adotar outra estratégia para chegar
ao mercado. Entendíamos que o mer-
grandes parceiros
cado é crescente, mas não devería-
mos cometer o mesmo erro do início
da Pele Nova, que foi montar nosso e, a partir de agosto, fornecer em regi-
produto e chegar ao mercado com me industrial para os parceiros no
nossa embalagem e com nosso mar- Brasil e exterior.
keting. Isso é muito custoso para uma
empresa pequena. Resolvemos ado- * Perspectiva
Fonte: dados fornecidos pela empresa
E quando os produtos começam a
tar a estratégia business to business. chegar para o consumidor?
Nos apresentamos a grandes empre- Depende um pouco dos registros
sas farmacêuticas e de cosméticos, tem eficácia clínica comprovada em na Anvisa. Mas acreditamos que no
mostramos nossa tecnologia e en- mais de 500 pacientes. No mercado, final de 2008, início de 2009.
contramos três grandes parceiros. já tratamos mais de 10 mil pacientes.
Estamos desenvolvendo o produto Temos origem médica com funda- Você acredita que o projeto já é
para, em parceria, a partir de mentação sólida e com um produto sucesso?
2008/2009, entrar no mercado. Uma com patente e inovador. A patente Acredito porque, hoje, conseguimos
das empresas é francesa. no mundo dos cosméticos vale mui- sair da teoria e da pesquisa universitá-
to, é como se tivesse o poder de que- ria e transformar o projeto em aplica-
Você está oferecendo um produto brar monopólios estabelecidos, já ção prática e em um empreendimento.
em um mercado commoditizado, que vale por 20 anos. Ao trazer uma Atraímos não só atenção de parceiros
e vai enfrentar muitos executivos nova droga ao mercado, você sai do comerciais para a biomembrana e sua
que crescem dentro da margem genérico e similar e entra na inova- colocação no mercado nacional, como
planejada e não são muito afeitos ção. É o que as empresas do ramo conseguimos três parceiros na área de
a inovação. Como você oferecerá buscam de verdade. Nos posiciona- enxertos ósseos. Nesse aspecto, eu di-
um produto inovador, quais são mos como o parceiro de biotecnolo- ria que já somos sucesso, pois o setor
os paradigmas que têm de ser gia que trará, com precisão, uma de biotecnologia no Brasil está nascen-
quebrados para que o negócio nova molécula ao produto, e um do. São cerca de 70 a 100 empresas,
realmente tenha sucesso? grande diferencial de mercado. O se- todas pequenas e buscando seu espa-
O trabalho que fazemos com exe- gundo passo é montar um projeto ço. E a Pele Nova fez o seu. Não so-
cutivos não é relativamente linear. com esses executivos para que eles mos uma empresa grande em número
Leva um ano e meio, ao menos, para se convençam da qualidade do nos- de pessoas, temos 15 funcionários.
apresentar resultado. Já existem di- so ativo. Com isso, criamos um con- Contando a fábrica devemos ir para
versos ácidos e vitaminas para o tra- forto para que eles tomem a decisão 25. Mas somos capazes de gerar um
tamento da pele no mercado. de levar o produto ao mercado. capital muito grande. Do ponto de vis-
Chegamos mostrando que nosso pro- ta de receita, acredito que em 2009 te-
duto tem sucesso na área médica, Vão partir para o mercado externo? remos um salto. Sairemos da receita
Sim, essa é nossa expectativa. exclusiva do BioCure e entraremos nas
“
Montamos um laboratório em Ribeirão receitas com os parceiros. Projetamos
Preto para produzir o princípio ativo um faturamento de R$ 12 milhões en-
Estávamos comparando em escala semi-industrial. Investimos tre 2009 e 2010. Acho que aí começa-
nossa força de vendas, com recursos consideráveis, importamos remos a despontar como sucesso
seis vendedores, com a de equipamentos da França e também
trouxemos uma engenheira francesa
econômico. Mas isso tudo em função
de direcionar nossa estratégia, identifi-
multinacionais, com oitenta que tem mais de dez anos de experi- car um cliente importante que não era
vendedores. Foi aí que ência na área. Nosso projeto agora é o final, e sim, a indústria e o que ela
trazer a fábrica de Mato Grosso do Sul precisa. Dessa forma, conseguimos de-
começamos a ouvir melhor
”
para Ribeirão Preto, terminar nossa senvolver um produto com mais sinto-
o mercado unidade de purificação de proteínas nia para atingir o consumidor final.
E
mpresa de telemarketing. Essa expressão apa- volvimento do setor, se
vora. As empresas tentaram de todas as ma- não tivermos como
neiras desaparecer com ela. Tentou-se mudar oferecer aos grandes
para empresas de call center, contact center, telesser- talentos algo de que se
vicos e, agora, já se fala em BPO de voz. orgulhem e lhes dê Alessandro Goulart é executivo
de relacionamento com clientes.
Mas o que tenho me perguntado é: temos vergo- motivos para permane- E-mail: alessandro.goulart@uol.com.br
nha do quê? Do nome, ou da atividade? Mudar o cer no segmento por
nome vai alterar alguma coisa, ou todos continua- muito tempo?
rão com vergonha de trabalhar em BPOs de voz Há uma reflexão feita por Michael Porter: as pes-
(ou seja, em empresas de telemarketing), apenas soas não cuidam (sequer lavam) carros alugados,
por falta de opção, ou por movimentar valores fi- pois ninguém coloca o coração naquilo que não
nanceiros muito altos? será seu por muito tempo.
Por que tantos profissionais nesse setor não que- Quando comparo os profissionais dessas empre-
rem se identificar como quem trabalha em uma em- sas com os de outros setores, vejo pessoas altamen-
presa de telemarketing? Quando converso com os te capacitadas; vejo profissionais que, quando
profissionais do setor, na maioria das vezes percebo mudam de setor, se destacam muito, uma vez que
o cuidado que muitos têm em afirmar: “minha em- foram preparados para lidar com orçamentos redu-
presa não faz telemarketing, somos uma empresa zidos, prazos muito curtos, volatilidade e muita
de contact center, somos uma empresa de BPO ou pressão, mas que, ainda assim, criaram processos
uma empresa de tecnologia da informação”. que funcionam, desenvolvem tecnologia de ponta.
Mas isso não se restringe às empresas. Muitos da- E tudo isso com pouquíssima margem para erro.
queles que vivem, se sustentam, crescem e ganham Estejam em operações de vendas, atendimento ou
dinheiro em volta das empresas de telemarketing cobrança, os profissionais em telemarketing são ava-
(associações, revistas, agências, empresas de TI etc.) liados diariamente; situações não-planejadas aconte-
também demonstram vergonha, apesar de, com fre- cem a todo o momento e esse pessoal aprende a lidar
qüência, extraírem 99% de sua receita do setor. com essa realidade. Até porque os acertos do passado
Vergonha do quê? Sabemos que essas empresas nunca significam nenhum tipo de crédito para erros
são responsáveis por centenas de milhares de em- futuros. E qualquer erro muitas vezes é motivo para se
pregos. Sabemos que dezenas – talvez, centenas – lembrar – com peso – do setor em que estamos.
de milhões de dólares são investidos todos os anos Talvez essa seja a realidade de vários outros seg-
por essas empresas para manter o que há de me- mentos econômicos, mas, realmente, vejo no dia-
lhor em tecnologia. a-dia dos profissionais das empresas de
Mas, apesar disso tudo, muitos demonstram vergo- telemarketing (chame o leitor de contact center ou
nha de trabalhar em uma empresa de telemarketing. BPO de voz, se preferir) que essas características
Vergonha do que? Se as lideranças têm vergonha são muito fortes.
da atividade em que estão, qual é a chance de jovens O fato é que, por todos os motivos já citados,
talentos serem atraídos para essas empresas? Qual é esse setor forma grandes profissionais. Profissionais
“
a chance de termos um con- forjados no fogo.
junto de grandes profissio- Então, vergonha do quê?
