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MÓDULO 3 – GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

SETOR DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS


TÓPICO III – GESTÃO DA MANUTENÇÃO
VERSÃO 2
SUMÁRIO

UNIDADE 01
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 08
2. SISTEMAS DE MANUTENÇÃO......................................................................... 09
2.1 MANUTENÇÃO OPERATIVA........................................................................... 10
2.2 MANUTENÇÃO PREDITIVA............................................................................. 10
2.3 MANUTENÇÃO PREVENTIVA OU PERIÓDICA.............................................. 12
2.4 MANUTENÇÃO CORRETIVA........................................................................... 14
2.5 SISTEMAS DE ACOMPANHAMENTO DE MANUTENÇÃO............................ 15
3. IMPACTO DA MANUTENÇÃO NOS CUSTOS.................................................. 16
4. IMPACTO DA MANUTENÇÃO NA LUCRATIVIDADE....................................... 16
5. CONCLUSÃO..................................................................................................... 17
6. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 21

UNIDADE 02
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 24
2. TERCEIRIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS....... 24
3. CONTROLE DA MANUTENÇÃO.......................................................................... 27
4. GESTÃO E CONTROLE DE PNEUS.................................................................... 29
5. ESTRUTURA BÁSICA DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE MANUTENÇÃO.. 33
6. CONCLUSÃO........................................................................................................ 41
7. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................... 45

UNIDADE 03
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 48
2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO COMBUSTÍVEL...................................... 48
3. TESTES DE QUALIDADE.................................................................................. 50
4. ARMAZENAMENTO OU ARMAZENAGEM....................................................... 54
5. CONTROLE DE QUALIDADE DO ABASTECIMENTO DA FROTA.................. 58
6. COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS.................................................................... 59
7. CONCLUSÃO..................................................................................................... 63
8. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................. 68

2
UNIDADE 04
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 71
2. SEGURANÇA NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS.................................... 71
2.1 SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO................................................................... 71
2.2 SEGURANÇA NA ACOMODAÇÃO DOS PASSAGEIROS.............................. 72
2.3 SEGURANÇA CONTRA ASSALTOS E ROUBOS........................................... 73
3. CONCLUSÃO..................................................................................................... 73
4. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 76
ESTUDO DE CASO - TÓPICO III.......................................................................... 77

LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Tabela 1. Exemplo de relatório de 12
viagem..................................................................
Tabela 2. Ficha de Manutenção Básica................................................................ 28
Tabela 3. Ficha de Controle da Manutenção de Equipamentos e Componentes.. 29

Tabela 4. Ficha de Manutenção e Controle de Pneus............................................ 30


Figura 1. Posicionamento dos pneus...................................................................... 31
Tabela 5. Controle da Calibragem e Medição de Sulcos dos Pneus...................... 31

Tabela 6. Controle de Rodízio de Pneus................................................................ 32


Tabela 7. Controle de Reforma de Pneus.............................................................. 32

Tabela 8. Eliminação de Pneu................................................................................ 32

Tabela 9. Ficha de Especificações do Óleo Diesel................................................. 54

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ÍCONES

Atividade em grupo/ Comentários Conceitos e


Verificação de definições
Aprendizagem

Exemplo
Exercício de Fixação Glossário

Importante Momento do Vídeo Para saber mais

Recapitulando Reflexão Curiosidades

4
TÓPICO III – GESTÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
Este tópico tem como objetivo discutir aspectos específicos referentes à gestão
de empresas de transporte de passageiros, tais como Planejamento da
Manutenção, Gestão do Combustível e Gestão da Segurança. Os profissionais
deverão ser capacitados a utilizar os instrumentos pertinentes a cada um dos
tópicos, de forma correta e eficiente.

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UNIDADE 01
PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO

APRESENTAÇÃO
As empresas, de qualquer área ou tamanho, necessitam de serviços de
manutenção. Máquinas, veículos e equipamentos sofrem desgastes e
necessitam de manutenção para não perder sua utilidade. Embora seja vista,
às vezes, como uma atividade dispendiosa e não produtiva, a experiência
demonstra que um planejamento adequado de manutenção representa uma
grande economia para as empresas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Compreender a importância da realização de manutenção periódica no
veículo de transporte de passageiros;
• Analisar e distinguir os tipos de manutenção de veículos;
• Identificar a influência da manutenção nos custos da empresa;
• Relacionar os custos de manutenção com a lucratividade da empresa.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 08
2. SISTEMAS DE MANUTENÇÃO......................................................................... 09
2.1 MANUTENÇÃO OPERATIVA........................................................................... 10
2.2 MANUTENÇÃO PREDITIVA............................................................................. 10
2.3 MANUTENÇÃO PREVENTIVA OU PERIÓDICA.............................................. 12
2.4 MANUTENÇÃO CORRETIVA........................................................................... 14
2.5 SISTEMAS DE ACOMPANHAMENTO DE MANUTENÇÃO............................ 15
3. IMPACTO DA MANUTENÇÃO NOS CUSTOS.................................................. 16
4. IMPACTO DA MANUTENÇÃO NA LUCRATIVIDADE....................................... 16
5. CONCLUSÃO..................................................................................................... 17
6. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 21

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ATIVIDADE 011

VÍDEO 01 2

1. INTRODUÇÃO

O funcionamento normal de qualquer empresa depende um correto


planejamento da manutenção. Nas empresas de transporte de passageiros, um
cuidado especial é direcionado à manutenção de veículos e equipamentos,
pois deles depende toda a operação dos serviços e a própria sobrevivência da
empresa. Assim, para facilitar o planejamento, a manutenção nessas empresas
é organizada em sistemas de manutenção, racionalizando os serviços e os
seus custos. ( rever)

A manutenção nas empresas de transporte de passageiros consiste,


principalmente, em manter veículos e equipamentos em boas condições de
uso, evitando assim, sua imobilização. Uma manutenção realizada de acordo
com um cronograma bem planejado representa uma importante redução de
custos e; aumenta a segurança dos clientes com relação à qualidade e
regularidade dos serviços, o que se reflete no aumento da lucratividade da
empresa.

Realizar a troca de óleo no veículo periodicamente, no intervalo previsto pelo


fabricante, por exemplo, faz com que o motor trabalhe de forma apropriada,
diminuindo o desgaste das peças e aumentando a durabilidade do motor. Os

1
As instruções a respeito do desenvolvimento e aplicação desta atividade e das demais
estarão contidas no Manual do Orientador.
2
As instruções a respeito da utilização do vídeo estarão contidas no Manual do Orientador.

8
gastos com óleo lubrificante são sempre menores do que os gastos com troca
de peças e com o custo da imobilização do veículo. Um veículo imobilizado na
oficina, além de gerar despesa, deixa de gerar receita. Nesta Unidade, você irá
aprender a organizar um sistema para planejar a manutenção da frota da sua
empresa. ( fazer um fechamento para a introdução)

2. SISTEMAS DE MANUTENÇÃO

Um planejamento de manutenção correto deve estabelecer um cronograma de


ações para cada um dos quatro sistemas de manutenção:
- Manutenção operativa;
- Manutenção preditiva;
- Manutenção preventiva;
- Manutenção corretiva;

A seguir, é apresentado um sistema planejado de manutenção que pode servir


a qualquer empresa, independentemente do porte. Você deve adaptá-lo às
necessidades da sua empresa. Não adianta ter um sistema sofisticado demais
a ponto de custar mais caro que a própria manutenção, nem ter um sistema
que não atenda a sua finalidade que é estabelecer um planejamento para a
manutenção da sua frota, de modo a gerar economia de custos com
manutenções corretivas. Lembre-se de que uma frota em ordem garante a
regularidade dos serviços, a satisfação dos usuários e a possibilidade de
manter a concessão.

2.1 MANUTENÇÃO OPERATIVA

A manutenção operativa compreende a correta condução do


veículo, a inspeção dos seus instrumentos e indicadores, a verificação dos
níveis de água e óleo, da pressão dos pneus, do estado da bateria, da limpeza
geral do veículo e o encaminhamento imediato do veículo à manutenção, no

9
caso de constatação de qualquer irregularidade. Uma correta manutenção
operativa reduz o desgaste de peças e materiais, aumentando a vida útil do
veículo e preservando as boas condições de utilização para o motorista,
usuários ou passageiros.

A manutenção operativa é conduzida pelo motorista e obedece a um


cronograma diário. As empresas devem utilizar uma ficha de inspeção diária
(ver exemplo a seguir) e um relatório de viagem (ver exemplo a seguir),
nos quais são registrados os itens para acompanhamento ao longo da vida útil
do veículo.
TÍTULO NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA
10/5/2004 01/01
ELABOR. APROV.
FICHA DE INSPEÇÃO DIÁRIA FI-001 1 DMC DCC
TRANS
REFERÊNCIA DO VEÍCULO: MODELO: ANO:
Painel de Faróis e Limpado-res Funcio- Nível de Funciona-
instru- luzes de de Pára- namento Nível do óleo combus- mento da Pressão dos
Data mentos serviço Brisa dos freios MO CX DI tível Bateria pneus

N - NORMAL A - AJUSTAR/COMPLETAR C - CONSERTAR S - SUBSTITUIR

10
TÍTULO NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA
10/5/2004 01/01
ELABOR. APROV.
RELATÓRIO DE VIAGEM RV-001 1 DMC DCC
TRANS
Ref. Veículo: Data: Hodômetro:
Motorista: Motorista:
PROBLEMAS APRESENTADOS
MOTOR Junta cabeçote vazando Cortando óleo Soprando Fundido
Gastando óleo de motor Excesso de fumaça Pressão de óleo baixa
Escapamento solto Com vazamento óleo Esquentando
Acelerador desregulado Consumindo água Sem lenta Não puxa
DIREÇÃO Puxando para esquerda Vazando óleo Batendo ou trepidando
Puxando para direita Com folga Muito dura
FREIOS Puxam para a direita Fazem barulho Não seguram
Puxam para a esquerda Trepidam Vazando ar na válvula
RODAGEM Roda presa 1DE 1DD 2EE 2EI 2DI 2DE 3EE 3EI 3DI 3DE 1EE 1ED
Roda solta 1DE 1DD 2EE 2EI 2DI 2DE 3EE 3EI 3DI 3DE 1EE 1ED
Roda fora de centro 1DE 1DD 2EE 2EI 2DI 2DE 3EE 3EI 3DI 3DE 1EE 1ED
Pneu furado 1DE 1DD 2EE 2EI 2DI 2DE 3EE 3EI 3DI 3DE 1EE 1ED
ALIMEN- Cano de bico vazando Entrada de ar Filtro diesel sujo
TAÇÃO Bomba injetora vazando Tanque furado Filtro de água sujo
Tanque vazando pelo bocal Peneira entupida
SUSPEN- Com vazamento de ar Dianteira batendo Diantera Balançando
SÃO Suporte do amortecedor quebrado Traseira batendo Traseira Balançando
REFRIGERA-Ar condicionado não funciona Motor de calefação não funciona
ÇÃO E CA- Ar condicion. não resfria Calefação não esquenta
ARREFECI- Radiador jogando água Radiador vazando Mangueira furada
MENTO Bomba d´água vazando Barulho no cardam Correias soltas
TRANSMIS- Alavanca de câmbio com folga Embreagem alta Embreagem patinando
SÃO Alavanca de câmbio quebrada Embreagem baixa Escapando marchas
Câmbio duro para engatar Diferencial roncando Câmbio roncando
Vazamento de óleo no diferencial Embreagem trepidadndo
ELÉTRICO Alternador não carrega Sem partida Chave geral c/ defeito
Chave de contato com defeito Seta não funciona Luz freio não acende
Marcador temperatura com defeito Faróis desregulados Luz painel não acende
Luz da temperatura acendendo Fusível queimado Luz cabine ñ acende
Luz da pressão do óleo acendendo Baterias soltas Luz baixa não acende
Luz do nível do óleo acendendo Cabos bateria soltos Luz alta não acende
Luz do nível da água acendendo Buzina não funciona Farol ré não acende
Luz da pressão do ar acendendo Lanterna dianteira quebrada
Limpador pára-brisa não funciona Lanterna traseira quebrada
CARROCE- Irregularidade retrovisor Janela quebrada Pára-brisa quebrado
RIAS Extintor descarregado Dianteira amassada Traseira amassada
Assentos rasgados Lateral amassada Teto amassado
Assentos com defeito Janelas entrando água
TACÓ- Luz piloto desregulada Não funciona Relógio não funciona
GRAFO Luz tacógrafo não acende Luz piloto ñ acende Ponteiro oscilando
OUTROS

LIBERA- AR CONDICIONADO/CALEFAÇÃO BOMBA INJETORA CARROCERIA


ÇÃO FINAL TACÓGRAFO PNEUS LIMPEZA MECÂNICA ELÉTRICA
LIBERAÇÃO E VISTO DO CHEFE DA OFICINA Data: Visto:

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2.2 MANUTENÇÃO PREDITIVA

A manutenção preditiva tem o objetivo de evitar o agravamento de


problemas e falhas operacionais. Tem o objetivo de predizer a ocorrência
desses problemas a partir de indicadores de desgaste ou má operação.

No Relatório de Viagem estão indicados alguns problemas que podem


ocorrer durante a viagem. O motorista tem a obrigação de anotar
qualquer falha ou suspeita para que, assim que o veículo chegar à
garagem, seja inspecionado. Muitas vezes o problema é resolvido
simplesmente com ajustes, regulagens, ou substituição de um
componente defeituoso ou prematuramente desgastado, serviços que
não podem aguardar a manutenção preventiva e que são realizados
rapidamente, evitando a ocorrência de defeitos mais graves que
necessitariam de manutenção corretiva.. (Manutenção corretiva)

( sugeriram exlcuir) ????????????. OK.

