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editorial sumário

Um Brinde à QUALIDADE Abrindo diversos


canais de interação
com clientes, a
Claro revoluciona o

R
econhecimento pode ser comemorado no
mercado e atinge
aos profissionais. 3º Congresso ClienteSA altos índices de
É assim que se de Televendas, que crescimento
deve avaliar o priorizamos nesta edição,
lançamento do Prêmio como já o foi no 2º
Personalidades Congresso ClienteSA de
ClienteSA, nesta versão, Cobrança. Inauguramos
para a área de Televendas. outra iniciativa, que
É uma iniciativa pioneira na
atividade onde abrimos a
possibilidade de o próprio
chamamos de Evento
Relâmpago, pela
oportunidade de contribuir
26 João Cox,
presidente da Claro
mercado indicar e escolher com a discussão do mercado.
os profissionais. É para Desta vez sobre o Decreto A estratégia de gestão de
comemorar: vem muito do SAC, que surpreendeu cliente ampara o negócio
mais por aí! A atividade a todos pela participação,
tem demonstrado nos como se pode ver nesta
últimos eventos o interesse edição. Além de muitas
pela informação de boa outras novidades, como a
qualidade, que agrega valor. Entrevista Exclusiva com
De forma direta, o esforço é João Cox, presidente da
levar para o network direto
o conteúdo que provocamos
e disponibilizamos tanto
Claro, que conta a trajetória
profissional, que se mistura
com a cultura de gestão
60
no portal Callcenter. de clientes implementada Personalidades
inf.br quanto na revista na companhia. E uma das ClienteSA
ClienteSA. Se esse conteúdo revelações importantes do Televendas 2008
já é celebrado no Encontro executivo é o reviravolta Mercado reconhece
profissionalismo do setor
com Presidentes, também implementado justamente
no contato com o cliente,
que partiu do atendimento
46
para o que ele batiza de Conference
multicanal. Importante: Congresso Televendas
ele conta o segredo! Esta
edição guarda ainda outros
segredos como a política
16
Legislação
A nata da atividade
debate o futuro
com os desafios das
regulamentações
de gestão de clientes da Decreto do SAC
indústria automobilística. Ainda pairam muitas dúvidas
no ar. E críticas
Imperdível.
Vilnor Grube

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ESPECIAL

34 Automobilístico
O segredo do cliente no crescimento

seções
Interação 08
Portal 10

12 Ouvidoria
Back Office
42
72
Business Center
Ajinomoto
Empresa celebra dez anos da central de
atendimento apostando em SAC interno

articulistas

14 18 22 24 32 44 70 74
Leonardo Ana Lucia Marcos Fábio Fernando Salvatore Livio Giosa Marco Barcellos
Vieiralves Vidigal Mazza Guimarães Milanese Júlio Xavier
Azevedo

expediente Número 75 | setembro 2008

Diretores Web Service Comercial / Marketing Jornalista Responsável


Vilnor Grube Rafael Galvão (Web designer) Danilo Krochmalnik (Diretor) Vilnor Grube (MTB. 14.463)
editor@clientesa.com.br Ricardo Cantini (Tecnologia) danilo.kroch@clientesa.com.br
Solange Teles Alberto Kohn (Gerente Comercial)
Fotografia Fale com a Cliente S.A.
solange@clientesa.com.br alberto@clientesa.com.br
Manoel Nascimento e Divulgação Rua Federação Paulista de Futebol, 799
Editora Assistente Marco Antonio Daud (Gerente de Contas) sala 1.312 – 13a andar – Barra Funda
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Heloísa Negrão marco.daud@clientesa.com.br CEP 01141-040 – São Paulo/SP
heloisa@clientesa.com.br Colaboradores Eliane Rocha (Assistente Comercial) Tel.: (11) 4062-0220
Redação Ana Maria Moreira Monteiro, Enio Klein, Regional Paraná
Natiê Amaral, Alba Cardoso, Flávia Fernando Guimarães, Kátia Valente, Marcos Valdeci Carneiro (Gerente Regional)
Ghiurghi, Gislene Trindade e Calliari, Leonardo Vieiralves Azevedo, Marcos Tel.: (41) 3015-4740 / (41) 8818-8061
Fábio Mazza, Marco Barcellos, João Batista Visite nosso portal
Verah Moraes (revisora) ClienteSA CONFERENCE www.clientesa.com.br
redacao@clientesa.com.br Ferreira, Luis Santucci Filho, Alessandro
Joana Teles (coordenadora de eventos) www.callcenter.inf.br
Goulart, José Devair Gonçalves, Júlio Xavier,
joana@grube.com.br A Grube Editorial não se responsabiliza
Projeto Gráfico Eduardo Souza Aranha, Daniel Barna, Ana
João Victor Andery (assistente) pelos artigos assinados e permite a
Grube Editorial Lucia Vidigal, Livio Giosa, Salvatore Milanese
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Editoração Eletrônica Administração Jonas Grube (jonas@grube.com.br) desde que com expressa autorização e
Rogério Camara Solange Teles Rafael Masi (assistente) condicionada à menção da fonte.

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interação

3º Congresso ClienteSA Televendas


Reconhecimento profissional
“Não é de se estranhar a costumei-
ra gentileza com todos os profis-
sionais ligados ao nosso segmento.
Eu conheço desde a época em que
trabalhava no Voxline e sempre
admirei essa sua virtude de criar
empatia com todos que te cercam.
Graças a Deus e com muito esfor-
ço e dedicação ao que faço, venho
me desenvolvendo constantemente
enquanto profissional e suas pu-
blicações impressas e via web têm
acompanhado freqüentemente mi-
nha caminhada, culminando com
essa indicação. Agradeço toda sua
equipe pela oportunidade de re-
conhecimento dos profissionais de
mos nos valorizar. Abraços”.
nosso setor, o que nos motiva e dá
Elisabete Silveira Moreno, por e-mail Correções
forças para continuarmos lutando
por uma atividade cada vez mais
forte e preparada para os desafios
Pontos fundamentais Na edição número 74, da Re-
”O evento realmente foi muito vista ClienteSA, as fotos dos
que nos são impostos pela socieda-
bom e tocou em pontos funda- executivos Marcelo Perrone, di-
de e pela própria.”
mentais para todos que trabalham retor de inovação da Giovanni
no setor”. + Draft FCB, e de Moacyr Netto,
Dario Machado, gerente de negócios In House Contact
Diogo Morales, presidente do Sitelmark diretor de criação da DM9, saí-
Center, indicado para o Prêmio Personalidades ClienteSA
Televendas - 2008 ram trocadas.
O correto é:
Miguel Cui Fazer a diferença
“É isso que precisamos fazer sem-
“Parabéns ao Miguel Cui, pela coragem
pre: ajudar ao mercado e às pessoas.
e transparência de suas colocações.
A equipe da ClienteSA foi o diferen-
Precisamos sim, fortalecer e defen-
cial com muita dedicação, paciên-
der um dos setores que mais gera
cia, dúvidas, stress, mas, acima de
emprego no País. Levamos conforto,
tudo, acreditando que poderíamos
conveniência, soluções, serviços e
fazer a diferença. E o resultado: um
produtos para as pessoas. Precisa- Marcelo Perrone, Moacyr Netto,
senhor evento”.
Júlio Xavier, da Giovanni + da DM9
consultor e coordenador de MBA do Draft FCB
Ibemec-SP
Perfil empresarial – Agnal-
do Calbucci
Up to date A empresa de atendimento da
“Parabéns pelo Con- Telefônica na Espanha era Estra-
gresso. Com todos que tel. O callcenter adquirido foi o
conversei, nada mais up Quatro A. Na linha do tempo o
to date. Parabéns tam- site citado da Atento é no bairro
bém quanto ao formato. paulistano do Belém. A operação
Bem oxigenado”. da Atento na Espanha não é so-
mente dedicada a offshore.
José Teófilo Neto,
diretor da Comunicação Direta

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portal callcenter.inf.br clientesa.com.br

AGORA É A VEZ DO MOBILE TÍTULO: A Nova Era


Vencedor do troféu será conhecido durante o II Congresso ClienteSA de Mobile Meeting da Inovação
AUTORES: C.K. Prahalad
A votação do Troféu Personalida- contribuíram para o desenvolvimen- participação de um profissional por e M.S. Krishnan
des ClienteSA - Mobile 2008 já está to do mercado. A escolha é feita pelo empresa. EDITORA: Campus/Elsevier
aberta e pode ser feita até 20 de se- público em geral que pode votar no
tembro pelo hotsite personalidade. indicado de sua pre-
clientesa.com.br. Até o fechamento ferência, com TÍTULO: Psicologia
desta edição, 14 executivos estavam transparên- cultural da mídia
concorrendo nos segmentos agên- cia, identi- AUTOR: Francisco J.
cias de publicidade digital, agências ficação de S. M. Alvarez
de publicidade - mobile, agregador, código de se- EDITORA: A Girafa
cosméticos, integrador e web – por- gurança, além
tal mobile. A homenagem será feita de regras claras
aos seis profissionais mais votados e objetivas. No
por segmento e o mais votado rece- hotsite também TÍTULO: Psicologia
berá uma menção especial e só será é possível indi- do Trabalho
conhecido no dia de entrega dos tro- car um executivo AUTOR: Ana Cristina
féus, durante o II Congresso ClienteSA que não tenha Limongi-França
de Mobile Meeting – 2008. sido relacionado.
EDITORA: Saraiva
A premiação tem como objetivo Vale ressaltar que
reconhecer os executivos que mais só é permitida a

OS IMPACTOS DAS NOVAS LEIS BARREIRAS PARA O MOBILE MARKETING


As mudanças que o decreto do SAC e as listas do not call Os desafios que as empresas precisam enfrentar para
podem imprimir ao mercado aumentar a receptividade das campanhas
A regulamentação dos SACs já é realida- mesmo na home da enquete (www.
Hoje, no Brasil, há mais de 135 mi- da enquete (www.callcenter.inf.br/
de e o prazo para as empresas se ade- callcenter.inf.br/enquete) e dê seu
lhões de usuários de celular, segun- enquete) e dê a sua opinião.
quarem é dezembro. O do not call tam- ponto de vista.
do a Anatel. Esse número cresce a Por enquanto (fechamento dessa
bém está presente em Brasília e, logo, Até fechamento desta edição, a opção
cada dia. De olho nisso, as empresas edição), com mais da metade dos
pode virar lei em todo o País. Mas em mais votada foi “Vai exigir mudanças
começam a despertar para o mobile votos, 55,26%, a opção que lide-
que tudo isso irá resultar na prática? Para culturais na gestão de clientes”, com
marketing. Porém, há ainda algu- ra é Respeitar a privacidade do
saber a opinião do mercado, o 48,48% dos votos. A segunda mais
mas barreiras para esse modelo cliente. Depois vem “Diminuir os
Callcenter.inf.br colocou no ar destacada pelos leitores foi “As mu-
de campanha deco- custos”, com 13,16%. Em segui-
a enquete “Quais mudanças danças são positivas exigindo contatos
lar. Dentro disso, o da, com 10,53%, há um empate:
o decreto do SAC e as listas mais objetivos tanto de SAC quanto
portal ClienteSA “Direcionamento das estratégias”
do not call podem imprimir de vendas”, com 27,27%. Em seguida
quer saber qual o e “Quebrar a resistência a adoção”.
ao mercado?”. Entre agora vem“Pode mudar muito. Ou será o fim
principal desafio Também empatados estão “Edu-
do telemarketing ativo”, com 15,15%.
para seu avanço. car usuários de telefonia móvel” e
Depois, com 6,06%, vem “Não muda
Acesse a home “Padronização dos modelos”, com
nada. As empresas vão focar em ven-
5,26%. A alternativa “Maior inte-
das cruzadas e receptivas”. A alterna-
gração entre os players” não teve
tiva “Não muda nada. As empresas
nenhum voto.
vão se adaptar” teve a preferência de
3,03%. Por fim, com nenhum voto
vem “Não irá afetar em nada, pois es-
Fonte: callcenter.inf.br sas leis não vão pegar”. Fonte: clientesa.com.br

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Calendário
PROGRAME-SE
Veja os cursos e eventos ligados CLIENTE SA
à atividade. NOVOS VÍDEOS NO AR DESVENDE AS INFORMA-
www.clientesa.com.br/calendario ÇÕES ESCONDIDAS
TVip traz cobertura do 3º Congresso ClienteSA de Conhecer toda rede de for-
Televendas, do seminário Ganhando o jogo com as novas necimento permite incrementar
as estratégias de negócio
RANKING regras e entrevistas com executivos da Claro e Ajinomoto Autor: Marcos Abellón
Número Total de Funcionários
COLABORAÇÃO: INTEGRAN-
A cobertura completa do 3º Con- contam com depoimentos dos exe-
Pos. Empresa Funcionários DO TI E PROCESSOS
gresso ClienteSA de Televendas já cutivos que palestraram e debate- Profissionais das duas
01a Atento 65.000 está na TVip Callcenter.inf.br. Além ram o tema. áreas precisam partilhar
02a Contax 61.397 das palestras, os vídeos trazem E não para por aí. A TVip traz ainda conhecimento e alinhar práticas
os painelistas contando o que de entrevista com João Cox, presiden- Autor: Dieter Kelber
03a Tivit 25.000
melhor foi discutido. A entrega do te da Claro, que fala sobre inovação
04a Dedic 16.100 Troféu Personalidade ClienteSA OS BENEFÍCIOS DA INTE-
nos meios de interação com cliente. GRAÇÃO DE TECNOLOGIAS
05a Tmkt 10.495 – Televendas 2008 também está Já Carlos Nascimento, coordenador A união tecnológica possibilita
disponível, assim como entrevistas da central de relacionamento da um acompanhamento
06a CSU 9.512
exclusivas com cada ganhador. Ajinomoto, conta sobre o processo completo de todos os processos
07a Vidax 9.510 O Seminário Ganhando o jogo com de internalização da central, que Autor: Ricardo Caldas
08a Brasilcenter 8.369 as novas regras também foi co- completou 10 anos.
berto pela TVip. O evento levantou PORTABILIDADE SIGNIFICA
09a ACS 8.300
Todos os vídeos já estão no ar no
AUMENTO DO CHURN?
pontos polêmicos e mostrou que endereço: tvip.callcenter.inf.br. O A tendência de variação no
10a AeC Contact Center 7.263 ainda restam dúvidas a respeito da serviço é gratuito, basta ser cadas- market share é algo real, seja
11a Provider 7.044 regulamentação do SAC. Os vídeos trado no site para ter acesso. ela branda ou intensa
Autor: Roberto Galvão
12a Teleperformance 6.000
13a Almaviva do Brasil 4.500
14a Spcom 4.400 CALLCENTER
15a Call Contact Center 4.090 SENHORES GESTORES DE
16a Sercom 4.000 CALLCENTER, MÃOS À OBRA!
Centrais de atendimento
17a TeleTech 3.410 passarão por muitas
18a Montana 3.300 mudanças até o final do ano
Autor: Marcelo Amorim
19a Telesoluções 3.200
20a TMS - Call Center 3.000 UM NOVO MODELO DE
GESTÃO
21a Grupo Nelson Paschoalotto 2.946 Vencedores do Troféu Personalidades Cliente SA - Televendas 2008
A integração do Seis Sigma ao
22a Uranet 2.860 Lean Manufacturing
Autor: Vladimir Valladares
23a Sitel 2.500
24a Atendebem 2.330 ENTRANDO NA LINHA
As conseqüências da
25a Actionline 2.250 regulamentação dos serviços
de atendimento
Ganhando o jogo com as novas regras Autor: Kendi Sakamoto

CALLCENTERS E CLIENTES
Vagas: 5.725 DIRETAMENTE LIGADOS
Direitos garantidos com a
Currículos: 50.793 regulamentação dos SACs
Autor: Ivan Luís Bertevello
Carlos Nascimento, João Cox, presidente da Claro
www.callcenter.inf.br/bolsa da Ajinomoto

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business center

O ingrediente que faltava


Ajinomoto comemora dez anos da central de atendimento internalizando o
SAC para se aproximar do cliente
s vésperas de completar dez elogios, críticas, etc. Segundo o executi-

À anos, a central de relaciona-


mento da Ajinomoto acrescen-
ta um ingrediente peculiar: a
vo, é interessante para as empresas te-
rem de 10 a 15 postos de atendimento
interno. Entretanto, se diz a favor da ter-
internalização do SAC. Com o slogan ceirização quando a quantidade de PAs Clientes buscam
“Sua voz é o nosso som”, o programa excede esse número, “por uma questão receitas e sugerem
novos sabores pelo
de desenvolvimento da central celebra de volume”, completa. SAC da Ajinomoto
a maior transformação do SAC da em- Aliar o SAC ao departamento de
presa desde a criação, em 1998. qualidade foi a grande guinada da
“Temos em mente que, para o cliente Ajinomoto. “Em algumas empresas medindo”, afirma Nascimento.
ser bem atendido, precisa ter o respal- esse tipo de estrutura não funciona O coordenador diz ser muito cedo
do da empresa. É muito difícil delegar bem, mas esse tipo de sinergia tem se para determinar resultados, já que o
essa função a terceiros”, explica Carlos mostrado muito boa para nós”, acres- novo sistema foi implantado em maio
Nascimento, coordenador da central centa. O programa de desenvolvi- desse ano. Contudo, afirma que os
de relacionamento da Ajinomoto. mento da central de relacionamento é índices de satisfação dos clientes
De acordo com Nascimento, atual- dividido em duas partes, uma voltada mantêm-se altos. Mas já colhe bons
mente a Ajinomoto conta com sete PAs, para sistemas e outra para pessoas, na resultados: o SAC recebeu avaliação
nove operadores e três pessoas no apoio qual todo o processo de qualificação positiva do Inmetro, nos testes de
(para as áreas de qualidade, comunica- de eficiência dos atendentes é medi- qualidade efetuados no setor alimen-
ção e atendimento). Em média, 60% do. “O mais importante não é neces- tício. Nascimento acredita que “o
das manifestações são solicitações, 15% sariamente o atendimento ao cliente, SAC está deixando de ser um serviço
informações, 4% reclamações e a outra pura e simplesmente, mas administrar que coleta informação, para ser es-
parcela são opiniões, agradecimentos, o que é feito, e só se consegue isso tratégico à corporação”.

