Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
br
Uma “receita secreta” sem mistérios
P
elo oitavo ano con- oportunidades e ameaças por E MBALAGEM M ARCA
secutivo, na edição que poderão colocar-se para a seus leitores, é fruto de
de dezembro pró- fornecedores e compradores muita pesquisa, trabalho de
ximo EMBALAGEMMARCA de embalagens, é feito com campo, análise em profundi-
oferecerá a seus leitores um metodologia desenvolvida dade e mangas arregaçadas.
serviço que já se tornou pela equipe da revista. A Significa ter uma equipe
uma referência na comu- rigor, não há nela nada de forte e preparada, que entre-
Wilson Palhares nicação dirigida à cadeia misterioso nem de secreto, vista e permanentemente
produtiva/usuária de emba- a não ser, claro, o lendá- troca idéias com os mais
lagem. Refiro-me à repor- rio pulo-do-gato que não respeitados profissionais do
O lendário tagem de capa Tendências se conta a ninguém. Como packaging no Brasil e no
pulo-do-gato e Perspectivas do setor, que nosso produto não se pauta exterior. Em suma, trata-se
testemunhos verbais e por pelo ocultamento das coi- de ter antenas ligadas, saber
consiste em ter
escrito de profissionais e sas mas sim pelo contrário interpretar o que elas cap-
antenas ligadas,
empresários da área descre- (isto é, por sua divulga- tam e, sobretudo, conseguir
saber interpretar vem como de grande uti- ção), damos aqui a “receita traduzir isso em linguagem
o que elas captam lidade no planejamento de secreta”. acessível e clara. É por tudo
e, sobretudo, suas ações. Tendências e Perspectivas, isso que EMBALAGEMMARCA
conseguir traduzir Esse trabalho, que projeta bem como o amplo volume é efetivamente lida, todos os
isso em linguagem para o ano seguinte ao mês de informação qualificada meses e o ano inteiro.
acessível e clara de sua publicação desafios, apresentada todos os meses Até dezembro.
nº 87 • novembro 2006
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
14 Reportagem de capa:
Retortable pouches
Demanda interna cresce,
40 Cosméticos
Sinergia entre Sonoco For-Plas
e Frasquim visa desenvolver
Reportagem
redacao@embalagemmarca.com.br
negócios conjuntos no setor Flávio Palhares
abrindo caminho para subs- flavio@embalagemmarca.com.br
tituição das importações por
50
arte@embalagemmarca.com.br
Óleos comestíveis
Qualidade das embalagens de Carlos Gustavo Curado
aço é exaltada em campanha José Hiroshi Taniguti
exibida nas salas de cinema
Administração
Eunice Fruet
54 Garrafinhas
Produtores de vinhos e
espumantes apostam em
Marcos Palhares
Departamento Comercial
embalagens de 187 mililitros comercial@embalagemmarca.com.br
Karin Trojan
5
56 Evento internacional Wagner Ferreira
28 Consumidores maduros
Faltam projetos de embalagens
específicos para quem tem
Cobertura especial do PPMA
Show 2006, realizado em
Birmingham, Inglaterra
Circulação e Assinaturas
Marcella de Freitas Monteiro
Raquel V. Pereira
mais de cinqüenta anos de idade
62
assinaturas@embalagemmarca.com.br
Cervejas Assinatura anual: R$ 99,00
Mercado se agita com
lançamentos da Femsa Público-Alvo
e reação da AmBev EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais
que ocupam cargos de direção, gerência
e supervisão em empresas integrantes da
cadeia de embalagem. São profissionais
envolvidos com o desenvolvimento de
embalagens e com poder de decisão colo-
cados principalmente nas indústrias de bens
de consumo, tais como alimentos, bebidas,
cosméticos e medicamentos.
Filiada ao
34 Legislação
Projeto de lei quer proibir uso
de EPS (o popular isopor) no
72 Índice de Anunciantes
Relação das empresas
que veiculam peças
publicitárias nesta edição
comércio de alimentos prontos Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466
Embalagem de presente
O Boticário está pronto para o Natal
Criada pela empresa norte-americana FRCH
Design Worldwide, adaptada e produzida pela
Antilhas, a linha de embalagens para o Natal de
O Boticário já está no mercado. Composta por
Antilhas
(11) 4152-1100 sacolas, sacos, estojos, cartuchos, tags e seda
www.antilhas.com.br plástica, os produtos são vermelhos com um
discreto desenho em prata. Com exceção dos
FRCH Design
Worldwide sacos e da seda plástica, todo o restante da linha
www.frch.com foi desenvolvido utilizando papel cartão e plásti-
Nutry é redesenhado co. As novidades ficam a cargo dos formatos inu-
Logomarca está mais moderna sitados, tanto nos cartuchos, que possuem um
Celocorte
11 4156-3011 visor transparente, quanto nos estojos, que pos-
As barras de cereais Nutry, da para- www.celocorteembalagens. suem 3 partes diferentes. As sacolas têm estrutu-
naense Nutrimental, estão com emba- com.br ra plástica no exterior com forro de papel cartão
lagens novas Agora, a marca está impresso em vermelho e prata. Os tags são em
Converplast
subdividida em oito versões apresen- (11) 6462-1177 formato de bolas de Natal acompanhados por
tadas nos “módulos indicadores” das www.converplast.com.br um fitilho prateado, utilizado para prender tanto o
embalagens, que dividem as versões e tag quanto para o fechamento dos estojos.
Magistral Impressora
permitem que os consumidores identi- (41) 2141-0408
fiquem os sabores com mais facilidade. www.magistralimpressora.com.br
As novas embalagens foram desenvol-
Zaraplast
vidas pela Seragini Farne. Os fabrican- (11) 3952-3000
tes dos filmes são Zaraplast, Conver- www.zaraplast.com.br
plast e Celocorte em filme laminado. As
caixas de papel cartão são fornecidas
pela Magistral Impressora. A logomarca
FOTOS: DIVULGAÇÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Figurinhas de times em chicles
Produto da Arcor estampa símbolos de oito clubes
A Arcor está lançando o chicle Faná-
ticos do Futebol – Série Times, que Converflex
www.arcordiversion.com.ar
reúne oito grandes clubes de futebol: (54-11) 4310 9859
Atlético Mineiro, Corinthians, Cruzeiro,
Scodro
Flamengo, Palmeiras, Santos, São
(16) 2101-4949
Paulo e Vasco. Nos chicles sabor tutti- www.scodroembalagens.com.br
fruti, o torcedor encontra figurinhas
auto-adesivas com informações e
curiosidades sobre o seu clube, sobre
futebol e resultados históricos para
colar nos álbuns de cada agremiação.