2.3 MANUTENÇÃO PREVENTIVA OU PERIÓDICA

A manutenção preventiva ou periódica compreende as ações


destinadas a prevenir a ocorrência de falhas e problemas operacionais. Em
outras palavras, a manutenção preventiva trata de evitar que essas falhas e
problemas ocorram evitando, assim, futuras quebras e avarias provocadas pelo
desgaste natural de peças e equipamentos dos veículos, que implicariam um
custo maior para sua solução.
( rever as palabras assinaladas. Reparar indica correção e prever indica
predição e nehuma das duas indica prevenção que é o caso)(preferi excluir a
sentença, redundante).

12
A prevenção tem o objetivo de evitar qualquer dano ao veículo e fazer com que
ele tenha um maior rendimento e durabilidade (prolongar a vida útil). Por isso,
por exemplo, o manual de manutenção do fabricante de determinado veículo
pode estabelecer que aos 4.000 ou 5.000 quilômetros rodados, faz-se a
manutenção preventiva completa da parte mecânica, ou seja, são revisados,
lubrificados, examinados, aferidos, trocados, apertados, medidos e limpos
todos os itens que dizem respeito à mecânica do veículo. Depois de rodados
40.000 ou 50.000 quilômetros, realiza-se essa manutenção novamente,
repetindo-a após os 270.000 quilômetros e assim por diante. ( apontar, dizer de
onde veio esta informação) Ensinar como fazer./planejar

O intervalo de manutenções preventivas pode ser estabelecido pelo


fabricante do veículo ou pela programação de manutenção preventiva da
empresa. Isso vai depender do modelo de veículo, do quanto é utilizado e
exigido, de quem o utiliza e como, e dos tipos de produtos (como óleos e
lubrificantes) usados nas manutenções periódicas.

A manutenção preventiva reduz problemas no veículo durante as viagens. Nos


veículos que operam no perímetro urbano, as manutenções podem ser
realizadas em períodos mais espaçados de tempo. Porém, para os veículos
que realizam viagens intermunicipais longas, essas manutenções devem ser
antecipadas para antes da viagem. Uma parada do veículo na estrada para
reparos provoca prejuízo e faz a empresa perder credibilidade e clientes. (
trata-se de uma manutenção completo?)

Compare o custo de realizar uma simples troca de óleo


periodicamente, com o desgaste das peças do motor do veículo e com o maior
consumo de combustível, decorrentes do aumento da viscosidade do óleo. Por
mais que o veículo esteja em operação, produzindo receita, está fazendo isso a

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um custo maior, possivelmente sem gerar lucro e correndo o risco de não mais
funcionar, caso o motor venha a fundir. Aí, será necessário recuperá-lo a um
alto custo de peças e oficina, tendo que imobilizá-lo por um longo tempo.
Nessa situação, o valor a ser desembolsado será muito maior do que o custo
das manutenções periódicas. ( este parágrafo foi transportado da introdução)

Para a completa manutenção preventiva também é possível montar uma ficha


contendo os itens a serem revisados. Na manutenção preventiva esses itens
deverão ser bem minuciosos, como verificar a borracha de freio, limpar filtro de
retorno de ar, reapertar todas as mangueiras do sistema de arrefecimento,
revisar desgaste do disco de embreagem etc.

Não é necessário realizar a manutenção preventiva de todas as


partes (mecânica, elétrica, ar condicionado etc.) na mesma época. Algumas
coisas podem ser revisadas antes, outras depois. A parte mecânica, por
exemplo, precisa sofrer a primeira revisão em torno dos 5.000 quilômetros, já o
sistema de ar condicionado pode ser revisado a cada 180.000 quilômetros.

2.4 MANUTENÇÃO CORRETIVA

A manutenção corretiva é a reparação do equipamento ou do


veículo após sua quebra ou avaria. É o tipo mais oneroso de manutenção, pois
geralmente ocorre em viagem, é realizada por terceiros e é difícil de prever.

A interrupção na operação normal do veículo exige sua substituição, o que nem


sempre ocorre imediatamente, podendo provocar atrasos na viagem e, até,
danos materiais aos passageiros em viagem de negócios. Neste caso, os
passageiros precisam ser transferidos para outro veículo em condições de
realizar a viagem interrompida e aí existem mais custos, com outro veículo e

14
outro motorista. Na impossibilidade de substituir ou consertar o veículo no
mesmo dia, haverá necessidade de acomodar os passageiros e alimentá-los
até que a viagem possa prosseguir, implicando em custos adicionais.

Dependendo do local onde ocorra o problema, o veículo pode retornar para a


empresa e os passageiros serem transferidos para outro ônibus dentro da
própria empresa, não sendo necessário deslocar mais outro ônibus e motorista
para o local. Entretanto, o veículo pode encontrar-se no meio do caminho e,
para que sua viagem não atrase mais ainda, os passageiros devem seguir
caminho. Neste caso, o custo de desagradar a um passageiro geralmente é
maior que qualquer outro custo que a empresa possa ter.

Se o veículo quebrado não pode ser consertado no local, precisa ser guinchado
e isso gera um novo custo, pois será necessário levar o veículo até a oficina
mais próxima ou até a garagem da empresa. Muitas vezes, a manutenção
corretiva precisa ser realizada por terceiros, sendo mais difícil o controle de
custos e de qualidade das peças e serviços utilizados. Além disso, é preciso
que a avaria seja rapidamente diagnosticada e retificada, para que o veículo
possa retornar ao serviço.

Sendo difícil de prever, a manutenção corretiva provoca um impacto


inesperado no fluxo de caixa da empresa, aumentando custos e reduzindo
receitas com a imobilização do veículo. Assim, a empresa precisa estar
preparada para qualquer eventualidade ou imprevisto, realizando as
manutenções preditivas e preventivas em dia, providenciando condições de
solucionar a maioria dos problemas da ocorrência e de fazer o veículo retornar
à operação, com o mínimo de custos adicionais.

2.5 SISTEMAS DE ACOMPANHAMENTO DE MANUTENÇÃO

Todas as manutenções, sejam preditivas, preventivas ou corretivas, devem ser


devidamente anotadas e armazenadas no computador ou guardadas em local

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seguro, pois constituem o histórico de cada veículo. A partir do histórico, é
possível analisar quanto um veículo gasta, em termos de manutenção, durante
toda a sua vida útil, quanto se ganha com o seu serviço e, a partir daí,
aperfeiçoar permanentemente o planejamento das manutenções preditivas e
preventivas.

Para controlar a manutenção da frota, podem ser utilizados aplicativos


informatizados comprados no mercado ou elaborados conforme a necessidade
da empresa. Esses aplicativos controlam as características, as manutenções e
o consumo de cada veículo, registrando todos os veículos, seus componentes
e peças..

Esse tipo de controle deve ser conhecido por todos os funcionários


dos setores envolvidos no processo de manutenção (mecânica, elétrica,
borracharia etc.), os quais serão responsáveis pelo registro das informações
sobre o serviço realizado. Com informações precisas e atualizadas, o gerente
de manutenção pode verificar a execução e o andamento dos serviços de cada
veículo.
(planejamento de cronograma de manutenção – ensinar a fazer)
Para planejar os serviços de manutenção é necessário construir um
cronograma de manutenção para evitar a ociosidade ou o acúmulo de serviços
em determinado setor da oficina. É necessário, também, acompanhar a
quilometragem dos veículos da frota e conhecer os seus planos de
manutenção preventiva. Com isso é possível prever, aproximadamente, a data
de entrada de um determinado veículo em manutenção e, com isso, antecipar
ou atrasar (por pouco tempo) esse serviço, evitando o acúmulo de veículos na
oficina. Um exemplo de cronograma de manutenção é visto a seguir:

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CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO
Mês:
Veículo Dias Úteis: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Veículo 1
Veículo 2
Veículo 3
Veículo 4
Veículo 5
Veículo 6
Veículo 7
Veículo 8
Veículo 9
Veículo 10
Veículo 11
Veículo 12
Veículo 13
Veículo 14
Veículo 15

Setor:
Mecânica
Elétrica
Lavagem e Lubrificação
Borracharia
Funilaria
Pintura

3. IMPACTO DA MANUTENÇÃO NOS CUSTOS

A manutenção bem planejada reduz os custos diretos variáveis3, pois diminui o


desgaste de componentes e o consumo de combustíveis, lubrificantes e pneus.
Detalhar como que a manutenção impacta os custos diretos fixos e os indiretos
( exemplificar- está confuso)
Tem impacto, também, no cálculo dos custos diretos fixos4 e dos indiretos5,
pois diminui o tempo do veículo parado em oficina. Assim, a quantidade de
passageiros transportados é maior e o rateio de custos resulta em um menor
custo fixo por passageiro. Por exemplo, imagine sua empresa tem R$
30.000,00 de custos fixos diretos e indiretos mensais. Em um mês no qual sua
frota transportou 50.000 passageiros esse custo é de R$ 0,60 (30000/50000)

3
Custos diretos variáveis: os custos das atividades relacionadas com a produção dos serviços
que variam com o volume dessas atividades.
4
Custos diretos fixos: os custos das atividades relacionadas com a produção dos serviços que
não variam com o volume das atividades.
5
Custos indiretos: os custos das atividades necessárias ao funcionamento da empresa, mas
que não se relacionam diretamente com a produção dos serviços. Também são fixos, isto é,
não variam com o volume das atividades.

17
por passageiro. Em outro mês no qual o tempo da frota em manutenção seja
maior, resultando numa redução no número de passageiros transportados
para, por exemplo, 40.000, seu custo fixo por passageiro será de R$ 0,75
(30000/40000).

4. IMPACTO DA MANUTENÇÃO NA LUCRATIVIDADE

Toda a manutenção representa um custo e, por isso, tende a reduzir a


lucratividade da empresa. Não há como fugir deste custo, pois, da manutenção,
depende o funcionamento das máquinas e equipamentos. Porém, é possível
administrá-los de forma a transformar os gastos com manutenção em aliados
na busca da lucratividade da empresa.

Já vimos como a manutenção operativa, preventiva e preditiva visam antecipar


e evitar os problemas da manutenção corretiva, sempre mais onerosa. No
entanto, o planejamento ou o controle inadequados das manutenções também
podem reduzir a lucratividade, ao retirar um veículo de operação
desnecessariamente para realização de serviços mal diagnosticados ou
resserviço.

5. CONCLUSÃO

Como salientado anteriormente, o sucesso da empresa depende muito do


correto controle dos custos. Os custos com manutenção são obrigatórios, pois
deles depende a continuidade da operação da empresa, e os custos com
manutenção operativa, preditiva e preventiva reduzem a ocorrência de custos
com a manutenção corretiva.

Como as condições de operação variam muito de empresa para empresa, de


veículo para veículo, de região para região, de serviço para serviço etc., não há
uma “fórmula mágica” que estabeleça um volume correto de gastos com cada
tipo de sistema de manutenção. Depende da sensibilidade e, sobretudo, da
organização e da competência técnica do administrador buscar o equilíbrio
desses custos de forma a garantir o máximo de lucratividade para a empresa.

18
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO6

Os exercícios propostos a seguir têm como finalidade auxiliar na compreensão


da matéria e facilitar a fixação do conteúdo. As respostas das questões darão
um excelente resumo da unidade! Bom trabalho!

1. Em frases curtas e objetivas, responda as questões a seguir.

a. Qual a importância de realizar manutenções em empresas de transporte


de passageiros?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: A manutenção de veículos e equipamentos garante a operação dos
serviços e a própria sobrevivência da empresa.

b. De que forma a realização periódica da manutenção influencia os custos


da empresa?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
Resposta: Uma manutenção realizada de acordo com um cronograma bem
planejado representa uma importante redução de custos, pois reduz a
necessidade de manutenção corretiva, que é mais cara e imobiliza os veículos,
além de aumentar a segurança dos clientes com relação à qualidade e
regularidade dos serviços, com reflexos no aumento da lucratividade da
empresa.

6
As respostas dos exercícios de fixação (em vermelho neste material) e as instruções para
aplicação das verificações de aprendizagem estarão contidas no Manual do Orientador.

19
2. Marque a definição dos tipos de manutenção na segunda coluna de
acordo com a primeira.

(1) manutenção operativa ( 2 ) tem o objetivo de evitar o agravamento de


problemas e falhas operacionais.
(2) manutenção preditiva ( 4 ) reparação do equipamento ou do veículo
após sua quebra ou avaria.
(3) manutenção preventiva ( 1 ) compreende a correta condução do
veículo, a inspeção dos seus instrumentos e
indicadores, a verificação dos níveis de água e
óleo etc.
(4) manutenção corretiva ( 3 ) compreende as ações destinadas a
prevenir a ocorrência de falhas e problemas
operacionais.

20
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. Como é realizada a manutenção preditiva? Que formulário é utilizado para


acompanhar os problemas apresentados durante uma viagem? (
reescrever o enunciado. Não está claro)
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: A manutenção preditiva é realizada pelo motorista que anota no
formulário próprio qualquer sinal de irregularidade no funcionamento do veículo
verificado durante a viagem. Ao iniciar a viagem, o(s) motorista(s) recebe(m)
uma folha onde deve(m) registrar as ocorrências na viagem a ser realizada,
denominado relatório de viagem. Esta ficha acompanhará o veículo até o seu
retorno à garagem ou até o seu destino final em outra sede da empresa, e
contém informações sobre a viagem, o veículo, o motorista e os problemas
apresentados.

2. Quais são os inconvenientes da manutenção corretiva?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
A interrupção na operação normal do veículo exige sua substituição, o que nem
sempre ocorre imediatamente, podendo provocar atrasos na viagem, e
transtornos aos passageiros. Sendo difícil de prever, a manutenção corretiva
provoca um impacto inesperado no fluxo de caixa da empresa, aumentando
custos e reduzindo receitas com a imobilização do veículo.

