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Escola Secundária de Bocage

Curso de Técnicos de Apoio à Infância


Turma I do 10º ano
Disciplina: Sociologia
Professor/a: Elisa Castro
Realizado por: Ana nº1/ Bruna nº5/ Fábio nº8 / Vânia nº23

Título do trabalho
A Família

23 De Abril de 2009
Ano lectivo 2008/2009
Índice
Introdução............................................................................................................................2
1.O que é a família?.............................................................................................................3
2.Famílias tradicionais Vs Familias Modernas....................................................................5
3.Um estudo de caso português sobre a família ..................................................................8
4.A família Portuguesa e as suas tendências actuais............................................................9
4.1Estrutura e tipos de família – Estatisticas...................................................................9
4.2Constituição da família.............................................................................................10
4.3Dissolução da família e recasamento........................................................................11
4.4 A violência na familia..............................................................................................11
4.5Responsabilidades da Família...................................................................................12
5.Familia: Agente determinante de progresso....................................................................13
5.1A Família é a base da sociedade...............................................................................13
6.Tipos de família – Interacção..........................................................................................15
7.Tipos de Família – Estrutura...........................................................................................15
8.A família como meio de transmissão de valores.............................................................19
9.Casamento – O inicio da familia?...................................................................................20
Conclusão...........................................................................................................................23
Bibliografia........................................................................................................................24

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Introdução

Neste trabalho realizado no âmbito da disciplina de Sociologia, tentamos


dar a conhecer a familia como grupo social que é demonstrando todas as suas
caracteristicas importantes. Primeiramente, terntaremos definir o que é a familia
em termos de definição concreta. Pretendemos dar a conhecer as diferenças
entre familias modernas e antigas, de modo a verificar como este grupo social
tem vindo a sofrer enormes alterações ao longo dos anos. Veremos ainda alguns
tipos de familia, a sua importancia na sociedade e algumas estatisticas
importantes.
De modo a tentar compreender a grande importancia que a familia tem,
tentaremos ainda passar em revista alguns aspectos fundamentais para
perceber melhor o que é fazer parte de uma familia, onde é que esta começa e
onde pode acabar. Um trabalho onde principalmete pretenderemos dar a
conhecer aos leitores o que é a familia enquanto grupo do qual fazemos parte
desde o nascimento até à morte.

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1.O que é a família?

De facto a família é uma instituição


universal, contudo existe bastante dificuldade
em atribuir-lhe uma definição concreta. À
palavra família, estão associados termos tais
como, casamento, filhos, casa… E na
realidade são esses os elementos que
habitualmente constam nas definições de
família. Na conhecida e clássica definição de
Murdock: “A família é o grupo social
caracterizado por uma residência em comum,
cooperação económica e reprodução. Inclui
adultos de ambos os sexos, dois dos quais, pelo menos, mantêm uma relação
sexual socialmente aprovada, e uma ou mais crianças dos adultos que coabitam
com relacionamento sexual, sejam dos próprios ou adoptadas.”
No geral a familia é um grupo social primário que influencia e é
influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um
número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou
estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adoção. Dentro da
família existem os chamados graus de parentesco que normalmente costumam
partilhar o mesmo sobrenome, herdado dos ascendentes directos. A família é
unida por múltiplos laços capazes de manter os membros moralmente,
materialmente e reciprocamente durante uma vida e durante várias gerações.
Apesar de muitas das famílias actuais se enquadrarem nesta definição,
há cerca de meio século que a família tem tido uma evolução na sua estrutura, o
que originou novas formas de famílias inseridas na sociedade de hoje.
Ainda assim, é importante analisarmos a definição do Instituto Nacional
de Estatística, que define a família como o “Conjunto de indivíduos que residem
no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto)
entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento. Considera-se