São 60 figurinhas diferentes por time.
Os álbuns, gratuitos, podem ser pedi-
dos pelo site www.arcor.com.br. As
embalagens de BOPP são fornecidas
pela Scodro. As figurinhas são pro-
duzidas pela Converflex (Argentina).
O design é do departamento de arte
Arcor.
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Giovanni FCB Embalagem de pizza tem
(11) 2186-0800 espaço para anúncio
www.giovannifcb.com.br
O papelcartão Micro XP 220 g/m² da
Klabin
(11) 4588-7000 Klabin está sendo utilizado em embala-
www.klabin.com.br gens temáticas de pizzas para entrega.
O projeto desenvolvido pelo Onemídia
Optagraf
(41) 3332-0894 fornece embalagens para as principais
pizzarias das cidades e, na tampa das
embalagens, são comercializados espa-
ços publicitários. Uma das embalagens,
criada pela agência Giovanni FCB,
promove a segunda temporada da série
norte-americana “Lost”, recém-lançada
Rigesa cria embalagem
em DVD.
especial para cartões
Rigesa
Para conferir mais resistência à embala- Iniciativa visa mercado corporativo
(19) 3707-4118
gem, o cartão Micro XP é acoplado ao A Rigesa, que fornece embalagens diferen- www.rigesa.com.br
papelão microondulado e a capa interna ciadas para o segmento de mídia com a
é revestida com papel Kraftliner branco, marca Digipak, aproveita a tecnologia e lança
da Klabin. A embalagem foi impressa o Digismart, uma embalagem especialmente
pela Optagraf. criada para cartões. A empresa busca o mer-
cado de bancos, seguradoras, empresas de
convênios médicos e telefonia, entre outros.
Trata-se de um produto flexível, que permite
vários tipos de formato e recursos gráficos,
incluindo aplicação de verniz, relevo e hot
stamping, com qualidade de impressão offset.
Com recursos gráficos diferenciados e layout
customizado, o conceito utiliza a própria
embalagem para transmitir mensagens institu-
cionais ou promocionais.
A revolução si
D
os laboratórios da Nasa para as
gôndolas de todo o mundo. Assim
poderia ser sintetizada a saga das
retortable pouches, bolsas plásti-
cas esterilizáveis em altas temperaturas, que
podem conservar alimentos sem refrigeração
nem agentes químicos por mais de um ano.
Com origens que remontam a pesquisas inicia-
das pela agência espacial americana na década
de 1950, essa tecnologia avança cada vez mais
no mundo do consumo. Pescados, molhos,
rações úmidas e pratos prontos que vão de
estrogonofe a dobradinha. Esses são exemplos
de produtos já adeptos da onda retortable,
numa movimentação impulsionada por outros
benefícios além da possibilidade de conserva-
ção dos alimentos por longos períodos.
Em primeiro lugar, a exemplo de outras
embalagens plásticas flexíveis, os pouches
multicamadas passíveis de esterilização em
máquinas de autoclave têm a seu favor o fator
leveza, vantagem crítica na etapa de distribui-
ção dos produtos. As embalagens retortable
contam também com o apelo da inovação,
reforçado pela idéia de modernidade atrelada
à tecnologia. Na vertente da conveniência,
essas estruturas podem ser aquecidas em
banho-maria ou levadas ao forno de microon-
das, sendo aptas a receber diferentes sistemas
de fácil abertura. Por fim, além de vendidos
dentro de cartuchos cartonados, onde nem
sempre exercem a função de identificação
de marca, os acondicionamentos retortable
são compatíveis com sofisticados sistemas
de impressão, contando ainda com bases
sanfonadas que permitem colocá-las em pé
nas gôndolas, na forma de stand-up pouches,
Educar o mercado
Bom exemplo disso vem da Alcan, que rei-
niciou sua estratégia com filmes para esse
tipo de embalagem após ter participado de
algumas incursões com retortable pouches
no varejo brasileiro. A fim de reforçar o novo
plano de ação, a empresa tem organizado
seminários técnicos destinados a divulgar
a tecnologia. “Nossa intenção é educar o
mercado sobre os benefícios das retortables
pouches”, resume Olinda Miranda, gerente de
serviços da empresa.
Os eventos têm revelado oportunidades
pouco exploradas no mercado brasileiro, diz a
executiva. Uma delas estaria no canal de food
service, onde esse tipo de embalagem flexível
tende a ser adotado não só pelos quesitos
praticidade e conveniência. “As retortable
pouches apresentam vantagens importantes
em relação a latas metálicas, embalagens que
também podem ser processadas em autocla-
ve”, compara Priscilla Mazzarin, gerente de
EM XEQUE
Sem confiar na
selagem das
retortable pouches
nacionais, Panco
optou por importar
tecnologia da
Coréia do Sul
STUDIO AG – ANDRÉ GODOY
O gargalo da qualidade
No lado das indústrias usuárias, não é raro ver
os atributos técnicos dos materiais nacionais
sendo colocados em xeque. “Além do custo
mais atraente, decidimos importar nossas
embalagens por avaliar que a qualidade dos
produtos nacionais, especialmente no que-
sito selagem, ainda é deficiente”, sentencia
Alexandre Rodrigues, da área de marketing
da Panco, empresa que lançou em 2004 uma
linha de pratos prontos em retortable pouches
importados pela Ferrostaal.
Nesse caso, os sacos flexíveis são
vendidos sem idenfificação de marca,
dentro de cartuchos cartonados res-
ponsáveis por toda a comunicação no
ponto-de-venda. Também adotados pela
Vapza, outra grande usuária de retor-
table pouches no varejo brasileiro, os
cartuchos cartonados conferem a fle-
xibilidade produtiva necessária num
cenário em que as linhas de produtos e
a distribuição são cada vez mais frag-
mentadas.