Não vi apenas nais que pensem o futuro da Talvez a vergonha seja causada pelo desrespeito
inteligência e preparo atividade, se todos querem com que os profissionais do setor são tratados pela
técnico nas empresas sair o mais rápido possível
do setor, uma vez que têm
mídia e, muitas vezes, pelas próprias empresas.
Uma vez ouvi de uma empresa que terceiriza seus
de telemarketing; vi vergonha de contar aos ami- serviços que “não existe inteligência dentro das em-
profissionais capazes de gos aonde trabalham? presas prestadoras de serviços de telemarketing”.
Como podemos falar em Como uma empresa pode terceirizar a atividade
entregar alta performance e
”
futuro da atividade, em me de relacionamento com o cliente quando afirma
excelentes serviços lhores práticas ou em desen algo tão absurdo?
O
cenário é de mudança. Essa evolução de negócios do
Com o aumento do crédito setor também abriu um novo front
e as facilidades de paga- de negócio com as empresas de
mento, o inadimplente brasileiro cobrança montando call centers
está disposto a pagar suas dívidas especializados. Os pequenos tam-
e aberto a negociações que bus- bém tiveram de investir e as tradi-
quem alternativas para a recupera- cionais acabaram se unindo em
ção de crédito. Levantamento associações como o Geoc e a
encomendado pelo Instituto Geoc Acrefi, buscando a excelência nas
(Gestão de Excelência Operacional operações em cobrança, compar-
em Cobrança) e realizado pelo tilhando expertise e soluções con-
Serasa com 670 entrevistados em juntas. “Isso vem acontecendo nos
outubro de 2007, mostrou que últimos cinco anos, e hoje já te-
75% deles não desejam que o cre- mos grandes players estruturados
dor esqueça a dívida e 79% per-
dem o sono quando estão devendo.
A conjunção destes fatores está
exigindo que os serviços de recu-
peração de crédito evoluam a pon-
to de trazer para o negócio os
grandes contact centers, como
oportunidade de diversifi-
cação. O resultado prático “Os clientes
é transformação do perfil contratantes
das empresas especializa- possuem acordos de
das, reavaliando modelos níveis de serviços
de negócio, trazendo para que irão determinar
o setor mais tecnologia e a continuidade
recursos estratégicos, além dos negócios de
de buscar nas grandes em- cobrança em bases
profissionais”
presas o expertise de exe-
cutivos de tecnologia e Adilson Melhado,
do Geoc
gestão de clientes.
O EXPERTISE, NA CAPACITAÇÃO
RBZ J.A. Rezende Siscom Portari Infocred
tEFQBSUBNFOUPEF3) tBQPTUBTFNQSFOBWBMPSJ[BÎÍP tBTQFTTPBTTÍPPHSBOEF tNBOUÏNVNEFQBSUBNFOUP tJOWFTUFDPOTUBOUFNFOUF
formaliza a contratação de do colaborador, oferecendo-lhe trunfo da empresa, que preza de recursos humanos que em treinamentos internos e
agentes que possuam a segurança do regime CLT, por profissionais assertivos cuida não só do recrutamento externos, adoção de planos de
faculdade ou estejam benefícios e boa remuneração, e que cumpram seus papéis. e seleção, mas tem um gestor carreira e aproveitamento do
DVSTBOEP BMÏNEFJODFOUJWÈMPBDVSTBS tJOWFTUJNFOUPTNBDJÎPTFN RVFGPSOFDFUSFJOBNFOUPF FMFNFOUPJOUFSOPQBSB
tNBOUÏNQFTTPBTWPMUBEBTË BGBDVMEBEF USFJOBNFOUPFNPOJUPSJB JEFOUJöDBPTQSPCMFNBTOB BTTVNJSOPWPTEFTBöPT
BQMJDBÎÍPEFOPWBTUÏDOJDBTEF tJOWFTUJNFOUPTDPOUÓOVPT EPTDPMBCPSBEPSFT
TFNQSF PQFSBÎÍPSFGFSFOUFTBP tQFSöMEPBHFOUFÏEFVNB
abordagem ao cliente, com em treinamentos diminuem focados na retenção dos fator humano. pessoa sensível, perspicaz,
EFTFOWPMWJNFOUPEPQSPDFTTP PUVSOPWFSFHFSBNNBJPS DMJFOUFT
DPNPGBDJMJUBEPSFT tQFSöMEPBHFOUFEFDPCSBOÎB DPOWJODFOUFFPCKFUJWB
neuro-linguístico, garantindo produtividade e resultados. na resolução de pendências. é de nível universitário, de sem perder a amabilidade.
BöEFMJ[BÎÍPEPöOBODJBEP t3)UFNQBQFMGVOEBNFOUBM QSFGFSÐODJBFNEJSFJUPPV
à financeira. no desenvolvimento humano administração.
tQBSDFSJBDPNP$*&& $FOUSP EFOUSPEBDPNQBOIJB tEPTGVODJPOÈSJPTUFN
de Integração Empresa-Escola) mais de cinco anos de casa,
e IEL (Instituto Evaldo Lodi), o que traz empenho e
oferece oportunidade de conhecimento aos agentes
estágios nas áreas congêneres, mais novos, que encontram
em todos os lugares onde a suporte e compromisso
empresa mantém filiais, junto aos mais antigos.
inserindo o universitário no
mercado de trabalho e, na
maioria das vezes,
estabelecendo a primeira
carteira profissional assinada.
Fonte: Dados fornecidos pelas próprias empresas.