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também como família clássica qualquer pessoa independente que ocupa parte
ou a totalidade de uma unidade
de alojamento. Assim, os
empregados domésticos
residentes no alojamento onde
prestam serviço são integrados
na respectiva família.”
Podemos concluir que a
família tradicionalmente é uma
unidade jurídica, sociológica,
económica e uma comunidade
de solidariedade apta para
realizar a integração de todos
os membros que a compõem,
quer sejam crianças, jovens, adultos, idosos ou deficiente.
É de destacar que uma família tem direitos e responsabilidades
Dentro de uma familia destacam-se um conjunto invisível de exigências
funcionais que organizam a interacção dos seus membros, assemelhando-se
assim a um sistema que opera através de padrões transaccionais. Assim,
podemos referir que dentro de uma familia, os indivíduos que dela fazem parte
podem constituir sub-sistemas, formados por diferentes caracteristicas como a
geração, o sexo, os interesses ou as funções, havendo consequentemente
diferentes níveis de poder onde os comportamentos de um membro afectam e
influenciam os outros membros.
Mas como surge a família? A família começa então na união de duas
pessoas, a que se dá o nome de cônjugues. Cônjuges são, os que se sentem
conjugados por uma origem ou destino de vida em comum. O que define o
iniciar de uma família é o afecto que conjuga intimamente duas pessoas desde a
origem da sua união até ao fim da sua existência tendo como resultado uma vida
em comum. Pode-se dizer que é o afecto que define a entidade familiar, contudo
este afecto não é um afecto qualquer. Se fosse um afecto qualquer, uma simples

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amizade seria sinónimo de família, ainda que sem o convívio caracteristico. O
que identifica a família é um afecto especial. Este afecto constitui a diferença
específica que define a entidade familiar. É o afecto entre duas ou mais pessoas
que se afeiçoam pelo convívio em virtude de uma origem comum ou em razão
de um destino comum, que conjuga as suas vidas intimamente gerando aquilo a
que se chama de efeitos patrimoniais ou seja, o património moral, o património
económico etc. É este o afecto que define a família: o afecto conjugal, apesar de
no nosso dia à dia o denominarmos de afecto familiar.

2.Famílias tradicionais Vs Familias Modernas

A divisão entre famílias


tradicionais e famílias modernas é
uma fronteira delicada. Pensemos,
por exemplo, no divórcio –
transição pela qual qualquer
família tradicional pode passar,
levando-a a adoptar uma nova
forma de família, como a
monoparental ou mesmo a família
de recasamento. Muitos outros
exemplos de famílias modernas
surgem, tais como as famílias adoptivas, as famílias homossexuais, as famílias
em que há vários recasamentos em várias gerações, as famílias de
acolhimento…

Muitas vezes a ajuda prestada à família não passa por uma ajuda
terapêutica, mas sim pelo desenvolvimento conjunto, por práticas que
enquadramos mais no âmbito da prevenção e que pretendem evitar que algum
tipo de situações problemáticas aconteça.

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Pensando no exemplo das famílias de recasamento (pais divorciaram-se
e voltaram a casar; filhos ganharam novos irmãos), é uma intervenção que
facilita a adaptação a novos papéis e à nova reorganização familiar que pode
passar desde logo pela promoção das relações entre os irmãos. As actividades
lúdicas permitem desenvolver as relações e promover a proximidade entre
irmãos através do brincar; permitem também promover a relação entre os pais e
os filhos, através de actividades que envolvam estas duas gerações e que
permitam um trabalho em equipa e o desenvolvimento de uma actividade de
interesse para ambos (pintura para pais e filhos, dança para pais e filhos, teatro
para pais e filhos…).

No entanto, apesar de podermos


pensar que as novas famílias vivem
mais dificuldades, há muitos factores
comuns entre estas e as famílias ditas
tradicionais, sendo que muito do que
acontece nas primeiras também
acontece nas segundas. As famílias a
que chamamos tradicionais também
sofrem transições.