21
5. BIBLIOGRAFIA

NEPOMUCENO, L. X. et alii. Técnicas de Manutenção Preditiva. São Paulo,


Edgard Blücher Ltda., 1989, volume 1.

VALENTE, A. M.; PASSAGLIA, E.; NOVAES, A. G. Gerenciamento de


Transporte e Frotas. São Paulo, Pioneira, 1997.

TAKAHASHI, Y.; OSADA, T. Manutenção Produtiva Total. São Paulo, Inst.


IMAM, 1993.

UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo, Pioneira, 1978.

22
UNIDADE 02
PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO

APRESENTAÇÃO
Na unidade anterior, você aprendeu a importância e as características dos
diversos sistemas de manutenção. A realização ou não de determinado
sistema de manutenção na sede da empresa é uma decisão importante que
envolve pessoal, instalações, equipamentos e, por conseguinte, custos,
variando conforme o porte e das características operacionais de cada empresa.
Somente uma análise cuidadosa e detalhada pode definir para quais sistemas,
ou em que nível, constitui vantagem para a empresa realizar a manutenção em
oficinas próprias ou terceirizadas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Identificar as vantagens e desvantagens da manutenção terceirizada;
• Controlar a manutenção terceirizada através de planilhas;
• Controlar o consumo de pneus da frota.

23
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 24
2. TERCEIRIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS....... 24
3. CONTROLE DA MANUTENÇÃO.......................................................................... 27
4. GESTÃO E CONTROLE DE PNEUS.................................................................... 29
5. ESTRUTURA BÁSICA DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE MANUTENÇÃO.. 33
6. CONCLUSÃO........................................................................................................ 41
7. BIBLIOGRAFIA...................................................................................................... 45

24
ATIVIDADE 02

1. INTRODUÇÃO

Já vimos que a manutenção é uma necessidade permanente em qualquer


empresa e que a sua realização envolve um diagnóstico preciso que, muitas
vezes, é realizado pelo próprio motorista. Assim, a empresa sempre estará
realizando parte da manutenção de sua frota nas próprias dependências, ainda
que em nível primário.

Seria difícil conceber que determinados itens básicos da manutenção, como


verificação da calibragem dos pneus, do nível da água e dos lubrificantes
fossem terceirizados, mesmo em uma empresa de pequeno porte. Por outro
lado, somente uma empresa de grande porte poderia arcar com os custos de
uma oficina completa, perfeitamente equipada para realizar qualquer sistema
de manutenção.

Sua empresa deve situar-se entre esses extremos.

Quais serviços de manutenção podem ser realizados na própria


empresa? Quais as vantagens e desvantagens de terceirizar os serviços de
manutenção? São perguntas que você deverá responder, com base nos
conhecimentos que adquirir nesta unidade.

2. TERCEIRIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

Dependendo do porte e das características da empresa transportadora, a


terceirização é uma boa opção, pois reduz os custos fixos, como o salário do
pessoal de manutenção, e permite um controle eficiente, podendo assegurar
um bom serviço de manutenção preventiva e corretiva.

25
Entretanto, mesmo com a terceirização, a empresa precisa manter
seu cronograma de manutenção (para ter o controle dos serviços efetuados) e
realizar a manutenção preditiva, para que o veículo não fique parado mais
tempo que o necessário, gerando custos para a transportadora.

A terceirização da manutenção pode ser uma vantagem nos seguintes


aspectos:

• Redução de custos fixos - como salário, encargos e treinamento do


pessoal empregado - depreciação, remuneração do capital investido e
seguro de equipamentos da manutenção;
• Menor tempo de imobilização do veículo;
• Serviço técnico e especializado para manutenção dos veículos;
• Garantia dos serviços realizados.

Em contrapartida, pode constituir uma desvantagem nos seguintes pontos:

• Maior custo de manutenção, com o pagamento dos lucros da oficina;


• Ocorrência de atraso nos serviços, em decorrência da falta de
organização e planejamento da empresa terceirizada;
• Inadequação ou baixa qualidade do serviço executado.

Por isso, antes de terceirizar o serviço, é necessário analisar a


administração da oficina a ser contratada, os equipamentos e a qualidade da
mão-de-obra e dos insumos utilizados.

Existe um tipo de manutenção terceirizada no qual o pessoal terceirizado


trabalha dentro da própria empresa, o que pode ser conveniente, caso exista
um grande volume de manutenções a serem realizadas. É preciso estabelecer

26
um cronograma para efetuar as manutenções de forma a conciliar o serviço do
transportador e da empresa de manutenção.

Como é necessário realizar a manutenção preditiva7 antes das


viagens, principalmente naquelas de longa distância, o transportador precisa se
organizar com relação a data e horário para saída do veículo. A partir de então
deve agendar o serviço com a empresa de manutenção, levando em conta o
tempo necessário para a manutenção preditiva, deslocamento do veículo até a
oficina (e vice-versa), carregamento das bagagens e embarque dos
passageiros e adicionar um tempo para imprevistos.

A transportadora também deve ter o controle da manutenção preventiva,


agendando este serviço com a empresa de manutenção. É importante que as
duas empresas trabalhem em parceria, entendendo que o bom serviço de uma
acarretará produtividade para a outra e aumento do serviço para ambas, o que
gera crescimento e lucratividade. É interessante que ambas compartilhem um
cadastro e realizem o controle de serviços executados e por executar na
próxima revisão de cada veículo.

O motorista deve inspecionar e verificar o resultado da manutenção realizada


durante a viagem. Caso constate algum problema, deve avisar a transportadora
para que entre em contato com a empresa terceirizada e juntas resolvam o
problema.

Para controlar e exigir serviços de qualidade, a transportadora


precisa ter um sistema de acompanhamento e controle eficiente, pois somente
assim a terceirização valerá a pena.

7
Manutenção preditiva: A manutenção preditiva tem o objetivo de evitar o agravamento de
problemas e falhas operacionais. Trata-se de predizer a ocorrência desses problemas a partir
de indicadores de desgaste ou má operação

27
3. CONTROLE DA MANUTENÇÃO

O primeiro instrumento de controle da manutenção do veículo é o relatório de


viagem (mostrada na unidade anterior) que acompanha o veículo durante toda
a viagem sobre sistemas de manutenção. Esta ficha contém as principais
características do veículo e indica os problemas que podem ocorrer, sendo
responsabilidade do motorista preenchê-la.

Depois de identificados os problemas que ocorreram durante a viagem é feita a


verificação de cada item pelo setor de manutenção. O veículo passa, então, por
todos os setores (mecânica, elétrica, carroceria, ar condicionado/calefação,
tacógrafo, pneus, limpeza e bomba injetora). É revisado pelo responsável por
cada serviço e recebe o visto de liberação final do chefe da oficina, o que
significa que está pronto para mais uma viagem.

Algumas partes do veículo precisam ser revisadas mesmo que não indiquem
necessidade de troca, pois podem comprometer a segurança ou a operação
normal do veículo. O controle de manutenção pode ser registrado na ficha
apresentada na Tabela 2.

28
Ficha de Manutenção Básica
Data: Modelo veículo: Descrição veículo:
Código veículo: Total eixos: Eixos tração: Km:
Fabricante: Vida útil: Tipo combustível:
Característica dos compartimentos
Cód. Descrição Óleo Capac. compartimento Período troca (km)
(l)
101 Motor
102 Caixa de câmbio
103 Diferencial

Característica dos filtros


Cód. Descrição Especificação Período troca (km) Período limpeza
(km)
201 Filtro rotativo
212 Filtro peneira do tanque

Tipo de operação
Cód. Descrição Consumo combustível (km/l)
001 Transporte de passageiros
Tabela 2. Ficha de Manutenção Básica

Esta ficha deverá conter os itens utilizados para lubrificação e filtros. Cada
veículo deve possuir um controle semelhante, de modo a permitir o diagnóstico
sobre o seu funcionamento pela manutenção.

Todas as fichas de controle de manutenção devem conter a


quilometragem do veículo e a quilometragem prevista para entrada em
manutenção, evitando, assim, custos desnecessários com manutenção em
quantidade superior à recomendada.

29
Para controle da manutenção de equipamentos e componentes, pode ser
utilizada a seguinte ficha:

Ficha de Controle da Manutenção de Equipamentos e Componentes


Data: Modelo veículo: Descrição veículo:
Código veículo: Fabricante: Km:
Especificação do equipamento para manutenção:
Cód. Local Especificação do Hodômetro na Previsão de
componente instalação vida útil (km)
1 Motor 1540
5 Bomba de 3520
combustível
Bicos injetores 3521
9 Disco de 6014
embreagem
Platô 6015
Tabela 3. Ficha de Controle da Manutenção de Equipamentos e Componentes

Nesta ficha são descritos os equipamentos e seus componentes, o hodômetro


do veículo na época da sua instalação e a vida útil programada. Os códigos e
as especificações dos componentes são determinados pela transportadora ou
pelo fornecedor. As fichas de cada veículo e seus componentes permitem o
controle completo, tanto para as manutenções preditivas quanto para as
preventivas. Por meio desse controle, no momento em que ocorrer algum
problema com o veículo durante a viagem, fica mais fácil diagnosticar o defeito
e corrigi-lo.

Assim como as demais manutenções são controladas por preenchimento de


fichas, a manutenção corretiva também deve possuir uma ficha para cada
veículo. Dependendo do tamanho da frota, é necessário o uso de um programa
computacional para facilitar esse controle.

4. GESTÃO E CONTROLE DE PNEUS

A gestão e o controle de pneus são fatores de extrema importância para


qualquer empresa que possua frota própria. Os pneus influenciam diretamente
na segurança, na rentabilidade e na produtividade do transporte. O controle

30
dos pneus permite analisar a quilometragem percorrida, auxiliando na definição
do tipo, marca, calibragem, alinhamento, balanceamento, rodízio, recapagem e
vida útil.

A seguir, tem-se um exemplo de ficha de controle de pneus.

Ficha de Manutenção e Controle de Pneus


Data: Hora: Modelo veículo: Cód.:
Descrição veículo: Posição do pneu:
Agente causador: Objeto pontiagudo Acidente c/ pneu Falha mecânica Falha no conserto
fabricação Idade da carcaça Defeito no sistema rodante Manutenção
Avaliação pneu: Não avaliado Normal Quebra no talão Carcaça ressecada
Cortes na lateral Desgaste irregular Arame quebrado Soltando banda Conserto c/ defeito
Tipo de reparo: Remendo a frio Vulcanização pneu Vulcanização da câmara
Troca de câmara/bico Manutenção rodas/aro Troca de protetores
Estado do pneu: Atividade Reutilizar Reclamar garantia Reformar
Responsável:
Tabela 4. Ficha de Manutenção e Controle de Pneus

Esta ficha e as demais utilizadas para controle de pneus devem conter a


posição do pneu no veículo, sendo necessário definir uma nomenclatura
padronizada para identificar as diversas posições:
- o pneu dianteiro direito do primeiro eixo;
- o pneu dianteiro esquerdo do primeiro eixo;
- o pneu direito interno do segundo eixo;
- o pneu direito externo do segundo eixo;
- o pneu esquerdo interno do segundo eixo;
- o pneu esquerdo externo do segundo eixo;
- os pneus sobressalentes e assim por diante.

Pode-se utilizar o croqui a seguir para identificar a posição dos pneus evitando
confusão no momento da manutenção. As posições devem corresponder a um
número de identificação do pneu para controle interno.

As siglas 1DE e 1DD significam que os pneus são do primeiro eixo dianteiro
esquerdo ou direito; 2EE e 2EI significam que são pneus do segundo eixo à

31
esquerda, externo ou interno ao veículo, assim como 2DI e 2DE são pneus do
segundo eixo do lado direito interno ou externo; e EE e ED significam os pneus
sobressalentes do lado esquerdo e do lado direito do veículo.

1DE 1DD

2EE 2EI 2DI 2DE

EE ED

Figura 1. Posicionamento dos pneus

Uma característica importante a ser controlada nos pneus é a calibragem e a


medição de sulcos. Para isso, também é possível montar uma ficha como a
seguinte:

Ficha de Controle da Calibragem e Medição de Sulcos dos Pneus

Data: Hora: Modelo veículo: Código veículo:


Posição Pressão (lb/pol2) Medição de sulco Obs.
Encontrada Colocada 1 2 3 4
1DE
1DD
2EE
2EI
2DE
2DI
EE
ED
Responsável:
Tabela 5. Controle da Calibragem e Medição de Sulcos dos Pneus

A calibragem precisa ser realizada no início de toda viagem para avaliar se o


pneu está com algum tipo de problema. A medição de sulco serve para avaliar
o desgaste da borracha do pneu e é feita através de um aparelho: o medidor de
profundidade de sulco (aparelho semelhante a um calibrador de pressão
manual, que mede a profundidade do sulco do pneu mediante a inserção de
uma haste graduada no sulco) inserido no pneu em quatro posições diferentes.
Com isso é possível avaliar o desgaste de cada pneu e checar se é necessária
ou não a realização da recapagem.