C
om a alta competitividade e a comercializa- Porém, o fato de a em
ção de produtos “commodities”, as empre- presa dispor de uma
sas procuram por um diferencial competitivo ferramenta de monito- José Devair Gonçalves é diretor geral
da Leads e presidente do grupo Network
para conquistar e manter seu mercado. ramento ou gestão das
A economia foi profundamente alterada com o ad- relações com o cliente, como os sistemas CRM,
vento da Internet. Passamos de um mundo de “coi- nem sempre é suficiente. Mesmo que tenha todos
sas”, para um mundo virtualizado, no qual a os mecanismos para armazenar essas informações,
informação tornou-se o maior valor da economia. como obter esses dados dos clientes? Como incen-
Descobrimos essa nova realidade, mas já nos defron- tivar o cliente a fornecer dados e informações rele-
tamos com uma nova Era, onde o valor da informa- vantes para a negociação e para promover a
ção, aliado à necessidade de cativarmos a atenção fidelização? Como utilizar um sistema como o
de nosso cliente, é motivo de grandes desafios. CRM de forma que atenda a essa nova realidade
As idéias, a subjetividade e o valor da atenção tor- do mundo virtualizado?
naram-se, cada vez mais, um valor a ser buscado por A colaboração que a web 2.0 proporciona, auxi-
qualquer empresa. O cliente tornou-se um formador lia o envolvimento e a motivação de adquirir o co-
de opinião, que pode a qualquer momento definir os nhecimento em relação aos clientes e usar essas
próprios rumos da economia, da nossa empresa, do informações para obter o pedido ideal. A web 2.0
nosso produto. O desafio é promover um maior en- proporciona uma ferramenta para criar comunida-
volvimento com os clientes. Mas, para atingirmos des fechadas de interação e colaboração entre for-
esse grau de relação, é preciso conhecer seu mundo. necedores e clientes. Disponibiliza um banco de
Quando esse cliente é uma empresa, extrapolarmos dados com informações técnicas iniciais sobre os
e nos inserirmos na realidade de seu negócio. itens comercializados.
Mas o desafio maior é como controlar o enorme Utilizando o conceito “wiki” para o database,
grau de informação que esse novo formato de gestão criamos o incentivo à alimentação das informa-
do cliente aponta para nós, empresários. A TI tem ções sobre a operação. As informações da especi-
sido, desde os anos 90, a grande responsável pelas ficação técnica e dos processos de fabricação
mudanças ocorridas nos formatos de relações em so- criam um ambiente de inteligência coletiva, que
ciedade, em negócios, entre países, continentes. E vai permitir um aperfeiçoamento dos processos de
uma das tecnologias ferramentais de apoio passou produção, beneficiando a todos.
do bem físico, os computadores, para o universo do A partir da alimentação das informações no
software. É ele quem direciona nossos hábitos, nosso formato de hipertexto, podemos fazer triagem
comportamento, nossas atividades diárias, sejam para re-alimentar em formato padrão para o
elas profissionais, pessoais ou de negócios. acesso no momento da busca ou fazer a busca
A ferramenta tecnológica desse novo ambiente no formato de palavras-chave – folksonomia de
é, com certeza, um sistema de banco de dados, conteúdo – tags.
seja ele para qualquer plataforma tecnológica. Um O cliente terá o incentivo para alimentar infor-
“
banco de dados atualizado mações sobre sua operação, pois tem a conveni-
e com todas as informa- ência de buscar informações complementares
O benefício do ções referentes ao universo ao processo, alimentadas por outros membros
patrocinador é alcançar o de cada ser humano ou
instituição (pública ou pri-
da comunidade.
O benefício do patrocinador é alcançar o ob-
objetivo do CRM, de formatar vada), tornou-se essencial jetivo do CRM, de formatar melhor o perfil do
melhor o perfil do cliente, no mundo da informação cliente, para fazer as ações de cross selling e up
deste século, principal- selling, obtendo o aumento das vendas, com
para fazer as ações de cross
”
mente quando falamos em maior participação no cliente e melhorando sua
selling e up selling business. margem de contribuição.
Q
“A idéia do
uais as barreiras que devem InovaCOMM é inovação pelo mundo. Por
ser ultrapassadas para se ge- reformular o evento de isso, as empresas participantes
rar negócios internacionais? tecnologia, trazendo irão oferecer informação, in-
Como fomentar a cadeia produtiva a um foco B2B para centivo, inovação, melhorias e
investir em inovações? Como a eco- oferecer ao mercado” toda uma série de ofertas de
nomia global pode influenciar a ge- Marcya Machado, serviços e a oportunidade de
ração de negócios? Esses são alguns presidente do InovaCOMM interação com o público”, ex-
dos assuntos que serão discutidos na Latin America plica Marcya.
primeira InovaCOMM Latin America–
International Seminar & Trade Show, RESPONSABILIDADE SOCIAL
que acontece entre 23 e 25 de abril, Com o objetivo de reconhecer as
no Transamérica Expo Center, em empresas e executivos que se destaca-
São Paulo. Junto com o evento, acon- O evento surge como ação de marke- ram em Inovação em 2007 em suas
tecem o CEO Summit Trends & ting pioneira, gerando oportunidades de atividades de comunicação voltadas a
Market, exclusivo para presidentes negócios e compra de tecnologia e servi- negócios, o evento de entrega do
de grandes corporações e o CIO/CTO ços, além da disseminação das melhores Prêmio InovaCOMM, que aconteceu
Executive Seminars, onde patrocina- práticas e conhecimentos. “O Brasil fi- em novembro de 2007, em São Paulo,
dores poderão interagir diretamente cou órfão de grandes eventos com a saí- serviu também para coroar o lança-
com os executivos e expor ações de da da Telexpo, da Comdex e da Fenasoft. mento do InovaCOMM Latin America.
marketing customizadas. Por isso, a idéia da InovaCOMM é trazer Nessa primeira edição, foram premia-
São Paulo é merecedora de um even- um foco B2B para oferecer ao mercado”, das 14 categorias e contou com a
to desse porte, defende a coordenado- comenta Marcya. presença de executivos de grandes cor-
ra do evento, Marcya Machado. “Um Diferentemente de outros eventos de porações nacionais e estrangeiras.
evento de tecnologia voltado para a in- tecnologia, o InovaCOMM também “Praticamente toda a indústria das co-
dústria de comunicação interagir com terá uma área voltada às pequenas em- municações voltadas a negócios este-
a cadeia produtiva é inédito na América presas, com o apoio de parceiros ve envolvida na organização e
Latina e precisamos fomentar a inova- nacionais e instituições globais. “A ex- dilapidação do evento, que foi muito
ção nas empresas através do intercâm- pectativa dos clientes é tomar conheci- bem recebido pela mídia, considerado
bio de idéias”, comenta. mento do que acontece em termos de inovador e uma grande oportunidade
para planejadores. O evento tomou
um rumo inesperado, com o envolvi-
O ESPELHO INTERNACIONAL mento do terceiro setor e o comprome-
Para debater o cenário global, o InovaCOMM contará com a presença timento das empresas e já fizemos
de executivos de grandes corporações internacionais reuniões com patrocinadores”.
O InovaCOMM Latin America tam-
>> MARK JOHNSON to de Investigação Columbia Tele-Informa- bém acabou adquirindo um forte as-
Presidente e co-fundador da Innosight, ções, tem mais de 25 anos de experiência
empresa de consultoria para corpora- na indústria de telecomunicações global e
pecto de responsabilidade social.