No campo da qualidade dos filmes
FOTOS: DIVULGAÇÃO
retortable disponíveis no Brasil, críticas
também são feitas pela Masterfoods,
MONITORAMENTO – Masterfoods diz estar acompanhando o desenvolvimento de que desde 1999 distribui no Brasil suas linhas
tecnologias nacionais, mas ainda importa da Europa bobinas de retortable pouches
de rações úmidas para cães e gatos (marcas
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Facílimo e Kids de pescados processados Adepta de retortable pouches
em retortable pouches com formatos e na linha Coqueiro, Pepsico está
testando alternativas nacionais
acabamento diferenciados. Os produtos de fornecimento da tecnologia
são vendidos sob a chancela da Coqueiro,
marca líder no setor, com aproximadamente
50% de participação de mercado. Calcados na
DIDATISMO – Produtos podem ser levados ao forno
inovação e na praticidade das embalagens, tais de microondas ou aquecidos em banho-maria. No
lançamentos ampliaram uma estratégia com verso das embalagens, instruções passo-a-passo são
benficiadas por sofisticados sistemas de impressão
retortable pouches que já abarcava apresen-
Y
DO
GO
Gallus EM 280:
Instalar e Imprimir Sucesso e segurança
para o convertedor
A Gallus EM 280 proporciona à sua empresa, de forma rápida, vantagem Gallus Inc.
no competitivo mercado de impressão de rótulos em flexografia combinando Heidelberg do Brasil Office
com outros processos. Trata-se de um equipamento com grande Av Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100
confiabilidade e de fácil instalação, utilização e manutenção, e que oferece alta Bloco B - 12º andar
qualidade de impressão com ótimos custos de produção. 04726-170 - São Paulo, SP - Brasil
Flexibilidade é outro ponto forte da Gallus EM 280. A mudança de flexo para Tel.:+55 11 5525-4475
serigrafia é feita em poucos minutos, e é possível combinar hot stamping na parte Fax: + 55 11 5525-4503
de impressão. Como todo equipamento da Gallus, a EM 280 é planejada para www.gallus.org
ser expansível, o que permite que sua empresa invista passo a passo. marcelo.zandomenico@heidelberg.com
Em suma, é o equipamento perfeito para empresas que querem estar na liderança.
Gallus, hoje um sonho mais próximo da sua realidade. Um parceiro Heidelberg
STUDIO AG – ADNRÉ GODOY
DIVULGAÇÃO
NADA DE CONGELADO
Além de pouches,
linha A Mio Modo
usa embalagens
termoformadas
esterilizáveis em
autoclave (à esquerda)
N
o último 12 de maio a DS Contai- Corus
ners (DSC) cortou fitas e inaugurou www.coruspackaging.com
oficialmente sua planta industrial DS Containers
de 236 000 metros quadrados, cuja www.dscontainers.com
construção vinha sendo tocada desde o fim de
2004 em Batavia, cidade próxima a Chicago,
nos Estados Unidos. O que valoriza tal notícia?
É ali o primeiro escoadouro no mundo de um
FOTOS: DIVULGAÇÃO
inovador conceito de lata de duas peças para VANTAGENS – Chapas
aerossóis, cunhado a partir da Protact, uma revestidas com
família de chapas laminadas com poliéster PET simplificam
produção eliminando
(PET) da siderúrgica anglo-holandesa Corus. a costura lateral
O material propicia à DSC produzir a partir
de um sistema coil-to-can – a chapa é desbo-
binada, impressa em linha com até oito cores atrativas”, diz a DSC, em termos de custo.
(litografia) e forma a embalagem numa só pas- Percebido de pronto, um diferencial visual
sagem, sem etapas intermediárias. Pelo reves- na novidade é a ausência da solda longitudinal
timento “de fábrica”, a Protact permite à DSC – a “costura” típica da lata de três peças para
prescindir dos envernizamentos e da secagem aerossóis. Com isso, exalta a DSC, a embalagem
em fornos, num método mais simples e veloz ganha maior nobreza visual e a formação de
que aquele para a produção das hegemônicas ferrugem no ponto de junção é evitada. A lami-
latas de três peças. nação com PET também evita ferrugem na base
O novo tubo de duas peças deriva do pro- da lata. “Enquanto muitos produtores de latas
jeto da “lata-garrafa” (bottle-can) lançada cinco de três peças trabalham com pedidos mínimos
anos atrás pela japonesa Daiwa Can Company de 50 000 unidades, nosso processo possibilita
(a propósito, a DS Containers é uma parceria pedidos de 4 000 latas”, assinala James Jandora,
entre americanos e a Daiwa, sendo que as ini- gerente de marketing da DS Containers. A fábri-
ciais “DS” significam Daiwa-Seikan; Seikan é a ca possui duas linhas, cada uma sustentando uma
expressão nipônica para “produção de latas”). As cadência de até 500 latas por minuto.
SUGESTÕES – Protótipos
bottle-cans, porém, são de alumínio. Já as latas mostram possibilidades Conforme anuncia a DSC, as novas latas
para aerossóis são de aço, o que as torna “muito de uso das novas latas suportam pressão de até 18 bar, mas não são
direcionadas somente a aerossóis. Qualquer pro-
duto líquido ou pastoso pode ser acondicionado,
e loções e géis deverão adotar a novidade em
breve. Os tubos podem acoplar diversos modelos
de válvulas nebulizadoras e sistemas de fecha-
mento. Jack McGoldrick, da área de comunica-
ção da DSC, informou a EMBALAGEMMARCA que
as latas de duas peças já estão sendo utilizadas
por produtos brasileiros, mas não soube precisar
quais, nem informar o distribuidor. A reportagem
consultou fontes no mercado nacional, porém
não conseguiu identificar o canal de distribuição
até o fechamento desta edição. (GK)
P
or que não utilizar
FOTOS: DIVULGAÇÃO
fotografias enviadas
por consumidores
para decorar rótulos?
O americano Peter van Stolk, um
ex-instrutor de esqui, teve esse
insight em 1996, quando matuta-
va sobre como popularizar uma
recém-criada linha de refrigeran-
tes. Idéia levada a cabo, em pouco
tempo a Jones Soda se tornou
cult. O convite à interação fez
chover instantâneos na fábrica de
bebidas. Com o tempo, forma-
ram-se legiões de colecionadores
dos rótulos volantes da marca. Voltado a esses pela Renaissance Mark, resgatam fotos utiliza-
fãs, um kit comemorativo dos dez anos da Jones das nas primeiras “tiragens” da Jones Soda.