32
Outra ficha, como a seguinte, controla o rodízio dos pneus.

Ficha de Controle de Rodízio de Pneus


Data: Hora: Código veículo:
Posição No pneu retirado No pneu colocado Observação
1DE
1DD
2EE
2EI
2DE
2DI
EE
ED
Responsável:
Tabela 6. Controle de Rodízio de Pneus

As recapagens do pneu são também controladas através da seguinte ficha:

Ficha de Controle de Reforma de Pneus


Data: Hora: No pneu: Marca do pneu:
Condições do pneu antes da reforma
Profundidade do sulco:
Garantia: Valor orçado:
Condições do pneu após a reforma
Data entrega: Hora: Garantia:
Profundidade do sulco:
Custo real: Válido Rejeitado
Tipo do reparo: vulcanização recapagem recauchutagem ressulcagem
Observação:
Responsável:
Tabela 7. Controle de Reforma de Pneus

São recomendadas duas recapagens, no máximo, para cada pneu, que possui,
assim, três vidas. Após as duas recapagens, pode-se vender o pneu ou,
dependendo de seu estado, eliminá-lo. A sua eliminação também pode ser
controlada pela seguinte ficha.

Ficha de Eliminação de Pneu


o
Data: Hora: N pneu: Marca do pneu:
Posição pneu: Cód. veículo:
Profundidade do sulco:
Motivo da eliminação: Quebra da Desgaste irregular Talões danificados
carcaça
vendido Danificado por Separação banda Separação de Corte na banda
furo lona
Excedeu limite de reforma Outros:

33
Agente causador: Objeto pontiagudo Acidente c/ pneu Falha mecânica
Falha conserto Falta calibragem fabricação Idade carcaça Falha operacional
Eliminador: reformador fabricante transportador
Responsável:
Tabela 8. Eliminação de Pneu

Por fim, é necessário coletar todas as informações do pneu e englobá-las em


um único relatório, contendo as principais características, como número de
entrada na empresa, número de recapagens, quilometragem rodada para cada
vida, fabricante, desgaste a cada viagem, custo do pneu novo, custo de cada
reforma e motivos da reforma.

Com isso, para uma determinada quilometragem é possível saber o


custo do pneu, de acordo com a sua posição no veículo, e comparar com o
ganho obtido neste mesmo período. Se a manutenção dos pneus com relação
à calibragem, rodízio, reforma e planilhas forem corretamente conduzidas e
analisadas, os pneus terão uma vida útil mais produtiva, com possibilidade de
aumentar a lucratividade da transportadora.

5. ESTRUTURA BÁSICA DE UM SISTEMA DE CONTROLE DE


MANUTENÇÃO

Visando descrever a estrutura básica de um sistema de controle de


manutenção, é apresentado a seguir um modelo ilustrativo8. Obviamente, trata-
se de um exemplo e cada empresa pode desenvolver seu próprio sistema, de
acordo com suas necessidades.

Os itens componentes deste sistema são:

A - ORDEM DE SERVIÇO

8
VALENTE et alii (1997, p.143-147).

34
A ordem de serviço é essencial para o acompanhamento da manutenção, bem
como é fonte de informações para o cálculo do custo operacional, o
preenchimento da ficha técnica e o controle de horas imobilizadas. As partes
que compõem a ordem de serviço são as seguintes:

A.1 SERVIÇOS A SEREM EXECUTADOS

É preenchida no ato da inspeção do veículo, geralmente por recepcionistas


com conhecimentos técnicos de mecânica. Indica todos os defeitos e o tipo de
manutenção necessária. Se a frota de veículos for de grandes dimensões,
aconselha-se determinar o tempo padrão para cada tarefa. Também é
aconselhável anotar os defeitos verificados pelo condutor do veículo.

A.2 OFICINA DE TERCEIROS

É necessária no caso de serviços que a oficina da empresa não executa, como


retífica de motor, estofamentos etc. Essa operação deve ser precedida de uma
autorização, liberando o fornecedor para executar o serviço, em que devem ser
registrados, também, os trabalhos a serem realizados. Posteriormente, eles
devem ser conferidos com o conteúdo da nota fiscal.

A.3 MATERIAL EMPREGADO

Trata-se de um formulário reservado para anotações das peças utilizadas na


operação de reparo. Este conteúdo deve ser confirmado através da ficha de
requisição de materiais, que é fornecida pelo almoxarifado de peças ou pela
nota fiscal, caso não haja em estoque o material utilizado.

A.4 TEMPO DE MÃO-DE-OBRA

Neste item é registrado o tempo gasto na manutenção, anotando-se o início e


término de cada operação. A ordem de serviço, no caso, deve ficar em poder
do apontador ou do setor de programação, dependendo da estrutura da oficina.

35
A.5 CUSTO DE MANUTENÇÃO

Consiste na apropriação dos custos gerados pela manutenção. Trata-se de um


quadro demonstrativo, contendo os vários itens do custo que, somados,
fornecem o custo da manutenção.

A.6 FICHA TÉCNICA

Contém, para cada unidade da frota, um resumo das operações efetuadas. O


registro é feito no final de cada manutenção, para um acompanhamento
posterior do veículo.

A.7 CONTROLE DA PRODUÇÃO DE MÃO-DE-OBRA DIRETA

Ele deve ser efetuado através de um boletim de serviço, que funciona


simultaneamente com a ordem de serviço. É um documento individual (por
funcionário), em que são registradas, em horas, todas as suas tarefas diárias,
tais como:

• Tempo trabalhado: É o tempo em que o funcionário executou qualquer


tarefa, dentro de suas atribuições.
• Tempo ocioso: Corresponde ao tempo em que o funcionário ficou à
disposição, por falta de serviço.
• Tempo improdutivo: Corresponde ao tempo em que o funcionário ficou
desviado de suas atribuições, executando outras atividades que9 não
são normais ao seu trabalho.
• Falta ao serviço: Registra os períodos em que o funcionário não se
encontrava na empresa por motivos de doença, atraso etc.

9
Segundo o texto original.

36
B - AVALIAÇÃO

Os boletins de serviço devem ser enviados diariamente ao centro de controle e


registrados na ficha mensal de cada funcionário. Com os dados coletados,
pode-se avaliar o desempenho da mão-de-obra e a produção do grupo, para
fins de dimensionamento, bem como para remanejar o pessoal quando
necessário.

C - CÁLCULO DOS ÍNDICES

O sistema de controle deve prever o cálculo de índices que retratem o


rendimento do sistema de manutenção, tais como:

C.1 PRODUTIVIDADE (P)

É calculado em função da relação entre o tempo trabalhado pelo funcionário e


seu tempo disponível.
Sendo:

P = SV + SB + SE x l00
DP

Onde:
SV = Tempo de serviço no veículo
SB = Tempo de serviço na bancada
SE = Tempo referente a serviços especiais
DP = Tempo disponível (carga horária do funcionário)

C.2 IMPRODUTIVIDADE (I)

É calculado em função das horas improdutivas do empregado.

37
I = FS + SO x 100
DP
Onde:
FS = Tempo transcorrido na falta de serviço
SO = Tempo transcorrido na realização de serviços gerais de oficina
DP = Tempo disponível

C.3 HORAS PERDIDAS (L)

É calculado da seguinte forma:


L = FAD x l00
DP

Onde:
FAD = Tempo transcorrido no caso de falta, atraso ou dispensa
DP = Tempo disponível

C.4 RENDIMENTO (R)

Corresponde ao cálculo do rendimento da mão-de-obra. Esse item somente


poderá ser utilizado, caso a empresa trabalhe com tempo padrão para os
serviços de manutenção.

R = SV + SB + SE x l00
PV

Onde:
PV = Tempo previsto ou tempo padrão

38
D - DEMONSTRAÇÃO GRÁFICA

Para melhor visualização do desempenho dos grupos de trabalho, é oportuno


construir e manter gráficos atualizados, demonstrativos dos diversos índices
calculados.
Exemplo:

Índices de Rendimento da Manutenção

80%
Rendimento (%)

70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Mecânica Funilaria Pintura Elétrica Manutenção
Preventiva

Grupos de Trabalho

Produtividade (P) Improdutividade (I) Horas perdidas (L) Rendimento (R)

E - CONTROLE DE PNEUS

Esse custo também é relevante e deve ser acompanhado, para permitir uma
análise estatística da quilometragem percorrida. Com base nesses dados,
podem ser tomadas providências quanto aos seguintes aspectos técnicos,
dentre outros:
• Tipo de pneu;
• Balanceamento da roda;
• Alinhamento da direção;
• Rodízio.
Exemplo:

39
TÍTULO NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA

10/5/2004 01/01
PCE - CUSTO ESTIMADO DE
ELABOR. APROV.
PNEUS POR QUILÔMETRO E FC-002 1
POR PNEU DMC DCC
TRANS
REFERÊNCIA DO PNEU: REFERÊNCIA DO VEÍCULO:
Data Ocorrência Custo Hodômetro

Com essas providências, pode-se aumentar a vida útil do pneu. É aconselhável


numerar cada pneu para facilitar o controle.

F - RECAPAGEM DE PNEUS

Também deve ser mantida sob controle, a fim de evitar gastos desnecessários
para a empresa.

G - CONTROLE DOS CONJUNTOS

É o registro do início de operação de cada conjunto, até o momento em que


este necessite de um recondicionamento. Deve-se dar destaque ao controle do
motor, por ser o componente mais caro do veículo.

Para avaliar o rendimento dos motores da frota e alertar a manutenção, devem-


se realizar levantamentos estatísticos periódicos e emitir relatórios, se
necessário.

H - CONTROLE DE HORAS IMOBILIZADAS

Para que a disponibilidade do veículo seja controlada, é preciso manter sob


registro toda a entrada do veículo em manutenção. Assim sendo, toda vez em

40
que ele estiver em manutenção, será considerado imobilizado.
Conseqüentemente, o inverso será a disponibilidade da frota.

Esse controle serve para registrar a entrada e saída de cada veículo na oficina
e fornecer dados para relatórios demonstrativos das imobilizações ocorridas.

Para a oficina, fica a responsabilidade de manter uma boa qualidade


dos serviços e evitar, ao máximo, a imobilização de cada unidade da frota.
Com o controle, podem ser localizado os pontos de estrangulamento e
racionalizado o fluxo de veículos nos setores de reparo, visando à minimização
do tempo do veículo em manutenção.

O elemento básico para este planejamento é ter conhecimento da


disponibilidade da frota. Portanto, isto passa a ser um dos objetivos da oficina.
Ela, por sua vez, deverá manter um determinado percentual de imobilização ao
mês, para que seus objetivos sejam alcançados. Para isto, ela pode se valer do
cálculo do índice de imobilização apresentado a seguir.

I - ÍNDICE DE IMOBILIZAÇÃO (I)

Com o cálculo desse índice, a empresa pode analisar o desempenho real e


compará-lo com o desempenho previsto.

I = Tempo de imobilização x 100


Tempo previsto

J - FICHA TÉCNICA

41
Tem por finalidade registrar as peças e serviços que foram
aplicados no veículo. Quanto melhor for a qualidade dos elementos
controlados, mais fácil será controlar os dados da ficha. Sua atualização deve
ser feita a cada reparo do veículo.

Nesta ficha devem constar os elementos essenciais do veículo, para evitar, por
exemplo, a dupla troca de peça em curta quilometragem. Visa também detectar
possíveis defeitos dos serviços, o que ajuda no controle da qualidade da
manutenção.
Exemplo:

TÍTULO NÚMERO REVISÃO DATA FOLHA


10/5/2004 01/01
VFT - FICHA TÉCNICA DO ELABOR. APROV.

VEÍCULO
FC-007 1
DMC DCC
TRANS
REFERÊNCIA DO VEÍCULO: MODELO: ANO:
Custo Custo Custo Hodô-
Data Ocorrência de Manutenção Peças M.O. Total metro

42
6. CONCLUSÃO

Pelo que foi visto nesta unidade, pode-se afirmar que a informação é uma
ferramenta fundamental para a atividade de manutenção. Por isso, a aplicação
de um sistema de informações gerenciais e de apoio à decisão é essencial
para facilitar o acesso dos funcionários aos dados necessários, em tempo
hábil, e proporcionar a atualização e confiabilidade compatíveis com o nível de
serviço que se deseja prestar à frota.

Além disso, a atividade de manutenção produz uma quantidade enorme de


informações. Por esta razão, a informatização do sistema de informações
pode contribuir bastante para a eficiência da empresa. Com a informática, os
dados são coletados e processados de forma ágil e confiável, permitindo rápido
acesso aos parâmetros de avaliação técnica, econômica e operacional. Esses
relatórios de avaliação constituem a base de informações e referências que
fundamentam todo o processo de tomada de decisões.

43
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Os exercícios propostos a seguir têm como finalidade auxiliar na compreensão
da matéria e facilitar a fixação do conteúdo. As respostas das questões darão
um excelente resumo da unidade! Bom trabalho!

1. Marque, V para as afirmativas verdadeiras e, F para as falsas.


(V) A realização da manutenção envolve um diagnóstico preciso que, muitas
vezes, é realizado pelo próprio motorista.
(F) A terceirização reduz os custos variáveis.
(V) Um controle eficiente pode assegurar um bom serviço terceirizado de
manutenção preventiva e corretiva.
(F) Com a terceirização, a empresa não precisa mais manter seu cronograma
de manutenção e não precisa realizar a manutenção preditiva.

2. Nesta unidade vimos as vantagens e desvantagens da terceirização da


manutenção nas empresas de transporte de passageiros. Com base no
estudado, associe a segunda coluna de acordo com a primeira.
(1) Vantagens (1) Garantia dos serviços realizados.
(2) Desvantagens (1) Redução de custos fixos - como salário, encargos e
treinamento do pessoal empregado.
(2) Maior custo de manutenção, com o pagamento dos
lucros da oficina.
(1) Menor tempo de imobilização do veículo.
(2) Ocorrência de atraso nos serviços, em decorrência
da falta de organização e planejamento da empresa
terceirizada.
(2) Inadequação ou baixa qualidade do serviço
executado.
(1) Serviço técnico e especializado para manutenção
dos veículos.