ções e instituições que procuram inova- tem sido consultor de governos, operado- “Haverá um telecentro que será utili-
ção, Johnson já foi responsável por con- ras e fornecedores em toda América Latina. zado para certificação da qualificação
sultorias nas áreas de indústria, saúde, TI, de professores na área de informática,
petróleo e gás, aeroespacial, defesa e la- >> NAGY HANNA e as empresas poderão fazer doações
boratórios, e dirigiu projetos a nível nacio- Estrategista internacional com vasta ex-
nal, como a implantação de um processo periência em aconselhar países e institui-
de equipamentos. Somos o único
de gestão no governo de Singapura. ções a implementar programas de inova- evento de tecnologia com apoio da
ção tecnológica e de comunicação em Secretaria do Meio Ambiente e esta-
>> PAUL KATZ prol da competitividade, do desenvolvi- mos solicitando aos visitantes que tra-
PH.D do MIT (Massachussetts Institute of Te- mento nacional e do setor público. Atual- gam seu lixo eletrônico, pois é difícil
chnology), professor adjunto da Columbia mente, aconselha países na adaptação de
University e diretor de estratégia do Institu- e-lideranças e modelos de governança.
encontrar um lugar que recicle esse
lixo”, conclui Marcya.
Qualidade de dados e
a resposta-padrão
Cautela e espírito investigativo podem ajudar a empresa
na análise de dados e coibir respostas falsas
C
aro leitor, quero começar o ano com cer- nham de qualquer ou-
ta dose de provocação: quantas vezes tro canto do País. A
você ousou solucionar uma questão com resposta-padrão esta- Leonardo Vieiralves Azevedo é presidente da
WG Systems, tecnologia para tomada de decisão.
a resposta-padrão obtida por uma solução? va incompleta nesse E-mail: leo@wgsystems.com.br
Explico: essa é minha definição para o comporta- caso, e poderia nos
mento mais estabelecido em nossa empresa, “o levar a perder um número significativo de mé-
status-quo”, aquilo que esperávamos ser a me- dicos em nossa análise de potencial.
lhor explicação para um determinado problema, Um segundo caso interessante ocorreu em
normalmente recorrente. uma companhia de prestação de serviços conti-
Em se tratando de qualidade de dados, a res- nuados. Estávamos analisando os motivos de
posta-padrão é sempre perigosa, pois pode es- perda de clientes, usando ferramentas de mode-
conder oportunidades importantes e nos levar a lagem estatística. Nosso objetivo era encontrar
erros não percebidos. Vamos ilustrar com alguns o perfil dos clientes mais propensos ao abando-
exemplos práticos que aconteceram conosco no, de forma a poder executar ações ativas de
em nossa empresa. retenção. Encontramos como um dos atributos
Em um projeto de segmentação desenvolvido mais relevantes o segmento ao qual o cliente
para um laboratório farmacêutico, sentimos a pertencia e, curiosamente, o grupo que mais
necessidade de cruzar as bases de dados de ca- abandonava a empresa tinha o segmento “em
dastro interno de médicos com a auditoria de branco”. Mais uma vez, a resposta-padrão rei-
receituários para analisar potenciais prescriti- nou: devem ser os clientes novos da empresa,
vos. Ao realizar as primeiras operações, perce- que ainda não tiveram tempo de receber o ca-
bemos que uma parcela importante das duas rimbo da segmentação. Prosseguimos com um
bases não podia ser cruzada pela chave, nesse estudo de tempo de casa, e qual não foi a sur-
caso, o código do CRM. Um exame mais deta- presa ao encontrar segmentos “em branco” até
lhado da situação mostrou que, dentre os regis- mesmo em clientes com dez anos de casa! A in-
tros não coincidentes, ainda havia um vestigação posterior mostrou que, na verdade, o
subconjunto que poderia ser cruzado. motivo da falha era a falta de determinados
Descobrimos que, em uma das bases, parte dos CEP’s na tabela que realizava a atribuição do
códigos do CRM tinha dígito verificador, en- segmento aos clientes.
quanto que, na outra, todos estavam sem esse As lições práticas não param de aparecer, pro-
recurso. Exemplificando: o mesmo médico jeto atrás de projeto. Tenho certeza de que você,
constava em um dos arquivos como código leitor, também saberia enumerar alguns exem-
00123 e em outro como 00012. Entrevistamos plos. Em resumo, a moral que conseguimos tirar
algumas pessoas habituadas a lidar com o pro- de todas essas histórias é a necessidade de cau-
blema e recebemos como explicação que estes tela no tratamento de qualidade de dados. O es-
“
CRMs seriam de médicos pírito investigativo do analista não deve ser
Em se tratando de do Rio de Janeiro, pois lá
o Conselho Regional de
interrompido por respostas fáceis, pré-estabele-
cidas. Muitas vezes, se aprofundar um pouco
qualidade de dados, a Medicina havia criado o mais nas avaliações já mostra novas perspecti-
resposta-padrão é sempre tal dígito verificador. Não vas de solução. Obviamente, não perder de vis-
satisfeitos, verificamos a ta o objetivo final da qualidade de dados é
perigosa, pois pode esconder origem dos médicos com fundamental. De que adianta ter dados 100%
oportunidades importantes e dígito e, de fato, constata- confiáveis, se não sabemos o que fazer com
mos que cerca de 70% vi- eles? A prioridade é, sem dúvida, ter clareza
nos levar a erros não
”
nha de terras fluminenses, quanto aos fins antes de se aprofundar nos
percebidos” porém, outros 30% vi- meios. Mãos à obra!
E
m janeiro, junto com a Associação Brasileira ebulição e o aquecimen-
de Lojistas de Shopping Centers, ajudei a orga- to global já chegou.
nizar, em Nova York, um conjunto de eventos O que pudemos ex- João Batista Ferreira é diretor executivo
da Alshop e CEO da J2Marketing.
muito valioso para os empresários e executivos do va- trair, sumariamente, des- E-mail: jbatista@j2mkt.com
rejo. Foi oferecido um programa de benchmarking tes 10 dias de imersão?
voltado para agregar valor diferenciado na formação Inicialmente, que estamos em desvantagem em rela-
do pensamento de negócios, no mundo globalizado e ção ao desenvolvimento de países emergentes.
com as crises de mercado. Há 97 anos, a cidade sedia Enquanto o mundo cresceu a taxas impressionantes,
o evento anual da National Retail Federation, entida- nós nos dedicamos aos apagões das oportunidades,
de que representa mais de 1,6 milhões de estabeleci- numa verdadeira orgia de corrupção e descaso com a
mentos e mais de 24 milhões de empregados. nação. Enquanto grande parte do mundo se organizava
No congresso, discutimos as questões do varejo numa dedicação obsessiva e estratégica de desenvolver
americano, que movimenta a cifra astronômica de 5 seus potenciais, o governo do Brasil promoveu a maior
trilhões de dólares, com 48 mil shopping centers es- derrama na sociedade através da alta carga tributária.
coando a maior parte. Propusemos uma desconstru- A vantagem é que nos tornamos bons pagadores
ção do pensamento corrente sobre a gestão do varejo e com algum dinheiro para investir. Devemos
no Brasil através de uma série de eventos com em- pressionar o governo para dar prioridade ao de-
presas relacionadas com o mercado Premium. Carlos senvolvimento do mercado interno – empresas e
Ferreirinha, da consultoria da MCF, alertou os execu- consumo – e das reformas sociais que nos retirem
tivos das empresas para a necessidade de um mode- deste analfabetismo funcional.
lo de negócios para se diferenciar com um olhar Também constatamos que a abundância das ofertas
específico, de uma postura voltada para o emocional colocou o indivíduo em primeiro plano, proporcionan-
do cliente, que rege o viver dos consumidores, cate- do a oportunidade de escolhas. Produtos, serviços, mer-
gorias e aspectos que são o cotidiano de quem lida cados, tudo isto está direcionado para a vivência
com os produtos e serviços do mercado do luxo. experiencial dos indivíduos que, através do consumo,
Regiane Romano, CEO da Vip Systems, PhD em podem afirmar suas identidades e suas projeções.