Número único impulsiona ligações


Sobe número de atendimento na central do Sebrae após adoção de 0800 para todo Brasil
número único de telefone Em 2006, foram realizados 700 mil acordo com Romilda, cada Estado

O para acessar o callcenter do


Sebrae de qualquer lugar do
Brasil vem apresentando resultados.
atendimentos. Em 2007, o número su-
biu para um milhão e só no primeiro
semestre de 2008 já foram registrados
tem autonomia, embora existam pa-
drões mínimos de estrutura. “Se-
guimos as mesmas diretrizes, mas
670 mil. Segundo a coordenação do nem tudo é engessado na forma de
projeto de callcenter, a expectativa é scripts”, completa.
atingir dois milhões, em 2008, e três Romilda diz que o modelo de nú-
milhões, em 2009. mero único permitirá economia ao
A implantação do número único Sebrae. “Com um único contrato
começou na região Sul, em abril para um grande volume de ligações
deste ano. Hoje são 27 Estados. vamos conseguir um custo por minu-
“Para atender melhor, precisamos to muito mais barato”, informa a coor-
ter uma tecnologia de atendimento denadora. O Sebrae obteve o número
à distância, não apenas presencial- por meio de licitação.
mente”, explica Romilda Torres, co- A segunda fase do projeto da cen-
ordenadora do projeto central de tral está prevista para entrar em vigor
relacionamento callcenter Sebrae. no ano que vem. A coordenadora ex-
Com o 0800, os clientes têm a liga- plica que outras categorias serão im-
ção direcionada para o atendimento plantadas, entre elas, o trabalho de
na capital do respectivo Estado. De ouvidoria. „

Romilda Torres, do Sebrae


12 cliente sa | setembro 2008 | www.clientesa.com.br Veja as informações on-line no portal ClienteSA.com.br

Business
sCent
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que esses programas, além de incenti-
var o trabalho, auxiliam na administra-
ção dos resultados. “Os problemas dos
atendentes são identificados e sanados,
por meio de treinamentos”, afirma.
Embora a empresa não tenha um
manual de ética de atendimento,
existem princípios que são seguidos.
O coordenador cita como exemplo
o cuidado com a confidencialidade
das informações. “Nós não pode-
mos, mesmo internamente, passar
informações dos dados cadastrais
do cliente, só o SAC sabe. Somos
guardiões desses dados.” completa.
O código de ética entre os atenden- Carlos Nascimento, da Ajinomoto
tes fica por conta do mecanismo de
gestão da meritocracia, “o melhor ção com o cliente. Esse departamento
RECEITA PARA O SUCESSO tem maior responsabilidade. Quem analisa o mercado para ter idéias es-
Visando a otimização e incentivo do rende mais é mais cobrado”, diz tratégicas, otimizar as relações não só
trabalho, foi implantado o programa in- Nascimento. Explica que este con- com os clientes internos, mas com os
terno de pontuação, no qual os aten- ceito ajuda a normatizar uma forma externos também”, explica.
dentes acumulam pontos por trabalhos de trabalho que beneficia potencial- Outra grande tendência do mundo
realizados e no final do ano fiscal, o mente os clientes. callcenter, citada por Nascimento,
melhor é premiado. Além dos quatro Segundo Nascimento, a tendência é foi a aliança das tecnologias com a
comitês internos: novas idéias, vendas, que as centrais de relacionamento se conversão das mídias. “Não existem
relatórios e relacionamentos, cuja fun- transformem em departamentos de re- mais fronteiras para o serviço de
ção é integrar os atendentes à corpora- lacionamento com cliente. “Uma cen- atendimento ao cliente, ele tenciona
ção. Para que cada um fique responsável tral de relacionamento vai até os crescer à medida que as mídias se
por um projeto. Nascimento explica limites para ter a melhor comunica- desenvolvam”. „

Central da Câmara dos Deputados


ROCHE COMEMORA CRESCIMENTO
comemora 10 anos Cresceu em 15% a qualidade do serviço da Central de
Relacionamento Accu-Chek Responde, que atende
Desde o lançamento o serviço já atendeu 1.849 ligações gratuitas pacientes com diabetes. O crescimento é resultado
serviço 0800 da Câmara dos como ofensas ou pedidos de favores, o

O Deputados chega aos dez anos


contabilizando quase dois mi-
lhões de atendimentos. A Montana par-
executivo explica que agora projetos de
leis são indicados e o canal passou a ser
de interação política. “O 0800 também
da ampliação do número de PAs e 85% das ligações
passaram a ser atendidas em até 30 segundos.

ticipou da evolução do canal, que de exerce um papel importante como ferra- Cl aro contrata Voxl ine
PABX se transformou na atual central de menta da rádio e TV Câmara. É uma O Voxline Contact Center fará cobrança dos clien-
comunicação interativa. A preocupação interface de relacionamento com os es- tes Claro que tenham até 90 dias de atraso. Edu-
com a ética no atendimento ao cidadão pectadores”, completa. ardo Tambellini foi o responsável pela implanta-
sempre esteve presente. “Em 2006 a Segundo o levantamento feito pela ção desse serviço
Central Câmara foi a primeira operação coordenação de relações públicas da
do Brasil a ser certificada com o Selo de central, cerca de 1.200 ligações são re-
Ética do Probare”, comemora Gustavo cebidas diariamente. Desde o lança- M ICROCAMP REFORMULA CENTRAL
Almeida, vice-presidente da Montana. mento, foram contabilizados cerca de A Microcamp investe na reestruturação do call-
De acordo com Gustavo Almeida, 1,849 milhão de telefonemas. “O públi- center, para centralizar a comunicação com
vice-presidente da Montana, ao longo co que utiliza o serviço é composto na alunos das 150 escolas espalhadas pelo Brasil.
dos dez anos, as manifestações dos cida- maior parte por aposentados, com o Também disponibilizará ouvidoria.
dãos evoluíram em conteúdo. Se antes curso superior completo, e professo-
os motivos eram muitas vezes pessoais, res”, conclui Almeida. „

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Business
sCent
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inteligência Leonardo Vieiralves Azevedo

Os mitos e as velhas regras para


análise preditiva
Superar esses falsos conceitos resulta em aumento da competitividade empresarial

lguns mitos perduram em discussões sobre tipicamente algo entre

A bancos de dados e seus processos de análise.


Em primeiro lugar, há uma crença generaliza-
da que as empresas de maior porte têm data warehou-
três e dez. Esses mode-
los tratam os temas
mais críticos da organi-
ses (DW) de alto volume, organizadíssimos. Esse DW zação. Por exemplo, Leonardo Vieiralves Azevedo é presidente da
é explorado de forma regular, por processos, ferra- em bancos, quase sem- WG Systems, tecnologia para tomada de decisão.
mentas preditivas e pessoas que conseguem extrair in- pre encontraremos um E-mail: leo@wgsystems.com.br
formações de grande valor para o negócio. modelo de concessão
de crédito e outro para gestão dos clientes em cartei-
Na maior parte dos casos, observamos bases de da- ra. Em empresas de telecomunicações, é freqüente
dos bagunçadas, com informações de qualidade duvi- encontrarmos um para tratamento de churn e outro
dosa. Boa parte das análises para venda cruzada dos principais produtos.
Na maior realizadas é operacional e não
Um exame mais detalhado dos requisitos atuais de
acarreta em mudanças na to-
parte dos casos, negócio mostra que não há atendimento com essas
mada de decisão. Análise pre-
limitações. Empresas que realmente fazem a diferen-
ditiva ainda é um jogo para
observamos poucos.
ça com análises preditivas criam modelos para mui-
tas funções do negócio: vendas, marketing, risco,
bases de operações, recursos humanos, etc. Em cada uma
Esse ponto de vista é endos-
dados bagunçadas, dessas áreas, elas procuram cavar mais fundo as
sado pelo Sr. Usama Fayyad
oportunidades. Por exemplo, ao fazer modelos de
(www.fayyad.com), um PhD que
com informações é hoje Chief Data Officer no
campanhas de marketing direto, querem entender
comportamentos diferentes por canais e produtos.
de qualidade Yahoo. Fayyad foi mais longe e
Querem fazer todas as campanhas com o melhor
afirmou: “Apesar de todo o ba-
duvidosa. alvo possível, mesmo que haja anúncios todos os
rulho e contrariando o pensa-
dias úteis do ano. Há empresas fazendo milhares de
mento da maioria, a indústria
Análise de analytics ainda está em sua
modelos estatísticos por ano!

preditiva infância!”.
É preciso investir muito tempo para desenvolver
ainda é uma análise estatística, por isso não posso fazer
A mais recente pesquisa do The
muitas em meu negócio - É quase um corolário da
Data Warehouse Institute sobre o
um jogo para tema, denominada “Predictive
primeira regra. Dispor da desculpa do tempo acaba
sendo confortável para empresas que não buscam
poucos. analytics: extending the value of
um melhor entendimento e relacionamento com
your DW”, publicada no final de
seus clientes.
2007, mostra que apenas 6% das
empresas pesquisadas consideram ter implantado total- Há know-how e tecnologia, tanto de bancos de da-
mente análise preditiva em seu negócio. dos quanto de análise preditiva, capazes de gerar mo-
delos de excelente qualidade técnica, em poucos
Se os mitos caem por terra após uma análise mais minutos. Todo esse ferramental reduz brutalmente os
detalhada, algumas regras hoje vigentes também me- tempos dedicados à preparação de dados, criação dos
recem revisão. Gostaria de avaliar duas delas, de modelos e rotinas de pontuação, tornando possível
grande impacto para os resultados que podem ser ob- romper limites antes impensáveis. O resultado da que-
tidos no negócio. da dos mitos e regras é o aumento da competitividade
Poucas análises preditivas resolvem todos os meus empresarial, com vantagens muito difíceis de serem re-
problemas - Será mesmo verdade? A maior parte das vertidas pelos demais players do mercado.
empresas que conheço conta com um número bas-
tante reduzido de modelos estatísticos em produção, Mãos à obra!

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inteligência Leonardo Vieiralves Azevedo

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legislação SAC

A polêmica do
decreto do SAC
Evento realizado pela Conference ClienteSA tem alta adesão para
Maria Stella Gregori, da Gregori Sociedade de Advogados
debater as novas normas
bastante didática, explicou a relação padas, porém caberá a cada caso, de-
ealizado pela revista Clien-

R teSA e portal Callcenter.inf.


br, com apoio da Orbium-Net-
Callcenter, o Evento Relâmpago “Ga-
das normas com a Constituição de
1988 e o Código de Defesa do
Consumidor. A advogada argumen-
tou que todos estão dentro do mesmo
cidido juridicamente, a decisão de
quem pagará a indenização.
Outros dois pontos polêmicos le-
vantados por Maria Stella foram o
nhando o jogo com as novas regras”,
“espírito”, aquele que preza pela de- treinamento dos atendentes e os
reuniu grandes nomes do setor de
fesa da cidadania, bem coletivo, direi- Procons. Ela criticou os operadores
callcenter para debater o decreto san-
tos humanos e solidariedade social. pela falta de autonomia ao atender e
cionado pelo presidente Luiz Inácio
Maria Stella também esclareceu que o por não serem profissionais qualifi-
Lula da Silva que regulamenta os
decreto se aplica aos serviços regula- cados com ensino superior. Também
SACs. Iniciado na parte da manhã, o
mentados por órgãos reguladores defendeu o Procon: “os Procons vi-
debate invadiu a tarde em função dos
federais (como Aneel, Anac, Anatel, raram balcões de atendimento dos
diversos pontos polêmicos levanta-
dos – mostrando que ainda restam Anvisa, etc).
muitas dúvidas e críticas a respeito. A platéia levantou a questão so-
Quem abriu o evento foi Maria bre a quem recairá o pagamento
Stella Gregori, da Gregori Sociedade das multas pelo descumprimento
de Advogados, especializada em di- das normas, no caso dos callcenters
reito do consumidor, que esmiuçou terceirizados. A advogada disse que
todos os itens do decreto. De forma todas as partes envolvidas serão cul-

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2º Painel discutiu os impactos nas relações entre contratantes e terceirizados

fornecedores!”, afirmou. Apontou Paulo (ABO-SP) e Diogo Morales, advogada Maria Stella: “o decreto tra-
que 90% dos casos levados ao ór- presidente do Sindicato Paulista das duz o espírito dos princípios da lei”,
gão poderiam ter sido resolvidos Empresas de Telemarketing Direto e ao se referir aos direitos que todas es-
com um atendimento melhor. Conexos, o Sintelmark. sas leis garantem ao consumidor, por
A palestra seguinte, mediada por O principal tema debatido foi os julgá-lo como a parte mais suscetível
Marcelo Amorim, contou com a pre- impactos trazidos pela regulamenta- da relação conforme a Constituição
sença dos debatedores: Alexandra ção na relação comercial entre con- determina.
Periscinoto, presidente da Spcom e tratantes e terceirizadas. Alexandra, Morales criticou o prazo: “há seto-
coordenadora do Probare, Ana que fez uma apresentação enérgica, res menos preparados que não terão
Maria Moreira Monteiro, da consul- afirmou: “a discussão não tem de ser condições de fazer as mudanças em
toria AM3, Miguel Muniz, da Avaya, sobre a URA. Mas sobre como ficará 120 dias”. O executivo também acre-
Maria Inês Fornazaro, presidente da a relação comercial e também os dita que ainda há itens a serem revistos
ouvidoria do município de São impactos nos processos da empresa e com muitas dúvidas.
contratante”. Já Mu- Ana Maria, da AM3, falou sobre a
niz, da Avaya, de- importância do Probare, criticando a
fendeu a tecnologia palestra anterior: “a doutora não falou
como “o meio para da maravilha que foi o Probare – reu-
o bom atendimento niu as três entidades para regulamen-
acontecer e, por tar o setor”. Amorim, também citou o
isso, não pode ser programa, “fiquei decepcionado com
tratada como co- o decreto, achei que o setor já estives-
moditie”. Entre suas se suficientemente maduro para se
declarações polê- auto-regulamentar”. „
micas, Alexandra
também abordou o
impacto das nor- Serviços
mas no processo de
vendas das empre- regulamentados*
sas, desligando a
culpa pelo mau ✓ Telefonia
atendimento do ✓ Internet
atendente. “O ope- ✓ TV a cabo
rador faz milagres, ✓ Energia elétrica
coitado! O proble- ✓ Planos de saúde
ma está nas opera- ✓ Serviços financeiros
ções das empresas, ✓ Serviços bancários
essas é que deverão ✓ Seguros
mudar”, ressaltou. ✓ Aviação civil
Maria Inês, da ✓ Saneamento
ABO-SP, afirmou ✓ Transportes terrestres, ferro-
que o decreto era viários, aquaviário
um fato previsível. E *(estarão sujeitos às normas somente os serviços prestados por
concordou com a empresas reguladas por órgãos públicos federais)
Fonte: Gregori Sociedade de Advogados

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legislação Ana Lúcia Vidigal Lopes da Silva

Uma saída para o do not call


Cliente cadastrado também poderá desbloquear empresas de seu interesse,
permitindo o contato via telemarketing

ada vez mais o setor de telemarketing ten- marketing. O texto do

C de a ser regulamentado pelo poder públi-


co. O objetivo é a proteção integral dos
direitos do consumidor, como o da privacidade e
projeto paulista é muito se-
melhante à lei do Distrito
Federal, remetendo tam-
acesso às informações. Além das novas regras in- bém ao Procon-SP a com-
troduzidas aos SACs pelo decreto presidencial, petência para divulgar, Ana Lúcia Vidigal Lopes da Silva é sócia do
novas regulamentações estão por vir, oriundas tan- implantar, gerenciar e criar escritório Lopes da Silva & Associados, atua nas
to da esfera federal como dos poderes estaduais. os mecanismos necessá- áreas preventivas e contenciosas do direito civil,
comercial, imobiliário, consumerista e contratual.
rios à implementação. E-mail: analucia@lopesdasilva.adv.br
Em julho, foi sancionado no distrito federal o ca-
dastro para bloqueio do recebimento de ligações O que se verifica é a preocupação do poder públi-
de telemarketing, de- co em proteger a privacidade das pessoas, cada dia
nominado Não mais fragilizadas, em que pese tratar-se de direito fun-
É importante Importune!. Inspirada damental garantido pela Constituição da República
nos cadastros america- Federativa do Brasil. Essa preocupação decorre de
mencionar nos denominados do not abusos praticados por algumas empresas que ofere-
call, será uma listagem cem todo e qualquer tipo de produto para todos os
que nestas de números telefônicos consumidores, independentemente de seus perfis e
normas o de pessoas que não que- respectivos interesses. Ao assim agirem, fizeram surgir
rem ser conectadas pe- no indivíduo médio um sentimento de desconforto
consumidor que los callcenters. O não quando sujeito a tal prática de venda, levando-o a re-
cumprimento da lei acar- jeitar esses contatos.
for aderir aos retará o pagamento de
cadastros pode multa equivalente a R$ O poder público deve estar atento aos anseios da
10 mil por chamada. sociedade e responde por meio de regulamentação.
autorizar No entanto, é importante mencionar que nestas nor-
A legislação do Distrito mas o consumidor que for aderir aos cadastros pode
determinadas Federal remete ao autorizar determinadas instituições a efetuar os servi-
instituições a Instituto de Defesa do ços de telemarketing destinado a ele. Trata-se, portan-
Consumidor local, o to, de excetuar alguma empresa de tal bloqueio,
efetuar os PROCON-DF, a compe- permitindo o contato via telemarketing. Um fator rele-
tência para fiscalizar o vante, se levarmos em conta que a prática de venda
serviços de cumprimento das nor- direta não é, necessariamente, inconveniente ou de-
telemarketing mas, estabelecer os cri- sagradável para os consumidores.Nada mais oportu-
térios de divulgação do no do que receber a oferta de determinado produto
destinado cadastro e criar os meca- ou serviço que se procura ou almeja diretamente em
nismos necessários à im- seu telefone.
a ele. plementação. O
Procon-DF pretende Assim, para que a venda direta não se transforme
apresentar, ainda em setembro, a regulamentação da em desestímulo ao consumidor, as empresas devem
lei, para que ela passe a ser eficaz o mais rapidamen- concentrar seus esforços na identificação dos perfis
te possível. dos consumidores, para ofertarem aquilo que real-
mente lhes possa interessar. Desta forma, além de
O Estado de São Paulo segue o mesmo caminho. manter a prática da venda direta – que é hoje, in-
Recentemente, foi aprovada na Assembléia Legislativa discutivelmente um grande canal – melhoram sua
o Projeto de Lei 478/2008, de autoria do Deputado imagem perante os consumidores e reduzem a pro-
Jorge Caruso, que institui, no âmbito estatal, o cadas- babilidade de sofrerem os efeitos dos cadastros
tro para bloqueio do recebimento de ligações do tele- “não importune!”.