Soda acaba de ser lançado nos Estados Unidos. Como um toque de charme, o kit é comple- PRESENTE – Kit de
A edição limitada explora a empatia com tado por uma miniatura da famosa marca Hot aniversário traz rótulos
retrô e miniatura de
os seguidores fiéis. Uma caixa de papel cartão, Wheels: uma réplica em escala 1:64 do furgão furgão da marca. Fotos
confeccionada pela Victory Packaging, traz qua- da Jones Soda que cruzava as ruas em 1996 volantes, como a acima
mostrada, fazem sucesso
tro garrafas da marca – uma Blue Bubblegum para propagandear a estréia da marca. “Após
(“Chicle Azul”) e uma Maçã Verde, mais duas dez anos, período em que fabricamos milhões
Renaissance Mark
de sabores fora de linha e campeões de pedidos de garrafas e vimos milhões de fotos, quisemos www.ren-mark.com
de retorno ao mercado, Framboesa e Abacaxi. criar algo especial para os fãs”, diz Peter van
Victory Packaging
Nas garrafas de vidro de 340 mililitros, forneci- Stolk, CEO da Jones Soda e pai da bela sacada www.victorypackaging.com
das pela distribuidora Zuckerman Honickman, dos rótulos interativos que, um decênio atrás, Zuckerman Honickman
rótulos auto-adesivos metalizados, impressos deu fôlego à marca. (GK) www.zh-inc.com
de consumir
de lucrar
ELOPAK
cinqüenta anos, um pote de
ouro, continua desassistido
por produtos e embalagens
especiais no Brasil
E
xiste um filão de consumo que nos
últimos vinte e cinco anos cresceu
110% no Brasil e que, em ritmo
chinês, deverá ter dobrado nova-
mente em tamanho até 2020. É o do público
com mais de cinqüenta anos de idade, hoje for-
mado por 29,5 milhões de brasileiros segundo
leitura do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Surpreendentemente, esse
país dentro do país é ainda praticamente igno- reportagem publicada há anos. O vaticínio FRUSTRAÇÃO
rado por fabricantes de alimentos, bebidas e furou. Hoje ainda faltam empresas e profis- Consumidora madura
“toureia” embalagem:
outros bens de altíssimo giro. O grifo acima sionais de marketing dispostos a apostar no falta de atenção
tem motivo. Exatos sete anos atrás, EMBA- consumidor que a ACNielsen define como a um público com
LAGEMMARCA discutia em suas páginas a “bossa nova”. Segundo uma pesquisa desse necessidades específicas
carência de produtos e, mais especificamente, instituto, em 29% dos domicílios brasilei-
de embalagens para o chamado consumidor ros os arrimos têm mais de cinqüenta anos.
maduro (nº 5, outubro de 1999). No Grande Rio e no Estado de São Paulo
Acreditava-se, à época, que o público com esse número sobe para 38%. Um estudo da
idade avançada passaria a ser olhado com agência de publicidade Talent assevera que
atenção pelo mercado, mais ou menos como as pessoas com mais de cinqüenta anos sig-
sucedeu com a questão ambiental. “Afinal, nificam 40% da classe AB no Brasil, ou 12,5
cada vez mais cresce a população com mais milhões de indivíduos, e 30% da população
de cinqüenta anos e não se percebe nela a economicamente ativa no país. De acordo
intenção de trocar trabalho e consumo por com o IBGE, 15% delas ganham mais de
pijama e um par de chinelos”, assinalava a cinco salários mínimos por mês.
de detergentes em pó.
Embalagens dos mais variados tipos ganham
8 silhuetas slim e maior ergonomia. Da mesma
8 Embalagens
cartonadas de ¼ de forma, os mecanismos de fácil abertura evo-
litro para leite e suco,
luíram e vêm se popularizando, como fitilhos
DIVULGAÇÃO
Oz Design
(11) 5112-9200
www.ozdesign.com.br
Rexam
+1 (812) 867-6671
www.rexam.com
FOTOS: DIVULGAÇÃO
StoraEnso
(11) 3065-5200
www.storaenso.com
O EPS é inquirido
Lei pode banir material em embalagens de alimentos prontos para o consumo
P
olêmica. Apresentado pelo depu-
DIVULGAÇÃO
tado federal Carlos Nader (PL-RJ)
no início de agosto, um projeto de
lei, o de número 7382/2006, quer
proibir no Brasil a comercialização de ali-
mentos prontos para consumo acondicionados
diretamente em embalagens à base de polies-
tireno expandido (EPS) – material plástico
popularmente conhecido como isopor, marca
comercial de propriedade da Basf. Bandejas,
potes, chapas e invólucros do tipo concha
(clamshell), entre outras embalagens típicas
de EPS, são maciçamente utilizados em todo o
país para acondicionar alimentos prontos como
frios, queijos, sanduíches e refeições.
Segundo Nader, o projeto foi impulsionado
por um estudo da Universidade Estadual do
Paraná, que teria apontado que fragmentos do
material podem causar danos ao organismo
humano e “impactos ambientais irreparáveis”.
Segundo o deputado, “até hoje os estudiosos
não conseguiram identificar quanto tempo leva
para que o isopor se decomponha no meio
ambiente”. O projeto, que propõe que os pro- a Meiwa, laudos de órgãos como Ministério BARRAÇÃO – Se o
projeto for aprovado,
dutos sejam “envolvidos em material específi- da Agricultura, Instituto Adolfo Lutz, Tecpar
sanduíches não poderão
co para a embalagem de comestíveis e permi- e Cetea-Ital, entre outros, autorizam o uso do mais ser acondicionados
tido por lei”, está em tramitação na Comissão material para contato direto com alimentos. diretamente nas
de Desenvolvimento Econômico, Indústria e “Nas embalagens de EPS aprovadas para ali- “conchas” de EPS
FOTOS: DIVULGAÇÃO
efetivado como novo diretor-geral da maiores conglomerados mundiais
empresa em 1º de novembro. do ramo de pescados, a Gomes da
Costa investiu no parque fabril 31
PET em alta... milhões de reais. Com a nova fábrica
O consumo global de PET para emba-
lagens deverá movimentar 17 bilhões
de euros em 2006. Em cinco anos,
esse valor deverá ser de 24 bilhões “Mesmo pequenas mudanças nas
de euros. Os números são do estudo
The Future of Global Markets for PET embalagens geram um importante efeito
ondular nas estruturas de negócios”
Packaging, recém-editado pela PIRA
International.
...inclusive para cerveja Do CEO do Wal-Mart, o americano H. Lee Scott, sobre a iniciativa de reduzir no mínimo
O mesmo estudo aponta os Estados em 5% o volume de materiais das embalagens expostas nas lojas da rede de varejo. Na
Unidos como o maior consumidor de ação, cujos resultados deverão chegar às lojas no início de 2008, os 60 000 fornecedo-
embalagens de PET, seguido por China res mundiais do Wal-Mart já estão sendo orientados a desenvolver embalagens melhor
e México. Cervejas serão o mercado dimensionadas e menos impactantes ao ambiente. Segundo Scott, o programa poderá
em que o PET crescerá mais rapida-
gerar, de início, uma economia total de 11 bilhões de dólares aos envolvidos
mente nos próximos cinco anos, a uma
taxa média anual de 13%, embora a
base de aplicação atual seja baixa.