Tecnologia, falou das possibilidades que novas tecno- A população está mobilizada para um reconheci-
logias podem alavancar para a compreensão, pelo mento rápido do que as empresas têm a oferecer., Já na
consumidor, da oferta genuína de marca. O professor ECO 92, no Rio de Janeiro, dizíamos: “Pense local e aja
Nelson Barrizzelli nos brindou com uma verdadeira local!” Devemos nos dedicar a buscar a harmonia en-
lição de “Fisiologia do Varejo”, e trouxe idéias exci- tre as duas forças mobilizadoras e conflitantes: a da glo-
tantes que foram promovidas pelos eventos da MCF balização, como testemunhas do desenvolvimento e a
sobre a gestão do luxo. Jomar Beltrame, VP Executivo afirmação das políticas independentes, fruto de nosso
da Embelleze, mostrou como o grupo gerencia a gi- desenvolvimento cultural. O jovem empreendedoris-
gante carioca, e discutimos com Ricardo Amorim, di- mo brasileiro já dá mostras de capacidade, valorização
retor de investimentos para mercados emergentes do e experiência, marcando sua presença mundo afora.
WestLB, as bases de uma palestra especial para a de- Gostaria de finalizar esse aprendizado com uma refe-
“
legação, a partir do perfil de seus participantes e do rência ao tema do Fórum Econômico de Davos, que
valor percebido que pretendí- teve nas duas versões passadas uma forte ligação com a
O jovem empreendedorismo amos criar. Amorim nos mos-
trou como a situação brasileira
inovação como modelo empresarial. Este ano adotou o
tema com um valor agregado muito significativo: O
brasileiro já dá mostras de ficou ruim ao longo das últi- Poder da Inovação Colaborativa – ou seja, não dá mais
capacidade, valorização e mas duas décadas, e como o para pedalar sozinho! As influências e as conseqüên-
Brasil foi ficando para trás no cias de nossas decisões vão ocorrer durante o processo
experiência, marcando sua
”
conceito das nações. Mexam- para a tomada destas mesmas decisões, antes mesmo
presença mundo afora se, pois o mundo está em delas mostrarem seus resultados.
P
ró-atividade para identificar vai para fora e se torna visível”, aler- çando e isso está refletindo no Brasil.
problemas, estudá-los e de- ta o executivo. Principalmente nos bancos, que estão
senvolver projetos de quali- A Assesso lançou um módulo de ge- começando a criar diretorias de ca-
dade de dados para resolvê-los. oprocessamento para tratamento e lim- dastro”, comenta Paulo Vasconcelos,
Nos Estados Unidos, nem 30% das peza de dados e tratamento do vice-presidente da Assesso.
empresas alcançaram ainda este geoprocessamento e seu uso em gran- As consultorias americanas classifi-
patamar de negócios. No Brasil, o des cadastros. Normalmente, o geo- cam as empresas entre as que não se
número não chega a 10%. Os da- processamento é usado em uma importam com o problema e as que es-
dos são revelados por Flávio de unidade separada de sistema, mas não tão convencidas de que precisam resol-
Almeida Pires, diretor-presidente no módulo da Assesso. “Ele acopla o ver o problema. “Enquanto que, nos
da Assesso. “É uma grande oportu- geodata ao sistema operacional das Estados Unidos, 30% das empresas são
nidade de mercado para as empre- empresas, unindo-se ao processamen- conscientes da importância desse pro-
sas que prestam serviços nessa área to local, mapas locais e trazendo gran- cesso, no Brasil, este número não chega
e para as próprias empresas que de qualidade para a informação” a 10%. A maioria das empresas ou vive
necessitam de soluções de qualida- define Pires. O módulo fará o serviço na ilusão de que seus dados são bons e
de de dados. O que mudou no mer- básico a partir de um endereço, que já irrefutáveis, ou estão incomodadas, mas
cado é que todas as empresas tem o tratamento do DataCare, um dos preferem crer que não devem acreditar
olham para seus clientes, pois ago- pontos fortes do sistema, que é aprimo- no sistema, pois é ele que não funciona
ra são eles quem comandam. Com rado desde 1986. “É um módulo novo bem”, define o executivo.
a mudança, a qualidade de dados – do nosso sistema DataCare, que é um Mas, ao contrário do que se pensa,
que era um problema que acabava sistema de qualidade de dados, líder isso não é um problema. A própria mu-
ficando dentro da empresa – agora no mercado brasileiro”, defende. dança do mercado, focado na gestão
do cliente, cria uma situação onde a
“Enquanto nos Estados MOMENTO DE SUPERAÇÃO qualidade dos dados ganha importân-
Unidos, são 30% das Qualidade de dados sempre existiu, cia. “No Brasil, já existem até executi-
empresas são conscientes mas só agora sua importância vem vos contratados exclusivamente para
da importância desse crescendo e a teoria é recente. “O gerenciar os dados da empresa. É im-
processo, no Brasil este MIT (Massachussetts Institute of portante saber tudo sobre os clientes,
número não chega a 10%” Technology) montou um grupo exclu- mas é mais importante ainda ter as infor-
Paulo Vasconcelos,
vice-presidente da Assesso sivo sobre qualidade de dados, que mações corretas”, afirma Vasconcelos, e
existe há 11 anos, e a Assesso come- cita o exemplo da mala direta. “Se não
çou a participar deste grupo em 2003, cuidar bem do endereço, 10% vão ser
sendo a única empresa do segmento jogados fora. O correio não vai entre-
com certificação do MIT. Nos Estados gar, a pessoa não vai receber, ou seja,
Unidos é uma área que está come- nisso se perde dinheiro”.
E
ste mês minha dívida de gratidão vai para desfavorável? Ajuste-as
o blog Church of the Customer (www. e confira de novo.
churchofthecustomer.com/blog), de onde Transforme isso em um
tirei a inspiração para construir uma pequena lis- processo permanente.
ta de resoluções que todo homem de marketing Fernando Guimarães é diretor de criação
da Escala/Synapsys, além de consultor de
deveria tomar para 2008. Algumas são aparente- Crie uma rede de marketing e comunicação e especialista
mente óbvias, outras exigem um pouco mais do relacionamentos em marketing de relacionamento.
seu atual modelo. Seja como for, espero que aju- Use o Orkut, ou crie Email: fguimaraes@synapsys.com.br
dem todos a pensar e repensar um pouco a forma sua própria ferramenta.
como trabalham, produzem e, principalmente, se Bem usada, as comunidades se transformam facil-
relacionam com o principal ativo de suas empre- mente em consultorias. Grátis e eficientes.
sas, os seus clientes.
Se pensarem em mais resoluções, enviem para Elimine alguma regra estúpida
mim, no email ao lado, e publicarei no próximo Você sabe qual. Seus clientes vivem recla-
artigo. Vamos ao que compilei. mando dela.