Uma das grandes transições do ciclo familiar é a transição para a


parentalidade, sendo esta talvez a transição mais normal e mais esperada
socialmente. O crescimento da família, a chegada de um novo elemento, a
aquisição de novos papéis e o seu equilíbrio com os papéis anteriores, as
transformações na relação de casal e todos os receios dos cuidados que o bebé
exige, os medos de não se ser um bom pai/mãe, de não conseguir conciliar com
o trabalho, etc. Tudo isto são questões que vale a pena acompanhar e preparar,
numa perspectiva mais preventiva de intervenção. Exemplo disto é o caso dos
grupos de preparação para o parto, que vão cada vez mais longe ao conciliar a
preparação para o momento do parto (relaxamento, posições, respiração…) com

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a preparação para a própria parentalidade, que é afinal de contas uma transição
tão importante e por vezes tão assustadora na nossa vida – falamos então em
grupos de preparação para o parto e parentalidade.

No ciclo de vida familiar, lembramo-nos da transição que diz respeito às


famílias com filhos adolescentes. Novos desafios surgem: a conquista da
autonomia, as dificuldades na comunicação familiar, as relações com os pares.
Em termos de intervenção, cada vez mais se reconhece a importância da
criação de grupos de desenvolvimento de competências parentais (chamado de
escolas de pais), nos quais se pretende aprender aspectos importantes sobre o
desenvolvimento do filhos, novas formas mais criativas e funcionais de
comunicar com os filhos e resolver conflitos, aprender a lidar positivamente com
questões relacionadas com a sexualidade, os carinhos e os castigos, as
dificuldades de aprendizagem e a escola, entre outros aspectos que promovem
a mobilização de recursos pessoais potenciadores de vivências mais positivas
da parentalidade.

O desenvolvimento pessoal e
familiar desenrola-se ao longo de todo o
ciclo da vida, salientamos ainda o papel
que os avós desempenham como parte
integrante da família e a necessidade de
se promover a qualidade de vida dos
idosos, necessário em situações em que
são sentidas dificuldades (situações de luto, de doença, de solidão, dificuldades
relacionais…). Este acompanhamento pode ser individual ou em grupo e
pretende, num âmbito mais alargado, a preparação para o envelhecimento, a
promoção de vivências positivas e a integração da história de vida.

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3.Um estudo de caso português sobre a família

Durante a pesquisa elaborada encontrámos várias familias com situações


familiares diversas. O nosso objectivo era ancontrar uma situação com que
muita gente se identificasse, mas sobretudo que combinasse um pouco de uma
familia tradicional com uma familia moderna. Uma espécie de fase de transição.
Entre muitos exemplos, escolhemos o caso de Maria João, uma professora que
vive uma situação familiar comum a muitas pessoas.
Na casa de Maria João vivem dois adultos, duas adolescentes e dois
bebés. Mas apenas os dois filhos mais pequenos são fruto da relação com o
actual companheiro. Quando conheceu Joaquim, a professora já tinha uma
menina, hoje com 13 anos. O marido, por seu lado, tinha a seu cargo a guarda
de uma filha, da mesma idade, fruto do primeiro casamento.
Durante os cinco anos em que viveu em exclusivo para a filha, Maria João
recorda que sentiu algumas vezes o peso da discriminação. 'Senti mais no
ambiente profissional e quase sempre por parte dos homens, por não ter o
suporte social do marido.'

A entrada do actual companheiro no seu universo deu-se de uma forma


calma. 'No início senti que a minha filha tinha uns certos ciúmes. Perguntava-me
se eu gostava mais dele do que dela mas com o tempo essa desconfiança
passou.'
O erro do primeiro casamento leva Maria João a aconselhar a filha a
experimentar uma união de facto antes de oficializar uma relação. 'É melhor
experimentar primeiro a vivência debaixo do mesmo tecto e dar algum tempo
para ver se resulta.'
Com duas raparigas a entrar na adolescência e dois rapazes em plena
infância, não é fácil ao casal organizar programas que agradem a uns e outros.
O mais recorrente é as duas raparigas irem ao cinema com os amigos e Maria
João e Joaquim passearem com os dois pequenos no parque.

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Pela sua experiência mas também pelo olhar que lança à sua volta, Maria
João não tem dúvidas: a família tradicional está mesmo a mudar. 'Eu, tal como
muitas pessoas da minha geração, sou fruto de famílias tradicionais. Já a
geração dos meus filhos não vai poder dizer a mesma coisa.'