Gincana high-tech
Celulares lêem códigos dos rótulos em promoção de Sprite
Celular “lê”
no rótulo o
ShotCode. À
direita, exemplo
do código
Vôo sinérgico
Sonoco For-Plas e Frasquim
unem competências para
desbravar a área de
produtos de beleza
FOTO: DIVULGAÇÃO
RESULTADO
Marca de fantasia “veste”
a primeira linha de
embalagens da parceria
A
postando na força da sinergia e no no mercado farmacêutico, e buscou costurar
crescimento da preferência por solu- parcerias. “Para cosméticos, ofertávamos ape-
ções integradas em embalagens, a nas embalagens standard”, conta Marco Auré-
Sonoco For-Plas, notória fabricante lio Teixeira, responsável pela área comercial
de tampas plásticas, e a Frasquim, especialista da Frasquim. “Agora também focaremos nas
em sopro de frascos plásticos, oficializaram em especialidades.”
outubro um acordo para desenvolver negócios
conjuntos no mercado de cosméticos. Primeira fornada
A parceria, ou “união de competências”, O relacionamento com a área de cosméticos
como preferem as agora cooperantes, facilitará também é recente para a Sonoco For-Plas. A
a concepção de sistemas de embalagem (reci- empresa iniciou há poucos meses as vendas
piente mais fechamento) ao gosto e de acordo Frasquim de tampas plásticas injetadas para produtos de
com as necessidades das indústrias de cremes, (11) 6412-8261 estética. “É um mercado desafiador”, entende
loções e itens de beleza afins. Composições www.frasquim.com.br Daisy Spaco, diretora de desenvolvimento de
com maior percepção de valor, para o acondi- Sonoco For-Plas negócios na América do Sul para a Sonoco
cionamento de produtos com apelo premium, (11) 5097-2750 – grupo americano de embalagens do qual a
www.sonocoforplas.com.br
serão priorizadas nos projetos em comum das Sonoco For-Plas é subsidiária. “O padrão de
fornecedoras. beleza e os requisitos de segurança das emba-
Para evidenciar seu compromisso com a lagens são altíssimos, o que nos obriga a usar
qualidade, considerada uma premissa do mer- toda a nossa experiência internacional.”
cado de cosméticos, a Frasquim recebeu do O primeiro resultado da união dos cabedais
BVQI (Bureau Veritas), em fevereiro último, a técnicos das fornecedoras é uma linha de potes
certificação ISO 9001:2000. Suas embalagens, com formato hexaédrico para volumes de 150,
produzidas numa fábrica em Guarulhos (SP), 250 e 300 gramas. Um sistema de travamento
sempre foram consumidas principalmente por e posicionamento garante que as paredes do
produtos de limpeza doméstica, automotivos domo das tampas de rosca, também com linhas
e escolares. Para explorar novos mercados, retas em seu desenho, fiquem sempre alinhadas
a empresa investiu numa sala limpa, de olho às dos frascos. (GK)
E
m outubro uma comitiva de profissionais as de alimentos responsáveis por 420 bilhões de dólares.
da indústria sul-americana de alimentos As maiores remessas são enviadas pelos Estados Unidos
visitou a Tokyo Pack 2006, principal (26%) e pela China (15%), sendo o restante fragmenta-
evento de embalagens do Japão. A viagem do em porcentagens inferiores a 5% entre outros países
foi apoiada pela Associação Brasileira de do mundo. A idéia da Jetro é fragmentar essa cadeia de
Embalagem (Abre), e fez parte de um programa organiza- fornecimento, diminuindo a dependência do Japão em
do pela Japan External Trade Organization (Jetro), entida- relação a poucos países, e também fazendo-o contar
de que desenvolve atividades para preparar empresas de com as especialidades de diferentes nações do mundo.
todo o mundo a exportar produtos industrializados para Há dois anos a Abre começou um programa com a Jetro
o Japão. Uma das prioridades da ação são os alimentos, para adequação das embalagens de produtos brasileiros
setor em que o Japão depende fortemente de outros países exportáveis para o Japão. A idéia é orientar as indústrias
para atender sua demanda interna. Luciana Pellegrino, brasileiras. Já fizemos seminários, e o programa tam-
diretora-executiva da Abre, fez parte da comitiva, ana- bém contemplou a visita à Tokyo Pack por um grupo de
lisando não somente as novidades apresentadas nos cor- empresários de indústrias alimentícias do Brasil.
redores da Tokyo Pack. Junto com os profissionais sul-
americanos, ela percorreu o varejo daquele país em busca Quais são as oportunidades mais claras para as indús-
de tendências no negócio de embalagens. “É claro que trias brasileiras?
as indústrias de embalagens de lá têm muito campo para O Brasil exporta apenas frango congelado para o Japão.
trabalhar, devido ao alto poder aquisitivo dos consumido- Cerca de 90% do frango congelado consumido no Japão
res”, conta Luciana. “Mas o mercado japonês vale como vão do Brasil. Superadas barreiras fitossanitárias ainda
uma orientação dos rumos do desenvolvimento do setor.” existentes, há possibilidade de exportar outros tipos de
Além de tendências em embalagem, a diretora da Abre carne, de porco e de vaca. No caso do frango, ele não vai
resume nesta entrevista as oportunidades que o Japão embalado para consumo, ou seja, as remessas não che-
pode abrir para a indústria brasileira de alimentos. gam lá prontas para o ponto-de-venda. O produto brasi-
leiro chega no Japão de forma bruta, para processamento
Por que um dos mercados-alvo do programa entre a Abre em indústrias como a de food service.
e a Jetro é o alimentício?
O Japão produz apenas arroz, dependendo de outros países Qual a contribuição das embalagens no esforço de
no fornecimento de alimentos. Atualmente o país importa exportação de produtos brasileiros para o Japão?
500 bilhões de dólares por ano nesse setor. O consumo A viagem deixou muito clara a necessidade de adequar as
per capita de alimentos no Japão é o maior do mundo, embalagens brasileiras para o mercado japonês. Eles têm
superior a 3 000 dólares por ano. Lá as vendas do varejo uma cultura de comunicação muito específica. A funcio-
como um todo somam 1 trilhão de dólares por ano, sendo nalidade das embalagens, a apresentação e os materiais
NA MEDIDA CERTA
Nas embalagens
de alimentos, a
regra é evitar
desperdícios.
