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Balanço sobre o cumprimento dos ODM, a meio

caminho entre a sua adopção e a data fixada para


a sua consecução (2015)

Sínteses parciais do

“Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do


Milénio 2007”

Editor: IED – Instituto de Estudos para o


Desenvolvimento-2007

EFA 2A
Objectivo 1: Erradicar a pobreza extrema e a fome

Meta: Reduzir para metade, entre 1990 e 2015, a percentagem de


pessoas cujo rendimento é inferior a um dólar por dia.

• A pobreza extrema começa a baixar na África Subsariana.

• A nível mundial, o número de pessoas nos países em


desenvolvimento que vivem com menos de 1 dólar por dia baixou
para 980 milhões, em 2004, em comparação com 1,25 mil milhões,
em 1990, tendo a pobreza extrema diminuído quase um terço,
baixando para 19% ao longo deste período. Se estes progressos se
mantiverem, será possível realizar o ODM.

• O Leste e o Sudoeste Asiático, em especial, registam reduções


extraordinárias, caminhando para o objectivo pretendido.

• Na África Subsariana, a proporção de pessoas que vive na pobreza


extrema diminuiu de 46,8% em 1990, para 41,1% em 2004, estando
ainda longe dos objectivos pretendidos.

• O limiar da pobreza internacional foi fixado em 1,08 dólares por dia.

• A redução da pobreza tem sido acompanhada de um aumento das


desigualdades.

• A fome infantil está a diminuir em todas as regiões, mas são


necessários progressos mais rápidos para atingir a meta.

• Na América Latina, Caraíbas e na África Subsariana a desigualdade


permanece, onde os 20% mais pobres da população representam
apenas cerca de 3% do consumo (ou do rendimento) nacional.
Roman Marchev

Objectivo 2 - Alcançar o ensino primário universal

Meta - garantir que, até 2015, todas as crianças, de ambos os sexos,


terminem um ciclo completo de ensino primário.

A África Subsariana apresentou alguns avanços em direcção à escolarização


universal, mas ainda tem um longo caminho a percorrer.

A taxa de escolarização líquida no ensino primário, nas regiões em desenvolvimento,


aumentou para 88% no ano lectivo de 2004/ 2005 em comparação com 80% em
1990 / 1991.

Embora a África Subsariana tenha feito progressos significativos nos últimos anos,
continua a estar atrasada em relação a outras regiões e 30% das suas crianças em
idade de frequentar o ensino primário ainda não vão a escola.

Em 2005, 72 milhões de crianças em idade de frequentar o ensino primário não


estavam a ir a escola. E 57% dessas crianças eram raparigas. Os valores relativos
às matrículas e à frequência também não reflectem o número de crianças com
maior probabilidade de abandonar a escola ou de não a frequentar sequer são as da
agregados familiares mais pobres ou que vivem nas zonas rurais.

Dado que muitas crianças que começam a ir à escola têm idade inferior ou superior
à idade legal de ingresso no ensino, os rácios de escolarização no ensino primário
não reflectem com precisão a situação das crianças que frequentam à escola.
A escolarização tardia também coloca as crianças numa situação de desvantagem,
pois é uma causa potencial de problemas de aprendizagens e reduz as
oportunidades de as crianças passarem para um nível de ensino mais elevado.

Inussa Candé
Objectivo 3: Promover a igualdade de género e o empoderamento das
mulheres

Meta: Eliminar as disparidades de género no ensino primário e


secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis, o mais tardar
ate 2015.

Pouco a pouco o mercado de trabalho tem vindo a abrir as suas portas às mulheres.

Os maiores progressos registaram-se nas regiões em que a presença das mulheres


no mercado de trabalho é menor – Sul da Ásia, Ásia Ocidental e Oceânia. No Norte
de África, onde se regista também um nível baixo de participação das mulheres, os
progressos foram insignificantes.

Nas regiões em desenvolvimento, as mulheres tendem a trabalhar mais na


agricultura do que os homens e a realizar mais trabalho não remunerado para a
família. Isto significa que as mulheres continuam a não beneficiar de um emprego
seguro e de protecção social.