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legislação Ana Lúcia Vidigal Lopes da Silva

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case Plusoft

Plusoft comemora
20 anos, inovando
A estratégia, que vem sendo renovada para atender as
mudanças da atividade, é ser pró-ativa
o completar 20 anos de atuação coletados, identifi- Guilherme

A no segmento de relacionamento
com clientes, desenvolvendo e
implementando soluções de atendi-
cando manifesta-
ções positivas e
negativas.
Porto: “Hoje,
estamos na
frente, em
número de
mento, a Plusoft não só comemora sua A idéia é
clientes e casos
sobrevivência obstinada em meio a im- disponibilizar às
de sucesso,
portantes fusões e aquisições no merca- empresas uma so- até dos mais
do de tecnologia, como se projeta para lução que propor- importantes
o futuro apostando em inovações. Uma cione pró-atividade fornecedores
delas, a inserção na Era web 2.0. Com diante dessa nova internacionais”.
as transformações que as redes so- postura dos clien-
ciais provocaram na relação entre em- tes. Anna Zappa,
presas e clientes – uma vez que, hoje, diretora de marketing, explica que a fazendo com que se transformem em
consumidores criam o próprio con- agilidade na identificação de um re- ações concretas em um curto espaço
teúdo, resultando na maior facilidade sultado negativo e o encaminhamento de tempo, será gerado um novo mode-
em expressar opiniões e relatar suas adequado dessa manifestação para as lo de construção de marcas”, aposta
experiências pessoais em relação às áreas responsáveis na empresa ten- Guilherme Porto, presidente e funda-
marcas – a Plusoft redefiniu suas es- dem a minimizar a repercussão desses dor da Plusoft.
tratégias para se adequar às novas de- resultados negativos e evitar sua repe- Outro destaque é a consolidação da
mandas da globalização digital. tição. “À medida que as iniciativas em sua participação em segmentos como
Foi o momento de pôr em foco a mídias sociais forem mapeadas ou tra- financeiro, seguros, industrial, manufa-
interação dos clientes por meio de tadas de forma mais eficiente e ágil, tura, saúde, farmacêutico, varejista e
canais que não fossem os tradicio-
nais, desenvolvendo produtos espe-
cíficos como o novo módulo para
monitoramento das marcas em mí-
dias sociais, integrado ao histórico
de manifestações do Plusoft 5 CRM.
O módulo possibilita que o agente
de atendimento classifique os dados

TRAJETÓRIA DE SOLUÇÕES
2004
CRM livre: aplicações de CRM baseadas em
LINHA DO TEMPO CRM

software livre.

2005
CRM convergente: aplicações de auto-serviço na
web, até comunicação via celular e chat.

2006
CRM como serviço (Saas).
2008
CRM para a geração web 2.0, com aplicações
que permitem o monitoramento de mídias
sociais.

Fonte: dados fornecidos pela empresa.


Da esquerda para direita: Marcelo Braga, diretor de operações; Luis Crem, diretor de inovação; Guilherme Porto, CEO;
Anna Zappa, diretora de marketing; Fernando Macedo, CIO e Otávio Leal, controller
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educação, que, cada vez mais, bus-
cam melhores práticas de relaciona- APOSTA
mento para gerar diferencial e
vantagem competitiva. A entrada em
outros setores também é meta da
Plusoft cria nova diretoria de canais e parcerias
Plusoft, que passará a concentrar esfor- Estratégia visa impulsionar novos negócios e conquistar market share
ços de vendas em segmentos de gran-
de potencial, como entretenimento, A criação da nova diretoria de canais e ou da redução do ciclo de venda e dos
aviação, automobilístico e construção parcerias é uma grande aposta da Plu- custos diretos da mesma. Gaia explica
que os principais benefícios oferecidos
civil. Para atender estes mercados, co- soft, que tem como meta impulsionar
para os novos parceiros são o comissio-
novas oportunidades de negócios em
mercializará soluções por meio dos namento atrativo, a independência co-
mercados ou segmentos inexplorados e
modelos saas e on demand. conquistar market share perante a con- mercial e o suporte de marketing.
O novo decreto que regulamenta o corrência. Quem está a frente da nova Uma das estratégias da Plusoft para
serviço de atendimento ao consumidor área é Emerson Gaia, que atuou durante treinar e qualificar suas parceiras é a cer-
tificação que, em diferentes níveis, con-
(SAC) foi outro fator que levou a empre- um ano na gerência comercial da empre-
cede autonomia capacitando-as a co-
sa. O executivo pretende, com a nova
sa a rever processos, funcionalidades de mercializar, implementar e customizar
função, otimizar os resul-
telefonia/URA e um redimensionamen- tados financeiros não as soluções. Gaia prevê que, no primeiro
to das centrais de atendimento. A impo- só da Plusoft como ano, consigam atingir uma meta que
sição das novas diretrizes tornou d o s canais/parcei- responderá por 35% do faturamento
global da empresa. A princípio, a nova
fundamental o investimento em ferra- ros, seja por meio
área irá abranger todo o território nacio-
dos serviços aos
mentas que auxiliem no cumprimento nal, mas há planos de atingir a América
parceiros im-
dos requisitos exigidos, como histórico plemen- Latina no segundo semestre de 2009.
e acompanhamento das manifestações tadores Com o ingresso em mercados interna-
dos clientes, rastreamento das ocorrên- cionais, a meta é duplicar o faturamento
estimado.
cias, gestão dos prazos de resolução e Guilherme Porto, presi-
visão integrada dos atendimentos. Luis “Emerson Gaia: Já dente da Plusoft, afirma
Crem, diretor de inovação da Plusoft, para o primeiro ano, que a empresa estará fo-
conta que um dos destaques do Plusoft estimamos que a nova cada em certificar orga-
5 CRM é o módulo Start Up, que permi- unidade de canais e nizações que possuam
parcerias responda por requisitos importantes
te a implantação de um SAC em até 30 como a pró-atividade
dias, o que o torna ideal para as empre- 35% do faturamento
diante das necessidades
sas que precisam adequar-se de manei- global da empresa.” de cada projeto.
ra ágil à nova regulamentação. “Hoje a
solução de CRM da Plusoft está to- flexibilidade e autonomia para as equi-
talmente em conformidade com os re- pes internas de TI.
quisitos do decreto, oferecendo Foi o caso da recente parceria entre
funcionalidades que permitem atingir e o Voxline Contact Center e a Plusoft,
até superar as exigências impostas”, re- que possibilitou a equipe de TI do
força Crem. Voxline conduzir, de maneira autô-
Com as novas normas da regulamen- noma, serviços como parametriza-
tação do SAC, estima-se que acelere o ções, customizações e integrações. As
crescimento do mercado de out- duas empresas, que já realizaram ou-
sourcing de callcenter por conta da ne- tros projetos em conjunto, reavalia-
cessidade à adequação das empresas ram seus processos comerciais e
reguladas às exigências, tanto no que- decidiram tornar o relacionamento
sito mão-de-obra como para garantir a com os clientes Voxline mais perso-
qualidade exigida para o atendimento nalizado, atendendo a todas as de-
ao consumidor. Para Emerson Gaia, di- mandas nos prazos e cronogramas
retor da recém-criada unidade de ca- definidos entre o próprio outsourcing
nais e parcerias (ver box), o mercado e seus clientes. “Estamos muito satis-
de outsourcing há tempos demandava feitos por inaugurar este modelo co-
um modelo de negócios diferenciado, mercial inovador com o Voxline, que,
que garantisse performance operacio- além de ser um cliente fiel da Plusoft,
nal, qualidade na prestação dos servi- é também um benchmark para todo o
ços, agilidade nas implementações, mercado” finaliza Gaia. „

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experiência Marcos Fabio Mazza

Por que a maioria abandona


o CRM?
Mau uso da ferramenta é o principal motivo de 60% das empresas
desistirem da estratégia
embro quando o diretor de marketing me custos, por intermé-

L convidou para assumir uma função pioneira


que estava sendo criada na empresa: gerente
de CRM. Nesta época trabalhava com marketing de
dio de uma maior in-
timidade com
clientes, quer sejam
os Marcos Fabio Mazza
Projeto VMI - Syngenta Proteção de Cultivos Ltda
produtos e na hora me veio à pergunta: o que é eles os atuais ou futu- E-mail: marcos.mazza@syngenta.com
CRM? Traduzindo até parece fácil: gerenciamento ros potenciais (conhe-
do relacionamento com seus consumidores. Aceitei cer para crescer).
o desafio e comecei a pesquisar mais sobre o que
seria esta iniciativa.
Em resumo, antes de dar um passo nesta direção
deve-se analisar a necessidade real. Todos os gran-
Hoje, vejo – quando sou con-
Não arrisque vidado a conhecer novas em-
des resultados obtidos pelas empresas se baseiam
em estratégias que atenderam necessidades reais e
um projeto presas, proferir palestras e
que são instintivamente pedidas por todos. Nin-
participar de seminários sobre
guém mudará uma empresa porque quer, mas sim
somente este assunto – um comporta-
porque ela sinalizará a necessidade de mudanças.
mento comum nas empresas
por achar (mesmo que estas o neguem
Antes de ir para CRM tenha certeza de que este
será o melhor caminho.
que pode sempre): os diretores têm contato
com a estratégia e resolvem im-
dar retorno, plementá-la, acreditando que Antes de começar com CRM responda a uma
obterão melhores resultados. pergunta simples: Quem são os seus clientes?
faça-o apenas Porém, a grande maioria se es- Parece fácil? Vejamos: quem são os clientes da
quece de analisar se a empresa Coca-Cola Company? Se pensar que somos nós,
se tiver precisa do CRM ou de ações de está errado. A Coca-Cola nem sabe que existimos.
a certeza. mailing e/ou interações entre Os clientes dela são os distribuidores. Se você ou
marcas e consumidores. sua empresa errarem na primeira pergunta pode
A escolha ter a certeza que engordará as estatísticas daque-
las que desistem do CRM.
por este Não arrisque um projeto so-
mente por achar que pode dar
caminho retorno, faça-o apenas se tiver Esta estratégia (e não ferramenta tecnológica) em sua es-
a certeza. A escolha por este sência tem como objetivo principal o aumento nas ven-
tem muitas caminho tem muitas armadi- das verticais dentro de um mesmo consumidor ou grupo
de mesmas características. Diferentes das empresas que
armadilhas lhas imperceptíveis à primeira
ganham em muitos clientes, empresas com CRM normal-
vista. CRM não é uma moda
imperceptíveis que deve ser implementada mente têm grande número de produtos em seu portifólio
em todas as estratégias de mar- e por isso a necessidade de vender o máximo possível
à primeira keting das empresas de ponta. dentro do potencial de compras deste consumidor.
vista. Também não é somente uma
Assim o resultado é alcançado pela maior interação
ferramenta de promoção e
propaganda. Mas, sim, uma fi- empresa/consumidor, devido a uma total mudança de
losofia difícil que suportará a orientação estratégica postura em sua estrutura de atendimento e acesso ao
de uma maneira específica e focada. Por exemplo: mercado. E, neste ponto podemos perder nosso objetivo
a busca do crescimento de receitas e/ou redução de e, não sendo capazes de o alcançarmos, desistimos.

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automação Vendas

Tecnologia a favor “A automação

da área comercial
serve para
otimizar
os recursos
aproveitando as
oportunidades
Metodologia de automação voltada para o vendedor que trarão mais
introduz mudança conceitual no mercado resultados”, Enio
Klein, diretor

T
da K&G
odo sistema que pretende substi- contemplar a base con-
tuir o feeling do vendedor tende ceitual da metodologia.
a fracassar. É preciso dar subsí- A meta agora é desenvolver programas mente para poder entender a
dios para que ele verifique se o seu tra- de treinamento e ajudar o vendedor a se automação, pois se o vendedor não
balho está correto. Por isso apostei situar no processo de vendas, mas com conhecer o tempo de vida de uma
nessa metodologia, que automatiza o uma aplicação prática”, afirma. O soft- venda, ou misturar diferentes tipos
ciclo de vendas, não o vendedor”, ex- ware para ambiente corporativo pode na mesma operação, haverá proble-
plica Enio Klein, diretor da K&G, ao jus- ser encontrado no site da Salesways. mas. “Primeiro o vendedor deve defi-
tificar a introdução da metodologia nir o ciclo para que as técnicas
Opportunity Portfolio Management, DE OLHO NO CLIENTE adequadas sejam aplicadas correta-
método de automação de vendas, no A venda depende de três habilida- mente”, explica. A automação não é
mercado brasileiro. Desenvolvida pela des: entender o que o cliente quer, comportamental, e, sim, metódica.
canadense Ardexus Software, objetiva mostrar como o seu produto atende a Para implementar o projeto com os
auxiliar na gestão e aumento das ven- essas necessidades e saber fechar ne- vendedores é necessário construir
das. Além do sistema, ele tem como gócio. “Não adianta adotar técnicas se uma cultura de força de vendas em
apoio o manual transformado no livro o vendedor não consegue entender o torno de uma metodologia única
Automação de vendas aplicada com que o cliente quer. O ideal é que saiba e definir critérios. “Um dos fatores
precisão, escrito por Keith Thompson, agir de acordo com cada momento, mais importantes em uma equipe é
fundador da Ardexus Corporation. aliando relacionamento e oportunida- a linguagem: criar um padrão para
Possui também programas de treina- de”, explica Klein. A tecnologia atua que os vendedores trabalhem com
mento, consultoria e os aplicativos na eficiência dos processos, melhoran- um senso comum”, ensina. Klein
Ardexus mode e Ardexus web mode. do o acesso à informação, custos e afirma também que o critério de
Klein conheceu o software, que des- tempo de venda. “Há um potencial avaliação está na cabeça do vende-
pertou seu interesse, conversando com pouco explorado pelas soluções técni- dor. Por isso, o gestor deve introduzir
um vendedor. “Havia uma inteligência cas, no sentido de atuar efetivamente uma metodologia que os vendedores
por trás daquele aplicativo que ajudava mostrando mais de uma oportunidade reconheçam. “Para que o processo
o vendedor. Normalmente eles não se ou qual cliente deve ser atendido pri- seja bem sucedido é preciso formar o
satisfazem com nenhum sistema, ale- meiro. A automação serve para oti- vendedor e se assegurar de que have-
gam que as diversas informações não mizar os recursos aproveitando as rá aplicação prática. Automatizar
trazem retorno na hora da venda. Fui oportunidades que trarão mais resulta- também ajuda às vendas em equipe,
atrás desta metodologia e a encontrei dos”, ressalta. Para que a implementa- pois associa colaboração à metodo-
na Salesways, empresa da Ardexus ção traga resultados é preciso adotar logia”, explica.
Corporation especializada no desenvol- uma metodologia, trabalhar o compor-
vimento de metodologias”, explica. Em tamento do vendedor e otimizar o tem- AUTOMAÇÃO NÃO É CRM
novembro de 2007, Klein licenciou o li- po por meio da tecnologia. “A má De acordo com Klein a automação
vro, a metodologia e o aplicativo. O implementação resulta na frustração é uma ciência que auxilia o vende-
projeto também inclui um site em por- de investir em um negócio que não dor, uma disciplina do CRM para dar
tuguês, em construção. “A idéia foi pri- deu certo”, afirma. suporte e que deve ser tratada de for-
meiro trazer o livro para o Brasil, por ma diferenciada. “Quando falamos
CICLO DE VENDAS em metodologia, a proposta não é
“Comportamento e metodologia atingir um nicho específico, mas tra-
Título: Automação de vendas
são diferentes, ambos exigem estudo. balhar as vendas de um modo geral,
aplicada com precisão
Autor: Keith T. Thompson O grande risco é automatizar algo como parte da gestão de clientes,
Editora: Person que não se estudou primeiro”, afirma aplicando-as às vendas complexas,
Número de páginas: 296 Klein. Por isso é necessário compre- de ciclo curto, consultiva, de impul-
Preço: R$ 76,00 ender o ciclo de vendas adequada- so e a televendas”, explica. „