44
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. Quais os cuidados que o transportador deve ter ao terceirizar a


manutenção?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Antes de terceirizar o serviço é necessário analisar a administração
da oficina a ser contratada, os equipamentos e a qualidade da mão-de-obra e
dos insumos utilizados.

2. Como efetuar o controle da manutenção?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Para controlar e exigir serviços de qualidade, a transportadora
precisa ter um sistema de acompanhamento e controle eficiente.

3. Quais são os tipos de planilhas que devem ser elaboradas para auxiliar
o controle da manutenção?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Relatório de viagem, Ficha de Manutenção Básica e Ficha de
Controle da Manutenção de Equipamentos e Componentes.

4. Controlar os pneus é importante para o transportador? Por quê?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

45
Resposta: Sim, a gestão e o controle de pneus são fatores de extrema
importância para qualquer empresa que possua frota própria. Os pneus
influenciam diretamente na segurança, na rentabilidade e na produtividade do
transporte. O controle dos pneus permite analisar a quilometragem percorrida,
auxiliando na definição do tipo, marca, calibragem, alinhamento,
balanceamento, rodízio, recapagem e vida útil.

5. Que tipos de controle de pneus que devem ser realizados?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Controle da Calibragem e Medição de Sulcos dos Pneus, Controle
de Rodízio de Pneus, Controle de Reforma de Pneus e Eliminação de Pneu.

6. Qual o número de recapagens recomendadas? O que fazer com os


pneus que já atingiram o número máximo de recapagens?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: São recomendadas duas recapagens, no máximo, para cada pneu,
que possui, assim, três vidas. Após as duas recapagens, pode-se vender o
pneu ou, dependendo de seu estado, eliminá-lo.

7. Monte uma planilha de controle de pneus para o seu próprio caso,


englobando todas as características vistas até aqui.

46
7. BIBLIOGRAFIA

VALENTE, A. M. et aii. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo,


Pioneira, 1997.

UELZE, R. Transporte e Frotas. São Paulo, Pioneira, 1978.

47
UNIDADE 03
GESTÃO DO COMBUSTÍVEL

APRESENTAÇÃO
Esta unidade é direcionada às empresas de transportes em geral, mas
principalmente àquelas que possuem sistemas próprios de armazenagem e
abastecimento de combustíveis. Os cuidados necessários e os custos
envolvidos requerem um determinado porte e volume de abastecimento, para
que a economia decorrente da compra de combustível por atacado se
justifique.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer as características técnicas dos combustíveis utilizados em
empresas de transporte;
• Conhecer e aprender a realizar testes de qualidade;
• Conhecer os principais cuidados e características técnicas da
armazenagem de combustíveis;
• Aprender a realizar o controle do consumo da frota;
• Conhecer os combustíveis alternativos, suas características e utilização.

48
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 48
2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO COMBUSTÍVEL...................................... 48
3. TESTES DE QUALIDADE.................................................................................. 50
4. ARMAZENAMENTO OU ARMAZENAGEM....................................................... 54
5. CONTROLE DE QUALIDADE DO ABASTECIMENTO DA FROTA.................. 58
6. COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS.................................................................... 59
7. CONCLUSÃO..................................................................................................... 63
8. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................. 68

49
ATIVIDADE 03

1. INTRODUÇÃO

Os combustíveis são a origem da energia utilizada pelas empresas de


transporte. Deles depende toda a movimentação da frota, consomem
diariamente um volume considerável, representando um item importante no
custo dessas empresas. Mas não é apenas o custo do combustível que
importa. A qualidade desse combustível tem impacto direto sobre a
rentabilidade da frota e sobre a vida útil dos veículos.

Um combustível barato pode encobrir uma má qualidade, o que implica


maiores custos, em razão de sua má rentabilidade. Isso, sem considerar os
danos que uma má qualidade de combustível pode ocasionar aos
componentes mecânicos, com conseqüências ainda maiores sobre os custos
de manutenção da frota. Por isso, mesmo que a empresa realize o
abastecimento com fornecedores externos, o conhecimento sobre as
características técnicas e sobre a qualidade e preço dos combustíveis é
essencial para as empresas de transporte.

2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO COMBUSTÍVEL

O combustível utilizado no setor de transporte é, geralmente, o óleo


diesel, derivado do petróleo constituído, basicamente, por hidrocarbonetos. O
óleo diesel é produzido a partir da refinação do petróleo e é proveniente de
diversas etapas de processamento do óleo bruto. As proporções de seus
componentes são previamente definidas, a fim de obter um produto dentro das
especificações necessárias para minimizar o desgaste de motores e
componentes e para manter a emissão de poluentes em níveis aceitáveis.

50
De acordo com a portaria no 310, da Agência Nacional do Petróleo, de
27/12/2001, existem os seguintes tipos de diesel automotivo:
- Óleo diesel automotivo metropolitano: produzido no país,
importado ou formulado pelos agentes econômicos autorizados para
cada caso, conforme características constantes no Regulamento
Técnico, para comercialização restrita em municípios definidos pelo
Ministério do Meio Ambiente – MMA;
- Óleo diesel automotivo interior: produzido no país, importado ou
formulado pelos agentes econômicos autorizados para cada caso
conforme características constantes no Regulamento Técnico, para
comercialização nos demais municípios do país.

A diferença básica entre os dois tipos de óleo diesel é a quantidade máxima


admissível de enxofre: 0,35 ppm (partes por mil) no óleo diesel interior e 0,20
ppm no óleo diesel metropolitano, o que o torna menos poluente. Visualmente
os dois tipos se diferenciam pela adição obrigatória de corante vermelho ao
óleo diesel automotivo interior, que é realizada nas refinarias conforme
determina a Portaria nº 310.

O óleo diesel pode receber um aditivo após sair da refinaria para


melhorar seu desempenho. Esse aditivo possui propriedades de
desemulsificante, anti-espuma, detergente, dispersante e inibidor de corrosão.
Por meio dessas características, evita-se que o diesel forme emulsão com
água, o que dificulta sua separação e impede sua drenagem, além de não
permitir a formação de espuma durante o enchimento do tanque e manter
limpos o sistema de combustível e a câmara de combustão, aumentando a vida
útil do motor e minimizando a emissão de poluentes.

51
3. TESTES DE QUALIDADE

Para que a produtividade do veículo seja constante, é importante que o


combustível utilizado seja de qualidade. Por isso, alguns testes podem ser
realizados para identificar se o produto é adequado ou não.

A determinação das características dos produtos deverá ser realizada


seguindo as Normas Brasileiras (NBR), da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT, ou as Normas da American Society for Testing and Materials
- ASTM.

Os testes mais simples são:

• Inspeção visual do aspecto do produto, que deve se apresentar


límpido e isento de materiais em suspensão, os quais podem reduzir a
vida útil dos filtros do equipamento. Esse teste é realizado, observando-
se, uma amostra de 900ml do produto contra a luz, em uma proveta de
vidro (recipiente de vidro transparente); Método NBR 7148.
• Inspeção visual da cor do produto que, dependendo da variação,
pode indicar contaminação ou degradação do combustível (quando o
diesel é estocado por longos períodos de tempo ou quando permanece
em temperaturas acima da ambiente). Esse teste é realizado,
comparando a cor da amostra de diesel, retirada com discos coloridos, e
utilizando uma fonte de luz padrão que compõe a aparelhagem para
esta análise. O resultado é obtido pelo número após a letra L, que
significa que a cor do produto é menor que a cor padrão indicada e
maior que o padrão imediatamente inferior. Por exemplo, se o resultado
for L3, quer dizer que a cor é menor que três, mas maior que o valor
imediatamente inferior, que é 2,5. Método NBR 14483

Existem outros testes importantes, que além de seguir as normas, necessitam


de técnicos e equipamentos especializados. Neste caso, para o transportador é
interessante conhecê-los, pois o combustível influencia na produtividade e na
vida útil do veículo.

52
O teste de teor de enxofre indica a concentração desse elemento, que possui
ação corrosiva e forma gases tóxicos durante a combustão do diesel. Por ser
corrosivo, ele reduz a vida útil do motor do veículo, aumentando o seu tempo
de imobilização para a realização de manutenções corretivas, o que reduz,
também, a lucratividade da empresa.

O teste é feito, queimando-se uma pequena quantidade de amostra em


equipamento específico para este fim. Essa queima transforma o enxofre
presente em óxidos que, após serem quantificados, fornecem a concentração
de enxofre total no óleo. NBR 14533

O teste de volatilidade por destilação (ou teste da temperatura), que


verifica a que temperaturas ocorre a recuperação, por destilação, de 50% e de
85% do volume do produto, tem por objetivo controlar o teor de frações
pesadas no óleo para minimizar a formação de depósitos no motor, as
emissões gasosas de hidrocarbonetos não queimados, fumaça e óxido de
nitrogênio. A ANP estabelece como temperaturas máximas para recuperação
de 50% do volume, 245,0 °C para o Diesel interior e 310,0 °C para o Diesel
metropolitano e para recuperação de 85% do volume, 370 °C para o Diesel
interior e 360 °C para o Diesel metropolitano. NBR 9619.

O teste de densidade relaciona a massa específica do diesel a 20°C e a 4°C.


Os motores são projetados para que a bomba injetora dose o volume injetado
em uma determinada faixa de densidade. Variações na densidade provocam
uma significativa variação na massa de combustível injetada, impossibilitando a
obtenção de uma mistura correta de ar/combustível, o que aumenta a emissão
de poluentes, como hidrocarbonetos, monóxido de carbono e material
particulado. Valores baixos para a densidade reduzem o desempenho dos
motores, pela formação de uma mistura pobre, o que leva a uma perda de
potência do motor e a um aumento do consumo de combustível. NBR 14065

A viscosidade é uma medida da resistência oferecida pelo diesel ao


escoamento. Seu controle tem por objetivo permitir uma boa atomização do

53
óleo e preservar sua característica lubrificante. Caso os valores de viscosidade
estejam abaixo da faixa recomendada, pode haver desgaste excessivo nas
partes autolubrificantes do sistema de injeção, vazamento na bomba de
combustão e danos ao pistão. Para valores superiores à faixa, pode haver um
aumento do trabalho da bomba de combustível, que sofrerá maior desgaste,
além de proporcionar má atomização do combustível, com conseqüente
combustão incompleta e aumento da emissão de fumaça e material
particulado. NBR 10441

O teste é realizado fazendo-se escoar, sob gravidade, uma quantidade


controlada da amostra através de um viscosímetro de tubo capilar de vidro, sob
temperatura previamente fixada e mantida sob controle. Anota-se o tempo
necessário ao escoamento que, posteriormente, é corrigido conforme o tipo do
tubo. Quanto maior o tempo para o escoamento, mais viscoso é o produto.

O teste de corrosividade ao cobre indica quanto o diesel é corrosivo, em


relação às peças e ligas de cobre, e está diretamente ligado à presença de
enxofre e gás sulfídrico. O teste é realizado imergindo uma lâmina de cobre em
uma amostra do combustível mantido a 50°C, por três horas. Após esse
período, retira-se e lava-se a lâmina para comparar sua coloração com uma
lâmina padrão. NBR 14359

O teste da porcentagem de resíduo de carbono assinala o teor do resíduo


obtido após a evaporação das frações voláteis do produto, submetido a
aquecimento sob condições controladas. Considerando-se o produto sem
aditivos, a porcentagem de resíduo de carbono correlaciona-se com a
quantidade de depósitos que podem ser deixados pelo diesel na câmara de
combustão. Valores altos de resíduo de carbono podem levar à formação de
uma quantidade excessiva de resíduo na câmara e maior contaminação do
óleo lubrificante. NBR 14318

A porcentagem de água e sedimentos em níveis altos prejudica o


combustível, pois acelera sua deterioração e aumenta a saturação dos filtros,
provocando danos ao sistema de combustível. Esse teste é feito centrifugando-

54
se, em tubo de ensaio, uma quantidade da amostra misturada com a mesma
quantidade de solvente. No final, lê-se a camada de água e de sedimentos
presentes na parte inferior do tubo e em seguida calcula-se sua porcentagem
em relação à amostra total. NBR 14647

O teor de cinzas é um teste sobre o teor de resíduos inorgânicos não


combustíveis, apurado após a queima de uma amostra do produto. Essa
avaliação tem por objetivo garantir que os sais ou óxidos metálicos, formados
pela combustão do produto e que são abrasivos, não se depositem em
quantidade prejudicial ao trabalho dos pistões, da câmara de combustão, etc.
NBR 9842

O teste sobre número de cetano10 mede a qualidade da ignição de um motor


a diesel e tem influência direta na partida do motor e no seu funcionamento.
Fisicamente, o número de cetano relaciona-se diretamente com o retardo de
ignição do combustível no motor, de modo que, quanto menor o número de
cetano, maior será o retardo da ignição. Conseqüentemente, maior será a
quantidade de combustível que permanecerá na câmara, sem queimar no
tempo certo. Isso leva a um mau funcionamento do motor, pois quando a
queima acontecer, gerará uma quantidade de energia superior à necessária e
esse excesso forçará o pistão a descer com uma velocidade superior à ideal,
provocando esforços anormais sobre o pistão que podem causar danos
mecânicos e perda de potência. Norma ASTM D 613

Por fim, o teste sobre ponto de fulgor indica os cuidados necessários durante
o manuseio, transporte, armazenamento e utilização do produto. O ponto de
fulgor é a menor temperatura na qual o produto gera uma quantidade de
vapores que se inflamam quando se dá a aplicação de uma chama, em
condições controladas. NBR 7974

10
Número de Cetano: O número de cetano é obtido através de um ensaio padronizado do
combustível em um motor mono-cilíndrico, onde compara-se o seu atraso de ignição em
relação a um combustível padrão com número de cetano conhecido.
O combustível padrão é uma mistura equivalente de n-hexadecano ou cetano (NC = 100) e
alfametilnaftaleno (NC = 0).