A nível mundial, está também a aumentar o acesso das mulheres a cargos


dirigentes na esfera política.
Havia 35 mulheres em cargos dirigentes no Parlamento - o número maior de sempre
- em alguns casos pela primeira vez, como na Gâmbia, em Israel, na Suazilândia, no
Turquemenistão e nos Estados Unidos. Em 2006, 13 mulheres detinham cargos de
Chefe de Estado ou de Governo, em comparação com 9 em 2000 e 12 em 1995.

Vários factores determinam a presença de mulheres em cargos políticos,


nomeadamente, a vontade política, a força dos movimentos nacionais de mulheres e
o destaque sistemático dado pela comunidade internacional à questão da igualdade
de género e ao empoderamento das mulheres. No entanto, o factor mais decisivo
continua a ser o sistema de quotas. Em 2006, nos países onde existia um sistema
de quotas, o número de mulheres eleitas quase duplicou em comparação com
aqueles em que não havia um sistema desse tipo.
Outros países têm apoiado as candidaturas de mulheres através de actividades de
formação e da concessão de fundos.

Carla Nunes

Objectivo 4 – Reduzir a mortalidade das crianças

Meta: Reduzir em dois terços, entre 1990 e 2015, a taxa de


mortalidade de menores de cinco anos

Entre 1990 e 2005 a taxas de sobrevivência infantil registaram uma melhoria lenta
a nível global, mas continuam a apresentar os níveis mais baixos na África
Subsariana.

Dados de 2005 mostram que 10,1 milhões de crianças morrem antes de


completarem 5 anos de idade. São necessárias melhorias urgentes, sobretudo na
África Subsariana, no sul da Ásia, nos países asiáticos CEI e na Oceânia. A falta de
progressos está ligada ao estado insatisfatório de muitos serviços básicos de
saúde.

As mudanças verificadas em todos os níveis de mortalidade também revelam


grandes diferenças, consoante o estatuto socioeconómico. Na maioria dos países
que conseguiram reduzir substancialmente a mortalidade infantil nos últimos anos,
as maiores mudanças verificaram-se entre as crianças que vivem entre 40% dos
agregados familiares mais ricos, ou nas zonas urbanas. Nos países em que os
progressos foram mais lentos ou em que a mortalidade infantil aumentou, a SIDA
terá sido um dos factores principais.

A nível mundial, as mortes causados pelo sarampo diminuíram mais de 60%, entre
2000 e 2005 – um êxito notável no domínio de saúde público. O número de mortes
causadas por esta doença baixou de 873.000 em 1990, para 345.000, em 2005. Em
África as mortes causadas pelo sarampo diminuíram quase 75% durante o mesmo
período – de aproximadamente 506.000 para 126.000.
Estes resultados devem-se a uma melhor cobertura da imunização em todo o mundo
em desenvolvimento. As vacinas contribuem para o declínio do sarampo e a
expansão de serviços básicos de saúde.
Além disso, as campanhas de vacinação contra o sarampo tornaram-se um meio de
realizar outras intervenções que permitem salvar vidas, tais como a distribuição de
mosquiteiros para proteger contra a malária.
Euclides Correia

Objectivo 5 - Melhorar a Saúde materna

Meta: Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade


materna.

Continuam a morrer, todos os anos, meio milhão de mulheres durante a gravidez ou


o parto, na sua maioria na África Subsariana e na Ásia.
Para termos uma noção, na África Subsariana a probabilidade de uma mulher
morrer devido a complicações dessa natureza é de 1 em 16, em comparação com 1
em 3800 no mundo desenvolvido.

A grande maioria das mortes maternas e das deficiências causadas pela


maternidade podia ser evitada através das intervenções quando surgem
complicações e prestação dos serviços de saúde, antes, durante e após a
gravidez. Uma das recomendações pelos peritos internacionais é a visita a um
profissional de saúde qualificado, quatro vezes, durante a gravidez, para que os
cuidados pré-natais sejam eficazes, mas o que é certo, é que nem todas as
mulheres beneficiam desses cuidados, ou seja não são vigiadas o número de vezes
recomendado.

O apoio prestado às mulheres durante a gravidez e o parto, apresenta


desigualdades não só entre os países mas também dentro dos países.
Segundo inquéritos realizados entre 1996 e 2005, em 57 países em
desenvolvimento, 81% das mulheres que vivem em zonas urbanas são assistidas por
pessoal qualificado durante o parto, por oposição a apenas 49%, nas zonas rurais.