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reflexão Fernando Guimarães

O preço da fidelidade
Cobrar ou não pelos programas de anuidade? A dúvida sobre os impactos
causados me persegue há alguns anos
ste é um assunto que me persegue, para não Segundo Dick, “de

E dizer assombra, desde que começamos a usar


o termo fidelização. E lembro bem que isso
ocorreu no final dos anos 80, em conversas com
uma perspectiva pura-
mente econômica, uma
vez pagas e não trans-
Eduardo Souza Aranha. Surgira nos Estados Unidos o feríveis, anuidades, ou
termo “loyalty” e a tradução direta nos parecia inade- outro tipo de fee, tor- Fernando Guimarães é especialista em marketing
de relacionamento e branding. Atualmente, dirige
quada – lealdade, assim como fidelidade, tinha uma nam-se custos fixos e a área de marketing da Gradual Corretora.
carga semântica mais forte do que o que buscávamos. deveriam ser ignora- Email: fguimaraes@gradualcorretora.com.br
E partimos para o neologismo. Não lembro mais quem dos em futuras deci-
cunhou o termo, acho que o Eduardo. sões transacionais. Apenas os custos marginais e os
benefícios de novas ofertas deveriam ser considera-
dos. Contudo, pesquisas anteriores sobre comporta-
Uma questão, desde o início, era se os programas
mentos ligados a decisões encontraram evidências
deveriam ter anuidade ou
de que custos fixos podem influenciar comporta-
Afinal, serem gratuitos. Parecia-
mentos futuros.”
nos óbvio que o paga-
quais as mento teria um impacto
conseqüências negativo no processo de De acordo com o estudo, ficou demonstrado que
adesão. A questão era sa- o pagamento de uma mensalidade ou anuidade, ain-
de cobrar ber se haveria ou não da que mínima, pode ter um impacto significativo
benefícios a longo prazo. nas escolhas dos consumidores que decidem parti-
mensalidades Logo depois, vi-me envol- cipar de um programa de fidelidade. É um impacto
ou anuidades vido profundamente com identificado imediatamente após o pagamento, ou
a criação do Smiles, da seja, com o consumidor escolhendo aquela empre-
em programas Varig. Por razões até polí- sa para a qual acabou de pagar um fee – mesmo an-
ticas, decidiu-se que o tes de fazer qualquer escolha real de compra. Mas
de fidelidade programa seria gratuito. também é identificado a longo prazo: na verdade,
nas atitudes Nos anos seguintes, aí por descobriu-se que esse impacto só se dilui após seis
razões hu manas, fincamos “períodos de utilização” (a expressão significa uma
e escolhas nossa bandeira na medida de tempo de compra, igual tanto para em-
defesa da gratuida- presas nas quais se cobrava taxas quanto nos pro-
do consumidor. de dos programas. gramas de fidelidade gratuitos).

Mas a pulga ficou atrás da orelha. Afinal, quais as Caso alguém se interesse por uma cópia do artigo,
conseqüências de cobrar mensalidades ou anuida- mande-me um email e terei prazer em enviar.
des em programas de fidelidade nas atitudes e esco-
lhas do consumidor, principalmente considerando o Até a próxima.
ambiente extremamente competitivo do varejo atu-
al. Até recentemente, confesso, desconhecia qual-
quer estudo nesse sentido. Mas, aí, pesquisando na
internet, descobri um artigo da revista Journal of
Product and Brand Management – de 1995! – com
uma pesquisa sobre o assunto. Ela foi conduzida por
Alan S. Dick, assistant professor of marketing da
School of Management, na University at Buffalo, Não deixe de visitar meu blog
Jacobs Management Center. http://blogclientesa.clientesa.com.br/marketingderelacionamento

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reflexão Fernando Guimarães

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reflexão Fernando G uim arães_75.i25 25 9/9/2008 15:01:15


entrevista João Cox

O claro diferencial na
gestão de cliente
Para João Cox relacionamento com cliente é o principal pilar do sucesso da Claro

T
“ enho de estar cada vez
mais acessível. O cliente
tem de me acessar da for-
ma que ele quiser e não
eu”. Seguindo essa filosofia, João
Cox transformou a Claro desde que
assumiu a presidência, em 2006. Em
dois anos, as formas de atendimen-
to da operadora cresceram expo-
nencialmente, a princípio apenas
baseadas no atendimento telefôni-
co, evoluíram para os meios on-
line, como chat, e-mail, vídeo
conferência, Orkut e Second Life.
Até que revolucionou o mercado
com o vídeo atendimento 3G.
Mas essa cultura cliente imple-
mentada é um aprendizado do
executivo. Uma experiência de 13
anos na Odebrecht, além de, con-
comitantemente, lecionar por
sete anos na Universidade Federal
da Bahia, onde é graduado em
economia. Ele conta ainda, nesta
Entrevista Exclusiva, a experiência
de gestão de clientes no B2B para
o varejo. Ele entrou na área de te-

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Como o senhor avalia sua trajetória O desafio foi criar no varejo a capacida-
profissional com a política de gestão de de servir ao cliente. Comecei a ela- CRESCIMENTO
de clientes implementado na Claro? borar esse conceito há sete anos e, com
Trabalhei 13 anos na Odebrecht, mui- humildade, digo que tenho sido bem
Claro em números
to focada em relacionamento com sucedido. Mas, para isso, deve haver ✓ Possui mais de 33 milhões de clientes,
26,1% a mais do que o mesmo período
cliente. Fui treinado nesse espírito de ferramentas de estatística e suportes de do ano passado
servir. No processo de mudança para a sistemas muito fortes, para que se crie
telefonia celular, essa relação foi um uma base e se entenda o cliente. É ne- ✓ Está em terceiro lugar no ranking
de share de marcado da Anatel, com
grande desafio para mim. Estava em um cessário agrupar os dados, não de forma 24,87% de participação. A Vivo ocupa
mercado B2B, com 2.500 clientes tan- convencional, por sexo e idade, mas primeira posição com 30,36%, seguida
gíveis, no qual se via e sabia seus hábi- com o perfil gráfico mostrando quais pela TIM, com 25,4%.
tos. Quando passei para um negócio de são os hábitos e costumes desse grupo. ✓ Adicionou 1,9 milhão de clientes no
varejo, a telefonia, foi como transcen- último trimestre, crescimento de 17,4%
der essa questão de servir, onde não se Como foi o aprendizado? nas adições líquidas em relação a 2007
conta mais em unidades, dezena ou Na conceituação de organograma na ✓ Primeira e maior cobertura 3G do
centenas, mas em milhões de clientes. Odebrecht era muito claro entender o País com alcance em 71 cidades e 12
que era a linha de gestão, que liga o estados
cliente ao acionista. E o que era área de ✓ Base de clientes pós-pagos cresceu
apoio, que está para servir à linha de ges- 35,9% no último ano e já representa
lefonia em 1999. O princi- tão. O importante é cliente satisfeito, que 20% do total de assinantes
pal desafio ao assumir a gera resultados, por tanto lucro e retorno ✓ Lucro bruto acumulado do primeiro
do capital investido pelo acionista, que semestre foi de R$ 1,438 bilhão, 20,7% a
presidência foi levar a mes- se motiva a investir mais. É um circulo mais que 2007. Receita líquida total foi
ma proximidade e cuidado virtuoso. Sempre fui da área de apoio, na de R$ 2,849 bilhões no segundo trimes-
tre, crescimento de 17,2%
que tinha com os 2.500 área financeira. Mas aquela essência do
conceito de servir bem sempre esteve ✓ Ocupa o 4° lugar no ranking de recla-
clientes na Odebrecht, para presente na minha concepção. Embora o mações da Anatel
os 33 milhões da Claro. O senhor Noberto (Norberto Odebrecht,
Fonte: Claro e Anatel
desafio que se transformou fundador do Grupo Odebrecht) dissesse
que “o cliente está fora da empresa”, não está vendo e não sabe quais são os
em sucesso, teve no aten- contrapondo-se àquelas empresas que desejos dele. Esse é o motivo para a
dimento ao cliente o gran- usam a expressão do cliente interno. E criação de uma lógica e da capacita-
de diferencial. sem querer macular a lógica que ele ção interna, para começar a servir me-
construiu, eu estava lá para servir à linha lhor. A empresa que tem de se adaptar
Mas tem mais. Cox afirma de gestão que mantinha contato com o ao cliente e não o contrário. E temos
que ainda há muito para cliente. Colocava para minha equipe, muitos exemplos. A Claro costumava
desbravar no mercado bra- como diretor financeiro, que, ao contrá- atender aos clientes única e exclusiva-
rio da maioria das pessoas da equipe fi- mente pelo callcenter no receptivo.
sileiro de celular, que atual- nanceira, o importante não era falar com Uma das primeiras coisas que fiz foi o
mente possui 130 milhões o banco. Dizia: “se alguém da área co- projeto piloto do Claro A ou Personal
de usuários. “Tenho como mercial demandar o apoio de vocês para Mobile, no qual o funcionário ia à casa
achar uma solução para o cliente e você do cliente para explicar como funcio-
certo que em qualquer lu- tiver uma reunião no banco, cancela a na o celular. Percebemos que havia
gar do mundo a penetração reunião no banco, o cliente é o nosso um público muito segmentado, de al-
de celular será superior a negócio”. Sempre procurei mostrar isso tíssimo valor, que demandava por tra-
para as pessoas. Apesar de ser área fi- tamento diferenciado. Foi um
100%. A questão é discutir nanceira, sempre visitava os clientes colaborador que começou com a idéia
quando”, afirma. Ele avalia para tentar entender as dimensões distin- de mobile, em um contexto de marke-
ainda o crescimento do mo- tas. Procurava levar soluções financeiras ting, mas rapidamente eu passei para a
que eles não conheciam para tornar o área de atendimento. Também abri-
bile marketing, as inovações negócio deles mais prósperos e, conse- mos um site de relacionamento no
da empresa como o 3G, por- qüentemente, o da Odebrecht. Orkut, para ver quais serviços os clien-
tabilidade e novidades. tes usavam e o que precisava para ser-
Qual o principal desafio na transição vi-los melhor. Fomos também a
do B2B para o varejo? primeira operadora de celular a ir ao
O desafio está em traduzir a relação Second life, abrindo uma loja no mun-
de servir bem para um cliente que você do virtual.

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entrevista João Cox

E quais são os resultados práticos Uma empresa precisa motivar as ploro todas as alternativas em mi-
destas ações? pessoas a pensar, para saberem que nhas relações. Também não acho
Fizemos muitas coisas para reverter podem construir e fazer ainda mais. ridículo propor idéias – algumas de-
os resultados da empresa e chegar ao Eu tomo cuidado para não parecer las funcionam, outras não. Por
que temos hoje. Nestes dois últimos messiânico, mas a grande função de exemplo: uma funcionária de loja
anos que estou aqui, a Claro tem sido um líder é fazer com que cada um dos que trabalhava próxima a um insti-
a líder de vendas e a empresa que trabalhadores e associados consiga tuto que atendia pessoas com defici-
mais cresce em telefonia celular. Mas, produzir ainda mais, fazer com que ência de fala e audição, por
para isso, passou até por um reposi- eles creiam, possam sonhar e realizar iniciativa própria, decidiu se capaci-
cionamento de marca. Os comerciais seus sonhos. Não há limite para o que tar na linguagem de libras para aten-
e propagandas antes transmitiam a o ser humano deseja, desde que tra- der aos clientes deficientes. Quando
questão do varejo. Mas eu queria que balhe duro para isso. É preciso criar me dei conta disso, vi que era uma
passasse emoção, pois o celular está a um ambiente de inovação, deixar as grande idéia. E algo que ela pensou
todo o momento ao alcance das pes- coisas rolarem. Não se pode tolher ser limitado àquela loja, se tornou
soas. Ele tem uma relação mais emo- idéias. Deve ser um lugar no qual as programa para toda a empresa. Hoje
cional. Busquei trabalhar várias áreas, pessoas possam dar opiniões e todas todos os nossos funcionários são
mas especialmente a de relaciona- sejam analisadas. Influenciar as pes- treinados em linguagem libra. Nós
mento com o cliente. soas e se deixar influenciar por elas. também transcendemos a questão
Trouxe um conceito da filosofia da do callcenter convencional de falar
Mas quais foram as principais mu- Odebrecht: não é quem está certo, e ouvir. O cliente passou a ver com
danças estruturais implementadas? mas o que é o certo. Hierarquia não quem fala (se liga do computador ou
se define pelos cargos, do celular 3G), com atendentes trei-
mas pelos resultados. nados em libra.

Como o senhor moti- Como essas idéias chegam à presi-


A empresa va a geração de dência?
idéias? Existem vários processos. Mas pre-
que tem A inovação é impe- cisamos estar atento, pois todo mun-
de se adaptar rativa no negócio. Eu do tem idéias ótimas. Acho que é um
ao cliente tenho convicção mui- erro imaginar que só tem idéia boa
to grande no ser hu- quem está perto de você. Iniciamos
e não o mano. O que era a um programa, no qual toda idéia que
contrário. Microsoft alguns anos possa gerar aumento na receita ou re-
atrás senão um ban- dução dos custos, é premiada. A cada
do de jovens na gara- três meses, reúno quase mil colabora-
gem de casa tentando dores e peço para que eles me façam
montar um negócio? perguntas, pois preciso que todos te-
Hoje se tornou uma nham o mesmo caminho, no final
das maiores empre- ocorre a premiação das melhores ini-
sas e fez o homem ciativas. A comunicação está presente
mais rico do mundo.
Existem muitos exem-
plos de companhias
HISTÓRIA
assim, nascidas a par- Solução de Problemas
tir de idéias e convic-
João Cox não tem medo de propor no-
ções. Digo para
vas idéias. Conta que em reunião com
todos, desde que fabricantes, para tratar de um problema
cheguei na Claro, nos aparelhos, ele descobriu a solução-
que quero fazer com em 30 minutos, enquanto o fornecedor
que a experiência de tinha sugerido no mínimo 14 meses. “Pri-
meiro ele disse que a solução demorava
vida na empresa seja
28 meses. Depois de três semanas ligou
marcante. Isso só satisfeito, pois tinha diminuído o tempo
acontecerá se o fun- para 14 meses. Em uma reunião de 30
cionário realizar al- minutos encontramos a solução, apesar
go. Procuro instigar de não ser o ideal, resolve em menos
tempo”, conta Cox.
esse ambiente e ex-

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entrevista João Cox

desde sempre. Neste evento também interação por dia, por meio dos di- cliente tem alguma sugestão. Não
usamos broadcasting, mandando versos canais (chat, on-line, liga- estou preocupado se já tenho muitas
mensagem via satélite para o todo o ções, vídeo-chamada, Orkut, Second formas de interagir. Tenho de estar
Brasil, além de gravar em DVD para Life e Blog). É óbvio que aprende- cada vez mais acessível. O cliente
distribuir nas regionais. E já testamos mos dali. Temos reuniões semanais tem de me acessar da forma que ele
com, 400 funcionários, a interação com todas as áreas que interferem quiser e não eu. E para tanto preciso
pelo celular 3G. Eles conseguiram direta ou indiretamente no relacio- criar e descobrir meios de transmitir
acessar a apresenta- namento com o informações.
ção e interagir em cliente, onde a
tempo real. Estamos Não estou área de atendimen- E o marketing pelo celular. Como
conseguindo am- to apresenta quais vocês estão tratando esse canal de
pliar cada vez mais,
preocupado se são os perfis das li- comunicação?
para que todos os já tenho muitas gações daquela se- O celular é um mecanismo para se
colaboradores con- formas de interagir. mana. Desta forma fazer marketing. Mas ainda tem muito
sigam perceber identificamos qua- que desenvolver, não só do ponto de
qual é o nosso ne- Tenho de estar lidade dos produ- vista da tecnologia, mas do respeito.
gócio na prática e cada vez mais tos, se a quantidade O fato de o celular estar 24 horas por
ver no dia a dia a de ligações au- dia com a pessoa, não dá o direito da
aderência entre acessível, o cliente tem de mentou ou dimi- operadora, ou quem quer que seja, de
aquilo que se fala e me acessar da forma que ele nuiu em relação à enviar propaganda que o cliente não
prática. semana passada, pediu. O primeiro conceito, que eu já
quiser e não eu. em qual serviço e trazia antes da regulamentação pela
Qual o conceito porquê. Usamos Anatel, é o de permission marketing –
de bom atendi- essa ferramenta pa- a pessoa tem que autorizar o recebi-
mento para o senhor? ra melhorar os processos. mento, e não significa que a empresa
A busca pela transparência e ho- vai entupi-la de mensagem, também
nestidade. Eu não quero em mo- Quais as novidades na interação deve haver um critério de seleção.
mento algum dizer que não vamos com cliente? Existem ferramentas para saber onde a
errar. Mas devemos ter, e quero de- Hoje, quando o cliente liga para a pessoa está e a que horas, com isso a
senvolver em todos aqui, o senti- central, se houver um delay entre a empresa pode fazer propaganda de
mento de humildade que deve estar URA e o atendimento humano, é um restaurante na hora do almoço,
presente no conceito de servir. Você veiculada uma mensagem aleatória enquanto o cliente estiver próximo, é
tem de ouvir, aprender e, se de fato de um dos diretores da Claro, dizen- muito mais efetivo. O mobile marke-
é um erro, ser humilde para reco- do: “oi, aqui é o Moisés, diretor de ting tem características, mas não acho
nhecê-lo e corrigir, além de ter a ca- engenharia da Claro, gostaria de sa- que são excludentes às formas de se
pacidade de fazer com que não se ber se você tem algum problema de fazer marketing hoje. Vejo o celular
repita. Precisa ser uma postura pre- sinal na sua casa ou em qualquer como mais um mecanismo de distri-
sente e genuína. Nenhuma empresa outra área. Deixe-me saber pelo e- buição, tanto para o marketing, como
quer servir mal ao cliente, mas há mail”. Utilizo um momento de espe- para conteúdo, formas de pagamento,
uma diferença entre querer e fazer, ra e pró-ativamente pergunto se o etc. Há alguns meses a Anatel regulou
e esta é a questão fundamental. Há isso. O cliente tem que pré-autorizar
pouco mais de um mês, começamos o recebimento, ou tem de externar
um blog corporativo, onde todos os
HISTÓRIA para a operadora o desejo de receber
clientes e ou não podem ir lá e pos- Geração celular ou não ofertas.
tar o que quiser. Não há filtro. Todos
“Quando jovem, precisava do relógio de
os meios de relacionamento têm Como é o processo de contato com
pulso para saber as horas, os meus filhos
como finalidade conhecer o proble- não”, afirma. Cox se deu conta da mudan- o cliente?
ma. Para corrigir é necessário saber. ça comportamental olhando para o pulso Não desenvolvemos os produtos e
E somente o cliente satisfeito é que de seus filhos após voltar de uma reunião serviços. Mas adotamos uma platafor-
vai justificar o nosso negócio. com o presidente da Nokia. Isso aconte- ma aberta, com o tipo de produto que
ceu em 2002, quando em viagem a Fin-
a gente quer disponibilizar para o
lândia [sede da Nokia] lhe foi apresentada
De que forma esses canais de comu- uma pesquisa que mostrava a nova forma cliente. Desta forma os provedores de
nicação têm influenciado no rela- dos jovens saberem as horas: olhando serviços se conectam a nós para pro-
cionamento com o cliente? no celular. Cox concorda com a juventu- ver isso. É uma maneira de manter o
Totalmente. Estamos falando de de: “Isso faz sentido, afinal eles nasceram respeito e não invadir a privacidade
com o advento do celular”, afirma.
aproximadamente de 1,5 milhão de do cliente.