55
A ficha a seguir mostra as especificações de qualidade para o óleo diesel
segundo a portaria no 310 de 27/12/2001, da Agência Nacional do Petróleo.

56
Ficha de Especificações do Óleo Diesel
Características Unidade Limites – diesel Limites – diesel
interior metropolitano
Aspectos - Límpido e isento de impurezas
Cor, mínimo - 3,0 3,0
Teor de enxofre, max. % massa 0,35 0,20
Temperatura destilação de 85% do °C 370,0 360,0
produto
Densidade 20°C/4°C - 0,82 - 0,88 0,82 - 0,865
Viscosidade 40°C, máx. centiStokes 2,2 a 5,5
Corrosividade ao cobre, em 3h, a - 1,0
50°C, max.
Porcentagem de resíduo de % massa 0,25
carbono, max.
Teor de cinzas, max. % massa 0,02
Porcentagem de água e % volume 0,05
sedimentos, máx.
Número de cetano, min. - 42
Ponto de fulgor, min. °C 38
Tabela 9. Ficha de Especificações do Óleo Diesel

O ideal é que o transportador abasteça em postos qualificados e, de


preferência, torne-se cliente desses locais, para que possa estabelecer uma
parceria e obter um combustível de qualidade.

Caso o transportador possua uma empresa com uma frota considerável e


disponha de espaço para armazenamento de diesel, este pode ser testado pela
própria distribuidora.

Deve-se lembrar que, em ambos os casos, é importante que o transportador


tenha conhecimento sobre os testes que são realizados e faça o seu controle,
exigindo um boletim de conformidade do fornecedor, devidamente assinado
pelo respectivo responsável técnico, com indicação legível de seu nome e
número da inscrição no órgão de classe, além das seguintes características do
produto: aspecto, cor visual, densidade e ponto de fulgor.

4. ARMAZENAMENTO OU ARMAZENAGEM

Cada tipo de combustível tem características que influenciam na


forma de armazenamento, mas normalmente são transportados por rodovias e

57
dutovias, e armazenados em tanques. As especificações relativas ao
armazenamento de combustíveis (como normas de segurança, localização,
afastamento e isolamento) encontram-se regulamentadas pela resolução no
8/71, de 21/09/1971, do Conselho Nacional de Petróleo que, a partir de
22/07/2002, adotou a Norma NBR 7505 (de Armazenagem de Líquidos
Inflamáveis e Combustíveis e suas atualizações), da ABNT, para o projeto de
instalações destinadas à armazenagem de petróleo, seus derivados líquidos,
álcool combustível ou outros combustíveis automotivos sujeitos à Autorização
de Construção pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Para que fique bem clara a nomenclatura utilizada em norma apropriada,


seguem-se as seguintes definições sobre tanques de armazenagem:
• Tanque de armazenamento é o reservatório especialmente construído
para acumulação de petróleo e seus derivados;
• Tanque de serviço é o reservatório especialmente construído para
operações auxiliares e/ou distribuição dos produtos;
• Tanques elevados são aqueles que se acham acima do solo, sustentados
por qualquer tipo de estrutura;
• Tanques de superfície são aqueles que estão com sua base diretamente
apoiada sobre a superfície do terreno;
• Tanques semi-enterrados são aqueles que estão, em parte, abaixo do
nível do solo;
• Tanques subterrâneos são aqueles que se acham sob a superfície do
terreno.

58
Para efeito de transporte, o óleo diesel é enquadrado na classe de
risco três (líquido inflamável) e tem o número de identificação 1203
(combustíveis para motores), conforme classificação da ONU (Organização das
Nações Unidas), adotada pelo Ministério dos Transportes. Sendo considerada
como passageiros perigosa, as pessoas envolvidas com o seu transporte e
armazenamento devem estar treinadas e capacitadas para realizar tais
operações.

Após deixar o tanque da refinaria, o diesel está sujeito a inúmeras


oportunidades de contaminação, face à diversidade dos esquemas de
transporte, armazenagem e manuseio. Algumas verificações podem ser
realizadas a fim de preservar a segurança e a qualidade do produto até o
consumidor final, como:
• Não transportar o diesel em vagões ou tanques enferrujados ou sujos,
pois pode haver contaminação;
• Não transportar o diesel no mesmo tanque ou vagão utilizado para
transportar gasolina ou álcool, sem ter feito sua prévia limpeza, para não
prejudicar sua qualidade;
• Evitar a contaminação do produto no momento da descarga; por isso,
não se devem deixar mangueiras jogadas pelo chão, além do tempo
necessário.

Para evitar que o transportador, que possui diesel armazenado na garagem da


empresa, receba um produto contaminado, é importante que se acompanhe a
qualidade com que ele chega, conforme instruções a seguir:

• Inspecionar o diesel antes de descarregá-lo no tanque de


armazenamento;
• Verificar os aspectos visuais do produto, de acordo com os padrões de
qualidade vistos no item anterior;

59
• Determinar a densidade do diesel e verificar com os padrões
estabelecidos pela ANP;
• Exigir o certificado de qualidade do produto.

Feito isso, parte-se para o armazenamento do produto propriamente dito.


Como é um líquido inflamável, as seguintes providências básicas devem ser
tomadas, para garantir o mínimo de segurança às pessoas, à empresa e ao
meio ambiente:
• Dotar o local, onde estão instalados os tanques, de diques que formem
uma bacia de contenção do produto ou de canais de fuga para uma bacia
de contenção à distância;
• Providenciar o aterramento dos tanques de armazenamento de diesel;
• Verificar se não há possibilidade de vazamento dos tanques;
• Caso o tanque seja enterrado, providenciar um sistema de proteção
adicional contra o ataque corrosivo do solo (0,15m de material inerte não
corrosivo, como areia limpa, terra ou cascalho, bem batidos) e verificar se
estão situados abaixo de qualquer tubulação existente; ( onde está
espedificado isto? Inserir) não encontrei, pode ser uma norma de
engenharia, talvez deva ser excluída.
• Ao utilizar tanques enterrados, adotar um eficiente controle de estoque;
• Estabelecer uma rotina de execução de testes, para verificação das
condições do tanque e do combustível, principalmente com relação a
vazamentos;
• Evitar a exposição do diesel ao calor ou chamas;
• Não estocar o produto por muito tempo, pois isso pode alterar as
propriedades do diesel e danificar o motor.

Para o armazenamento de combustíveis derivados de petróleo, é preciso uma


prévia autorização para a construção das instalações de armazenagem do
produto, solicitada ao Conselho Nacional do Petróleo, que irá analisar:
• A justificativa do pedido;
• A indicação do número de tanques, do local onde deverá ser instalado
(estado, cidade, bairro) e das medidas de segurança;

60
• Memorial descritivo das obras e instalações a serem executadas;
• Dimensão e volume do tanque de armazenamento de diesel;
• Equipamentos necessários ao processo, como tubulações, bombas,
compressores, etc.;
• Especificações técnicas dos equipamentos do processo;
• Planta detalhada do tanque e da estrutura como um todo.

Os tanques devem ser providos de portas de visitas, bocas de


medição e dispositivo indicador de volume, para ser possível retirar amostras,
realizar testes e verificar o estoque do produto. Além disso, deve estar bastante
visível, no lado de fora do tanque a palavra “INFLAMÁVEL”, assim como “É
PROIBIDO FUMAR” em locais visíveis e próximos ao tanque.

No caso de óleos lubrificantes e outros produtos com ponto de fulgor acima de


93,5°C, não há necessidade de bacia de contenção, apenas de se evitar
eventuais derrames.

O espaçamento entre dois tanques horizontais, quaisquer que sejam os


produtos armazenados, deve ser o seguinte (NR 20/Portaria 3.214 de
08/06/78/MTb):
• Tanques de até 70m3, espaçamento de 1m;
• Tanques de 70 a 120m3, espaçamento de 1,5m;
• Tanques superiores a 120m3, o espaçamento deverá ser, no mínimo, igual
a 1/6 da soma de suas maiores dimensões (diâmetro ou altura), não
podendo ser inferior a 2.

Além dessas medidas de segurança, deve-se lembrar da necessidade de


sistemas de combate a incêndio, a fim de reduzir ao mínimo os riscos para as
pessoas no trabalho e no entorno da região.

61
5. CONTROLE DE QUALIDADE DO ABASTECIMENTO DA FROTA

Se o abastecimento ocorre em outro local que não seja a garagem da


transportadora ou posto autorizado, é interessante solicitar ao motorista
algumas informações sobre o posto de combustível e autorizá-lo a abastecer
somente em postos cuja marca seja conhecida, para evitar futuros problemas
com combustíveis adulterados.

Caso as viagens realizem-se periodicamente pelas mesmas rodovias é


interessante que o transportador faça um contato com os principais postos, a
fim de estabelecer uma parceria, também, com esses locais, facilitando a
escolha do motorista sobre o local para abastecimento. Além disso, pode-se
negociar um melhor preço e um prazo para o pagamento, assim o motorista
não precisa trabalhar com altos valores em dinheiro.

6. COMBUSTÍVEIS ALTERNATIVOS

Existe uma consciência cada vez maior, não só por parte do meio de pesquisa
acadêmica, mas pela população em geral, sobre a importância da utilização de
outras fontes de energia, como o biodiesel, o álcool e o gás natural. Como
não podemos depender somente do petróleo, outras fontes de energia
precisam ser pesquisadas e testadas para que não tenhamos problemas em
escoar nossos produtos pelas regiões do Brasil.

Os diferentes combustíveis a serem utilizados no setor de transporte, tanto


para passageiros quanto para passageiros, têm características e vantagens
diferentes na sua utilização, principalmente no que diz respeito à poluição
atmosférica.

A idéia é que, “como a demanda de combustíveis continuará a aumentar, este


crescimento deverá ser atendido, cada vez mais, por recursos energéticos
alternativos e o petróleo será reservado para usos específicos”11.

11
Lima (2002, p.24).

62
Muitos países estão em busca de novas tecnologias para modificar a
composição química dos combustíveis tradicionais, como gasolina e óleo
diesel, tornando-os mais limpos e diminuindo a emissão de poluentes, sem
comprometer o desempenho dos veículos. Isso pode ser feito através da
adição de componentes que tornem a queima do combustível mais completa,
evitando o grande volume de emissões indesejáveis.

Deve-se levar em conta também que os veículos movidos a outros


tipos de combustíveis, como gás natural, por exemplo, podem ser mais
onerosos, não possibilitar o mesmo rendimento de um motor a diesel e não
dispor de muitos postos de abastecimento espalhados pelo país. Isso dificulta
bastante a sua utilização e compromete a sua aceitação por parte da
população. Essas são algumas desvantagens que impedem o transportador de
investir em outro combustível, por mais que o preço e o consumo sejam
melhores.

É preciso saber, também, se as peças e os equipamentos têm a mesma


durabilidade de um veículo a diesel e se os investimentos em novos estudos e
pesquisas terão continuidade por parte do governo.

O gás natural pode estar associado ou não ao petróleo numa mistura de


metano e etano, que constituem cerca de 80% de seu volume. O metano é o
principal componente do gás natural e também pode ser obtido através da
biodigestão de massa orgânica, proveniente do lixo, esgoto, resíduos
agropecuários, vinhoto e dejetos industriais, sendo, portanto, uma fonte
energética renovável. Além disso, possui algumas características importantes
para sua utilização como combustível alternativo, que são:

• Temperatura de ignição superior;

63
• Menor densidade que o ar atmosférico, o que possibilita rápida dissipação
em caso de vazamento;

• Não é tóxico nem irritante;

• É um combustível limpo e seco;

• Permite seu uso com eficiência e segurança por ser uma tecnologia
dominada.

Por outro lado, possui menor poder calorífico que a gasolina e o óleo diesel, o
que diminui a autonomia e obriga a adaptação de recipientes caros e pesados
para o estoque do combustível nos veículos.

O biodiesel, por sua vez, é feito a partir de 80 a 90% de óleo vegetal, 10 a


20% de álcool e 0,35 a 1,5% de catalisador. É um combustível estável,
funciona bem nos motores a diesel, tem baixa emissão de poluentes, pode ser
misturado ao óleo diesel, é fácil de produzir, seguro e sem riscos ao meio
ambiente.

As vantagens de sua utilização são:


• Ser uma energia renovável, pois existem milhares de plantas oleaginosas
que podem ser usadas na produção do biodiesel;
• Contribuir para a geração de empregos no campo, evitando a
aglomeração nas grandes cidades e o aumento da pobreza no país;
• Ser um combustível alternativo econômico, confiável e renovável;
• Ser um ótimo lubrificante, o que pode aumentar a vida útil do motor;
• Ser biodegradável e não tóxico;
• Apresentar baixo risco de explosão, o que proporciona facilidade no
transporte e no armazenamento.

Além disso, o biodiesel pode ser utilizado para outros fins, como óleo
para limpeza de peças e equipamentos, lubrificante, solvente de tintas, etc. Sua

64
desvantagem é que ainda não é amplamente divulgado e utilizado, por isso não
está disponível em postos, o que dificulta sua utilização por parte do
transportador.

O álcool, como combustível, é bastante conhecido e utilizado por veículos de


menor porte no Brasil. Também poderia ser utilizado pelo transportador
rodoviário, uma vez que não emite gases tóxicos na atmosfera. A tecnologia de
motores a álcool já existe e há postos de abastecimento espalhados por todas
as regiões.

6. CONCLUSÃO

Pelo seu impacto na rentabilidade e durabilidade dos veículos, a qualidade dos


combustíveis, sejam eles adquiridos no atacado ou no varejo, é um item muito
importante a ser considerado na administração das transportadoras.
Novamente, é o porte da empresa transportadora que define a viabilidade dos
sistemas próprios de armazenagem e abastecimento, assim como a
complexidade dos testes de qualidade realizados.