Desde 1990, todas as regiões realizaram progressos em matéria de assegurar que


as mulheres beneficiem de cuidados pré-natais, pelo menos uma vez, durante a
gravidez. Mesmo na África Subsariana, a região onde houve menos progressos,
mais de dois terços das mulheres já beneficiam desse cuidado pré-natal.

A prevenção de gravidezes não planeadas permitiria evitar cerca de um quarto das


mortes maternas, incluindo as que são consequência de uma interrupção de
gravidez pouco segura. Mesmo assim, calcula-se que 137 milhões de mulheres
necessitem de planeamento familiar. Outros 64 milhões estão a utilizar métodos
de contracepção tradicionais, com elevadas taxas de insucesso. A prevalência da
anti concepção aumentou lentamente de 55%, em 1990, para 64%, em 2005, mas
continua a ser muito baixa na África Subsariana, onde se situa em 21%.

Na África Subsariana, no Sul da Ásia na América Latina e Caraíbas, as taxas de


natalidade elevadas entre adolescentes, não diminuíram significativamente desde
1990. Apesar das reduções constantes da fecundidade total nessas regiões.

Marta Pedras

Objectivo 6- Combater o VIH / SIDA, malária e outras doenças

Meta 1- Até 2015,deter e começar a reduzir a propagação do


VIH/SIDA

A prevalência do VIH estabilizou, no mundo em desenvolvimento, mas o número de


mortes causadas pela sida continua a aumentar na África Subsariana.

No final de 2006, calcula-se que houvesse no mundo inteiro 39,5 milhões de


pessoas a viver com o VIH (em comparação com 32,9 milhões em 2001), na sua
maioria na África Subsariana. Em 2006, foram infectados pelo VIH, a nível mundial
4,3 milhões de pessoas. O número de pessoas que morreram devido à sida também
aumentou de 2,2milhões em 2001, para 2,9milhões, em 2006. Nas regiões mais
afectadas, as mulheres representam mais de metade das pessoas com VIH.

Em Dezembro de 2006, calcula-se que havia 2 milhões de pessoas a beneficiar de


uma terapia anti-retroviral nas regiões em desenvolvimento. Isto corresponde a
28% do número de pessoas que necessitam de tratamento. As medidas de
prevenção não estão a conseguir acompanhar a propagação do VIH.

Registaram-se ligeiras diminuição da prevalência do VIH entre os jovens, desde


2000 / 2006, em oito dos 11 países africanos sobre os quais existem dados
suficientes para avaliar as tendências. As melhorias foram mais evidentes no
Quénia, nas zonas urbanas e algumas zonas rurais do Botswana.

Cuidar dos órfãos é um enorme problema social que apenas se agravará, à medida
que mais progenitores morrerem devido à SIDA.

Meta 2: Até 2015, deter e começar a reduzir a incidência da malária e de


outras doenças graves

Vários países africanos, por exemplo, aumentaram a cobertura de redes


mosquiteiras tratadas com insecticida, que são um dos meios eficazes de impedir
as picadas de mosquitos transmissores da malária.
Contudo, na África Subsariana, apenas 5% dos menores de 5 anos dormem com
redes tratadas com insecticida. E as zonas rurais de países onde a malária é
endémica são aquelas em a que o peso da malária é muitas vezes maior e a
cobertura de redes mosquiteiras menor. É necessário que os países consigam até
2010,uma cobertura de 80% no que se refere à distribuição e utilização de redes
mosquiteiras. Para atingir esta meta do ODM, é necessário também garantir o
tratamento mais eficaz contra a malária às pessoas que dele necessitam. A nível
mundial, são necessários aproximadamente 3 mil milhões de dólares (2 mil milhões
só para África) para combater a malária nos países mais afectados.
Denilson Manuel
Objectivo 7-Garantir a sustentabilidade ambiental

Meta: Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas


políticas e programas nacionais e inverter a actual tendência para a
perda de recursos ambientais.

A desflorestação prossegue, especialmente em regiões de grande


diversidade biológica.
Entre 1990 e 2005, o mundo perdeu 3% das suas florestas, o que corresponde a
uma diminuição média de 0.2% por ano. O ritmo de desflorestação tem sido mais
rápido em algumas das regiões da maior diversidade biológica do mundo,
nomeadamente o Sudeste Asiático, Oceânia, América Latina e a África Subsariana.