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De onde vêm as alternativas de no- ção inadequada sobre um tema. A
vidades? Claro se posicionou, desde que foi HISTÓRIA
Vamos resgatar os últimos dez convocada a participar dessa dis-
anos. Muitos dos serviços que se in- cussão, de forma transparente. Reconhecendo o melhor
corporaram ao celular foram por Portabilidade está na lei. Lei é para João Cox decidiu contratar Miguel
meio das mudanças tecnológicas. ser cumprida. É o desejo da livre Cui após conhecer seu trabalho.
No caso do Brasil, começou com a escolha, a real liberdade, porque o Durante um jantar, Cox perguntou
primeira geração de celulares, que cliente não fica mais preso à opera- sobre os procedimentos da Dedic,
eram analógicos e tinham poucas dora pelo número. O que vale é presidida por Cui na época. Inte-
ressado em vender os serviços do
possibilidades de recursos adicio- atender bem. O cliente bem servi- contact center para a Claro, Cui
nais. Com o advento da segunda do, que percebe o interesse real e mostrou suas estratégias. Mal sa-
geração, que era o celular digital, genuíno no respeito e a transparên- bia que o interesse do presidente
com tecnologia TDMA ou GSM, cia da empresa, ficará satisfeito. E da Claro era outro. Em um segundo
possibilitou-se oferecer mais servi- ele é quem vai criar uma relação de encontro Cui foi contratado como
diretor de clientes. “Foi simples,
ços. Muitas das coisas que foram perpetuidade, que levará a pereni- ele estava fazendo melhor , tinha
adicionadas ao aparelho, não de- dade. mecanismos e custos melhores do
pendiam da operadora, como reló- que os meus”, relembra Cox. O úni-
gio, despertador e rádio, mas da Agora vocês têm a regulamentação co desafio imposto a Cui foi que ele
tecnologia do celular. O 3G alterou do SAC. O que esse Decreto muda? fizesse ainda melhor e “desse asas à
imaginação”, afirma Cox.
essa regra e, por meio da transmis- Praticamente tudo que está no de-
são de dados, permitiu à operadora creto já é cumprido pela Claro. Acho
fornecer mais serviços. O que in- que alguns pontos carecem de regula- presas que ficavam transferindo as li-
fluenciou na própria concepção mentação para operacionalização em gações no intuito de fazer com que o
dos aparelhos. Com o 3G você via- si. O serviço 24X7, gratuito, atendi- cliente desistisse. É um problema
biliza filmes para celular e começa mento humano, prazos de atendimen- focal, tem de tomar cuidado para
a fazer mais sentido ampliar a tela to... Praticamente tudo já estava sendo que isso não acabe piorando o aten-
do aparelho, com isso vem o touch cumprida pela Claro. Mas ainda acho dimento de forma geral. Mas o obje-
screen, para ganhar mais tela sem que têm algumas coisas que precisam tivo é simples, quando a agenda é
aumentar o tamanho do celular. É ser refletidas, por exemplo, a possibili- transparente, servir ao cliente, não
um mecanismo simbiótico. dade da limitação que se coloca a tem problema. É sentar e colocar
transferência da ligação, nós temos 1,5 como servir melhor ao cliente, esse é
Qual a associação entre portabili- milhão de atendimentos ao dia, com o objetivo do decreto e é o mesmo
dade e inovação? ligações para tratar dos assuntos mais que temos.
Inovação é um pilar da Claro. O diversos, como entendimento da con-
3G exemplifica isso, todas as ope- ta, sinal, serviço de dados, problemas O que o senhor vê como futuro?
radoras tinham o nos aparelhos, O futuro para a Claro é avançar
potencial para etc. Com tan- no relacionamento com cliente, no
trazer esse servi- O desafio está em tos contados, atendimento das demandas e ser-
ço e a Claro to- a forma mais vindo bem. Essa equação tem leva-
mou a iniciativa traduzir a relação de eficiente de do a empresa à liderança de
antes de qual- servir ao conquista de clientes. Poucas em-
quer outro por- servir bem para um cliente é ca- presas têm a quantidade de formas
que sabíamos cliente que você não está pacitar o aten- para se relacionar com os clientes
que o desenvol- dimento em como a Claro. Mas não podemos
vimento tecno- vendo e não sabe quais questões nos acomodar, muito pelo contrá-
lógico era segmentadas, rio. Por exemplo, hoje no almoço
importante para são os desejos dele. comespecialis- liguei para o Miguel Cui (diretor
o usuário e para tas. Entendido de clientes da Claro), pois desco-
o País. A questão o problema, o bri mais uma forma para se rela-
da portabilidade passa por outro cliente é encaminhado para o especia- cionar com o cliente. E se eu puder
tema que não é necessariamente a lista, acho que dessa forma conseguía- a cada momento encontrar uma
inovação, mas o respeito. Ao con- mos o melhor atendimento. No limite, nova forma de servir, vou ficar
trário do que algumas empresas se não puder transferir a ligação, todo satisfeito. Porque isso é a essência
querem mostrar, respeito é permitir o atendente terá de ser generalista. E de tudo, se o cliente estiver bem
que o cliente tome a decisão que corre o risco de reduzir a qualidade. servido, não vai querer trocar
ele quer e não iludi-lo com uma ila- Acho que a preocupação é com em- de operadora.„

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cobrança Salvatore Milanese

O caminho é profissionalizar,
ou...
As empresas que entraram no espasmo do tradicional precisam investir para
evoluir, se modernizar
m mercado emergente como o brasileiro gera ponibilizado.

U muitas oportunidades em setores que pouco


tempo atrás nem existiam ou eram geridos de
forma artesanal.
Existe uma segunda
camada dessa pirâmide
– as empresas de co- Salvatore Milanese é sócio da KPMG
O crescimento do crédito no Brasil elevou, nos últi- Corporate Finance Ltda na área de
brança tradicionais – reestruturação de empresa e transações
mos cinco anos, o estoque de financiamentos conce- que trabalham créditos envolvendo créditos inadimplidos
didos pelo Sistema Financeiro Nacional de R$ 364,5 com mais tempo de E-mail: smilanese@kpmg.com.br
bilhões, em julho de 2002, para R$ 1085,7 bilhões, vencimento dentro do
no mesmo período de 2008 . Sem contar o crédito modelo de success fees, cobrados com base no per-
mercantil que, em 2006, era de R$ 297 bilhões, ou centual da recuperação conseguida. Geralmente são
14,3% do PIB nacional, de acordo com o Serasa. firmas de pequeno a médio porte, com gestão tradi-
Trata-se de crescimento poderoso, que ainda tem cional, constituídas por meio dos recursos dos empre-
margens enormes para aumentar quando compara- endedores ou sócios, cuja infra-estrutura e
mos a relação crédito/PIB com os demais países. faturamento até quintuplicou nos últimos cinco anos.
Esse fenômeno foi acompa- Porém, carecem de uma gestão corporativa adequa-
nhado pelo aumento em valor da, que inclua profissionais de administração, plane-
Abriu-se absoluto do estoque de crédito jamento estratégico, orçamento empresarial e
em atraso, gerando matéria instrumentos básicos de governança corporativa.
um inegável prima para a indústria de co-
celeiro de brança. Mais de R$ 84 bilhões Essa falta de profissionalização não favorece a sus-
estavam vencidos entre 60 e tentabilidade do negócio e capacidade de investi-
oportunidades 360 dias no sistema financeiro mento a médio prazo. Até agora, os resultados e a
para o nacional, conforme dados do sobrevivência foram garantidos pelas condições fa-
Banco Central do Brasil, ao fi- voráveis de mercado. Mas, a concentração do siste-
segmento nal de julho de 2008 .A esse ma bancário e o processo de venda de carteiras a
volume de crédito inadimplido investidores especializados são alguns fatores que
de cobrança deve ser somado o estoque de têm impactado as empresas menos preparadas.
créditos que as instituições fi-
nanceiras baixam e contabilizam em conta de com- Para as tradicionais surge a obrigação de olhar
pensações vencidas há mais de 360 dias e ainda o para iniciativas que mitiguem os riscos implícitos no
PDD (provisões para devedores duvidosos) do crédi- próprio modelo de negócio. Algumas já estão se mo-
to mercantil. bilizando, por meio de parcerias com investidores
em carteiras de créditos inadimplidos, como instru-
Abriu-se um inegável celeiro de oportunidades
mento para diversificar e estabilizar seu fluxo de cai-
para o segmento de cobrança brasileiro. Ainda mais
xa. Outras se especializam e focam os próprios
se considerarmos que os bancos e os titulares desses
investimentos em nichos de mercado. Seja qual for a
créditos vencidos não podem ou não querem inter-
direção adotada, a profissionalização do negócio é
nalizar os investimentos necessários para tratar das
condição sine qua non, pois resultados sustentáveis
milhões de contas que precisam ser reabilitadas ou
dependem de uma administração excelente. Já a
simplesmente cobradas.
possibilidade de firmar parcerias com investidores,
Nesse contexto, os callcenters, especializados no além dos bons resultados, está diretamente ligada à
tratamento dos créditos vencidos mais recentes, não existência de uma estrutura corporativa e de gover-
ajuizados, investiram para atender as exigências de nança alinhadas aos padrões do mercado internacio-
seus clientes, abocanhando fatias importantes desse nal. Quem entender esse novo contexto e investir
mercado. Na maioria das vezes, operando com mo- rapidamente poderá aproveitar as oportunidades
delos de negócios que prevêem fees fixos por PA dis- para crescer organicamente e se consolidar.

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cobrança Salvatore Milanese

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especial Automóveis

A porta aberta ao cliente


A concorrência tem levado a indústria automobilística a investir cada vez mais para atrair clientes, com estratégias
que passam pelos canais de relacionamento e chegam ao contato direto, por meio de técnicas diferenciadas

A
indústria automobilística cres- dústria automobilística investiu US$ 2,1 Citroën do Brasil, acredita que o fa-
ce de vento em popa. Fa- bilhões, em 2007, e mais US$ 5 bilhões tor essencial hoje é o atendimento e
cilidade nos financiamentos e este ano. Com estes investimentos, a o relacionamento, uma vez que as
maior poder de compra do capacidade instalada deve pular de 3,5 marcas já oferecem, de modo geral,
consumidor são alguns dos fa- milhões de unidades em 2007 para produtos com alta tecnologia e
tores que impulsionam o crescimento. quatro milhões em 2009. O presidente performance. “Além dos excelentes
A Associação Nacional dos Fabricantes da entidade, Jackson Schneider, justifi- produtos, é pelo atendimento dife-
de Veículos Automotores, a Anfavea, ca o entusiasmo da atividade ao fato de renciado, pela imagem da marca e
acredita que o País fechará o ano com as condições da economia estarem se vantagens competitivas como custo/
vendas de 3,06 milhões de veículos, traduzindo em poder de compra. benefício que a Citroën conseguiu
uma expansão de 24,2% em relação a Mas não deve descuidar da gestão conquistar mercado. Observamos
2007. Desse total, 2,64 milhões serão dos clientes. Os canais de relaciona- por meio de pesquisas de satisfação
veículos nacionais (alta de 21%) e 415 mento e as estratégias de fidelização o encantamento dos clientes em re-
mil importados (expansão de 49,8%). Já estão sendo alinhadas para atrair lação à maneira como são tratados
a produção de automóveis deve cres- clientes e se destacar em meio à acir- e recebidos pela marca.” A BMW
cer, segundo a Anfavea, 15% neste ano, rada concorrência. Nívea Ferradosa promete surpreender seus clientes,
para 3,425 milhões de veículos. A in- Morato, diretora de marketing da em breve. “Lançaremos uma nova

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forma de se adquirir um veículo que consumidor perma-
muito agradará aos consumidores bra- nece fiel a uma mar-
sileiros. Mas, por enquanto, é segre- “A internet hoje é ca enquanto ela
do”, diz Marcelo Silva, gerente de uma ferramenta oferecer um produ-
extremamente
marketing e vendas. to que o satisfaça e
importante para a
decisão de compra encante.
CLIENTE FIEL? do segmento de Na Volkswagen,
Se depender do resultado da pes- carros de luxo.” Leonardo Soloaga, di-
quisa da Associação Brasileira de retor de pós-vendas,
Luiz Tambor,
Defesa do Consumidor, a ProTeste, a da Land Rover destaca o Prêmio Best
resposta é não. Um estudo realizado Cars 2008 como
com 3.027 consumidores constatou melhor assistência
técnica, concedido pelos leitores da
DIFERENCIAÇÃO revista Carro. “O reconhecimento
como melhor assistência técnica do
Como superar os desafios? que 62% não são fiéis a um determi- Brasil aumenta a nossa respon-
nado modelo ou montadora. Mas sabilidade. Mostra que é muito im-
Nívea Ferradosa Morato, da Citroën:
será que, de fato, não há fidelidade portante o engajamento para superar
“Diferenciar-se da concorrência na co-
municação e agilidade no lançamen- por parte do consumidor brasileiro? desafios e melhorar cada vez mais os
to de novos produtos, além da busca Nívea, da Citroën, acredita que o serviços oferecidos aos clientes”, co-
constante de melhorias em qualidade consumidor cria um vínculo com a menta.
e fidelização dos clientes, por meio de marca, sim. “Temos uma alta fideli- Porém, além de problemas com me-
pós-venda eficaz e atendimento dife-
dade nos clientes de Xsara Picasso, cânica, o mercado enfrenta outro im-
renciado. A criação de uma estrutura
PSA no Mercosul tem nos permitido nosso primeiro veículo fabricado no passe. Cada vez mais o cliente é
uma maior agilidade no desenvolvi- Brasil. Muitos já estão no seu terceiro instigado pela concorrência a experi-
mento de produtos”. ou quarto carro.” José Sétimo, geren- mentar novas marcas e produtos. Com
Marcos Saade, da Volvo: “Manter a te de pós-vendas da BMW, concor- isso, as empresas são pressionadas a
competitividade nos custos e diferen- da: “Nós acreditamos em clientes surpreender seus clientes com produtos
cial de mercado. A inovação custa caro fiéis e fidelidade se conquista com cada vez melhores, inovadores e com
e por isso eficiência operacional e boa consistência na oferta de produtos e custo/benefício agregado a serviço de
estratégia são necessárias para acertar
serviços de valor, com o qual o clien- venda e pós-venda. “Somente desta for-
no futuro.”
te se identifica. Nosso lema é ‘o puro ma podemos manter os clientes fiéis à
Marcelo Silva, da BMW: “Crescer com prazer de dirigir’. Enquanto continuar- marca, pois a novidade da experimen-
qualidade atendendo às expectativas
dos clientes e oferecendo produtos
mos oferecendo essa experiência para tação sempre irá se contrapor ao custo
cada vez melhores. E também da socie- nossos clientes, eles permanecerão fi- da troca e a perda da excelência de ser-
dade como um todo, com automóveis éis”, aposta. Luiz Tambor, da Land viços já experimentada”, diz Nívea.
mais econômicos e que não agridam o Rover, complementa, dizendo que o Marcos Saade, da Volvo, concorda.
meio ambiente”.
Luiz Tambor, da Land Rover: “Pro-
porcionar um produto com conforto Na foto, o novo Golf da
e comodidade já é um bom começo. Volkswagen. A empresa
Outro fator fundamental é em relação foi premiada como
às questões ambientais. A indústria melhor assistência técnica
automotiva deve ter como prioridade pela revista Carro
o desenvolvimento de veículos com
emissões de dióxido de carbono pra-
ticamente nulas.”
Renata Giannini, da Volkswagen:
“Acompanhar as tendências do segmen-
to e lançar serviços diferenciados, como
o Financiamento total banco Volkswa-
gen. Financiamos tudo, desde as despe-
sas de despachante até as revisões.”
Luiz Lacreta, da GM: “Reforçar os prin-
cípios mundiais da corporação em re-
lação à preservação do meio ambiente
e desenvolvimento sustentável.”