“
o seu cliente ideal.
As armas, que devem Faça uma auditoria
ser empunhadas por todos do boca-a-boca
em sua empresa, são um Coloque em revisão per-
manente todas as experiên-
sorriso vencedor, uma cias face-a-face com o
personalidade cativante cliente, da recepção do pré-
dio às contas a pagar. Essas
e uma boa dose de
”
experiências geram um
humildade boca-a-boca favorável ou
A
inovação pode ser em meados da década de 90 com a
pontuada como uma privatização da telefonia e a difu-
procura constante das são da internet. Surgiram as empre-
ESPECIAL CONTAC
ONTAC
do setor mas como uma atendimento não devem ser luções para gestão dinâmica de
alternativa para algumas vistas como um mal necessário conhecimento nas
empresas. e passíveis de redução de custos, operações de SAC e ”Análise critica
mas como uma grande
oportunidade de fazer mais B2B são as novida- de processos
negócios no curto prazo, por des que a Voxline para redesenho
meio de uma venda cruzada, apresenta ao merca- e reengenharia,
ou no médio e longo prazo,
do, como conta Lucas tecnologia para
em um processo de recompra operações
e fidelização dos clientes.
self-service,
BRASILCENTER O BPO possibilita às empresas A qualidade do atendimento e soluções para
focarem no seu core business do serviço prestado será o gestão dinâmica
e liberar recursos internos para grande diferencial das empresas de conhecimento
assuntos estratégicos. de contact center, onde o
desenvolvimento e a capacitação nas operações de
dos profissionais serão itens SAC e B2B ”
fundamentais para a garantia da Lucas Mancini,
sustentabilidade operacional. da Voxline
CONTACTSERES Pode ser visto como uma evolução O uso cada vez mais intenso de
para as empresas de contact tecnologia no atendimento,
center, mas depende da origem treinamento contínuo e pessoas
da empresa e sua expertise. bem qualificadas.
CONTAX Capacitação de funcionários e
colaboradores: somente nos
primeiros nove meses de 2007,
tendência
“Manter a qualidade do serviço ter- ta e fuso horário semelhante ao dos conta o setor de crédito e cobrança
ceirizado equivalente à qualidade Estados Unidos. As empresas vêm in- do nosso negócio, o alinhamento é
oferecida no call center interno será vestido forte para ampliar a qualifica- fundamental. Não existe uma ma-
um dos grandes desafios ção dos profissionais, seja neira eficiente de se terceirizar o
do setor.” “Entramos através de cursos de treina- processo de concessão de crédito
César Pacheco, da Brasil- na fase de mento ou facilidades de sem que haja um alinhamento dos
Center: “Existe uma forte amadurecimento acesso a cursos de nível su- processos e alta aderência por parte
tendência de que as empre- e consolidação perior em diversas áreas. de quem o terceiriza.”
sas, inicialmente as de gran- do setor” Andres Enrique Rueda Garcia, da
de porte, mantenham data Alexandra Uranet: “O call center é apenas um
centers próprios, trazendo a Periscinoto, da SPCom item dentro de uma cadeia de pro-
‘inteligência’ para o seu cessos das empresas. Muitas vezes é
ambiente e terceirizando apenas as o menor item do todo. Quem não ti-
posições de atendimento.” ver uma visão clara disto e não bus-
car atender esta necessidade do
SEGMENTAÇÃO cliente à médio prazo estará fora.”
Alexandra Periscinoto, da SPCom: Marcelo Dezem, da BrasilCenter:
“Desenvolvemos um enorme know- “Recentemente, realizamos trabalho
how para conseguir adequar nossa em conjunto com um de nossos
estrutura tecnológica e nossos ta- principais clientes para alinhamento
lentos humanos às necessidades dos processos de atendimento.
tendência
por este cliente.” tuação para todo setor, mos que o setor – que já
Roberto Ribeiro, da AlmavivA: “O independente de ser prestador de ser- emprega mais de 700 mil pessoas
processo de certificação está previsto viço, contratante ou empresa que pos- no Brasil - tem maturidade suficien-
para os primeiros três meses de 2008. sua operação própria. Todos devem te para se auto-regulamentar e con-
Acreditamos ser uma forma de certi- aderir ao Probare.” tribuir para melhorar a relação entre
ficar a excelência nos processos de Andre Saint Martin, da Dedic: empresas e clientes.”
análise e na melhoria contínua.” “Para nós, foi motivo de muito orgu- Claudio Tragueta, da Actionline:
Hamilton Alves dos Reis, da ACS: lho e satisfação ser pioneira em re- “Não há como haver fortalecimento
ESPECIAL CONTAC
ONTAC
“Esse processo de certificação e ade- ceber, em 2006, entre as empresas sem preocupação com ética e sem
são às normas do Probare ainda está de contact center, o Perfil 4 em responsabilidade. O respeito aos
muito lento, e algumas empresas que Maturidade de Gestão e o Selo de clientes deve estar sempre em pri-
contratam os serviços mostram-se pou- Ética do Probare, bem como nossa meiro lugar. Isso fortalece a indús-
co preocupadas com isso, achando recertificação em 2007.” tria de contact center.”
URANET 10/08/1990, como SYS&TEC Encontrar a melhor alternativa de Oferecer a informação em tempo
Projetos e Sistemas Ltda., atendendo solução para o cliente voltada para o real, segura e de baixo custo, acessada
grandes clientes no setor de seu negócio, seja reduzindo custos ou de qualquer lugar (Internet).
informática. Em 31/03/2000 foi criada aumentando produtividade.
a Uranet especializada no setor
de informática e call center.
VOXLINE Maio de 2002, Estar preparada para o novo ciclo Self- service, Web 2.0 e integração
um projeto de 2000. de qualidade e construção de entre aparelhos.
diferenciais objetivos.
Fonte: dados fornecidos pelas empresas.
A pesquisa do elogio
Quando o ego vale mais que a realidade, salvam-se os elogios
e o baixo nível do serviço é ignorado
É
muito comum as empresas utilizarem pes- pesquisas e gostaria de
quisas como instrumento para avaliar saber do senhor o nível
como anda a percepção de qualidade dos de satisfação como nos-
serviços prestados. Não restam dúvidas de que se so cliente”. Isso aconte-
trata de um procedimento saudável e corajoso a ceu comigo, com uma
exposição direta ao mercado. Pena que boa parte operadora de telefonia Enio Klein é diretor da K&G e professor
dos cursos de MBA/Marketing da FEA/USP.
delas é baseada em cenários com vícios. celular. “E gostaria de E-mail: enio_klein@kegsistemas.com.br
Como assim? Perguntar-me-á o leitor ou leitora. fazer-lhe algumas per-
Simples. Pergunto a você qual o resultado mais guntas”, emendou a agente. “Ótimo”, respondi,
importante e para o qual se deve prestar mais aten- “no entanto, lhe adianto que acho o serviço péssi-
ção? O elogio ou a reclamação? mo”. Coincidentemente, eu estava atravessando
O elogio é importante, sem dúvida. Mostra-nos um período de problemas contínuos com esta ope-
que estamos no caminho certo e nos estimula a radora, sem nenhum tipo de perspectiva de solu-
manter e, se possível, melhorar ainda mais. Por ção. Quando comecei a responder as perguntas e
outro lado, a reclamação nos mostra que precisa- informar minha opinião, que não era obviamente
mos corrigir procedimentos e consertar algumas nada boa, o que aconteceu? A ligação caiu.
