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Coesão Textual

"A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a


construção do texto enquanto edifício semântico."

A metáfora acima representa de forma bastante eficaz o sentido de coesão,


assim como as partes que compõem a estrutura de um edifício devem estar
bem conectadas, bem “amarrada”, as várias partes de uma frase devem se
apresentar bem “amarradas”, para que o texto cumpra sua função primordial?
Veículo de articulação entre o autor e seu leitor.
A coesão é essa “amarração” entre as várias partes do texto, ou seja, o
entrelaçamento significativo entre declarações e sentenças. Existem, em
Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical.
A coesão lexical é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes
genéricos e formas elididas. Já a coesão gramatical é conseguida a partir do
emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinado advérbios e
expressões adverbiais, conjunções e numerais.
Seguem alguns exemplos de coesão:
Perífrase ou antonomásia - expressão que caracteriza o lugar, a coisa ou a
pessoa a que se faz referência
Ex.: O Rio de Janeiro é uma das cidades mais importantes do Brasil. A cidade
maravilhosa é conhecida mundialmente por suas belezas naturais,
hospitalidade e carnaval.
Nominalizações - uso de um substantivo que remete a um verbo enunciado
anteriormente. Também pode ocorrer o contrário: um verbo retomar um
substantivo já enunciado.
Ex.: A moça foi declarar-se culpada do crime. Essa declaração, entretanto, não
foi aceita pelo juiz responsável pelo caso. / O testemunho do rapaz
desencadeou uma ação conjunta dos moradores para testemunhar contra o
réu.
Palavras ou expressões sinônimas ou quase sinônimas - ainda que se
considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições
favorecem a não repetição de palavras.
Ex.: Os automóveis colocados à venda durante a exposição não obtiveram
muito sucesso. Isso talvez tenha ocorrido porque os carros não estavam em
um lugar de destaque no evento.
Repetição vocabular - ainda que não seja o ideal, algumas vezes há a
necessidade de repetir uma palavra, principalmente se ela representar a
temática central a ser abordada. Deve-se evitar ao máximo esse tipo de
procedimento ou, ao menos, afastar as duas ocorrências o mais possível,
embora esse seja um dos vários recursos para garantir a coesão textual.
Ex.: A fome é uma mazela social que vem se agravando no mundo moderno.
São vários os fatores causadores desse problema, por isso a fome tem sido
uma preocupação constante dos governantes mundiais.
Um termo síntese - usa-se, eventualmente, um termo que faz uma espécie de
resumo de vários outros termos precedentes, como uma retomada.
Ex.: O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso preencher uma enorme
quantidade de formulários, que devem receber assinaturas e carimbos. Depois
de tudo isso, ainda falta à emissão dos boletos para o pagamento bancário.
Todas essas limitações acabam prejudicando as relações comerciais com o
Brasil.
Pronomes - todos os tipos de pronomes podem funcionar como recurso de
referência a termos ou expressões anteriormente empregados. Para o emprego
adequado, convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes.
Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem a devida
orientação. / A instituição é uma das mais famosas da localidade. Seus
funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem sua estrutura de
funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha, queria muito tanto a um quanto
à outra.
Numerais - as expressões quantitativas, em algumas circunstâncias, retomam
dados anteriores numa relação de coesão.
Ex.: Foram divulgados dois avisos: o primeiro era para os alunos e o segundo
cabia à administração do colégio. / As crianças comemoravam juntas a vitória
do time do bairro, mas duas lamentavam não terem sido aceitas no time
campeão.
Advérbios pronominais (classificação de Rocha Lima e outros) - expressões
adverbiais como aqui, ali, lá, acolá, aí servem como referência espacial para
personagens e leitor.
Ex.: Querido primo, como vão as coisas na sua terra - Aí todos vão bem - / Ele
não podia deixar de visitar o Corcovado. Lá demorou mais de duas horas
admirando as belezas do Rio.
Elipse - essa figura de linguagem consiste na omissão de um termo ou
expressão que pode ser facilmente depreendida em seu sentido pelas
referências do contexto.
Ex.: O diretor foi o primeiro a chegar à sala. Abriu as janelas e começou a
arrumar tudo para a assembléia com os acionistas.
Repetição de parte do nome próprio - Machado de Assis revelou-se como um
dos maiores contistas da literatura brasileira. A vasta produção de Machado
garante a diversidade temática e a oferta de variados títulos.
Metonímia - outra figura de linguagem que é bastante usada como elo coesivo,
por substituir uma palavra por outra, fundamentada numa relação de
contigüidade semântica.
Ex.: O governo tem demonstrado preocupação com os índices de inflação. O
Planalto não revelou ainda a taxa deste mês.