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“O reconhecimento
como melhor
assistência
técnica do Brasil
“Acredito que exista aumenta a nossa
responsabilidade.
menos fidelidade que
Mostra que é muito
no passado. Hoje, a importante o
tecnologia e a oferta, engajamento para
aliados a uma comu- superar desafios e
nicação eficaz, con- melhorar, cada vez
quista clientes que mais, os serviços
aceitam o desafio de oferecidos aos
trocar ou apenas co- clientes.”
nhecer uma nova Leonardo Soloaga,
marca.” Tambor, da da Volkswagen
Land Rover, diz que,
para gerar a fideliza-
ção, deve-se oferecer, além de produtos do a um excelente atendimento ternet, a BMW acredita que o atendi-
de qualidade, uma comunicação unifi- pessoal”, aposta Saade, da Volvo. mento ao cliente de alta renda
cada e concisa em todos os pontos de O relacionamento pelas comuni- precisa ser personalizado. “Uma boa
venda e planejar ações de marketing fo- dades virtuais é uma aposta da base de dados é fundamental, mas
cadas para promover experiência com Volkswagen, que, no ano passado, nada como um executivo de vendas
a marca. realizou a festa de lançamento do
novo Golf no Second Life. O evento NOVO GOLF NO SECOND LIFE
PORTA DE CONTATO contou com a presença de Marcelo
Outro fato que tem feito as empre- Olival, gerente executivo de mar-
sas se repensarem é a maior deman- keting e Herlander Zola dos Santos,
da dos clientes de alta renda por supervisor de propaganda e estraté-
múltiplos canais de relacionamento. gia de marketing. Segundo os exe-
Eles buscam atendimento diferen- cutivos, a festa foi um sucesso tão
ciado, ágil e querem utilizar canais grande que a montadora manteve
práticos como internet e celular para seu espaço no ambiente virtual e,
obter informações, agendar revi- além de disponibilizar informações
sões, etc. “É necessário oferecer um sobre produtos e serviços, oferece
atendimento condizente com o pro- um test-drive com os últimos lança-
duto que se vende e seu preço. mentos.
Instalações, ambientes, apresenta- Seja pela rede de distribuição da
ção e exclusividade. Tudo isso alia- central de relacionamento ou da in-

PRÓXIMOS PASSOS
Conheça as tendências do setor para encantar os clientes
Hoje o cliente é um gerador de conteúdo, e o cliente. As ações de marketing, pro-
que se expressa em blogs, comunidades, moções e eventos têm de estar alinha-
sites a até na imprensa. Neste contexto, das com as preferências e perfis desses
automóveis

uma das tendências é disponibilizar ví- clientes. Os modelos segmentados,


deos com depoimentos de clientes nar- como os veículos desenvolvidos espe-
rando suas experiências com a marca e cialmente para portadores de deficiên-
os produtos. Os sistemas facilitarão a cia física, com adaptações específicas,
comunicação no futuro. As empresas co- são outra aposta do setor.
nhecerão muito mais sobre a satisfação
Aplicar políticas ambientais em todos os
e os anseios dos consumidores, saben-
projetos e em todas as operações torna-
do como e quando agir. É preciso saber
se um imperativo tendo em vista que os
onde os clientes estão, o que eles gos-
clientes preocupam-se cada vez mais
tam, do que precisam e estabelecer um
especial

com o consumo consciente. Os gestores


relacionamento personalizado por meio
devem levar em conta, não apenas os in-
de ferramentas tecnológicas.
teresses dos clientes, mas também dos
A participação das empresas em even- fornecedores, concessionários, acionis-
tos que envolvem outras marcas de luxo tas e colaboradores. Estes últimos de- Apostando na interatividade,
também são armas bastante eficientes e vem ser qualificados, motivados, possuir Volkswagen lançou o Novo Golf no
proporcionam a interação entre a marca autonomia e ser bem remunerados. mundo virtual do Second Life

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“A indústria
ANFAVEA automobilística
brasileira investirá

O ritmo de crescimento US$ 20 bilhões no


Brasil, entre 2008 e
2010, para colocar

da indústria definitivamente
o País entre os
primeiros produtores
automotivos
Em Entrevista Exclusiva, Jackson Schneider analisa o mercado mundiais.”
local, fala de perspectivas e o desafio de situar o País entre os Jackson Schneider,
presidente da Anfavea
primeiros produtores automotivos mundiais

A
PERSPECTIVAS
indústria automobilística es- veis, comerciais leves, caminhões e ôni-
Com os resultados de produção e
teve presente em grande par- bus – vêm em recuperação no mercado
vendas internas de 2007 (recordes), a
te da trajetória profissional de interno desde 2004, com as vendas pas-
indústria automobilística brasileira
Jackson Schneider, atual presidente sando de 1,42 milhão de unidades na-
passou de 8° para 7° maior produtora
da Associação Nacional dos Fa- quele ano para 2,46 milhões em 2007.
mundial. Em termos de mercado, pas-
bricantes de Veículos Automotores, a Ou seja, um crescimento de 66,5% no
sou da 9ª posição para o 8° lugar, su-
Anfavea; vice-presidente de RH, jurí- período, o que significa uma elevação
perando, nos dois casos, a Espanha. A
dico e relações institucionais da de mais de 10% ao ano. Nos primeiros
participação do setor automotivo no
Mercedes-Benz do Brasil e conse- cinco meses de 2008, a expansão conti-
PIB industrial é de 22,1%, no PIB na-
lheiro da Oica, entidade que, com nua: já foram comercializados mais de
cional é de 5,5%, o que demonstra a
sede em Paris, representa a indústria um milhão de veículos, com acréscimo
relevância do setor na economia bra-
automobilística mundial. Nascido em de 30% sobre o mesmo período do ano
sileira. Quanto às perspectivas, as esti-
Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul, passado.
mativas da Anfavea são de que o
Schneider iniciou suas atividades na
EXPORTAÇÕES mercado interno deve continuar em
Anfavea no início da década de 90
Em exportações, também evoluímos, crescimento, em razão da política
como gerente de relações externas.
com vendas externas em 2007 de perto macroeconômica estável, expan-
Na Mercedes-Benz começou em
de 800 mil unidades no valor de US$ são do emprego e da renda, au-
1993 no cargo de gerente de relações
13,5 bilhões. Para 2008 prevemos ex- mento do volume de crédito
institucionais e teve participações im-
portar 780 mil veículos e peças, no valor disponível para financiamento de
portantes em projetos como o Classe
perto de US$ 14,5 bilhões. veículos e dos prazos, quadro que
A. Em 1997 esteve à frente do desen-
anima o consumidor. No plano
volvimento gerencial da rede de con- PRODUÇÃO
das exportações, temos as melho-
cessionários Mercedes-Benz e Quanto à produção, em 2007 foram
res expectativas quanto ao recente
tornou-se diretor em 2001. A vice- 2,97 milhões e neste ano ultrapassaremos
programa de política industrial lança-
presidência da Anfavea foi conquis- 3,4 milhões de veículos produzidos.
do pelo governo federal, que desone-
tada em 2004, mesmo período em
EMPREGO ra o investimento em bens de capital
que ocupou o cargo atual na
Como reflexo do aumento da produ- e reforça o financiamento à produ-
Mercedes-Benz. Em abril do ano
ção, cresce o emprego direto nos fabri- ção destinada a exportação, entre
passado, tornou-se presidente da
cantes de veículos, e também nos de outras medidas. Tal programa e o es-
Anfavea e Sinfavea e, desde então,
máquinas agrícolas, que igualmente forço da indústria podem levar à ma-
coordena estudos sobre temas da in-
compõem o quadro societário da enti- nutenção e ao aumento dos níveis de
dústria e do mercado de veículos au-
dade. Em janeiro de 1994, estavam em- exportações. A indústria automobilís-
tomotores. Em Entrevista Exclusiva à
pregados no setor, diretamente, 90,7 mil tica investirá US$ 20 bilhões no Brasil
ClienteSA, Jackson Schneider fala so-
pessoas. Em abril de 2008, são 125,9 entre 2008 e 2010, preparando para
bre o mercado interno e externo e as
mil. Ou seja, no período, foram contra- colocar definitivamente o País entre
perspectivas de uma das indústrias
tados 35.176 trabalhadores, com refle- os primeiros produtores automotivos
de maior ascensão do País. Veja os
xos positivos nos fornecedores e mundiais. Nossas projeções indicam
principais tópicos:
concessionários e demais segmentos a possibilidade de uma produção su-
MERCADO INTERNO ligados, direta ou indiretamente, à indús- perior a cinco milhões de veículos
As vendas de veículos – automó- tria automotiva e máquinas agrícolas. por ano em 2013.

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competidor, de tecnologia, comuni-
cação, design, é determinante para se
manter atualizado às futuras tendên-
cias e prováveis necessidades. A
Volkswagen considera não só os inte-
resses do cliente, mas também dos
colaboradores, fornecedores, con-
cessionários e acionistas. A empresa
“Fazemos uma acredita que esse envolvimento gera
convenção anual produtividade e garante qualidade no
para nossa rede serviço e produto.
de concessionários Já a BMW, além das tradicionais
com excelentes pesquisas de satisfação, acredita que
resultados na o melhor canal de comunicação com
motivação da seus clientes seja o pessoal da linha
equipe.” de frente, os executivos de vendas e
Nívea Ferradosa pós-vendas das concessionárias que
Morato, da Citroën funcionam como antenas para os de-
sejos e necessidades dos consumido-
ou um consultor técnico que chama siasmo”, ressalta o diretor geral de res. “Um opcional que era desejado
o cliente pelo nome e conhece suas pós-vendas, Luiz Lacreta. por poucos há algum tempo pode se
necessidades”, ressalta José Armando tornar uma necessidade para muitos
Silva, gerente regional de operações. EXIGÊNCIAS DO CLIENTE hoje. Antes das pesquisas revelarem
A importância que a GM vê em ofe- As empresas utilizam variadas es- essas necessidades, nosso corpo de
recer um atendimento personalizado tratégias para chegar à informação vendas e pós-vendas muitas vezes
levou a equipe da área de pós-ven- mais importante: o que o cliente percebeu e nos informou. Portanto, é
das a criar o Atendimento Premium, quer? Em até 72 horas após a com- importante manter processos que tra-
programa exclusivo que deve ser es- pra de um veículo Fiat, o cliente é gam as informações do front com
tendido às concessionárias do Rio de contatado para dar sua impressão velocidade para podermos identifi-
Janeiro até o final deste ano. “Já esta- sobre o produto, transformado em cá-las”, avalia Sétimo.
mos com 70% da rede preparada e um mapa para melhorias. A Citroën
até o final do ano vamos chegar a realiza pesquisas diárias de satisfa- ESTRATÉGIAS E NOVIDADES
100%”, garante. ção com a qualidade e os serviços Test-drive exclusivo, eventos es-
A proposta é oferecer ao cliente ser- prestados pela rede. Pesquisam tam- peciais, uso da tecnologia, oferta de
viços diferenciados como agenda- bém os não compradores, que esti- produtos customizados e serviços
mento de manutenção do veículo veram em uma concessionária, mas estratégicos são algumas das muitas
diretamente com seu mecânico de não compraram. ações realizadas pelas empresas que
confiança, possibilidade de acompa- A Land Rover faz pesquisas para buscam superar as expectativas do
nhar, ao lado do especialista, o adequar os produtos às expectativas cliente e mantê-lo mais próximo da
conserto do carro, entre outras con- dos clientes. Além disso, a freqüente marca. Para aumentar a confiabili-
veniências. “Trata-se da arte de sur- observação do dade nos
automóveis

preender os clientes, encantando-os mercado servi-


com serviços fundamentalmente no-
vos e diferenciados. Não é um atendi-
mento para, simplesmente, superar
as expectativas do cliente, mas
sim o de obter sua fidelização
por meio da customização
de cada transação, sem-
especial

pre com o mesmo entu-

Na foto, Xsara Picasso da


Citröen. Primeiro modelo
produzido no Brasil trouxe
clientes fiéis para a marca.

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ços das suas concessionárias, a Fiat para o lançamento do Prisma, que ação lembrada e comentada até
desenvolveu uma ação, batizada será totalmente digital, apoiada em hoje”, comemora Nívea. Este ano, a
Estação de diagnóstico inteligente, ações como hotsite, blog, adverga- empresa irá desenvolver ações de
que aproxima o especialista da con- me, leilão virtual, webvídeos, ani- mobile marketing cuja proposta
cessionária dos engenheiros e agi- mes, widgets e publicidade on-line consiste em impactar os clientes via
liza o diagnóstico dos sistemas rich mídia (por meio de links patroci- SMS com mensagens que os incenti-
elétricos do veículo. A empresa tam- nados), e-mail marketing, banners va a enviar seu número de telefone
bém desenvolveu um manual multi- em portais verticais e horizontais, para receber novidades dos produ-
mídia que disponibiliza informações além da aproximação e interação tos pelo celular. “Recebemos, em
técnicas e de assistência a todos os com heavy users, blogueiros e inte- apenas um dia de campanha, cinco
modelos, transmitido por computa- grantes de redes sociais, como Orkut, mil interessados”, conta Nívea. A
dores às oficinas e atualizado diaria- YouTube e Flickr. Land Rover também proporciona
mente. Permitindo aos profissionais Na Citroën, a aposta é no Citroën experiências exclusivas, como o
acompanhar, passo a passo, todo o Experience, para promover encon- Interlagos Experience, evento anual,
processo de conserto. tros mensais com os clientes. Eles onde a empresa convida mais de
A recente campanha da General são convidados a participar de even- 700 clientes Vip ou potenciais de
Motors, que aposta em conquistar tos como gourmet, degustação de todo o Brasil para testar seus veícu-
credibilidade do cliente, é o Programa vinhos e test-drive Vip em que a em- los no autódromo de Interlagos.
férias seguras Chevrolet. Com o tema presa empresta veículos por uma se-
“Até quem vive nervoso viaja tran- mana a clientes potenciais de alta DETALHES
qüilo”, a campanha orientou os usuá- renda. “Para citar outro exemplo, fi- As empresas começam a procurar
rios a agendarem a revisão antes das zemos um evento exclusivo aos os clientes em detalhes. Para atender
férias de julho. A ação, criada pela proprietários do Xsara Picasso na portadores de deficiência física, a
área de pós-vendas da GM, oferecia tradicional Oca, um espaço no Volkswagen disponibilizou embrea-
check-up grátis de 30 itens em qual- Parque do Ibirapuera, em São Paulo. gem automática computadorizada,
quer concessionária da rede. Outra Fechamos a exposição de Pablo um microequipamento controlado
novidade é a campanha publicitária Picasso só para nossos clientes. Uma que completa o sistema de embrea-

ATENDIMENTO O QUE AS EMPRESAS OFERECEM


EMPRESA CANAIS DE CALLCENTER INTERNET PROGRAMAS DE FIDELIZAÇÃO
CONTATO

BMW Telefone, Callcenter receptivo. Trabalhos ativos Possui duas versões de visualização: em Driving Experience Road Show: test-drive
e-mail, carta para geração de novos negócios são vídeo, com filmes, animações e músicas; e de toda a linha de veículos e principais
e fax estabelecidos por outros canais compacta, apenas com imagens e infor- lançamentos.
mações - www.bmw.com.br BMW Driver Trainings: cursos de direção
defensiva que exploram os atributos e
diferenciais dos modelos

Citroën E-mail, tele- Fidelité: departamento de atendimento Aviso de vencimento da carteira de habi- Campanha Custo Fixo de Manutenção:
fone, chat e ao cliente litação, de revisões, manual do proprie- toda a linha Citroën tem preço tabelado
carta tário com sistema de busca por assunto e de revisão
chat para SAC -
www.fideliteonline.com.br

Fiat Telefone, Central de relacionamento Fiat: o Monte seu carro, Fiat news, revisão pro- Programa Fiat de Ponta a Ponta: a fábrica é
showroom, cliente pode tirar dúvidas e fazer gramada, dicas de manutenção, vídeos e aberta para visitação de turmas de estudan-
site, carta sugestões vendas especiais - www.fiat.com.br tes, onde tem palestras técnicas e debates
e fax com profissional da área, no qual discutem as
melhores práticas empresariais

General Telefone, site, Serviço de Atendimento Chevrolet: Férias Seguras Chevrolet, filmes e cam- Programa Férias Seguras Chevrolet: revisão
Motors carta e fax cliente pode obter informações sobre panhas publicitárias, trilhas Chevrolet, grátis de 30 itens em qualquer concessio-
vendas, pós-vendas, serviços financei- agendamento de test-drive, ofertas e nária da rede
ros e concessionárias promoções - www.gm.com.br

Land Rover Telefone, Callcenter é a principal forma de atendi- Ações sociais, Land Rover assistance, Não há programa de fidelização específico
carta e fax mento, com informações personalizadas, dicas off-road, fotos, vídeos e concessio-
esclarecimentos de dúvidas e indicação nários - www.landrover.com.br
de concessionários

Volkswagen Telefone, site, Primeira montadora brasileira a imple- Universite, blog mulheres sobre rodas, Volkswagen Card: um cartão de crédito
carta e fax mentar SAC, em 1962 jogos, vendas especiais e urbenauta em parceria com a Unicard Unibanco
(viagens pelas capitais do Brasil) - que dá direito a vantagens e benefícios
www.volkswagen.com.br

