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II – CANDIDATURAS NATAS:

A candidatura nata é instituto jurídico, de há muito consagrado pelo ordenamento


infraconstitucional pátrio, que garante àqueles que ocupam cargo eletivo o
registro de candidatura para o mesmo cargo que ocupam, pelo partido a que estejam filiados.
Tão abrangente é sua natureza que, para ter o direito a tal prerrogativa, não há
necessidade de que o postulante à candidatura esteja no efetivo exercício do mandato,
bastando que tenha o feito em qualquer período da legislatura que estiver em curso.
Consiste, fundamentalmente, em um direito subjetivo de natureza cogente e de ordem
pública, o que implica na impossibilidade de negativa do partido em proceder o registro, sob
pena de ofensa direta a lei.
Logo, tendo os candidatos natos assegurado seu registro, têm, por conseqüência,
assegurado seu direito subjetivo de postular a investidura para o mesmo cargo que ocupam na
legislatura em curso para o período subseqüente.

Desta concatenação lógica, conclui-se claramente que, além daqueles expressamente


elencados no art. 8o., §1o. da Lei 9.504/97, devem ser considerados candidatos natos também
o Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos que
pretenderem a reeleição.
Assim sendo, ao Chefe do Poder Executivo Federal, Estadual ou Municipal que pretenda
obter a reeleição deve ser assegurado o registro de candidatura no período eleitoral
subseqüente para o mesmo cargo. Deve ser considerado candidato nato, em razão da
aplicação analógica da determinação contida no § 1o. do art. 8o. da Lei 9.504/97, que dá a
máxima efetividade ao preceito constitucional previsto no art. 14, § 5o. da Constituição
Federal de 1988.

http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=2253

"Candidatura nata" é suspensa


Brasília (AF)

O STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu um privilégio dos deputados: a garantia da


candidatura à reeleição independentemente da aprovação do nome na convenção partidária e sem
a possibilidade de veto de órgão da direção nacional do partido.

O privilégio, chamado candidatura nata, foi questionado pelo procurador-geral da República,


Geraldo Brindeiro, em ação direta de inconstitucionalidade. O plenário do STF concedeu liminar
para suspendê-lo. A decisão vale para estas eleições.

A norma estava inserida na Lei Eleitoral, aprovada pelo Congresso em 1997 (artigo 8º, parágrafo 1º).
Ela atingia os deputados federais, estaduais e distritais e os vereadores e era extensiva aos
suplentes que tivessem substituído o titular em algum momento da legislatura.

Dos nove ministros presentes à sessão, o único a votar contra foi do vice-presidente do STF, Ilmar
Galvão. Ele apresentou uma razão corporativa, dizendo que os deputados abandonam carreiras de
médico, advogado ou engenheiro para optar pelo mandato legislativo e que poderiam ter dificuldade
de retornar à vida profissional. Por isso, precisariam ter essa garantia de continuidade.

Os outros ministros consideraram que a candidatura nata viola o princípio constitucional da


autonomia dos partidos, porque a direção das legendas não tem poder de veto.

O ministro Nelson Jobim, que é ex-deputado pelo PMDB do Rio Grande do Sul e atual presidente do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral), alertou que essa norma era um incentivo à infidelidade partidária.
Ela significa que o deputado pode ser candidato mesmo que tenha traído o partido.
Três ministros --Maurício Corrêa, Ellen Gracie Northfleeet e Jobim-- entenderam que a norma da Lei
Eleitoral feria outro princípio da Constituição, o da isonomia. Ex-senador pelo PDT de Brasília,
Corrêa disse que "a área eleitoral é o campo do direito que mais exige igualdade".

Na visão deles, a candidatura nata implicava oportunidade desigual entre o deputado e qualquer
membro do partido que pretendia concorrer e dependia da aprovação do seu nome na convenção
do partido para escolha das candidaturas, em junho.

Jobim afirmou que "a candidatura nata é subproduto de um sistema eleitoral completamente
distorcido e superado".