A plantação de árvores aumenta enquanto os ecossistemas de florestas


primárias continuam a diminuir.
Mais de um terço das florestas mundiais permanecem em grande medida
inalteradas pela actividade humana. Entre 2000 e 2005 perderam-se
aproximadamente 6 milhões de hectares destas florestas por ano. Durante o
mesmo período, a plantação de florestas aumentou cerca de 2.8 milhões de
hectares por ano. As plantações de florestas representam menos de 5% da área
florestal mundial total.

Apesar da intensificação dos esforços de conservação do solo e dos mares a


biodiversidade continua a diminuir.
A comunidade internacional tem vindo a incentivar a protecção dos solos e
ambientes marinhos do planeta, respondendo desta forma à perda de
biodiversidade a nível mundial. Em 2006 já havia 20 milhões de quilómetros
quadrados de solos e mares em regime de protecção. Embora haja actualmente
mais áreas protegidas, a proporção de espécies ameaçadas de extinção continua a
aumentar e as populações das várias espécies continuam a diminuir. As pescarias
mundiais estão especialmente em risco e requerem uma cooperação e gestão
permanentes a nível internacional, para manter as unidades populacionais
existentes e permitir a recuperação das que se encontram depauperadas.
O aumento das emissões de gases com efeito de estufa continua a
ultrapassar os avanços das tecnologias de energia sustentável.
As temperaturas médias da superfície terrestre aumentaram aproximadamente
0.5ºC, desde 1970. O principal factor de alterações climáticas é o dióxido de
carbono libertado pela queima de combustíveis fósseis. As emissões de dióxido de
carbono continuam a aumentar. É provável que a dependência dos combustíveis
fósseis se mantenha durante algum tempo. É necessária uma acção internacional
mais vigorosa para acelerar a transição para fontes de energia mais limpa e mais
eficiente.

O esforço mundial para eliminar as substâncias que destroem a camada do


ozono está a produzir resultados, embora os danos já causados devam
persistir durante algum tempo.
As concentrações de clorofluorcarbonetos (CFC), que destroem a camada do ozono
na atmosfera já começaram a diminuir. No entanto, até se registar uma diminuição
significativa, a camada do ozono não poderá começar a regenerar-se e as radiações
ultravioletas continuarão a prejudicar a saúde humana. Os CFC foram gradualmente
eliminados nos países desenvolvidos e os países em desenvolvimento estão bem
encaminhados, prevendo-se que o façam até 2010.

Meta: Reduzir para metade, até 2015, a percentagem da população


sem acesso permanente a água e saneamento básico

Com metade do mundo em desenvolvimento sem saneamento básico, atingir


esta meta dos ODM exigirá esforços extraordinários.
Será necessário garantir o acesso de 1.6 mil milhões de pessoas a estruturas de
saneamento melhores no período de 2005-2015, a fim de se atingir esta meta dos
ODM. As únicas regiões que estão bem encaminhadas no que se refere a reduzir
para metade a proporção de pessoas sem saneamento básico são o Leste Asiático,
Sudeste Asiático, ASIA Ocidental, Norte de África e a América Latina e Caraíbas.
Nenhuma das outras fez progressos suficientes.

Meta: Até 2020, melhorar consideravelmente a vida de pelo menos 100


milhões de pessoas que vivem em bairros degradados

A rápida expansão das cidades está a dificultar ainda mais a reabilitação de


bairros degradados.
Quase metade da população mundial já vive em cidades. No entanto, devido, à
migração urbana e ao rápido crescimento demográfico, o número de habitantes das
zonas urbanas continuará a aumentar. Em 2005 um em cada 3 habitantes das zonas
urbanas vivia em bairros degradados, mesmo que a taxa de crescimento dos
habitantes de zonas urbanas diminua, será difícil melhorar as condições de vida
suficientemente depressa para atingir a meta, devido à rápida expansão dessas
zonas. Também em 2005, aproximadamente um quinto da população urbana no
mundo em desenvolvimento vivia em casas superlotadas (com mais de 3 pessoas a
dormir no mesmo quarto).

Milene Ferreira

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