Volvo Telefone e Por meio do callcenter é feita pros- Informações ao proprietário, concessioná- Existem programas de fidelização em
e-mail pecção ativa e passiva com auxílio do rias, seletor de modelos e dicas de cuida- alguns concessionários, mas não há um
banco de dados dos e manutenção - www.volvo.com.br padrão nacional

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gem do veículo e pedal removível o Programa Autonomy, oferecendo bém usada para gerenciamento do
para acelerador ou para embreagem – modelos com adaptações especiais. sistema de entretenimento e navega-
permite a remoção e a instalação rápi- Já a Land Rover oferece, além de ção. Além disso, a Land Rover tem
da dos pedais de acelerador e utilitários com alta performance on- focado em melhorias na motoriza-
embreagem. “Queremos que o porta- road e off-road, produtos diferencia- ção dos veículos para aumentar a
dor de deficiência física conheça os dos de alta tecnologia, luxo, design sua potência e diminuir a emissão
nossos produtos e participe do test- e segurança. A marca desenvolveu o de CO2. O modelo LRX, apresenta-
drive para escolher a melhor opção Terrain Response, em que apenas do no salão internacional de Detroit,
para suas necessidades”, afirma um comando adapta a suspensão, foi projetado para atender conceitos
Guilherme Blumm, gerente de vendas motorização e transmissão para de sustentabilidade. Tambor conta
especiais da Volkswagen do Brasil. Já cada terreno - lama, grama, pedra, que, no Brasil, a marca acaba de co-
a GM lançou o Meriva Easytronic, areia e asfalto. A performance do locar no mercado a nova versão do
com transmissão automatizada e mo- veículo pode ser monitorada por Defender, modelo mais emblemáti-
tor 1.8 flexpower. A Fiat desenvolveu meio de sua tela touch screen, tam- co da montadora. „

O QUE AS EMPRESAS FAZEM


Treinamento Consumo consciente Tecnologia
BMW: Apesar de existir um setor es- BMW: Desenvolvimento de produtos de BMW: Irá lançar, ainda este ano, no-
pecífico de relacionamento direto acordo com a filosofia interna da marca vos sistemas de conexão e diagnós-
com clientes, todos os funcionários que propõe a diminuição do uso de com- ticos veiculares que proporcionarão
da empresa recebem, constantemen- bustíveis. Isso é feito com o investimento maior precisão e rapidez. Há planos
te, treinamento de como se portar e constante em tecnologia de motores. para a tecnologia de teleservices,
comunicar com os clientes seja em com a qual o veículo pode conversar
atendimento telefônico ou pessoal- Citroën: Segue normas rígidas relaciona- e transmitir informações sobre suas
mente. das às emissões de poluentes e à utilização condições, de forma remota, aos con-
de combustíveis de menor impacto am- cessionários BMW.
Citroën: Além da parceria com o Se- biental, como o álcool. Os manuais dos veí-
nai para treinar os consultores, ge- culos Citroën são feitos em papel reciclado. Citroën: A empresa está ligada via
rentes e especialistas do SAC, há a Fiat: Desde 1990 a Fiat já investiu cerca de web com toda a rede de concessioná-
convenção anual para toda a rede de US$ 100 milhões em tecnologia e projetos rios e o histórico do cliente pode ser
concessionários, que envolve todos para a preservação e melhoria do meio am- acessado de qualquer lugar.
os níveis hierárquicos. Neste evento, biente. Por exemplo: o sistema de comuni-
é apresentado um programa de TV cação e conscientização de colaboradores; Fiat: O software interativo MultiFiat
chamado Citroën Legal, criado há tecnologia para controle de poluição, além disponibiliza informações técnicas
cinco anos, em que são mostradas as de possuir uma equipe especializada para e soluções assistenciais para todos
atuações dos funcionários em dife- diagnósticos ambientais. os modelos Fiat e suas respectivas
rentes partes do País. versões.
General Motors: Promoveu o Check-up eco-
lógico, cujo objetivo foi avaliar itens do carro, General Motors: Fez uma campanha
General Motors: Treinamentos rígi- como catalisador, ar-condicionado, filtro de
dos para que os funcionários consi- publicitária 100% virtual pela primeira
óleo, que podem causar danos ao meio am- vez. Usou ferramentas como hotsite,
gam atingir metas pré-estabelecidas. biente caso não estejam bem regulados. blog, advergame, leilão virtual, web-
Land Rover: A cada lançamento de Land Rover: Aposta em tecnologias nos no- vídeos, animes, widgets e publicidade
automóveis

produto é traçado um plano estratégi- vos motores, como o turbo diesel V8, mais on-line.
co que inclui as fases de cascateamento econômico, silencioso e menos poluente. E
da informação para os clientes internos o sistema start-stop, que desliga o motor do
e colaboradores da marca, treinamen- Land Rover: Pretende buscar novas
veículo automaticamente em situações de tecnologias para impactar, principal-
tos e comunicação. congestionamento e o aciona novamente mente, o consumidor de produtos de
ao simples toque no pedal do acelerador. luxo.
Volkswagen: Por meio da participa-
ção ativa é estimulado o envolvimento Volkswagen: Todos os colaboradores são Volkswagen: Manter uma sinergia
de colaboradores qualificados e que qualificados em proteção ambiental de resultante da união de tecnologia da
possuam autonomia. O processo de acordo com suas tarefas. Além de estarem informação com negócios estraté-
comprometidos com a aplicação desses
especial

melhoria contínua baseia-se na utiliza- gicos da empresa orientados para o


ção de métodos específicos e na troca princípios, conforme a legislação. sucesso no mercado global é uma das
de conhecimentos. Volvo: Mais de 80% do conteúdo de um Vol- premissas.
vo é reciclável. Seus motores estão entre os
Volvo: São realizados treinamentos menos poluentes do mundo e a preocupa- Volvo: A empresa tem planos, princi-
presenciais, que começam com uma ção com o meio ambiente é um dos valores palmente, na parte de processos e siste-
preparação via web. da empresa. mas, mas não quis revelar.

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ouvidoria

Anac aposta em consolidação


Criada em 2007, instituição investe em tecnologia para melhorar rela-
cionamento com cliente
erca de 50% das manifestações parte do sistema de gestão”, res-

C recebidas são reclamações. O


restante são questões de for-
mação de pilotos até embarque de
salta Alayde. As queixas recebidas
também são encaminhadas ao
Ministério da Defesa por meio de Alayde Sant' Anna, da Anac
usuários que necessitam de atendi- relatórios semestrais gerados.
mento especial.” A avaliação é de Com objetivo de melhorar o atendi- viço ainda está em andamento. “Con-
Alayde Avelar Freire Sant’Anna, ouvi- mento, a Anac implementou em abril seguimos lugar de destaque no site da
dora da Agência Nacional de Aviação o Ecoar, sistema on-line de atendimen- Anac, com as principais informações
Civil, a Anac. A ouvidoria atua como to ao cidadão, no qual os usuários se sobre nossas atividades. Além disso,
órgão regulador no atendimento men- cadastram gratuitamente e podem buscamos espaço em veículos segmen-
sal de cerca de 1.552 manifestações mandar suas reclamações e sugestões, tados que abordam o tema”, explica a
entre usuários e servidores. Alayde que passam por triagem eletrônica e ouvidora. Outra etapa é a integração
coordena uma equipe formada por são encaminhadas. Na avaliação de entre ouvidoria, assessoria de relação
oito pessoas, que é responsável pela Alayde, o sistema agilizou o prazo de com usuários (Arus) e o SAC. “Nossa
divulgação de informações e presta- envio das respostas e possibilitou o meta é limitar a atuação e dividir fun-
ção de esclarecimentos, além de re- acompanhamento pelo número do ções de acordo com as atividades de
ceber queixas e sugestões internas e protocolo, agilizando em relação ao cada setor. O Ecoar tem nos auxiliado,
externas sobre aviação civil. conceito anterior, que recebia contes- direcionando as manifestações para a
Estas reivindicações, porém, não tações apenas por telefone ou e-mail. área responsável”, completa Alayde.
geram as mudanças diretamente, “O telefone é a forma de atendimento A capacitação da equipe é realiza-
apesar de serem encaminhadas à di- mais utilizada pelos usuários. Mas eles da com visitas às diversas áreas da
retoria da Anac. “A ouvidoria não de- também podem nos contatar pelo Anac. “Nosso objetivo é acompanhar
termina mudanças, apenas aponta Ecoar, e-mail ou cartas”, afirma. o desenvolvimento das atividades des-
melhorias. As modificações realiza- A implantação da ouvidoria ainda sas unidades, promover encontros e
das ocorreram pela conscientização não está completa. A estruturação das divulgar o papel da ouvidoria para os
da importância das reclamações por ações de marketing para divulgar o ser- colaboradores”, conclui Alayde. „

Paulistanos exigentes
Ouvidoria do Ipea cria espaço acadêmico Cresce número de reclamações
Página reunirá monografias e dissertações que abordem a atividade no Brasil egundo relatório da Ouvidoria

A
ouvidoria do Instituto de Pes-
quisa Econômica Aplicada, o
Ipea, encontrou no espaço
vos trabalhos. “Nosso objetivo é
oferecer um conjunto de textos aca-
dêmicos sobre o setor e suas ativida-
S Geral da Cidade de São Paulo, o
número de reclamações relacio-
nadas à qualidade no atendimento pas-
sou de 112, em 2007, para 718, em
acadêmico a solução para expor à des, para facilitar o trabalho de todos 2008. A pesquisa, referente ao segun-
população as atividades realizadas que desejam estudar a situação das do trimestre de 2008, mostrou que
pelo setor, além de aumentar o nú- ouvidorias no País”, afirma. grande parte das reivindicações envol-
mero de visitas no site. O serviço Azeredo ressalta que para publi- ve as secretarias da saúde (341), gestão
disponibilizará monografias, disser- car os trabalhos é preciso que o (128) e subprefeituras (60). Também
tações de mestrado e doutorado que autor autorize a livre divulgação cresceram protestos relacionados à per-
abordem a ouvidoria no Brasil ou de pelo Ipea, uma vez que os textos turbação do silêncio, passando de 142
temas relacionados. estarão disponíveis para download em 2007, para 259, em 2008.
De acordo com Luiz Cezar Loureiro gratuitamente. “Só publicamos tex- Algumas áreas registraram queda no
de Azeredo, ouvidor do Ipea, a inicia- tos na íntegra e que tenham aval número de reclamações: buraco em via
tiva visa incentivar a elaboração de no- do meio acadêmico”, conclui. „ pública (0%), iluminação pública (45%)
e serviços de jardinagem (67%).

Veja as informações on-line no portal ClienteSA.com.br


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sacadas de marketing Lívio Giosa
as grandes

O Marketing sob pressão


Em cenário altamente competitivo, área vista de forma estratégica pode
assegurar bom desempenho às empresas

Brasil privado vai bem. Esta é a constata- com exercício de

O ção quando percebemos que, com a esta-


bilidade econômica, as empresas investem
cada vez mais e acolhem o desejo de consumo da
liderança, espírito de
equipe e busca de
conhecimento são Lívio Giosa é vice-presidente da ADVB e
presidente do Cenam.
sociedade. A macro visão da economia brasileira motivos de aperfeiçoa- E-mail: liviogiosa@advbfbm.org.br
garante a ascensão da classe média, com geração mento para o profis-
de renda e empregabilidade ascendente. sional atento a todos
estes conceitos.
Desta forma, a competitividade do País é plena,
com as empresas posicionando seus produtos ou Ao bom combate, pois!
serviços para o mercado externo e interno. Como
se posicionar, portanto, neste cenário, em relação
ao cliente, cada vez
mais exigente nesta
✓ A SulAmérica planeja investir mais nas micro e pequenas em-
operação?
Como se presas ocupando o espaço do seguro-empresa neste segmento.

posicionar, No regime concor-


rencial, a somatória ✓ As 96 empresas melhor avaliadas em suas respectivas catego-
portanto, das competências é de- rias de mercado, estão sendo chamadas para participar, no dia
masiadamente realça-
neste da. O produto ou
14/10, em São Paulo, do Fórum Marketing Experience. O evento
realizado pelo Centro Nacional de Modernização Empresarial, o
cenário, serviço deve carregar
vantagens competitivas Cenam, irá discutir temas importantes para os profissionais e
em relação que o diferencie de anunciará as empresas finalistas do prêmio As Grandes Sacadas
modo a atender às de Marketing - 2008.
ao cliente, necessidades do seu
cada vez comprador. É nesta at-
mosfera que o profis- ✓ A alta competitividade está levando empresas construtoras a
mais exigente sional e a área de utilizarem ações de marketing mais agressivas para fisgarem
marketing têm vivido. seus clientes. Viagens, móveis de cozinha e condomínio grátis
nesta A busca por resultados, são alguns dos brindes agregados à compra de um imóvel.
operação? atingimento de metas, Goldfails, Tenda e Company já utilizam esta estratégia.
aumento de share de
mercado e valorização
da marca são questões colocadas e exigidas no dia ✓ A ADVB definiu os vencedores do Top de Marketing - 2008:
a dia da atividade. Banco Volkswagen; Brasil Veículos Companhia de Seguros;
Editora Welcome Congonhas; Companhia de Seguros Aliança do
A conclusão é que o marketing está sob pressão Brasil; Fiat Automóveis; Lopes; Masb Desenvolvimento
e, colocado em uma posição estratégica, pode as- Imobiliário; Nestlé Brasil; Nissan do Brasil Automóveis; Pado;
segurar ou não o bom desempenho das empresas. Petrobras; Scania Administração de Consórcios; Unimed-Rio;
E será assim, a cada movimento do tablado do xa- Cooperativa de Trabalho Médico do Rio de Janeiro e Vita Derm.
drez da concorrência.

Desafios não faltam para identificar o ritmo fre- Não deixe de visitar meu blog
nético da área de marketing. Superação e pressão http://blogclientesa.clientesa.com.br/grandessacadas

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conference Televendas

Tem (muita) luz no final


O
futuro do mercado de televendas foi o pano de com a regulamentação dos SACs e o do not call. Segundo
fundo do 3° Congresso ClienteSA Televendas. E Paulo José Soares, assessor jurídico da Abemd, é possível
pode ser pessimista, para alguns. O evento co- que essa regulamentação ultrapasse os Estados e se tor-
meçou suscitando polêmica: Miguel Cui, diretor de clien- ne Federal. Alexandra Perscinoto, presidente da Spcom e
teSA da Claro, foi taxativo: “o telemarketing tem séria ten- coordenadora do Probare, participou das discussões sobre
dência a desaparecer”. Irônico ou não, o posicionamento do a questão setorial, e argumentou sobre a necessidade de
executivo está baseado no atual cenário vivido pelo setor união setorial para evitar crise. Posição que foi reforçada

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do túnel ! O pessimismo chega à sugestão do fim do Televendas. Mas, baseado
em experiências de outros países, como os EUA, a tendência é de
acomodação às novas regulamentações – e de crescimento

pelos outros palestrantes. O cenário de otimismo foi de- Suplicy, homenageada pelo apoio à atividade durante sua
senhado por Célia Sarauza, gerente de consultoria da IDC, gestão. E, em seu discurso, comparou a falta de conhecimen-
que apresentou expectativas para o Brasil, respaldada em to digital atual ao analfabetismo de anos atrás. “Hoje em
parâmetros do modelo norte americano depois das listas dia, mexer em um computador não é mais um diferencial,
do not call. A executiva revelou expectativa de crescimento mas uma necessidade”, afirmou. Mas a grande surpresa foi o
de 14% do mercado no Brasil, apoiada em suas pesquisas. vencedor do Prêmio Personalidades ClienteSA – Televendas
O lado da festa iniciou com a presença da ex-prefeita Marta 2008, o executivo Miguel Cui, diretor de clientes da Claro.

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conference Televendas

Do pessimismo ao otimismo do
mercado
Entre a expectativa de crescer 14% e previsão do fim do telemarketing, primeiro painel tratou sobre o futuro do setor
s números são ani- Sarauza, gerente da IDC, a partir de passar os US$ 10 bilhões em 2012,

O madores: até 2011


o mercado de tele-
vendas pode crescer
12,6% no mundo e
11,7%, no Brasil. Os dados foram
apresentados pela executiva Célia
levantamentos internacionais reali-
zados pela instituição. A previsão é
de que o faturamento mundial dos
serviços de callcenter deve pular
dos atuais US$ 66 bilhões para US$
100 bilhões. E o Brasil pode ultra-
partindo dos atuais US$ 6 bilhões.
As televendas também crescerão:
hoje representam 29% do mercado
mundial de contact center, até 2011
poderão chegar a 33%.
O motivo preponderante deste

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crescimento foi apontado, segun- mercados mais maduros, em de-
do pesquisas, pelos CEOs das 500 corrência das restrições, como o do
maiores empresas mundiais: o not call. A executiva afirma que a
relacionamento com cliente será criatividade é a principal saída para
o principal foco de investimento driblar essas listas. “Nos EUA mui-
para os próximos anos. Essa nova tas empresas passaram suas campa-
postura é resultado da mudan- nhas de ativa para receptiva. Tenho
ça comportamental dos clientes, certeza que com a criatividade do
cada vez mais exigentes e influen- brasileiro encontraremos novas for-
ciadores, utilizando a internet e mas de approach”, aposta. Ela ainda
as redes de relacionamento para acredita que o aumento do consumo
manifestar suas opiniões sobre os da classe C vai gerar uma demanda
produtos. por televendas nas áreas financei-
Mas Célia faz um alerta. O ras e a inovação de serviços, como
crescimento das televendas terá já se observa, será o filão cada vez
origem nos países emergentes, mais explorado pelas operadoras de
como a Ásia. E será menor nos telefonia fixa e móvel. “O desafio é
apostar em novos serviços. E novas
PAs serão criadas para atender estas
ações”, afirma, otimista.
O cenário brasileiro, de acordo
com Miguel Cui, pode ser de pes- “Não estamos preparados! Contratantes e
simismo. Para ele, o telemarketing terceiros não estão juntos e estamos
talvez esteja com os dias contados. acreditando que as normas não vão pegar.”
Em vez de fazer uma apresentação Miguel Cui, da Claro
formal, preferiu apostar no diálogo
com o público. Iniciou diferencian-
do SAC e televendas. A intenção foi
criticar as ações regulamentatórias
tomadas pelo governo, que segundo
Cui, não conhece o setor e por isso
acaba impondo linhas generalistas,
longe de especificações. “E, como a
atividade não fez seu dever de casa,
passamos de mocinhos a vilões”,
afirmou ao lembrar que há dez anos
(com a escassez de linhas telefôni-
cas) os clientes recebiam ligações
das empresas e ficavam contentes,
pois se sentiam importantes e presti-
giados. Cui estendeu suas críticas ao
próprio setor: “Não estamos prepa-
rados! Contratantes e terceiros não
estão juntos e estamos acreditando
que as normas não vão pegar. Mas
o NR17, do not call e o decreto do
“Tenho certeza que com a criatividade do brasi-
SAC estão aí!”, afirmou. leiro encontraremos novas formas de approach.”
Mas se de forma macro as regu-
Célia Sarauza, do IDC
lamentações exigem uma parceria
maior entre tomadores e prestadores
de serviços, o executivo alerta para as
pressões de custos. “Parece que vira- altamente prejudiciais e que geram
mos uma máquina de triturar opera- custos. O surgimento de um novo
dor”, afirmou, ao explicar o excesso sindicato laboral também contribui
de regras trabalhistas estabelecidas para as pressões salariais, trazendo
exclusivamente para os callcenters, novo problema à atividade.