Coerência
Freqüentemente ouvimos dizer: seu texto não tem coerente; isso não é um
texto, é o samba do criolo doido; suas idéias são confusas, sem coerência.
Nunca sabemos bem o que seja coerência. Que é afinal esse requisitos
indispensável à existência de um texto?Coerência é a relação que se
estabelece entre as partes do texto, criado uma unidade de sentido.
A coesão auxilia no estabelecimento da coerência, mas não é algo necessário
para que ela se dê. Temos como vimos conjuntos lingüísticos que são texto
porque são coerentes, embora não tenham coesão. Assim, quando se fala em
coerência, pensa-se na não-contradição de sentidos entre passagens do texto,
na existência de uma continuidade semântica. Ela é um fator de
interpretabilidade do texto, pois é ela que possibilita a atribuição de um sentido
unitário ao texto, portanto, a sua organização subjacente. Cada uma das partes
do texto deve estar relacionada a essa unidade semântica. A incoerência seria,
pois, a violação das articulações de conteúdos de cada um dos níveis de
organização do texto.Temos, por conseguinte, diferentes níveis de coerência:
Coerência narrativa é a que ocorre quando se respeitam as implicações lógicas
existentes entre as partes da narrativa. Por exemplo: uma personagem realize
uma ação, é preciso que ela tenha capacidade, ou seja, saiba e possa fazê-la.
em outras palavras , a realização de uma ação implica, pressupõe um poder e
um saber.
Coerência argumentativa diz respeito as relação de implicação ou de
adequação que se estabelecem entre certos pressupostos ou afirmação
explicita colocada no texto e as conclusões que se tira deles, as conseqüências
que se fazem deles decorrer.
Por exemplo, o texto disser que o descontrole orçamentário é a causa da
inflação e que esta é o problema mais grave dos pais, será contraditório se
concluir que o governo deve aumentar os gatos públicos para reaquecer a
economia.

Coerência figurativa diz respeito à combinatória de figuras para manifestar um


dado tema ou à compatibilidade de figuras entre si. Sabemos que as figuras se
encadeiam nome percurso, para manifestar um determinado tema e, para isso,
tem que ser compatíveis umas com as outras, senão o leitor não percebe o
tema que se deseja veicular, Há figuras que são claramente incompatíveis
entre si. ex. um aluno, ao narrar uma festa, disse que ela constava de um chá,
servido numa biblioteca, onde havia estantes de mognos, livros encadernados
em couro, tapetes persas, quadros de pintores famosos; que os homens
estavam de terno e gravata e as mulheres de tailleur, blusa de seda e colar de
pérolas; que o x foi servido por um mordomo uniformizado; que o serviço de x
era de prata e de porcelana de civis e que ao fundo, tocava uma música do
AGNALDO TIMÓTEO. Qualquer pessoa pertencente a nossa cultura percebe
que a figura musica do o AGNALDO TIMOTEO não é compatível com as
demais figuras... Há uma incompatibilidade clara entre os termos.
Coerência temporal é aquela que respeita as leis da sucessividade dos eventos
ou apresenta uma compatibilidade entre os enunciados do texto, do ponto de
vista da localizado no tempo.
Coerência espacial diz respeito à compatibilidade entre os enunciados do ponto
de vista da localização no espaço.
Coerência no nível de linguagem usado é a compatibilidade, do ponto de vista
da variante lingüística escolhida, no nível do léxico e das estruturas sintáticas
utilizados no texto.
A questão da coerência esta relacionada aos conceitos de verdade com que se
trabalha. A primeira é a adequação do que foi dito à realidade ex. namorado diz
à namorada que foi dormir, mas sauí para ir a uma boate. O segundo é a
pressuposição entre os enunciados do texto. Ex. Os pais devem bate nos
filhos.
Apresentamos já diferentes níveis do texto em que precisa haver coerência:
narrativa, figurativo, temporal ECT. Podemos dizer que há, em cada desses
níveis, dois tipos de coerência:
Coerência intratextual, que é aquela que diz respeito á relação de
compatibilidade, de adequação, de não-contradição entre os enunciados do
texto, como ocorre, por exemplo, quando respondemos o que nos foi
perguntado, quando não desdizemos o que acabamos de dizer ECT.
Coerência extra textual, que concerne à adequação do texto a algo que lhe é
exterior. Essa exterioridade pode ser:
O conhecimento de mundo: são aqueles dados referentes ao mundo físicos, à
cultura de um povo, ao conteúdo das ciências etc. que constituem o repertório
a partir do qual produzimos e entendemos textos.
Os mecanismos gramaticais e semânticos da língua. Observe o texto abaixo;
Felicidade é um viver como aprendiz. É retirar de cada fase da vida uma
experiência significativa para o alcance de nossos ideais.
É basear-se na simplicidade do caráter ao executar problemas complexos; ser
catarse permanente de doação e espontânea.
Nesse texto, usa-se executar no lugar de resolver, utiliza-se catarse, que
significa reação de liberação ou liquidação de afetos por muito tempo
recalcados no subconsciente e responsável por um trauma, indevidamente,
pois se dá a essa palavra o complemento de doação sincera e espontânea.

Progressão Textual
Dissemos já que para um conjunto de enunciados lingüísticos ser um texto é
preciso que tenha coerencia. O que garante a unidade de sentido é a relação
harmoniosa das partes. Unidade, porem, não quer dizer repetição de idéias, de
segmentos com o mesmo significado,um bom texto deve ter progressão, isto é
cada segmento que se sucede precisa ir acrescentando informação nova ao
repetição.
Em síntese, num texto, cada segmento que ocorre deve acrescentar um dado
novo ao anterior.A própria repetição, quando funcional, faz isso e, portanto,
justifica-se já as repetições sem função desqualificam o texto.

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