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3
Junho de 2009
DA REDE DRYNET
www.dry-net.org
Boletim Drynet
Uma iniciativa global para dar um futuro
às terras secas
Drynet é um projeto de 17 organizações de vários lugares do
mundo que trabalham juntos para combater a degradação do solo.
CONTEÚDO
Novo desafio no combate à Esta edição do boletim da rede Drynet A parte internacional do boletim nos
desertificação: A formulação aborda a elaboração dos Planos de fala sobre as sinergias entre a luta contra
dos Planos de Ação Estaduais
Ação Estaduais, o tema mais urgente e as mudanças climáticas e a luta contra
(PAEs) 2
Comissão Nacional de Combate importante na agenda da luta contra a desertificação, que foi tema da parte
à Desertificação: a desertificação no Brasil. É necessário brasileira na edição anterior. Não dá
Só falta a sociedade civil 3 que as instituições da sociedade civil mais, definitivamente, para separar os
O conhecimento, campo de
disputa pela hegemonia 4 assumam um papel de liderança nesse dois assuntos, pois, em todo o mundo, as
Rede de Tecnologias Sociais 5 processo, posto que a criação dos PAEs populações que habitam as “terras secas”
Programa Uma Terra e Duas constitui uma grande oportunidade para (áridas, semi-áridas, sub-úmidas secas)
Águas 5
a orientação das políticas públicas e o serão as mais afetadas pelo aquecimento
reconhecimento do saber construído global.
Textos dos parceiros Drynet
pelas comunidades e ONGs que lutam
Adaptação as alterações
climáticas: Sinergias com a por um modelo agroecológico. O tema do Exótica para nós, brasileiros, a criação
Convenção de Combate à “conhecimento” é, aliás, o segundo foco de camelos é um recurso tradicional para
Desertificação 6 do boletim na sua parte brasileira. É no milhões de pessoas que habitam as regiões
Podemos sobreviver às
armadilhas da adaptação? 7 campo do conhecimento que se trava, em áridas e semi-áridas da Ásia e África. Um
Dryet apóia criadores de grande parte, a disputa pela hegemonia artigo da seção internacional fala sobre
camelos 8 entre o modelo predatório de agricultura, isso, trazendo-nos uma visão sobre outras
dominante, e o modelo agroecológico. realidades da luta contra a desertificação.
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Boletim Drynet
Uma iniciativa global para dar um futuro
às terras secas
BRASIL
O Plano de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN- permite identificar e priorizar as ações mais relevantes
Brasil), em vigor desde o final de 2004, prevê a formulação e eficazes no combate à desertificação. É por isso que o
de Planos de Ação Estaduais em todos os onze Estados com processo de elaboração dos PAEs prevê tanto a participação
Áreas Suscetíveis à Desertificação (ASD), sendo os nove do de representantes da sociedade civil nas equipes de
Nordeste mais Minas Gerais e Espírito Santo, que têm parte elaboração, como uma série de consultas às populações e
de seus territórios nessa situação. Estes planos estaduais atores locais, devidamente preparadas e articuladas.
deverão orientar a priorização e articulação entre programas
e projetos setoriais, bem como definir ações concretas no Quem responde pela elaboração dos PAEs são os Pontos
âmbito do combate à desertificação. Os planos estaduais Focais Estaduais para o Combate à Desertificação (veja
deverão refletir o espírito do PAN-Brasil: redução da pobreza boxe). Recomenda-se que as ASAs estaduais se informem
e da desigualdade, conservação e manejo sustentável dos do andamento do processo em seus Estados e que
recursos naturais, gestão democrática e arranjos institucionais aquelas organizações que se interessem pelo combate à
adequados. desertificação procurem esses articuladores(as), para poder
participar ativamente.
A formulação dos Planos Estaduais agora está plenamente
na agenda dos Estados. Equipes encarregadas da elaboração O acúmulo de conhecimento das organizações da ASA
já foram formadas em Pernambuco, Ceará e Rio Grande do em relação aos sistemas agroecológicos e às tecnologias
Norte; outros Estados se encontram em estágios diferenciados apropriadas para a convivência com o semi-árido é
de preparação. O ideal é que alguns elementos façam parte extremamente relevante para os Planos de Ação Estaduais.
de todos os Planos: Por outro lado, o próprio processo de elaboração dos PAEs
pode abrir oportunidades para a realização de pactos entre
• Um diagnóstico analítico das condições físicas, programas e projetos da sociedade civil junto às políticas
ambientais, sociais, políticas e econômicas das áreas públicas estaduais. Não podemos deixar de participar na
semiáridas no Estado; recomendações para um sistema de elaboração dos PAEs.
gestão de conhecimento para o combate à desertificação;
• Identificação de políticas, programas e projetos
relevantes para o combate à desertificação;
• Orientações para a realização de pactos e articulação
entre os diversos atores sociais, apontando para um
arcabouço institucional;
• Indicação de estratégias de implementação do PAE,
observando temas de “concentração estratégica”;
• Participação e envolvimento dos diversos atores sociais,
prioritariamente os residentes nas áreas semiáridas;
• Recomendações para o sistema de gestão do PAE;
• Recomendações para o sistema de monitoramento do
PAE, contemplando aspectos físicos, sociais e econômicos;
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BRASIL
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BRASIL
No campo do desenvolvimento
sustentável do Nordeste, esse novo olhar
garantiu a viabilidade do Programa Um
Milhão de Cisternas, da ASA. Para além do
seu impacto positivo na vida de centenas
de milhares de famílias nordestinas
(250.000 cisternas já construídas) que
passam a ter acesso à água de qualidade
para consumo nos períodos de estiagem,
O P1MC constituiu a primeira experiência
de articulação social regional para
divulgação, em escala de massa, de uma
tecnologia surgida do conhecimento
tradicional. O Programa Uma Terra, Duas
Águas (P1+2), também da ASA, avança
nesse sentido e constitui uma proposta
com potencial para articular uma resposta
consistente ao discurso hegemônico sobre
Mandala o uso da água.
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Para sobreviver e prosperar, Para leitura do artigo complete por favor 08 – 12 Novembro 2009 - 16 ª
comunidades agrícolas e pastorais visite nosso sitio: Conferencia da Organização Internacional
nas regiões secas terão de gerir seus para a Conversação do Solo – ISCO.
www.dry-net.org (em inglês)
recursos retirando de seu passado o Santiago, Chile:
conhecimento e experiência necessários, http://www.tucson.ars.ag.gov/isco/
mas de uma forma que ultrapasse os
limites do familiar e do tradicional. É 07 – 18 Dezembro 2009 - UNFCCC
essencial então que compreendamos (Convenção Quadro das Nações Unidas
que tipo de condições irão permitir sobre Mudanças Climáticas) Conference
que as comunidades mais vulneráveis das Partes, 15a sessão, e encontros
do mundo prosperem neste ambiente dos corpos subsidiários da UNFCCC.
global mutante, e que utilizemos esse Copenhagen, Dinamarca:
conhecimento para moldar nossas http://unfccc.int/parties_and_observers/
políticas e práticas. “Armadilhas” de ngo/items/3667.php
pobreza e rigidez limitam a capacidade http://en.cop15.dk
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