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País: Portugal Cores: Preto e Branco
Period.: Diária Área: 23,08 x 34,61 cm²
Companhias criticam
centralismo do Governo D.R.
Os grupos de teatro
que participaram no
Festival das Companhias
Descentralizadas
criticam centralismo da
Administração Central.
Os seis grupos de teatro que parti-
ciparam no Festival das Companhias
Descentralizadas lamentam ter sido
“ignorados” pelo Governo, “cujos
discursos «descentralizadores», são
permanentemente contrariados
por práticas centralistas”.
As companhias sustentam, em co-
municado, que a política do Ministé-
rio da Cultura para o sector “assenta
num profundo desconhecimento
sobre o que acontece no terreno e
ignora as especificidades do traba-
lho realizado longe dos centros de
decisão política, económica e me-
diática”.
A terceira edição do Festival, que
terminou segunda-feira em Campo
Benfeito, Castro Daire, envolveu as
companhias A Escola da Noite – Gru-
po de Teatro de Coimbra, a ACTA –
Companhia de Teatro do Algarve, o
Centro Dramático de Évora, a Com-
panhia de Teatro de Braga, o Teatro
das Beiras e o Teatro de Montemuro.
Organizado pelo Teatro de Mon-
temuro, o evento incluiu seis espec-
táculos, um seminário de escrita
criativa e outro de teatro, um debate
sobre «O teatro na descentralização» Festival Companhias Descentralizadas. «Presos por uma
e contactos com uma associação cul- Corrente de Ar» foi a peça apresentada pelo Teatro do Montemuro
tural local sobre trabalho artístico
com jovens.
As companhias concluíram que
o que aconteceu no Festival “é um Exigem “a separação entre
exemplo dessa desconsideração”, apoios à criação e apoios à pro-
visto que a Direcção Geral das Artes gramação” e “que seja diferencia-
não compareceu ao debate sobre as do o apoio a estruturas de criação
normas do financiamento público da dos apoios a projectos pontuais
criação artística. e a novos criadores”. Tal implica,
Os grupos decidiram fazer novas assinalam, “a definição objectiva
recomendações aos decisores políti- do conceito de «companhia» e a
cos, a primeira das quais passa pela quantificação realista dos custos
necessidade de se “retomar a discus- decorrentes da actividade regular
são com os agentes culturais sobre e das obrigações legais a que estão
o modelo de financiamento público sujeitas”.
às artes”. As companhias pretendem, por
Pedem “o cumprimento do pro- outro lado, “a racionalização dos
grama de Governo no que respeita à financiamentos públicos, valori-
dotação orçamental do Ministério, zando as estruturas que melhores
aproximando-se da meta de um por condições têm para cumprir o ser-
cento do Orçamento de Estado”. viço público”.