coisas. Devemos agradecer ao cliente pela consi- Coincidência, dirá você! Poderia acreditar nisso.
deração do aviso, mesmo que seja um desabafo. No entanto, o descontrole é tal que me ligaram de
O vício ao qual me referi parte do nome que se novo. E aconteceu a mesma coisa. E de novo...
dá a estas pesquisas: a velha conhecida “Pesquisa A mesma operadora de telefonia móvel tem um
de Satisfação”. Talvez pela soberba, talvez pela procedimento onde, a cada final de ligação, solici-
falta de preparo, resolveu-se assumir que a pesqui- ta a opinião sobre o atendimento. Ora, é empáfia
sa é para constatar a satisfação do cliente. A neu- ou incompetência acreditar que isso serve para al-
rolinguística, mesmo com as restrições que eu e guma coisa, além de capturar alguns elogios. Mas
alguns outros possamos fazer, tem aspectos inte- me arrisco a dizer qual é esse objetivo. A pesquisa
ressantes em sua conceituação. Um deles aborda do elogio. No final de tal pesquisa, tem-se um re-
a questão que dizemos aquilo que realmente gosta- sultado positivo. “A maioria de nossos clientes está
ríamos - ou acreditamos - que fosse verdade ou que entre satisfeita e muito satisfeita”. Será? A quem
acontecesse. Neste nosso caso, deu-se este nome será que estão enganando?
porque talvez se acredite ou se queira muito que os Não adianta você responder que não está satis-
clientes estejam, de fato, satisfeitos. Incrível é que, feito. O outro lado não respeita. “Estou fazendo o
onde a pesquisa é mais usada são em ramos onde, meu trabalho e o senhor não está me respeitan-
no geral, existe maior insatisfação. O que de fato es- do”, me disse uma vez uma agente de um jornal
tas empresas estão buscando com as pesquisas? que fazia uma pesquisa sobre o porquê de eu não
Resolver as questões, ou simplesmente buscar argu- assinar o jornal, já tendo sido assinante por vários
mentos para campanhas publicitárias? anos. Ora, eu disse que não iria assinar pelos pro-
Imagino que o nome adequado seria “Pesquisa blemas que tive no passado, e que se ela tivesse
de Insatisfação” onde o objetivo seria descobrir interesse, poderia verificar nos históricos da cen-
quem são e com que estão insatisfeitos os nossos tral de atendimento.
“
clientes, para poder corri- A pesquisa não deveria ser de satisfação nem de
gir e trazer de volta aque- insatisfação, mas simplesmente de opinião, de si-
A reclamação mostra les que estão a ponto de tuação com o objetivo claro de saber o que o
que precisamos corrigir abandonar-nos. cliente sente e procurar reagir quando a resposta
É muito comum receber não for aquela que desejaria ouvir.
procedimentos. Devemos ligações onde normalmen- Talvez mais coragem do que se expor ao merca-
agradecer ao cliente pela te a agente de um serviço do terá a empresa que apresentar publicamente a
de telemarketing ativo con- resposta, anunciar providências, melhorar, fazer
consideração do aviso, mesmo
”
tratado pergunta: “Senhor, nova pesquisa e mostrar o resultado. Esta, sim, po-
que seja um desabafo somos de uma empresa de derá chamar para si a posição de liderança.
T
em um conhecido nosso que dizia: “Muitos pouco. Outras empresas
estudos comprovam que, se utilizarmos so- premiam com viagens ou
mente a visão, nossa capacidade de absor- aparelhos, o objetivo prin-
ção é de 5%; se utilizarmos a visão e a audição, cipal é provocar constan-
nossa absorção cresce para 10% e, se junto com a temente a lembrança do
visão e audição, executarmos alguma ação, a ca- benefício por parte do Marcos F. Mazza é gerente de CRM
da Syngenta Proteção de Cultivos.
pacidade vai para 40%” premiado e de sua família E-mail: marcos.mazza@syngenta.com
Pergunta: Por quê a maioria das empresas faz também. Em muitos ca-
treinamento com seus colaboradores via apresen- sos, o extrato de pontuação vai para a esposa, que tem
tações e palestras, se isso significa um poder de re- forte poder de influência.
tenção de apenas 5%? Lembre-se sempre: todo ser humano anseia por
Resposta: Porque nunca pensamos em como aprovação social e o reconhecimento é nossa
vamos aplicar treinamentos mais eficazes, mas maior arma para saciar este anseio; porém, o reco-
sim, que temos a necessidade de treinar. E o nhecimento indevido é uma verdadeira bomba
“modo tradicional” de se fazer isso é colocar nos- nuclear no ambiente interno. A valorização é tão
sos colaboradores numa sala e despejar informa- importante, que muitos talentos não deixaram sua
ção sobre eles, sem verificar se a absorção ou empresa porque são reconhecidos.
retenção está satisfatória.
Outra pergunta sobre metodologia: O que você Você quer fazer um teste rápido sobre seu
mais mantém guardado na memória, uma aula da investimento em pessoas? Responda baixo:
faculdade ou uma aula de cursinho pré-vestibular? 1º Sua empresa tem um departamento de RH atuante?
A diferença entre ambos está na metodologia. 2º O RH senta na mesa de discussão quando os te-
Vou convidá-los para uma revolução na meto- mas são sobre mudanças estratégicas?
dologia de capacitações e treinamentos: 3º A participação do RH em sua empresa é Pró-ati-
“Abaixo o power point, Viva o flip chart”. va ou Reativa?
“Abaixo as apresentações convencionais, Viva 4º Se o RH disser: “Não estamos prontos para a
as discussões em grupo”. implementação”, você suspende a iniciativa?
“Adulto só aprende fazendo”. 5º Como é definida a necessidade ou não de capa-
Relembrando Confúcio: “Diga-me e esquecerei. Mos citações e valorizações de funcionários?
tre-me e recordarei. Comprometa-me e entenderei” E vale lembrar:
2o Valorização: Só relógio trabalha de graça e PESSOAS são o único fator crítico de seu sucesso e
não estou falando só de recompensas financeiras. que podem estar COMPROMETIDAS com o resulta-
Valorizar também tem o sentido de reconhecer. Se do de sua empresa. Os outros, no máximo, podem
você se lembra da pirâmide de Maslow, os níveis estar somente ENVOLVIDOS com este sucesso.
onde a racionalidade prevalece são: a Aceitação Qual a diferença entre COMPROMETIMENTO X
Social, a Auto Estima e o Auto Reconhecimento. ENVOLVIMENTO? Pergunte ao porco e à galinha.
Pense em qual foi seu sentimento quando não Quem estará comprometido e quem estará en-
foi reconhecido por uma ação. Quantos dias você volvido com um belo café da manhã, com ovos e
passou xingando sua chefia? Outra diferença cla- bacon? O porco, ou a galinha?