4.A família Portuguesa e as suas tendências actuais

“A Família é o elemento fundamental da sociedade e tem a responsabilidade


primária pela protecção, crescimento e desenvolvimento das crianças”

4.1Estrutura e tipos de família – Estatisticas

Se verificarmos o número médio


de pessoas por família, observamos que
este tem vindo a decrescer
progressivamente. Em 1920 era de 4,2;
em 1930 baixou para 4,1; em 1960 era já
de 3,7; baixou para 3,4, em 1980; em
1991 era de 3,1 e no último censo de
2001 situava-se em 2,8.
As causas desta situação são conhecidas e relacionam-se com a queda
da natalidade e da fertilidade. Vemos que na última parte do século XX, a taxa
de natalidade baixou de 19,1 para 11,8 entre 1975 e 2000, e a taxa de fertilidade
que era de 3,1 em 1960 atingiu o valor mais baixo do século XX em 1999 com
1,5.
Em relação aos diversos tipos de família e de acordo com o censo em
2001, temos esta tipologia: (1) casais com filhos – 64,8% do total de casais; (2)
famílias unipessoais – 17,3% do total de famílias; (3) famílias monoparentais –
11,5% do total de núcleos familiares; famílias reconstruídas – 2,7% do total de
casais com filhos.
Já as famílias monoparentais aumentarem relativamente ao censo
anterior, sendo na sua grande maioria constituídas pela mãe e pelos seus filhos

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que geralmente foram resultado de separações e divórcios, ainda outras tiveram
origem na morte de um dos cônjuges.
Quanto ao caso de famílias unipessoais, são constituídas por pessoas
solteiras, divorciadas, separadas ou viúvas, mas são predominantes as viúvas.
O que se dá devido ao facto de que no caso das viúvas os homens mostram
uma maior tendência para casar de novo, não só como também, pelo facto de as
mulheres terem esperança média de vida superior aos homens.
É claramente visível que o número de famílias reconstruídas têm
aumentado nos últimos tempos, inclusive um novo tipo de relacionamento
conjugal, denominado LAT (Living-apart-together). Estes relacionamentos
baseiam-se em casais, que apesar de não terem vínculos conjugais, decidem
fazer vida em conjunto, vivendo contudo cada um na sua própria casa.

4.2Constituição da família

Uma família é constituída quando duas


pessoas decidem viver em comum, debaixo do
mesmo tecto, com o objectivo de manterem
entre si um relacionamento sexual. Através do
laço do casamento a grande parte das
pessoas constitui família, contudo, nas
sociedades contemporâneas tem aumentado
significativamente as pessoas que constituem
família através de uma união e não de jura. Em Portugal, o casamento de jura
continua a ser a norma e muitos dos casais que começam por viver juntos,
coabitação, acabam por casar mais tarde, normalmente com a chegada de um
novo rebento.
Pela sociedade, o casamento é associado a uma maior estabilidade e
continua a ter uma enorme importância na população portuguesa.
Também a idade em que os casamentos são realizados tem vindo a
aumentar, com o passar dos anos.

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4.3Dissolução da família e recasamento

Relativamente ao divórcio a legislação


alterou-se. E isso evidenciou-se a partir de
1975, em que ouve uma grande subida das
taxas de divórcio verificadas em Portugal.
Quanto às razões do divórcio não
parecem ter qualquer tipo de ligação à sua
duração, pelo contrário tem sido relacionadas
é com o aumento da esperança de vida, com
a crescente autonomia económica da mulher
e com a satisfação no casamento,
destacando-se a satisfação sexual. Apesar
de as pessoas se divorciarem tem a
tendência para se casar de novo, é o que
acontece em Portugal.
Foi ainda verificado o facto de a maior parte das viúvas e divorciadas
voltarem a casar com homens do mesmo grupo de idade ou mais velhos (são
excepção as viúvas e divorciadas com mais de 64 /69 que casam
preferencialmente com homens mais novos).