65
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Marque a alternativa incorreta:


a. ( ) A qualidade do combustível tem impacto direto sobre a rentabilidade
da frota e sobre a vida útil dos veículos.
b. ( ) Um combustível barato pode encobrir uma má qualidade, o que
implica custos maiores.
c. ( ) O combustível geralmente utilizado no setor de transporte é o óleo
diesel, que é derivado do petróleo e constituído, basicamente, por
hidrocarbonetos.
d. ( ) O conhecimento sobre as características técnicas e sobre a
qualidade e preço dos combustíveis não é essencial para as empresas
de transporte, pois basta se tornar parceira de qualquer distribuidora de
combustível para ter os benefícios esperados.

2. Quais os tipos de óleo diesel existentes?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Óleo diesel automotivo metropolitano e óleo diesel automotivo
interior.

3. Sobre os testes de qualidade, associe a segunda coluna de acordo


com a primeira.

66
(1) Inspeção visual do aspecto do (3) O teste é feito, queimando-se uma pequena quantidade
produto de amostra em equipamento específico para este fim.
(2) Inspeção visual da cor do (5) Os motores são projetados para que a bomba injetora
produto dose o volume injetado em uma determinada faixa de
densidade.
(3) Teste de teor de enxofre (6) O teste é realizado fazendo-se escoar, sob gravidade,
uma quantidade controlada da amostra, através de um
viscosímetro de tubo capilar de vidro, sob temperatura
previamente fixada e mantida sob controle.
(4) Teste da temperatura (2) Esse teste é realizado, comparando a cor da amostra
de diesel, retirada com discos coloridos, e utilizando uma
fonte de luz padrão que compõe a aparelhagem para esta
análise.
(5) Teste de densidade (7) O teste é realizado imergindo uma lâmina de cobre em
uma amostra do combustível, mantido a 50°C por três
horas.
(6) Teste de viscosidade (4) Tem por objetivo controlar o teor de frações pesadas no
óleo para minimizar a formação de depósitos no motor, as
emissões gasosas de hidrocarbonetos não queimados,
fumaça e óxido de nitrogênio.
(7) Teste de corrosividade ao (1) Esse teste é realizado, observando-se uma amostra de
cobre 900ml do produto contra a luz, em uma proveta de vidro
(recipiente de vidro transparente).
(8) Teste da porcentagem de (11) Mede a qualidade da ignição de um motor a diesel e
resíduo de carbono tem influência direta na partida do motor e no seu
funcionamento.
(9) Porcentagem de água e (10) Tem por objetivo garantir que os sais ou óxidos
sedimentos metálicos, formados pela combustão do produto e que são
abrasivos, não se depositem em uma quantidade
prejudicial ao trabalho dos pistões, da câmara de
combustão, etc.
(10) Teor de cinzas (12) Indica os cuidados necessários durante o manuseio,
transporte, armazenamento e utilização do produto.
(11) Teste sobre número de (9) Esse teste é feito, centrifugando-se, em tubo de ensaio,
cetano uma quantidade da amostra misturada com a mesma
quantidade de solvente.
(12) Teste sobre ponto de fulgor (8) Valores altos de resíduo de carbono podem levar à
formação de uma quantidade excessiva de resíduo na
câmara e maior contaminação do óleo lubrificante.

67
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM

1. Quais os principais cuidados na armazenagem do óleo diesel?


_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Resposta: Os tanques devem ser providos de portas de visitas, bocas de
medição e dispositivo indicador de volume, para ser possível retirar amostras,
realizar testes e verificar o estoque do produto. Além disso, deve estar bastante
visível, no lado de fora do tanque, a palavra “INFLAMÁVEL”, assim como “É
PROIBIDO FUMAR”, em locais visíveis e próximos ao tanque.

2. Além do diesel, existem outras alternativas de combustível a serem


utilizadas no transporte de passageiros? Quais?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Resposta: Outras fontes de energia que podem ser utilizadas no transporte de
passageiros são o biodiesel, o álcool e o gás natural.

3. Qual a importância de se investir em combustíveis não derivados do


petróleo?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Resposta: O petróleo é uma fonte de energia não renovável e poluente. Mesmo
que o Brasil se torne auto-suficiente na produção de petróleo, as nossas
reservas não são ilimitadas. Por isso, é importante buscar outras fontes de
energia que possam substituir o seu consumo e que não poluam a atmosfera
ou que sejam menos poluentes.

68
4. Por que países com grande extensão territorial, como o Brasil, poderão
ser grandes produtores e exportadores de combustíveis como o biodiesel?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Resposta: Pois existem diversas plantas oleaginosas que podem ser usadas na
sua produção, mas que necessitam de grandes extensões territoriais para o
seu cultivo em quantidade suficiente.

69
8. BIBLIOGRAFIA

Agência Nacional do Petróleo. Portaria ANP no 310, de 17/12/2001. Publicado


do Diário Oficial da União em 28/12/2001. Brasília, 2001.

Agência Nacional do Petróleo. Portaria ANP no 110, de 19/07/2002. Publicado


do Diário Oficial da União em 22/07/2002. Brasília, 2002.

Conselho Nacional do Petróleo. Resolução CNP no 8, de 21/09/1971.


Publicado do Diário Oficial da União em 13/10/1971 e republicada em
07/08/1974. Brasília, 1971.

LIMA, L. R.; MARCONDES, A. A. Álcool Carburante - uma estratégia


brasileira. Curitiba: UFPR, 2002.
TANCON, K. M.; D’AGOSTO, M. A.; SANTOS NETO, N. F.; CAMPOS, V. B. G.
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outubro de 2003.

Universidade Federal de Minas Gerais. http://www.demec.ufmg.br, consulta


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Industrialização do biodiesel. http://www.biodiesel.ind.br, consulta em 20 de


novembro de 2003.
Gazeta Mercantil de 03/04/00. http://www.grupojb.com.br, consulta em 20 de
novembro de 2003.

70
UNIDADE 04
GESTÃO DA SEGURANÇA

APRESENTAÇÃO
Esta unidade trata dos aspectos relativos à segurança. Pode-se dizer que é
uma das mais importantes do curso, pois quando tratamos de segurança no
transporte estamos falando da integridade física de pessoas e de bens
materiais de grande valor. O cuidado com a segurança está presente em todos
os momentos na atividade de transporte, desde a escolha do veículo
apropriado até a entrega das pessoas ou dos bens transportados ao seu
destino, passando pelos cuidados com a manutenção, com a guarda e com a
condução responsável do veículo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Diferenciar os tipos de segurança existentes;

• Relacionar a segurança aos aspectos de manutenção;

• Garantir a segurança do veículo, da mercadoria e das pessoas envolvidas


com o transporte.

71
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 71
2. SEGURANÇA NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS.................................... 71
2.1 SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO................................................................... 71
2.2 SEGURANÇA NA ACOMODAÇÃO DOS PASSAGEIROS.............................. 72
2.3 SEGURANÇA CONTRA ASSALTOS E ROUBOS........................................... 73
3. CONCLUSÃO..................................................................................................... 73
4. BIBLIOGRAFIA................................................................................................... 76
ESTUDO DE CASO - TÓPICO III.......................................................................... 77

72
ATIVIDADE 04

1. INTRODUÇÃO

Nesta unidade, você estudará os aspectos relativos à segurança no transporte


de passageiros. Os cuidados com o conforto dos passageiros transportados e
com a manutenção do veículo utilizado são itens de segurança obrigatórios
nesse tipo de atividade e serão abordados a seguir.

Para encerrar este tópico, você acompanhará um estudo de caso que


abordará, de forma prática, os principais aspectos relativos ao transporte de
passageiros.

2. SEGURANÇA NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

2.1 SEGURANÇA NA MANUTENÇÃO

Na atividade de transporte de passageiros, a segurança é diretamente afetada


pelos itens abordados nas unidades anteriores. Por meio de um eficiente
programa de manutenção, tem-se um panorama completo do veículo em
circulação e das condições que são oferecidas ao cliente da transportadora.

Por isso, é importante realizar todas as manutenções de acordo com


o cronograma. Com as informações do relatório de viagem preenchida pelo(s)
motorista(s) durante a viagem, realiza-se a manutenção preditiva e preventiva,
de modo a reduzir a necessidade de manutenções corretivas, uma vez que a
possibilidade de quebras e avarias será reduzida. Isso irá proporcionar
segurança ao veículo, sua carga e seu motorista durante a viagem.

73
2.2 SEGURANÇA NA ACOMODAÇÃO DOS PASSAGEIROS

Além da realização das manutenções, o cumprimento de normas de


segurança, especificadas em legislação apropriada, também faz parte da
integridade a ser proporcionada às pessoas em deslocamento. Assim como
ocorre no transporte de passageiros, a bagagem dos passageiros deve ser
bem distribuída, evitando o sobrecarregamento de um dos lados ou eixos do
veículo.

Muitas empresas realizam o transporte de encomendas junto com o


transporte de passageiros, para aproveitar a viagem a ser realizada. É
importante estabilizar o veículo rodoviário, não apenas pela segurança ao
trafegar pela estrada, mas também pelo desconforto que o passageiro terá ao
perceber o veículo pendendo para um dos lados. A instabilidade do ônibus
rodoviário acarreta prejuízos à empresa, provocando o desgaste irregular dos
pneus e colocando em risco as pessoas em seu interior.

A correta distribuição do peso no interior do veículo influencia também na


iluminação do farol, pois a luz fica alta se houver sobrecarga no eixo traseiro e
fica baixa se a sobrecarga estiver no eixo dianteiro. Ambas as situações
comprometem a segurança do veículo, do motorista, dos passageiros e de
outras pessoas trafegando pela via.

Algumas empresas de transporte de passageiros são tentadas a reduzir custos


diminuindo as etapas de manutenção ou superlotando o veículo. Embora seja
admissível economizar no tipo de veículo e no serviço a bordo, a economia
nas inspeções periódicas ou no desrespeito às normas de operação é
criminosa, sujeita à fiscalização dos órgãos concedentes, e pode gerar a
suspensão da concessão. A manutenção, segurança e limpeza dos ônibus,
camionetas ou táxis é obrigação da empresa concessionária e se relaciona
diretamente com os níveis de serviço do transporte coletivo.

74
2.3 SEGURANÇA CONTRA ASSALTOS E ROUBOS

Um outro aspecto a ser abordado pela segurança diz respeito aos roubos e
assaltos. Existem quadrilhas especializadas em interceptar ônibus rodoviários
para assaltar os passageiros. Isso é bastante comum nos ônibus que se
destinam ao turismo de compras. As quadrilhas, supondo que os passageiros
carregam muito dinheiro para as encomendas, planejam a interceptação do
veículo e assaltam seus ocupantes.

As quadrilhas verificam se os ônibus viajam em comboios e, em caso contrário,


abordam os veículos no meio da estrada. Elementos das quadrilhas muitas
vezes se vestem de policiais para interceptar os ônibus e roubar os
passageiros. A atenção e o cuidado em relação ao local da viagem, às
condições da rodovia e da região e ao policiamento são fundamentais para
uma viagem tranqüila.

O investimento em tecnologia, como equipamento de comunicação e de


localização por satélite, ( quais são essas tecnologias para o transporte de
passageiros?citar)para assegurar o patrimônio pode ser alto, mas traz
resultados. O desenvolvimento da tecnologia de sistemas eletrônicos de
acompanhamento tende a reduzir o seu custo, tornando-se acessível a um
número crescente de empresas usuárias.

3. CONCLUSÃO

O investimento em segurança, bastante negligenciado, é o investimento mais


rentável que a empresa pode realizar, pois com um esforço relativamente
pequeno, geralmente apenas de conscientização e treinamento dos motoristas
e funcionários, evita-se uma grande perda material e, muitas vezes, também
pessoal. O administrador competente nunca deve colocar a segurança em
segundo plano.

75
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Os exercícios propostos a seguir têm como finalidade auxiliar na compreensão


da matéria e facilitar a fixação do conteúdo. As respostas das questões darão
um excelente resumo da unidade! Bom trabalho!

1. Quais os tipos de segurança existentes?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Segurança na manutenção, segurança na acomodação dos
passageiros e segurança contra assaltos e roubos.

2. Como garantir a segurança em relação a acidentes?


_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Através de uma condução responsável, da realização diária da
manutenção operativa e do cumprimento rigoroso dos cronogramas de
manutenção preventiva e preditiva.

3. De que forma o carregamento do ônibus irá influenciar na segurança


do veículo? Explique.
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: A correta distribuição da bagagem, encomendas e passageiros no
interior do veículo evita a sobrecarga nos eixos, desgaste excessivo dos pneus,
instabilidade do veículo etc. Também a iluminação do farol pode ser
prejudicada. Todas essas situações comprometem a segurança do veículo, do
motorista e de outras pessoas trafegando pela via.

76
4. O que acontece com o farol de luz quando o ônibus é
sobrecarregado no eixo traseiro? Isso é prejudicial? Por quê?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: A luz fica alta se houver sobrecarga no eixo traseiro,
comprometendo a segurança do veículo.

5. Como as quadrilhas especializadas em roubos de passageiros


escolhem suas vítimas?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Resposta: Para escolher o alvo as quadrilhas levam em conta a forma como
trafegam os veículos: se viajam isolados ou em comboios e se as estradas são
bem policiadas.

6. Quais os critérios para definição do sistema de segurança para o seu


caso?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
inserir resposta
Resposta: depende das condições de tráfego, do policiamento e do destino das
viagens realizadas.

77
4. BIBLIOGRAFIA

VALENTE, A. M. et alii. Gerenciamento de Transporte e Frotas. São Paulo:


Pioneira, 1997.