Porções menores e
acondicionamentos
individuais
fazem sucesso
no varejo japonês
MUTO ALÉM
DOS BANNERS
Nos super-
mercados
japoneses,
é comum a
CHÁ VERDE DENTRO E FORA DA EMBALAGEM exploração de
De resíduo do processo de fabricação da bebida, folha da erva vira mídias digitais
insumo na produção das estururas cartonadas que acondicionam o no marketing de
produto, imprimindo textura e pigmentação especiais à embalagem ponto-de-venda
D
ono das gôndolas de óleos comes- ções que está recebendo”, comenta Fernando
tíveis, o aço subitamente perde Mourão, diretor-administrativo da Abeaço.
grande terreno para o PET. A O vídeo, encomendado à produtora Mai-
lata então inicia um contra-ata- kai pela Toro Estratégia em Comunicação,
que, buscando sensibilizar o fiel da balança agência que atende a associação, mostra a
dessa disputa: o consumidor. Esse enredo nutricionista Maria Cecília Corsi afirmando
agora tem um desdobramento nos cinemas. que embalagens transparentes, como a garrafa
Capitaneado pela Associação Brasileira de de PET, acarretam a adição de conservantes
Embalagem de Aço (Abeaço), um comercial químicos aos óleos. “A lata de aço protege
exaltará a lata como o melhor recipiente para totalmente os alimentos da luz, por isso dis-
óleos em dezessete salas de projeção da rede pensa o uso desses conservantes”, argumenta
KinoMaxx, distribuídas entre Grande São a especialista em nutrição. Esse tema ganhou
Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Orçada força a partir do ano passado, quando a publi-
em 500 000 reais, a ação se estenderá até o cidade da Abeaço passou do institucional para
final do ano. “Vemos uma grande possibilida- as estocadas diretas ao PET. Atraindo a opi-
de de alcançar o consumidor no momento em nião pública, a entidade torce pelo rearranjo
que ele está concentrado e aberto às informa- dos modelos de acondicionamento de gigantes
FOTOMONTAGEM SOBRE FOTOS STUDIO AG (LATA E GARRAFA) E KOSTYA KIS (SALA DE CINEMA)
REPRODUÇÃO
ção, é refletida pelo fato de quase 100% do
óleo comestível do grande auto-serviço hoje Abeaço
ser ofertado em PET (considerado o canal (11) 3842-9512
www.abeaco.org.br
do food service, formado por cozinhas pro-
fissionais, o aço equilibra a participação em Abipet
(11) 3078-1688
embalagens). “Recomendamos ao consumi-
www.abipet.org.br
dor sempre checar a data de validade, pois
CBL
FOTOS: DIVULGAÇÃO
(11) 6090-5005
www.cbl.ind.br
Maikai
(11) 3045-6201
www.maikaifilmes.com.br
Packing Design
(11) 3074-6611
www.packing.com.br
Marinheiro no estopim
Ações de marketing do aço completam cinco anos
O revide de marketing das metálicas diante lançou website promocional e um canal de
da ascensão dos plásticos começou em atendimento 0800 e passou a apoiar even-
2001, quando a CSN lançou campanhas tos ligados à saúde e gastronomia, como
diretas ao consumidor final estreladas pelo o Festival Dako, direcionado a donas de
personagem Popeye (ao lado). Intensificou- casa, e o Prêmio Saúde, da Editora Abril.
se com a criação da Abeaço, em maio de Em 2006 veio a campanha “Insuperável”,
2003. Em maio do ano passado, a Abeaço criada pela Toro, que, além de promover a
investiu 1,5 milhão de reais na campanha qualidade nutricional dos enlatados, divulga
“Só na Lata”, que divulgou anúncios em os benefícios oferecidos pela lata de aço
rádio, TV e mídia impressa. Logo depois, dentro da cadeia de distribuição.
D
epois de ensaios de várias viníco-
las, a Château Lacave, de Bento
Gonçalves (RS), coloca no merca-
do brasileiro a primeira garrafa de
vinho para consumo individual. O lançamento
é o Lacave Taça, acondicionado em garrafa de
vidro de 187 mililitros com tampa de rosca,
que dispensa o uso de saca-rolhas. A garrafi-
nha, fornecida pela Saint-Gobain, tem a dose
exata para encher uma taça. A nova embala-
gem está disponível para os vinhos Caber-
net Sauvignon, o Assemblage Tinto Suave e
Assemblage Branco Suave.
Pelo fato de ficar lacrada ate o momento
do consumo, permite que o vinho mantenha
suas características gustativas, ao contrário
dos vinhos servidos em taça que muitas vezes
ficam abertos por alguns dias, alterando a
qualidade da bebida. Também asseguram a
origem do vinho, pois a garrafa não é aberta
antes do momento de seu consumo. O rótulo
auto-adesivo, desenhado pela Studio Design,
FOTOS: DIVULGAÇÃO
de Bento Gonçalves, é produzido pela Prako-
lar, e a tampa, pela Altec.
O gerente comercial da Château Lacave,
Aurélio Grisi, ressalta que “a empresa quer
aproveitar um nicho de mercado ainda inex-
plorado com esse tipo de embalagem, agre-
gando valor ao trabalho de vinho em taça nos A tradicional marca de espumantes Geor-
PIONEIRISMO – Châteu
restaurantes”. Ele acredita que ainda não se ges Aubert, da cidade gaúcha de Garibaldi, Lacave é a primeira a
trata de uma tendência, por ser esse o primeiro aproveita essa onda crescente e também lança adotar garrafa de 187
lançamento específico para vinhos, mas que sua garrafinha, com um diferencial: um canu- mililitros para vinhos
há grandes possibilidades de crescimento. dinho que já vem dentro da embalagem. A
novidade, patenteada pela Georges Aubert,
Espumantes em alta facilita o consumo em festas e baladas. O
Mas se no mercado de vinhos as garrafas de canudo é colocado dentro da embalagem na
187ml ainda engatinham, no de espumantes hora do engarrafamento. Na abertura da tampa
elas já são mais uma realidade, na esteira do de rosca de alumínio, importada da Itália,
que ocorre no exterior, onde várias marcas o canudinho sai, impulsionado pelo gás da
de champanhes franceses e cavas espanholas bebida, que impede seu retorno para o interior
adotaram há bom tempo o novo conceito de da garrafa.