4.4 A violência na familia

Entre este vasto mundo da violência, estão os maus tratos infantis, os


físicos, psicológicos, sexual e negligência. Os agressores são principalmente os
próprios pais. As causas destas atitudes devem-se a estas pessoas serem
problemáticas, juntamente com baixo nível de instrução, desemprego,
alcoolismo, consumo de drogas e personalidade até mesmo agressiva.

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Quanto ao abuso sexual,
acontece geralmente em crianças com
idades entre 9 e 14 anos, sendo
abusadas por membros da família ou
por pessoas muito próximas da família.
Outro aspecto da violência na
família, é a violência doméstica. Por
esta ser uma situação considerada pela
mulher de constrangimento social, esta esconde o facto de ser agredida com
receio das reacções sociais ou das represálias do marido sobre ela ou sobre os
filhos.

4.5Responsabilidades da Família

A família é totalmente
responsável pela educação dos filhos. É
dentro deste meio que deve nascer a
criança, que deve ser educada, e que
lhe transmitam valores que
posteriormente o façam tornar um
adulto independente e responsável.
Também os afectos e os sentimentos
transmitidos são indispensáveis para a
criança.

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5.Familia: Agente determinante de progresso

A família é protagonista do
desenvolvimento sustentado:
económico, social, moral e cultural.
Esta é uma unidade criadora de
riqueza e não apenas de consumo
devido as seguintes razões:

• Garante a indispensável renovação das gerações;


• É a fonte natural do capital humano indispensável à construção do futuro
pela forma como exerce a sua função educativa;
• Presta serviços gratuitos: educação, acompanhamento na doença,
protecção de idosos, prevenção de situações de risco e de várias formas de
exclusão social;
• É geradora de estabilidade;
• É garantia de democracia;
• É limite natural ao poder político.

5.1A Família é a base da sociedade

A família é a base da sociedade, daí a


ser importante manter a coesão da família e a
solidariedade entre os seus membros sendo
ainda uma escola de altíssimo valor espiritual.

Em geral, os membros de uma família


têm diferentes formações morais, resultantes

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de gerações anteriores. Todos têm o que aprender com os demais, assim como
têm o que ensinar.
Constituir e manter uma família são deveres que nascem conosco e
mantêm-se ao longo da vida.

No lar, cada um de nós tem um papel e/ou função a desempenhar,


devendo dar o nosso melhor de forma a desempenhá-lo da melhora forma
possivel. É importante a compreensão dos deveres e direitos de cada cônjuge.

Manter a serenidade e o bom


humor é colaborar para um bom
ambiente, quer seja no lar quer seja
fora dele. O desprendimento e a
tolerância são importantes factores
para que haja harmonia entre os
membros da família. O egoísmo e as
incompreensões apenas
enfraquecem os laços de amizade entre os familiares.

Os bons pais e mães devem sempre dar bons exemplos aos filhos, pela
rectidão da sua conduta, não falar uma coisa e praticar o oposto. Os filhos
comportam-se de acordo com os exemplos que vêem no lar. Daí a importância
de constatarem a dedicação dos pais à família, a sua honradez e o amor ao
trabalho.

Os filhos também têm deveres, precisam de ouvir os conselhos maternos


e paternos, para se protegerem dos perigos a que vão ficar sujeitos ao longo da
vida.

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6.Tipos de família – Interacção

1) Família fechada em si mesma e defensiva.


Características: Centra-se na mãe, tolerando tudo o que o filho faz. Compensa
as dificuldades com superprotecção e a frase mais comum é essa. "A mãe vai
resolver isso". Os filhos têm sempre razão e as culpas são atribuídas às pessoas
fora da família. Alerta: Pais que não dão oportunidades para os filhos resolverem
os problemas acabam por criar filhos dependentes.

2) Família Super protectora.


Características: Figura predominante é o pai. A família toma o lugar do filho
quando ele tem dificuldades. O jovem ganha tudo e não precisa lutar por nada e
a frase mais usada é esta: "Nós damos tudo do bom e do melhor". Na verdade,
os filhos mandam e os pais obedecem. Já o filho super protegido, protela a
entrada para a fase adulta e acaba por encarar a vida de maneira infantil.
Demora mais para montar a própria casa, trabalhar, casar, ter independência.