78
ESTUDO DE CASO – TÓPICO III

GESTÃO DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

Para compreender melhor este tópico, propõe-se um estudo sobre uma


empresa de transportes rodoviários de passageiros, de pequeno porte, que
possui uma frota de 4 veículos, sendo 3 ônibus pequenos, com dois eixos e
rodado duplo traseiro, e 1 microônibus.

A empresa possui sua sede em Curitiba, e realiza viagens no interior do


Paraná.

A rotina antes de cada viagem é a mesma: o veículo passa por uma inspeção
para verificação de suas condições e, se houver necessidade de manutenção,
o motorista leva o veículo até a oficina. Como a empresa não vê necessidade
de investir em um sistema computadorizado, o motorista responsável preenche
manualmente uma ficha ordem de serviço como a seguinte:

79
Ficha de ordem de serviço

Data: Hora entrada Hora saída No da ordem de serviço:


Garagem: Descrição veículo:
Cód. veículo: Km acumulada:
Motivo: manut. preditiva manut. preventiva manut. corretiva limpeza
Agente Acidente desgaste normal falha na operação quebra
causador:
Desgaste falta lubrificação manut. deficiente falha mecânica outro: não há
precoce
Lubrificação: óleo de motor óleo de caixa Óleo diferencial filtro lubrificante
filtro diesel filtro racoor filtro de ar lubrificação limpeza do tanque
Componentes
o o
Descrição N retirado N colocado Obs.
Bomba injetora ok
Compressor de ar ok
Bomba d’água ok
Bicos injetores ok
Diferencial ok
Alternador ok
Caixa de câmbio ok
Motor de partida ok
Defeitos diagnosticados pelo motorista:

Item Serviço Local Descrição do serviço


1
2
3
4
5
Liberação pelos responsáveis: Mecânica: ok
Elétrica: ok Lataria: ok
Limpeza: ok Pneus: ok

Após a liberação o veículo é abastecido e segue para o setor de embarque,


que leva em torno de 20 minutos, para seguir viagem.

A quantidade de combustível abastecido é anotada em uma ficha de viagem


que acompanha o veículo durante a viagem e posteriormente é transferida para
o controle de consumo de combustível realizado pela empresa.

O combustível utilizado é adquirido de postos conveniados, todos da


Distribuidora X, que encaminham mensalmente o resultado dos testes de
qualidade de combustível realizados pela distribuidora.

O relatório de viagem, apresentada a seguir, acompanha o veículo e deve ser


preenchida pelo motorista que utilizar o veículo durante a viagem. Para cada

80
viagem, utiliza-se uma ficha. E é com ela que, ao chegar à garagem, o veículo
é checado para a viagem seguinte.
Relatório de viagem
Data: Código do veículo: km:
Nome 1o motorista: Nome 2o motorista:
PROBLEMAS APRESENTADOS
1 - MOTOR: Fundido Cortando óleo Não puxa
Soprando Esquentando Excesso de fumaça Pressão de óleo baixa
Sem lenta Gastando óleo de motor Com vazamento óleo Junta cabeçote
Cano escape solto Acelerador desregulado Consumindo água vazando
2 – DIREÇÃO: Batendo ou trepidando Muito dura Vazando óleo
Puxando para direita Puxando p/ esquerda Com folga
3 – RODAGEM: Freios não seguram Freios trepidam Freios puxam p/ direita
Freios puxam p/esquerda Freios fazem barulho Roda dianteira presa Roda traseira presa
Roda dianteira solta Roda traseira solta Pneu dianteiro furado Pneu traseiro furado
Pneu estepe furado Roda fora de centro Vazamento de ar na válvula de freio
4 – ALIMENTAÇÃO: Cano de bico vazando Entrada de ar Filtro diesel sujo
Filtro de água sujo Peneira tanque entupida Tanque de combustível furado
Tanque de combustível vazando pelo bocal Bomba injetora vazando
5 – SUSPENSÃO: Com vazamento de ar Dianteira batendo Traseira batendo
Balançando Suporte do amortecedor quebrado
6 – CALEFAÇÃO E REFRIGERAÇÃO: Motor de calefação não funciona
Calefação não esquenta Ar condicion. não resfria Ar condicionado não funciona
7 – ARREFECIMENTO: Radiador vazando Correias soltas Mangueira furada
Bomba d´água vazando Radiador jogando água Barulho no cardam do ventilador
8 – TRANSMISSÃO: Embreagem trepidando Embreagem baixa Embreagem alta
Embreagem patinando Câmbio roncando Câmbio duro para engatar
Alavanca do câmbio com folga Alavanca do câmbio quebrada
Escapando marchas Diferencial roncando Vazamento de óleo diferencial
9 – ELÉTRICO: Não tem partida Chave geral c/ defeito
Alternador não carrega Chave contato c/ defeito Marcador de temperatura com defeito
Faróis desregulados Seta não funciona Luz painel não acende
Luz da pressão do óleo acendendo Luz freio não acende
Luz do nível do óleo acendendo Luz do nível da água acendendo
Luz da temperatura acendendo Luz da pressão do ar acendendo
Luz cabine não acende Luz baixa não funciona Luz alta não funciona Fusível queimado
Lanterna diant. quebrada Lanterna tras. quebrada Farol ré não funciona Buzina não funciona
Baterias soltas Cabos de bateria soltos Limpador de pára-brisa não funciona
10 – CARROCERIAS: Irregularidade retrovisor Janela quebrada Pára-brisa quebrado
Extintor descarregado Entrando água Dianteira amassada Traseira amassada
Assentos c/ defeito Assento rasgados Lateral amassada Teto amassado
11 – TACÓGRAFO: Não funciona Luz piloto Relógio não funciona
desregulada
Luz tacógrafo não Ponteiro oscilando Luz piloto tacógrafo não acende
acende
12 – OUTROS:

LIBERAÇÃO FINAL: MECÂNICA ELÉTRICA CARROCERIA


AR COND./CALEFAÇÃO TACÓGRAFO PNEUS LIMPEZA BOMBA INJETORA
LIBERAÇÃO E VISTO DO CHEFE DA OFICINA: ok

Nesta ficha o motorista irá marcar os defeitos que encontrou para que sejam
diagnosticados e consertados antes de iniciar uma nova viagem. Abre-se nova

81
ordem de serviço para verificação do veículo. Caso haja algum item de
manutenção preventiva com vencimento próximo, este é realizado para
aproveitar a imobilização do veículo.

Caso haja necessidade de manutenção preventiva na parte mecânica do


veículo, por exemplo, é preenchida uma ficha de manutenção preventiva
fornecendo todos os itens e peças a serem inspecionados, como a seguir.
Ficha de manutenção preventiva
Cód. veículo Km Setor Item
mecânica Revisar borracha do pedal de freio
Lubrificar dobradiça do compartimento da bateria
Verificar fechadura da tampa do motor
Examinar vazamento de ar
Verificar nível de óleo do Carter
Corrigir possíveis vazamentos no motor
Reapertar porcas do compressor de ar do motor
Regular tensão das correias do motor
Revisar bomba injetora
Limpar filtro de retorno de ar
Revisar vazamento nas mangueiras
Verificar vazamento no radiador
Revisar suportes do radiador
Centralizar volante do sistema de direção
Reapertar os parafusos do coletor de escapamento
Etc.

Na ficha encontram-se apenas alguns itens verificados na manutenção


preventiva da parte mecânica do veículo. Os outros setores de manutenção,
como eletricidade, ou carroceria realizam manutenções em épocas diferentes
porque seus desgastes são diferentes.

Como todos os setores da manutenção são terceirizados, cada um tem


consciência de sua responsabilidade e sabe que serão bastante cobrados caso
aconteça algum problema com o veículo.

Quando os pneus são comprados pela empresa, recebem um número de


registro que identifica o pneu para controle e para acompanhamento do seu
histórico. Com isso a empresa tem parâmetros para realizar a próxima compra.
Antes da viagem, cada pneu é verificado, calibrado e tem seu sulco medido, o
que é registrado na seguinte ficha:

82
Ficha de calibragem e medição de sulcos dos pneus
Data: Hora: Modelo veículo: Código veículo:
Posição Pressão (lb/pol2) Medição de sulco Obs.
Encontrada Colocada 1 2 3 4
1DE
1DD
2EE
2EI
2DE
2DI
EE
ED
Responsável:

Se algum dos pneus apresentar desgaste excessivo, é retirado e vai para uma
reforma. Conforme estudos realizados pela empresa, é recomendável realizar
até duas recapagens por pneu, que assim possui três vidas úteis.

Ficha de reforma de pneus


Data: Hora: No pneu: Marca do pneu:
Condições do pneu antes da reforma
Profundidade do sulco:
Garantia: Valor orçado:
Condições do pneu após a reforma
Data entrega: Hora: Garantia:
Profundidade do sulco:
Custo real: Válido Rejeitado
Tipo do reparo: Vulcanização Recapagem recauchutagem ressulcagem
Observação:
Responsável:

Após a última vida, o pneu é vendido para terceiros ou eliminado. Isso também
é registrado em um controle específico, como o modelo a seguir.
Ficha de eliminação do pneu
o
Data: Hora: N pneu: Marca do pneu:
Posição pneu: Cód. Veículo:
Profundidade do sulco:
Motivo da eliminação: Quebra da Desgaste irregular Talões danificados
carcaça
vendido Danificado por Separação banda Separação de Corte na banda
furo lona
Excedeu limite de reforma Outros:
Agente causador: Objeto pontiagudo Acidente c/ pneu Falha mecânica
Falha conserto Falta calibragem fabricação Idade carcaça Falha operacional
Eliminador: reformador fabricante transportador
Responsável:

83
Com cada pneu possuindo o seu número de registro, o controle é simples.
Essas informações são passadas para um formulário de controle que informa o
número de recapagens e os problemas que ocorreram com um determinado
pneu.

O controle do consumo de combustível é realizado após cada abastecimento,


através da nota fiscal para comprovar o pagamento e a quantidade de
combustível abastecido no ônibus.

O cálculo do consumo de combustível de cada veículo durante uma


determinada viagem é facilmente obtido com base nas informações do relatório
de viagem, transcritas para a seguinte ficha de controle:

Ficha de controle de consumo de combustível


Data: Hora: Local:
Veículo: Cód. veículo: Consumo padrão:
Local de Km início Km fim Km Qtde. comb. Consumo Valor (R$)
abastecimento viagem viagem percorrida abastecido (l) (km/l)

A empresa possui seguro de seus veículos e de passageiros, já que trafega por


estradas movimentadas e realiza viagens rápidas, muitas vezes retornando à
garagem em 24 horas. Por não haver histórico de roubos e assaltos, a empresa
previne-se apenas com a seguradora.

Dificilmente ocorre a quebra do veículo no meio da viagem, pois todos são


inspecionados e se há algum problema mais grave, o veículo não tem
permissão para sair, sendo necessário locar outro veículo.

Os funcionários contratados da empresa são apenas o pessoal da operação


(motoristas), o pessoal da limpeza e do escritório. Como a manutenção é
terceirizada, a empresa possui um quadro bastante reduzido de funcionários e
concentra sua atividade na realização do trabalho administrativo e na prestação
eficiente do serviço ao cliente.

84
Com base no caso apresentado, responda:
1) Quantos pneus em operação esta empresa precisa controlar?
R.: 3 x 6 + 1 x 4 + 4 x 2 (estepes por veículo) = 30
2) Quem realiza a manutenção operativa nesta empresa?
R.: Os motoristas.
3) Por que as planilhas de ordem de serviço são preenchidas manualmente?
R.: Porque a empresa não vê necessidade de um sistema computadorizado.
4) Quem é o responsável por garantir a qualidade do combustível utilizado?
R.: Os postos conveniados, que encaminham relatórios mensais dos testes de
qualidade realizados.
5) Onde o motorista deve anotar as informações para a manutenção
preditiva?
R.: No relatório de viagem.
6) No caso de uma viagem longa, distante da sede da empresa, não há o
risco do veículo atrasar muito a manutenção preventiva?
R.: Não, pois a empresa realiza viagens curtas. Além disso, sempre que o
veículo é recolhido à oficina, se houver uma manutenção preventiva com
vencimento próximo, esta é realizada para aproveitar o tempo de imobilização
do veículo.
7) Por que a manutenção preventiva de todos os componentes do veículo não
é feita toda de uma vez, economizando visitas à garagem?
R.: Porque o desgaste dos diversos componentes ocorre de forma diferente,
necessitando de manutenções em intervalos de tempo diferentes.
8) Os custos dos salários do pessoal da manutenção são muito importantes
para a empresa? Por quê?
R.: Não, pois os serviços de manutenção são terceirizados.
9) O que determina o número de vidas úteis dos pneus? Como esse número é
calculado?
R.: O número de recapagens recomendadas. O número de vidas úteis é igual
ao número de recapagens mais um, correspondente à vida útil da banda de
rodagem original.
10) Por que é importante controlar o consumo de combustível?

85
R.: Porque uma alteração significativa no consumo de combustível de um
determinado veículo, além de aumentar os custos da empresa, pode indicar um
problema mecânico no veículo.
11) Quais as medidas que a empresa toma para reduzir a possibilidade de
quebras em viagens? Por que isso é importante?
R.: A empresa obedece rigorosamente ao cronograma de manutenções
preventivas. Além disso, todos os veículos são inspecionados antes da viagem
e, se há algum problema mais grave, o veículo não tem permissão para sair,
sendo necessário locar outro veículo. Isso é importante para que a empresa
reduza o tempo de imobilização do veículo, evite gastos imprevistos com
manutenção, elimine a possibilidade de atrasos em viagens e transtornos aos
passageiros.

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