embalagem. No Brasil, o pioneiro em ver- O espumante é disponibilizado nas ver-
são mini foi o espumante Chandon Baby, da sões Prosecco, com a garrafa de vidro pintada
Chandon, lançado em 2004 e sucesso de ven- de preto, e Moscatel, com a pintura em lilás. A
das até hoje, especialmente entre os jovens, garrafa da Saint-Gobain, com visual moderno
que sorvem o líquido direto do gargalo. criado pela Visograf, de Bento Gonçalves,
A
vocação da Inglaterra para a ativi-
dade industrial remonta à segun-
da metade do século 18, quando
se iniciou a revolução tecnológica
que transformou o mundo moderno. Naqueles
anos, o Império Britânico florescia e expandia
suas fronteiras, mantendo relações comerciais
favoráveis com o resto do mundo, importando
especiarias e vendendo produtos industrializa-
dos mais complexos. Mais de duzentos anos
depois, o cenário é bem mais complicado. A
globalização hoje representa uma ameaça às
indústrias do atual Reino Unido. “Na área de
A automação das linhas
máquinas e equipamentos, as empresas britâni- de produção e o uso de
cas enfrentam os preços menores dos países em robôs têm crescido na
desenvolvimento, e a tradição tecnológica de Europa, e hoje recebem
atenção especial dos
países como Suíça, Alemanha e Itália”, constata fabricantes de máquinas
Chris Buxton, CEO da PPMA – Processing e equipamentos
and Packaging Machinery Association, entida-
de que congrega os fabricantes britânicos de do Reino Unido, formou (e subsidiou) delega-
máquinas e equipamentos para embalagem e ções vindas dos tais “mercados estrategicamen-
America Pack
processamento. te importantes” para visitar o PPMA Show. A (11) 6991-8435
A associação, responsável pela organização predominância de países orientais como Índia, americapack@terra.com.br
do PPMA Show 2006, feira de máquinas ocor- Rússia, Malásia, Vietnã e Tailândia dá a dimen-
Bradman Lake Group
rida entre os dias 26 e 28 de setembro último são de para onde os olhos dos ingleses estão +44 (0) 1179 715-228
na cidade de Birmingham (localizada na região voltados. Mas a presença de uma delegação bra- www.bradmanlake.com
central da Inglaterra, justamente onde se iniciou sileira dá mostras de que a América Latina tam-
Domino
a Revolução Industrial), tem consciência de bém tem seu lugar nos planos de expansão dos +44 (0)1954 782-551
que precisa reagir para não fazer apenas parte europeus, e de que o Brasil é a porta de entrada www.domino-printing.com
No Brasil:
do passado. “Não podemos ficar no meio termo natural para esse mercado. “Acreditamos que o (11) 3048-0147
entre custo e qualidade”, reconhece Buxton. Brasil será um mercado fundamental”, sugere www.sunnyvale.com.br
“Temos de exportar inteligência e buscar alian- Buxton, ressaltando que a intenção não é seguir
Hexakron
ças estratégicas com empresas de países que a experiência da associação na China, onde a (11) 4341-7115
possam servir de porta de entrada para merca- PPMA mantém um escritório. “Podemos buscar www.hexakron.com.br
dos estrategicamente importantes para nossos representantes, formar joint ventures ou mesmo
Consulado Geral Britânico
associados.” fabricar no Brasil”, revela o CEO, deixando nas (11) 3094-2700
Para ajudar nessa empreitada, o United entrelinhas a impressão de que a última alterna- www.gra-bretanha.org.br
Kingdom Trade and Investment (UKTI), órgão tiva é bastante improvável nesse momento.
PPMA
comercial do governo britânico que tem por Mas as oportunidades são concretas, e foi +44 (0)20 8773-8111
objetivo promover as exportações das empresas atrás delas que embarcou a comitiva brasilei- www.ppma.co.uk
FOTOS: DIVULGAÇÃO
fortalece no mercado europeu: o corredores da feira, a força dessa zar sistemas de impressão de cai-
conceito de one-stop shop. tendência era notada na vasta xas capazes de dar uma resposta
Tema de reportagem na edição gama de alternativas disponíveis com ótima relação custo-benefício
nº 84 de EMBALAGEMMARCA, as para esse fim. Convém ressal- a seus clientes. Exemplo disso
embalagens shelf-ready (caixas de tar que, além de eficiência, as apresentado no PPMA Show é
transporte usadas como exposito- embalagens shelf-ready ajudam a a linha C-Series plus, da Domino
res nas prateleiras) também tive- garantir para o produto espaço na – empresa que, a propósito, já é
ram espaço de destaque na feira, prateleira, em caso de reposição velha conhecida dos brasileiros,
refletindo fielmente a realidade ineficiente, e a reforçar a imagem por seu histórico de duas décadas
das gôndolas. A busca por eficiên- de marca, reduzindo a necessida- de trabalho de distribuição com a
cia na distribuição (e a conseqüen- de de material de comunicação de Sunnyvale.
te redução de custos) é notada apoio no PDV. Esse relacionamento estável e de
nos corredores das lojas, seja em Nessa linha, as empresas de sucesso poderia servir de exemplo
produtos expostos diretamente codificação (setor, aliás, em que àqueles fabricantes britânicos que
sobre paletes, seja em bens orga- o Reino Unido tem grande força) ainda enxergam o Brasil com res-
nizados em caixas-display. Nos têm se esforçado para disponibili- salvas.
4
Embalagens shelf-ready de vários tipos, tais
como os paletes para refrigerantes (1), as
organizadoras de caixas de transporte (2) e
FOTOS: FERNANDO CHRISTIANO
A
pós dez anos de produção prati- cresceram 6,5%, e em 2006, de janeiro a maio,
camente estável em 8 bilhões de o aumento foi de 7,6% em relação ao mesmo
litros anuais, o mercado brasileiro período do ano anterior. Tal quadro explica em
de cerveja dá sinais de forte recu- boa parte porque a disputa entre os fabricantes
peração – e se transforma em palco de movi- vem se acirrando a ponto de levar gigantes
mentado enfrentamento entre os fabricantes. multinacionais a atravessarem os limites dos
A expectativa no setor é de que a produção pontos-de-venda para se enfrentarem nos tri-
chegue a 9,5 bilhões de litros e de que o con- bunais (ver quadro na página 66).