3) Família Ausente.
Características: Pais brilhantes, bem sucedidos, mas ausentes. Os filhos
sentem-se sozinhos e os pais inalcançáveis. Não há liame forte de sentimento.
Os pais trabalham muito, dão tudo ao filho, menos atenção e carinho.

7.Tipos de Família – Estrutura

Díade nuclear – Casal sem filhos

Família nuclear – Casal com filho (s). Refere-se ao conjunto de membros


de uma mesma família, compreendendo habitualmente os dois pais e o (s) filho

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(s), vivendo sob o mesmo tecto e com um conjunto actividades e objectivos
comuns, tais como refeições, tempos livres e férias. São submetidos à mesma
regra económica.

Família bi-nuclear – Constituída por duas famílias pós-divorciadas com


filhos de ambas. Designa a família em tutela conjunta ou nas quais o
relacionamento entre os cônjuges é amigável, os “cúmplices perfeitos” onde os
casais divorciados não ofuscaram a sua amizade de longa data pelo casamento
anterior, os “colegas cooperativos” que, embora não sendo bons amigos, têm
uma boa cooperação no que diz respeito às questões que dizem respeito aos
filhos, os “associados irritados” e “adversários coléricos” que só sentem raiva
dos seus ex-cônjuges.

Família alargada ou extensa – família


nuclear com parentes de sangue. Designada por
famílias de três gerações. Trata-se dum conjunto
de ascendentes, descendentes e colaterais cujos
laços de sangue ou de sexo definem a pertença
comum a um grupo familiar que pode ser
numericamente importante. Caracterizam-se pela
presença de várias gerações (família nuclear e
extensa); esta multiplicidade geracional pode
gerar disfuncionalidades na organização
hierárquica pelo que se torna necessário sondar eventuais coligações e
proceder à reorganização hierárquica.

Família reconstituída – casal e filho (s) de relações anteriores. Estas


famílias, também designadas por famílias recasadas ou de segundas núpcias,
colocam questões na relação pais-filhos. Constitui-se um novo grupo pais-
crianças que, após uma experiência familiar interrompida, comprometem-se a
viver em conjunto no sentido de favorecer o desenvolvimento pessoal e social

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dos indivíduos que a compõem. A adição de um novo parceiro na família
monoparental, numa família em que ocorreu um divórcio ou em que um dos pais
faleceu cria uma família segundo o modelo reconstituído. Esta família tem que
constituir uma nova identidade familiar. Embora seja uma situação de
continuidade, a nova situação familiar é diferente da anterior mas também não
pode ser entendida como uma situação de ruptura. Na família, a relação pais -
crianças estrutura-se a partir de regras, rituais, papeis e de mitos aos quais a
família reconstituída não escapa. Esta nova família deve adaptar-se a uma outra
forma de viver em conjunto. As transformações que daí resultam podem
provocar diferentes reacções de adaptação e de conflito familiar. Estas
mutações podem ser fonte de experiências positivas, de crescimento e de
aprendizagens mas também podem ser geradoras de evitamento e de bloqueio
relacional entre alguns membros. O fenómeno da família reconstituída e a ajuda
a estas famílias são, cada vez mais frequentes. As grandes etapas do ciclo de
vida da família coincidem com os momentos em que um dos seus membros sai
do sistema familiar. As fronteiras inter-geracionais reorganizam-se e formam-se
novas alianças. Esta dinâmica encontra-se também após a constituição de
famílias reconstituídas. Trata-se da necessidade de se adaptar não apenas à
saída de um dos seus membros mas de se adaptar igualmente ao movimento de
chegada dum novo membro.

Família Monoparental – Um progenitor e filho(s). Falamos


neste tipo de familia quando nos referimos a “lares onde os filhos
vivem com um dos progenitores, sendo que estes não mantém
uma relação conjugal em termos de coabitação permanente,
independentemente das razões que conduziram a essa situação.