A lei anterior, que vigorou nas eleições de 1994, continha uma norma intermediária e por isso
chegou a ser analisada pelo STF, mas foi considerada válida. Ela dispensava a aprovação do nome
do deputado ou do vereador pela convenção partidária, mas permitia que um órgão da direção
nacional do partido o vetasse.

Jobim disse que a retirada da possibilidade de veto do partido e a extensão do privilégio aos
suplentes deu uma característica mais radical à nova lei.

Embora liminares sejam normalmente decisões precárias, a sua concessão em ação direta de
inconstitucionalidade representa tradicionalmente uma antecipação da decisão de mérito. Assim, a
tendência do Supremo é anular essa norma no exame definitivo.

O deputado José Genoino (PT-SP) classificou a decisão do STF de acabar com a candidatura nata
de tribunalização das eleições. Segundo ele, quando não é o TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
definindo as regras é o Supremo.

"Toda eleição está dependendo de decisões da Justiça, aumentando a interferência do Poder


Judiciário no processo eleitoral. Isso pode gerar precedentes graves. Sou contra a candidatura nata,
mas essa decisão tem de ser dos partidos políticos e do Legislativo. Os tribunais não podem fazer
reforma política", disse Genoino.

Quinta-feira, 25 de Abril de 2002

http://jornal.valeparaibano.com.br/2002/04/25/nac/stf.html

26/04/2002
Supremo derruba candidatura nata

O Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional dispositivo da lei eleitoral que garantia
a candidatura nata aos deputados federais, estaduais e vereadores. Com a decisão, os
detentores de mandatos, eleitos pelo sistema proporcional, perdem esse privilégio, e suas
candidaturas à reeleição, assim como as de senador, governador e presidente, terão que ser
aprovadas pelas convenções partidárias. Isso fortalece os partidos, que poderão negar
legenda a detentor de mandato parlamentar, além de assegurar igualdade de oportunidade
entre os filiados das agremiações políticas, eliminando uma discriminação entre militantes
partidários e também entre detentores de mandatos, já que os candidatos majoritários não
tinham esse privilégio, que o Supremo em boa hora declarou inconstitucional.

http://diap.ps5.com.br/content,0,1,71228,0,0.html

SUCESSÃO
STF acaba com candidatura nata

Os ministros do STF consideraram esse dispositivo um prejuízo inaceitável. ‘‘A


candidatura nata é um subproduto de um sistema eleitoral totalmente superado
que na época da ditadura tinha a função de controlar o total de parlamentares da
oposição e aumentar o número de situacionistas’’, criticou o ministro Nelson Jobim,
presidente do Superior Tribunal Eleitoral (TSE).
A decisão do STF foi feita em julgamento de um pedido de liminar em ação direta
de inconstitucionalidade (Adin) movida pelo procurador-geral da República, Geraldo
Brindeiro. Para Brindeiro, a ‘‘candidatura nata’’ transformava todos os outros
pretendentes no partido a uma vaga de deputado ou vereador ‘‘cidadãos de
segunda classe”.

Apenas o PT, no entanto, apoiou a decisão do Supremo. ‘‘O deputado tem de se


submeter à vontade do partido, e não o contrário’’, comentou o líder do PT na
Câmara, João Paulo. ‘‘Se o partido não quiser manter aquele deputado candidato,
ele tem de entender e aceitar isso’’. Com a decisão do Supremo, todos os
pretendentes a cargos no Legislativo terão que submeter seus nomes, já nas
eleições deste ano, à aprovação prévia dos partidos.

O único voto contrário à extinção do privilégio foi do vice-presidente, Ilmar


Galvão. Ele afirmou que o eleito para um cargo público, ao passar a exercer o
mandato, deixa de exercer a profissão em que atuava antes e deixa de contar, para
efeito de aposentadoria, os anos anteriores de trabalho. Mas os outros sete
ministros que participaram da votação entenderam que a candidatura nata violava
a autonomia partidária e a isonomia entre os aspirantes a candidato.

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