“
ra: quem não reconhece Já que está na moda ler o livro O monge e o execu-
um trabalho bem feito é tivo, aqui vai um provérbio chinês: “Se você deseja
A valorização é tão CHEFE, quem o faz recebe um ano de prosperidade, cultive trigo. Se você deseja
importante, que muitos talentos o nome de FACILITADOR. dez anos de prosperidade, cultive árvores. Se você de-
Muitas empresas premiam seja cem anos de prosperidade, cultive pessoas.”
não deixaram sua empresa financeiramente e não reco- Espero que, depois de ler este artigo, você pense
porque são reconhecidos. nhecem o resultado. Com melhor sobre seus colaboradores e que, pelo me-
isso o funcionário incorpora nos, deixe de contabilizar capacitações, treina-
Quando isso faltar, a empresa
”
o prêmio ao seu holerite e no mentos e reconhecimento deles como custos e
os perderá mês que vem diz que ganha passe a contabilizá-los como investimento.
E
m um mercado cada vez mais competitivo, com informações atuais e
as empresas garimpam as melhores oportu- precisas sobre diversos
nidades de comunicação corporativa para assuntos do cotidiano.
se destacar. Uma das opções mais eficazes é o rela- A jornalista Vera Dias,
cionamento com a imprensa, que exige dedicação, hoje executiva de comuni
treinamento e empatia. Para facilitar a vida dos ges- cação, decifra a necessi Marco Barcellos é diretor de marketing da Cisco
Brasil. E-mail: marcobar@cisco.com
tores e executivos, a doutora Luciene Lucas convo- dade de uma agenda
cou um time de craques para analisar a relação com flexível. Sim, porque pla-
a imprensa por vários ângulos. O resultado pode ser nejar atividades de relacionamento contínuo requer tem-
conferido no livro Media Training. po, atenção e disponibilidade. Ela aborda ainda um tema
Primeiro, o jornalista Nemécio Nogueira apresen- muito discutido no mercado: a integração do marketing
ta a sua visão corporativa deste relacionamento. e das relações públicas. Segundo ela, a comunicação de
Tendo atuado como diretor em grandes empresas e marketing e a comunicação com a imprensa podem até
presidido conselhos regionais de Relações Públicas, ser complementares, mas são totalmente diferentes.
ele passa uma sólida experiência na agregação de Formada em relações públicas e marketing,
valor às marcas pela divulgação jornalística, também Renata Utchitel explora a definição, a relevância e
aborda necessidades de investimento, o desempe- a utilização de uma das ferramentas de comunica-
nho institucional e os interesses dos stakeholders na ção mais conhecidas: a Coletiva de Imprensa. Como
governança corporativa. o tamanho da notícia será sempre proporcional ao
E o que fazer depois que você vira “fonte”? O jorna- impacto que esta causa em seu público-alvo, exige-
lista e empresário José Luiz Schiavoni propõe um guia se muito critério na hora de convocar uma coletiva
prático de sobrevivência na mídia. O relacionamento e a autora apresenta diversos exemplos e um passo-
é uma arte que consome tempo e requer um amplo a-passo bem detalhado de cada etapa.
conhecimento dos princípios que alimentam a dinâ- Na linha do aperfeiçoamento, a jornalista Beatriz
mica da comunicação corporativa. A proposta final Thielmann trata de um assunto extremamente impor-
contém um manual que contempla o decálogo da tante para executivos de empresas de consumo e ges-
boa comunicação com a imprensa, dicas para o mo- tores públicos. A presença do executivo na TV é muito
mento da entrevista e exemplos do que não fazer. importante pelas informações indiretas transmitidas
A organizadora do livro, Luciene Lucas, chamou por este veículo. O entendimento do tempo na TV, de
para si a responsabilidade em um dos temas mais difí- como falar, a importância do vestuário e os riscos do
ceis na relação com a mídia: a comunicação de crise. off são os principais atalhos para evitar deslizes.
Ela apresenta uma abordagem pró-ativa sobre como re- Para fechar com chave de ouro, nada melhor do
duzir os riscos e o impacto nos momentos de crise, bem que a opinião de quem está do outro lado do bal-
como potencializar este relacionamento. Saber-se vul- cão. Mestre em comunicação, Janete Oliveira sin-
nerável é apenas o primeiro passo para uma reação tetiza a visão dos jornalistas que estarão expostos
adequada nestes momentos aos quais todas as empre- ao resultado final deste treinamento.
sas estão sujeitas. Luciene apresenta os principais equí- Atualmente, ninguém mais tem dúvida de que a re-
vocos na condução de crises e dá conselhos de como lação com a imprensa não é apenas indispensável
sobreviver ao olho do furacão. para o sucesso das empresas, como de fato agrega va-
Já o professor Ricardo Freitas trata das particula- lor a estas e suas marcas. O livro Media Training apre-
ridades da comunicação com a imprensa para senta uma série de sugestões testadas e aprovadas por
gestores públicos. Apesar de muito específico, quem mais conhece o assunto: os próprios jornalistas.
este capítulo permite traçar algumas analogias E lembre-se: as empresas não têm voz própria. Elas
sobre a necessidade de municiar a imprensa só falam pelas bocas de seus executivos. O comporta-
mento da empresa como entidade que atua na socie-
Livro: MEDIA TRAINING – Como agregar valor ao negócio dade e gera impactos é essencial na construção de
melhorando a relação com a imprensa
Organizadora: Luciane Lucas uma reputação saudável. Sendo assim, o resultado
Editora: Summus Editorial – 2007 será o melhor possível com treinamento adequado.
Páginas: 190 Sem dúvida, este livro é um ótimo ponto de partida.
A
EDS, empresa de serviços quase 10 mil colaboradores e vem
de tecnologia, anunciou re- crescendo em ritmo acelerado nos úl-
centemente a contratação timos anos, explica Eduardo Araújo,
do executivo Célio Fernando Bozola presidente da EDS na América Latina.
para assumir a posição de presiden- Antes de ingressar na companhia,
te da EDS no Brasil. Bozola irá subs- Bozola ocupava a posição de vice-pre-
tituir Chu Tung que, depois de ter sidente e general manager da divisão Célio Fernando Bozola, presidente da EDS no Brasil
liderado a organização no Brasil de serviços da Diebold Brasil. Também
durante os últimos dez anos, assu- atuou como presidente da Impsat no empresas como Sid Informática,
mirá uma nova função estratégica período de 2001 a 2005. Anteriormente, DigiRede Informática, Companhia de
na EDS América Latina, a ser anun- ocupou diversas posições de liderança Engenharia de Tráfego e Cetesb. “O
ciada brevemente. nacional e internacional na NCR meu maior desafio na EDS é conseguir
Bozola assume a nova função com Corporation, incluindo um período de crescimento com ganho de produtivi-
a missão de alcançar as metas de qua- cinco anos como presidente da NCR dade, já que o Brasil representa a maior
lidade, crescimento e eficiência da do Brasil. Sua experiência anterior tam- oportunidade da empresa na América
EDS no Brasil, que hoje já conta com bém inclui posições de liderança em Latina”, conclui Bozola.