Família comunitária – Grupo de homens. Mulheres e filhos. Neste tipo


de famílias deixa de existir uma unidade nuclear. Distinguem-se 5 tipos de
experiências comunitárias: comunidades religiosas, comunidades utópicas,
comunidades planeadas, Kibbuts israelitas e as comunas.

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Família de coabitação – Homem (s) e mulher (es) solteiros partilhando
uma casa em comum.

Família homossexual – Casal do mesmo sexo

Família celibatária – Uma pessoa que não estabeleceu casamento ou


união, e que vive sozinha numa casa

Família unipessoal – Uma pessoa a viver sozinha numa casa

Família “pás de deux” - Constituída apenas por dois elementos. Podem


ocorrer problemas de vinculação intensa (mútua dependência e ressentimento)
e, consequentemente, a necessidade de definir fronteiras e aumentar as
ligações extra-familiares.

Família com suporte – com prole extensa e, consequentemente, filhos


em várias etapas do processo de desenvolvimento individual (v.g., crianças
pequenas e adolescentes)

Família acordeão – ausência de um dos cônjuges por períodos de tempo


prolongados

Família flutuante – mudanças frequentes de domicilio ou até de


composição familiar como no caso do progenitor (solteiro, viúvo ou separado)
que muda com alguma frequência de parceiro(a)

Família hospedeira - Tratam-se de famílias com colocação temporária de


um elemento (criança), com um pedido /desejo paradoxal na relação família –
criança o que requer avaliação do valor dos sintomas surgidos

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Família com fantasma - Nestas famílias verifica-se o desaparecimento
de um elemento importante, podendo verificar-se dificuldade em renegociar e
redistribuir papeis e tarefas. Se a perda é por morte e ocorrendo luto patológico,
é necessário proceder à elaboração da perda e reestruturação familiar.

Família descontrolada – São famílias em que um membro tem


problemas de comportamento que arrasta dificuldades na organização
hierárquica pelo que à família se impõe a necessidade de reorganização
estrutural e funcional

Família psicossomática – São famílias aglutinadas, com ênfase nos


cuidados de saúde ou papel educativo. Verificam-se comportamentos de super
protecção, evitamento de conflitos e incapacidade de os resolver; dão ares de
“família ideal”. As intervenções terapêuticas devem ser no sentido da fixação de
limites e reestruturação dos subsistemas, de facilitação da separação.

Famílias adoptivas – Também têm vindo a aumentar em número, quer


unicamente com crianças adoptivas ou coexistindo estas com filhos biológicos.
Esta família nasce com a chegada da criança que, na maior parte das vezes,
surge após bastantes anos do casamento e a necessidade de ter que fazer um
luto por um filho, por uma família biológica e da sua capacidade de concepção.

8.A família como meio de transmissão de valores

Uma família possui vínculos essenciais com a Sociedade, mediante os


deveres que apresenta perante a mesma. De facto é da família que saem os
cidadãos e é na família que encontramos a primeira escola de virtudes e valores
sociais, importantes para o desenvolvimento não só da sociedade como pessoal
enquanto cidadãos.

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Assim, por força da sua natureza e vocação, longe de fechar-se sobre si
mesma, a família deve abrir-se a outras famílias e à sociedade assumindo a sua
função social.
No entanto, constata-se que
o serviço à vida e aos outros, se
encontra comprometido, em muitos
países.
A família desempenha um
papel essencial na formação de
pessoas conscientes e com
responsabilidades sociais.
Os pais, exercendo a sua autoridade sobre os filhos de modo a
proporcionar-lhes uma liberdade responsável, e os filhos, com o amor, o respeito
e a obediência aos pais, dão o seu contributo específico e insubstituível para a
edificação de uma Família.
Os pais, que transmitem a vida aos filhos têm, a gravíssima obrigação de
os educar e, por isso, devem ser reconhecidos como primeiros e principais
educadores. A Família é portanto a primeira escola de virtudes sociais de que a
sociedade tem necessidade.
Mas, a função social da família não pode fechar-se na obra procriativa e
educativa, neste sentido as familias devem crescer na consciência de que são
"protagonistas" da chamada "política familiar" e assumir a responsabilidade de
transformar a sociedade.

