ABORDAGEM FISIOTERÁPICA EM LESÕES COMUNS A ATLETAS
DE VOLEIBOL
O voleibol é o segundo esporte mais praticado no Brasil. As recentes conquistas
das seleções brasileiras e o patrocínio de grandes empresas fizeram com que sua popularidade crescesse de maneira considerável na última década. Sua prática ocorre tanto na forma recreativa quanto na profissional. O aumento no número dos praticantes leva também a um aumento na incidência das lesões neste esporte. Para o profissional de saúde é importante estar familiarizado com as lesões específicas do esporte, tanto para prestar um atendimento individual adequado, bem como para prevenir estas lesões. As partes do corpo mais acometidas por lesões em atletas de voleibol são o joelho, pé, ombro, mão (Dedos e Pulso) e a coluna. Nas lesões de joelho fala-se muito em LCA (Ligamento Cruzado Anterior), Tendão Patelar e lesões de menisco. Além destas podem ocorrer outros tipos de lesão, mas estas são algumas muito citadas. Podem ocorrer desde fraturas de dedos dos pés até, como é muito comum, torções tanto de pé quanto de tornozelo Muitos atletas relatam dores no manguito rotador, tendão do bíceps e apresentam tendinites em outros músculos relacionados ao movimento de taque/saque. Uma síndrome que é muito relatada nas lesões de ombro é a Síndrome do Impacto do Ombro. Luxações, torções e fraturas de dedos da mão são freqüentes assim como lesões de pulso por causa da freqüência com que são usados. As lesões de pulso também podem ser causadas por traumas em quedas. Dores lombares são bastante relatadas principalmente em atletas que tem uma atividade maior como os ponteiros e os atletas que ficam mais tempo agachados, fazendo uma flexão da lombar prolongada, nesse caso refere-se aos líberos O voleibol, nas ultimas décadas, vem passando por diversas mudanças, tanto na parte tática, técnica, física, administrativa, quanto em suas regras. Levando as empresas a investirem mais no atleta. Todavia, estes avanços trouxeram uma maior cobrança aos resultados almejados.Com o objetivo de melhorar, os profissionais de área iniciaram uma corrida na procura de alternativas para o aumento da eficácia de suas equipe. No entanto, na mesma proporção do progresso do voleibol, houve o crescimento do número de lesões, em virtude das inúmeras exigências ao atleta. A fisioterapia desportiva possui atuação preventiva e de reabilitação de lesões, basicamente utilizando os mesmos recursos da fisioterapia ortopédica traumatologia, diferenciando-se desta na especificidade, intensidade, freqüência e objetivos de tratamento. Os recursos fisioterápicos mais utilizados para o tratamento das lesões esportivas são: eletroterapia, crioterapia, hidroterapia, massoterapia, cinesioterapia e mecanoterapia. Observando-se suas indicações e contra-indicações, além das alterações fisiológicas ocorridas com tais técnicas. Cujas principais finalidades são de manter a imagem psico - sensorial e motora do atleta, promover a recuperação muscular, tendinosa e articular, melhorar a circulação arterio-venosa e linfática, promover o relaxamento com movimentos rítmicos e dinâmicos, melhorar a coordenação, aumentar o tônus, trofismo muscular e amplitude de movimentos, combater algias e edemas. Contudo, para o melhor desempenho do esporte é fundamental a formação de uma equipe técnica de alto nível e a mais especializada possível e com essa equipe traçar metas a serem alcançadas durante a temporada, planejar fases de treinamentos e a divisão das tarefas e fazer uma boa avaliação física. Realizar uma avaliação médica e fisioterápica, pois por intermédio da avaliação é possível desenvolver um trabalho preventivo mais eficiente, onde pode-se dividir o grupo pelas lesões, pelas deficiências físicas existentes e pelas posições que os jogadores atuam. Desta forma evita-se a perda de tempo e não sobrecarrega os atletas com exercícios desnecessários.