sumo alcance os níveis de 1995, quando o pico A eloqüência dos bons números vislum-
chegou a 50 litros per capita/ano. Segundo o brados no horizonte brasileiro do consumo
Sindicato da Indústria de Cerveja (Sindicerv), de cerveja é gritante em comparação com os
de 2004 para 2005 a produção e o consumo esquálidos índices de crescimento da eco-
EXTENSÃO DE LINHA
Novidades da Femsa
fizeram com que
AmBev ampliasse
opções de embalagens
da Puerto del Sol
FOTOS: DIVULGAÇÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
FOTOS: DIVULGAÇÃO
América do Sul depois de ser comer-
cializado na Europa e na América do
XL 105 já foram vendidas em todo o
mundo. Outro cliente que adquiriu a
Etirama investe
Norte. “Essa estratégia nos deu tempo impressora Speedmaster XL 105 no
no entry-level
para testar seu funcionamento e trei- mercado brasileiro é a Leograf. Neste Empresa lançou flexográfica
nar os técnicos que irão operá-la”, diz caso, o equipamento deverá ser entre- compacta de tambor central
Norberto Tirelli, diretor da empresa. gue configurado com seis cores e ver- Em evento realizado no Parque
Antes de adquirir a Speedmaster niz em linha. de Exposições do Anhembi,
XL 105, a Nilpel comprou uma Heidelberg: (11) 5525-4500 em São Paulo, a fabricante de
Speedmaster CD 102 com sistema www.br.heidelberg.com impressoras Etirama reuniu pro-
de alimentação e saída semelhantes. Leograf: (11) 3933.3888 fissionais da área de rótulos para
Configurada com seis cores e verniz www.leograf.com.br lançar a Flexo Wine, sua nova
em linha, a Speedmaster XL 105 da Nilpel Print: (11) 2191-2300 flexográfica de tambor central.
Nilpel possui o sistema Heidelberg www.nilpel.com.br Compacto, o equipamento é
voltado ao mercado entry-level,
apresentando sete unidades de
Impressão digital mais robusta impressão, alinhador de bordas
Xeikon 6000 promete maior velocidade no mercado de rótulos eletrônico, forno de secagem
A Punch Graphix fez em setembro gerência de workflow. O novo toner UV com sistema de fechamento
o lançamento mundial da Xeikon FA (Forma Adaptada), por sua vez, automático e lâminas raspadoras
em todas as unidades. O tambor
6000, impressora digital que apre- promete ganhos de economia e
central, por sua vez, tem um
senta baixo ponto de fusão, e pode qualidade. O equipamento suporta
metro de diâmetro e seis cores.
atuar com substratos auto-ade- substratos com gramaturas entre 40
O evento de lançamento contou
sivos. A velocidade é de até 160 g/m² e 350 g/m², incluindo filmes de
com a presença de expositores
páginas A4 por minuto, com ciclo poliéster e filmes metalizados. Na como Braga Papéis, Clicheria
mensal próximo a 4 000 páginas. parte de formato, imprime larguras Alpha, MLC Facas, Stork, U.V.
Também destinada a aplicações de de 320 milímetros a 500 milímetros. System, Trade Print, Xsys Tintas
marketing direto, a Xeikon 6000 é Punch Graphix e Universal Rollers.
dotada do digital front end X-800, (11) 4195-9997 Etirama: (15) 3223-3332
que traz novas ferramentas de www.punchgraphix.com www.etirama.com.br
S
e o rastreamento de mercadorias via etiquetas
inteligentes já não é novidade, um dispositivo
agora promete avaliar qualidade e seguran-
ça no abastecimento de perecíveis. Idéia da
americana PakSense, a etiqueta TXi registra alterações de
temperatura durante a distribuição, delatando em tempo
real, através de LEDs, se produtos frescos e sensíveis estão
submetidos a temperaturas comprometedoras. Os dados
são gravados num microchip descartável embutido na eti-
queta, podendo ser coletados para análises posteriores com
um leitor e um software da PakSense. Até dois meses de
atividades podem ser monitoradas.
Programada em fábrica
com uma “escala de tolerân-
cia de temperatura”, definida
de acordo com cada produto,
a etiqueta pode ser colada
nas embalagens ou deposi-
tada sobre a mercadoria (um
envoltório plástico “respirá-
vel” a protege da umidade).
Antes do embarque dos pro-
dutos, a etiqueta é ativada ao
se dobrar um de seus vértices
(na foto ao lado). Ao fim
do percurso dos produtos, a
VIGIA – Ativação da TXi é feita com captura e a análise dos dados
dobra da quina inferior da direita das etiquetas podem evitar
que produtos fora do padrão se disseminem no mercado,
gerando devoluções no varejo e arranhões às imagens
das marcas. A etiqueta permite avaliar, ainda, o quanto as
variações de temperatura afetaram a vida útil do produto.
Em entrevista a EMBALAGEMMARCA, Amy Childress,
diretora de marketing da PakSense, contou que a TXi já
está sendo testada por produtores de carnes, aves, peixes e
frutos do mar, pratos prontos congelados, vinhos, produtos
lácteos refrigerados e medicamentos. “As etiquetas saem
bem mais em conta que outras soluções de monitoramento,
como aquelas baseadas em equipamentos”, disse a execu-
tiva. No Brasil, onde problemas com quebras das cadeias
refrigeradas não são raras, a TXi pode se dar bem. A Pak-
Sense não ignora a oportunidade. “Preparamos uma repre-
sentação para o Brasil”, informou Childress. “Enquanto
isso não se concretiza, podemos despachar etiquetas daqui
para os clientes.” (GK)
PakSense: www.paksense.com
Descolado,
mas não colou
FOTOS: DIVULGAÇÃO
Pé de alívio...
descompromissado dos adolescentes.
Alto e magricela, trajando tênis, ber-
Já constavam nos alfarrábios egípcios, muda e camiseta, foi criado em 1985,
sumérios, assírios e até nos do grego num guardanapo de bar em Nova York.
Hipócrates as propriedades analgésicas e O primeiro nome viria do latim fidelis
antipiréticas do pó da casca do Salgueiro (fiel), e Dido foi uma rainha de Cartago,
– a mesma árvore que no Rio empresta cidade rival de Roma antiga. Tinha espí-
o nome a uma escola de samba. Sabe-se rito jovem e alegre. Fido Dido já foi
que índios, dos Cherokees aos Caiapós, usado para apoiar campanhas de gran-
também conheciam o remédio de longa des marcas de consumo, como fez a
data. O pó mágico viria a ser, em 1897, então Pepsi-Cola Brasil, em 1992, ao
a base da primeira criação da indústria relançar no país o refrigerante sabor
farmacêutica, o primeiro medicamento limão Seven Up, seguindo estratégia
sintetizado: o ácido acetilsalicílico. Mãe global. A empresa esperava conquistar
do invento, a alemã Bayer o lançou no 15% do mercado total de refrigerantes
mercado em 1899, sob o nome Aspirina. no Brasil em um ano com o apoio do
O resto é história – e alívio. personagem. Não funcionou. Fido Dido
é descolado, mas aqui não colou.