9.Casamento – O inicio da familia?

O Casamento também denominado de matrimónio, é o vínculo


estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental,
religioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade. Na
maior parte das sociedades, só é reconhecido o casamento entre um homem e
uma mulher. Em alguns países (em Novembro de 2008, a Holanda, a África do

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Sul, o Canadá, a Noruega, a Bélgica e a Espanha), estados federados (o
Massachusetts e o Connecticut) e confissões religiosas (protestantes), é
também institucionalmente reconhecido o casamento entre duas pessoas do
mesmo sexo.
Embora o casamento seja tipicamente entre duas pessoas, muitas
sociedades permitem que o mesmo homem (ou, ainda que raramente, a mesma
mulher) se case com várias mulheres (ou homens, respectivamente). As
pessoas casam-se por várias razões, mas normalmente fazem-no para dar
visibilidade à sua relação afectiva em busca de uma certa estabilidade
económica e social, procriar e educar os seus filhos, legitimar o relacionamento
sexual ou para obter direitos como nacionalidade. No fundo fazem-no para
constituir a familia.
Mas será no casamento que se inicia
a familia? De facto, esta questão é bastante
pertinente e levanta muitas dúvidas, devido
ao facto de quando nos casamos já somos
membros de uma familia. Tendo em conta
que quando casamos possuimos um pai,
uma mãe, irmãos entre outros membros
familiares, não se pode dizer que é no
casamento que se inicia a familia. Por outro
lado, é no casamento que ficamos com a
sensação de estar a constituir a nossa própria familia. Colocando os factos desta
forma, e falando desta maneira pode dar a impressão de uma certa
despreocupação em relação aos membros da familia a que já pertencemos
contudo não é isso que está em causa. O que está em causa é o facto de nos
sentirmos como uma espécie de “iniciadores” se assim se pode dizer. Fomos
nós que iniciámos a nossa familia que será constituida pelos nossos filhos,
netos etc. De facto é quase impossivel dizer quando começa a familia, sendo
que é mais fácil diferenciar a familia que iniciámos e a familia onde começámos.
É também um pouco por estes factos que hoje em dia o casamento já não é

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visto como um “contrato” obrigatório para iniciar uma nova geração, mas sim
como uma espécie de confirmação dos sentimentos demonstrados. Ainda assim,
o casamento é sem dúvida, um vinculo que marca uma familia se essa for a
decisão tomada visto que é ali que oficialmente é formada uma nova familia.

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Conclusão

No âmbito deste trabalho sobre a família aprendemos bastante, como por


exemplo os vários tipos de famílias que existem não só quanto à estrutura mas
também quanto à sua formação. Compreendemos a definição de família
enquanto grupo social que é e a sua importância na sociedade.
É difícil dizer onde começa a família, contudo podemos afirmar que a
família é bastante importante, sendo considerado o grupo primário que mais
influência tem na nossa vida. Com ela aprendemos regras, valores e funções
essenciais à nossa valorização como ser humano e como membro de uma
sociedade activa.
Outro aspecto abordado, foi o casamento. Permanece difícil de explicar
se é no casamento que se inicia uma família, contudo temos agora a certeza
que é com o casamento que se dá um enorme passo de modo a prolongar uma
família ao longo da vida.

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Bibliografia

 http://www.racionalismo-cristao.org.br/familia.html
 http://pt.wikipedia.org
 http://br.geocities.com/prdacceumcl/Familiarisconsortio.htm
 http://www.apfn.com.pt/Cadernos/Caderno15.pdf
 http://tudosobreseguranca.com.br/portal/index.php?option=com_content&task
=view&id=185&Itemid=135
 http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=10376231
1E2A3A1FE0440003BA2C8E70&opsel=1&channelid=0
 http://ww3.scml.pt/media/revista/rev_14/Familia_portug.pdf

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