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conference Televendas

A indispensável união
da atividade
Desunião do segmento foi apontada como principal dificuldade interna e
precisa ser superada com urgência
aulo José Soares – as- constitucionalidade contra as listas

P sessor jurídico da Asso-


ciação Brasileira de Mar-
keting Direto, a Abemd
– foi o responsável, na
abertura do segundo painel, por re-
velar uma radiografia das propostas
de regulamentações que rondam a
decretadas pelo governo de Brasília
e do Rio de Janeiro, alegando que
essas regulamentações só podem
ter deliberação federal. Porém essas
ações não são muito consoladoras,
já que caso a lei se torne federal dei-
xam de ser inconstitucional. Além
atividade e adotou um tom alarmis- do do not call, Soares também afir-
ta. Alertou sobre a possibilidade do mou que o prazo de 120 dias para
do not call se tornar lei federal, caso a adequação para o decreto do SAC
o governo federal perceba prolifera- ainda é insuficiente (o prazo da pro-
ção de decretos estaduais, como já posta inicial feita pelo Ministério da
existe no Rio de Janeiro e Brasília, e Justiça era de 60 dias).
está prestes a ser aprovado em São Em discurso acalorado sobre o se-
Paulo, apenas espera a aprovação tor, Alexandra Periscinoto, presidente xa adesão ao Probare contribuiu para
do governador José Serra. “É simples: da Spcom e coordenadora do Proba- que o governo interviesse no setor.
basta o governo pegar o decreto do re, foi taxativa: “A lei realizada hoje é “Agora, há uma corrida pelo Proba-
Rio ou de Brasília e trocar as pala- muito mais amena do que a que está re. Espero não ser um pouco tarde!”,
vrinhas que denotam estadual para por vir”. Para ela, o decreto é resulta- afirma Alexandra. A executiva aposta
federal”, explicou Soares. A Abemd do da “falta de união entre contratan- na união de todas as partes envolvidas
entrou com pedido de ação de in- tes e contratados”. Assim como a bai- como saída, para discutir a perenida-

“Normalmente são clientes que foram destrata- “O Prolistas surge como uma forma de respeitar “Precisamos pensar no papel das associações.”
dos no primeiro contato e por isso pedem para o consumidor final e os players do mercado.” Alexandre Jau, da Tmkt
serem excluídos. É algo administrável.”
Vicente Argentino, do Datalistas
Fernando Cirne, da Abril

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Diogo Morales (esquerda), presidente do Sintelmark, que criticou a pulverização dos sindicatos trabalhistas. Seguido por (da esquerda para direita) Vicente Argen-
tino, Fernando Cirne e Alexandra Periscinoto

de do segmento e não se concentrar pactos causados pelas transformações e moderador do debate, apimentou a
em problemas conjunturais, como se externas. Por isso é imprescindível a discussão questionando a atuação dos
faz. Assim como Miguel Cui, a princi- união do setor para discuti-los e solu- órgãos que representam a categoria.
pal preocupação de Alexandra é com cioná-los. Diogo Morales, presidente do Sindi-
os problemas internos, além dos im- Alexandre Jau, presidente da Tmkt cato Paulista das Empresas de Telema-

RADIOGRAFIA DAS AMEAÇAS


PONTOS PRINCIPAIS CONSEQÜÊNCIAS

Regulamentação do SAC As empresas terão 120 dias para se adaptar, a Abemd julga insuficiente.
O atendimento 24h é criticado pela abrangência extensa e poderá
gerar PAs ociosos.

Do Not Call Apesar de entrar com ações alegando inconstitucionalidade (nos


decretos do Rio e de Brasília) a Abemd teme que os Decretos se tornem
federal. As apostas mais otimistas acreditam que a criatividade do
brasileiro conseguirá driblar as listas, como vendas por ligação recepti-
vas ou alianças entre empresas com clientes convergentes, através do
marketing cruzado.

Auto-regulamentação Houve uma corrida pelo Selo de Ética após o Decreto do governo, mas
pode ser tarde. É necessário que todo o segmento se una, fortalecendo
o Probare para contrapor as regulamentações federais. O setor de
e-mail marketing criou um código de ética próprio e busca alianças
com o Probare.

Desunião do setor A discussão sobre as regulamentações delegada às associações e a


falta de união das empresas nas audiências públicas são vistos motivos
que levaram ao Decreto. Por isso é urgente a união de todo o segmen-
to, principalmente entre empresas contratantes e terceirizadoras de
“É simples: basta o governo pegar o decreto do contact center.
Rio ou de Brasília e trocar as palavrinhas que
denotam estadual para federal.” Sindicatos A pulverização dos sindicatos é uma das esferas da desunião do setor.
Prejudicando negociações, inclusive com o governo federal, pela falta
Paulo José Soares, da Abemd de associações e sindicatos representativos.

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conference Televendas

AÇÕES DE RELACIONAMENTO

“A lei realizada hoje é muito mais amena


do que a que está por vir.”
Alexandra Periscinoto, da Ddcom e Probare

rketing, Marketing Direto e Conexos,


o Sitelmark, respondeu defendendo a
união das associações e destacando o
problema gerado pela pulverização de
sindicatos trabalhistas. “A divisão en-
tre sindicatos e associação não agrega,
apenas defende interesses próprios”. A
baixa participação das empresas nas
associações também foi levantado.
Entre as discussões sobre os impactos
da regulamentação na atividade, algu-
mas alternativas começam a aparecer,
como o marketing direto por e-mail,
que está se profissionalizando e já
possui auto-regulamentação. Este foi o
tema da palestra de Vicente Argentino,
diretor do Datalistas, que falou sobre
o programa de auto-regulamentação
do setor de listas de marketing dire-
to, o Prolistas. A iniciativa da Abemd
tem objetivo de abrir um canal com o
consumidor final permitindo que ele
saiba a procedência das mensagens re-
cebidas por mala-direta ou e-mail ma-
rketing. “O Prolistas surge como uma
forma de respeitar o consumidor final
e os players do mercado”, explica Ar-
gentino. Para Fernando Cirne, diretor
de marketing da Abril, o uso de e-mail
maketing eficiente faz poucos clientes
pedirem exclusão das listas. “Normal-
mente são clientes que foram destra-
tados no primeiro contato e por isso
pedem para serem excluídos. É algo
administrável”, afirma.

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conference Televendas

A cultura do callcenter
em debate
Talk show com experts propõe a formação de uma nova cultura empresarial
o longo destes anos apoio aos gerentes e auxiliado

A – a venda por telefo-


ne é praticada desde
o início da década
de 80 – os executi-
vos vêm construindo uma cultura
de resultados empresariais, como
demonstram os participantes do
na conquista de novos clientes”,
como reconhece Marcelo Frontini,
superintendente do Bradesco Car-
tões. Quem faz coro à constatação
de Frontini é Carlos Mathias, um
dos vencedores do Prêmio Perso-
nalidade ClienteSA – Televendas
“O telemarketing tem servido de apoio aos
gerentes e auxiliado na conquista de novos clientes”,
talk show coordenado pelo jorna- 2008, gerente sênior de negócios como reconhece .
lista Milton Jung, da rádio CBN. direto do HSBC, ao reforçar que
Marcelo Frontini, do Bradesco
“O telemarketing tem servido de o telemarketing tem grande po-

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conference Televendas

tencial no Brasil, o que justifica a blemas do setor, além de mitos e


aposta da instituição no canal para inverdades que cercam a cultura do
gerenciar o relacionamento com segmento. “A área de televendas é
seus clientes. menos profissionalizada do que SAC
A estratégia é seguida pelo jornal e cobrança. Falta capacitação”, ava-
Valor. Marcos Rodrigues, diretor de lia Leite. Mas ele não culpa a pouca
marketing e circulação, argumenta preparação escolar dos atendentes,
que o modelo adotado utiliza todos afirmando que este argumento “já vi-
os canais de comunicação. “O tele- rou clichê”. Acredita que o principal
marketing tem nos ajudado na gera- desafio do setor é a educação: se o
ção de assinantes e no aumento das governo não fornece ensino de quali-
vendas”, afirma. Com os novos desa- dade, não adianta as empresas recla-
fios advindos das regulamentações, a marem, mas sim capacitar os aten-
aposta de Rodrigues é em parcerias. dentes. Defendeu a necessidade de
“Elas têm importância estratégica. investimentos nos atendentes e des-
Temos de nos articular para inovar mistificou a crença de que callcenter
diante dos novos desafios. Por exem- é o primeiro emprego e que os ope-
plo, ao realizar uma assinatura tam- radores ficam por pouco tempo na
bém posso vender o produto de um “Se eu estiver assinando jornal, não significa que empresa. Provou sua argumentação
quero cartão de crédito.”
parceiro”, explica. A idéia foi inda- com dados da Dedic que mostram
gada por Milton Jung, que se colo- Milton Jung, jornalista CBN operadores com até de casa.
cou na pele de cliente e perguntou: Antonio Portero Campoi – outro dos
“Se eu estiver assinando jornal, não mogeneizar a cultura de atendimento vencedores do Prêmio Personalidade
significa que quero cartão de crédi- das centrais de todo o País. “Capaci- ClienteSA -Televendas 2008, gerente
to”. Rodrigues respondeu que algu- tamos os agentes e depois monito- de relacionamento com clientes do
mas técnicas ajudam a identificar os ramos as empresas para saber se o Grupo Caixa – é mais otimista quanto
clientes que têm interesses em fazer combinado está sendo cumprido”, ao futuro do segmento de televendas.
novas compras. afirma Luis Carlos Ribeiro da Rocha, Acredita que, se no passado o teles-
A criação do Padrão Unibanco de diretor comercial da Unicard, e um serviço foi a melhor forma de expan-
Qualidade foi essencial para que a dos vencedores do Prêmio Personali- dir as vendas, hoje se mostra como
Unicard passasse a usar o telefone dade ClienteSA – Televendas 2008. estratégico, unindo a área de atendi-
como meio de vendas dos cartões de Já Paulo Neto Leite, presidente da mento ao cliente, com os segmentos
crédito. O principal desafio foi ho- Dedic, preferiu apontar alguns pro- de marketing, por exemplo.

“Com a comoditização do setor algumas pessoas


“A área de televendas é menos profissionalizada do “Temos que valorizar o que realmente fazemos:
tiveram experiências ruins e se propagou a imagem
que o SAC e a área de cobrança. Falta capacitação.” pessoas satisfeitas com o atendimento.”
negativa. Temos que reverter esta idéia.”
Paulo Neto Leite, da Dedic Marcelo Martins, da Vidax
Marcos Littério, da Credicard Citi

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conference Televendas

“O telemarketing tem nos ajudado na geração de “O telemarketing tem grande potencial no Brasil.” “Capacitamos os agentes e depois monitoramos as
assinantes e no aumento das vendas” Carlos Mathias, do HSBC empresas para saber se o combinado está sendo cumprido”
Marcos Rodrigues , do Valor Luis Carlos Ribeiro da Rocha, da Unicard

RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM ções, mostrando que o percentual de era muito bem recebido. Na época,
O desafio de refazer a marca da ati- erro é muito pequeno se comparado com o início da privatização das te-
vidade foi um dos shows do encontro ao todo. E assim como Littério reco- lecomunicações, havia escassez de
com o jornalista Milton Jung. Entre os nhece que imagem negativa do setor linha telefônica. “Hoje, o mercado
indagados, Marcos Littério, superin- vai trazer mudanças para a cultura nos encara como invasivos!”, diz o
tendente de vendas telemarketing e das empresas. empresário. Ele abre uma convoca-
vendas pessoais da Credicard Citi, Rocha, do Unicard, reconhece a ção aos executivos para começar um
avalia que “com a comoditização do falta de esforço das instituições ban- trabalho de valorização o setor. “Te-
setor algumas pessoas tiveram expe- cárias pela desunião frente às regu- mos que valorizar o que realmente
riências ruins e se propagou no mer- lamentações do SAC. “Os bancos fazemos: pessoas satisfeitas com o
cado a imagem negativa. Temos que conseguem se unir. Mas no caso da atendimento”. „
trabalhar para desmistificar e reverter regulamentação de SACs, os esforços
idéia. E fortalecer o setor”. Mas, cal- foram concentrados nas mãos da Fe-
ma com a avaliação. Frontini faz a braban”. Ele também aponta a falta
comparação entre o número de tran- de adesão ao programa de auto-regu-
sações feitas por dia e o de reclama- lamentação da atividade de callcen-
ter, o Probare – alternativa para criar
AÇÃO DE ENCANTAMENTO e por em prática a uma cultura que
associa ética com profissionalismo
– como um dos motivos que levou
o governo se envolver na atividade e
impor um Decreto com orientações
de atendimento. O executivo voltou-
se à platéia e questiou: “Quem aqui
tem o selo de ética?”. Rapidamente
algumas mãos se levantaram, e ele
respondeu: “eu também tenho, mas
é recente. Ninguém apoiou no come-
ço”, finalizou.
Para Marcelo Martins, presidente
da Vidax, há uma inversão de valo- “O callcenter começando a ser visto como área
res na análise do setor. Para ele, há estratégica das empresas.”
A Claro sorteou três celulares Nokia N95 dez anos quando um operador ligava Antonio Campoi, do Grupo Caixa
para oferecer uma linha telefônica,

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ABT
Confira no site da ABT todo o conteúdo da revista eletrônica Chamada Geral: www.revistachamadageral.com.br

em revista
Associação Brasileira de Telesserviços
Av. Brig. Faria Lima, 1685 • 5º andar • conj. 5i
cep 01452-916 • São Paulo • SP
Tel.: 11 3813-0068 • Fax: 11 3032-2623
www.abt.org.br

Número 29 • Ano 3 • setembro/2008

ABT revela números do Prêmio Nacional FIQUE DE OLHO


de Telesserviços Normas e gestão do Probare
A ABT – Associação Brasileira de
quantidade de cases inscri- Telesserviços realiza nos dias 24, 25 e

A tos para o Prêmio Nacional


de Telesserviços – edição
2008 surpreendeu a Comissão
26 de setembro o curso “Normas de
maturidade e gestão do Probare”, das
9 às 18 horas, na sede da instituição.
Organizadora do evento. “O resul- As aulas foram estruturadas com o
tado é extremamente positivo se le-
objetivo de promover os conceitos,
varmos em consideração o primeiro
requisitos e estratégias que são desen-
ano do Prêmio e as novidades con-
tidas no Regulamento Oficial tais volvidos na avaliação do perfil de ma-
como a distribuição por setores e o turidade de gestão. Sob a coordenação
novo formato de apresentação dos de Cesar Mori, responsável pela ge-
cases”, destaca Carlos Umberto renciadora e ouvidoria do Probare, o
Allegretti, diretor da ABT – Associação cases inscritos: São Paulo (38.8%), Rio curso destina-se a consultores, gesto-
Brasileira de Telesserviços e coordenador de Janeiro (26.6%), Distrito Federal res de contact center e auditores na
geral do Prêmio. (18.7%), Minas Gerais ( 9.3%), Rio aplicação da norma e perfil de matu-
Grande do Sul (2.9%), outros (3,7%); ridade de gestão. Os participantes se-
Confira alguns números que foram
apresentados: •Ramos de atividade das organizações
rão avaliados por meio de estudos de
• Setores que receberam maior número inscritas: terceirizadoras de call center, casos, trabalhos práticos, simulações
de inscrições: Telecomunicações (18.0%), distribuidoras de água e energia elétrica, de auditoria, observações feitas pelos
Financeiro (12.2%), Melhor Ação de cartões de crédito, bancos, seguradoras, instrutores e testes escritos. Os inte-
Capacitação (12.2%), Serviços (11.5%), provedores de tecnologia, meios de paga- ressados em participar podem obter
Melhor Equipe (9.4%); mento, entidades privadas sem fins lucra- mais informações com a ABT pelo
tivos e produtos químicos. telefone (11) 3813-0068.
•Estados com maior representação de

MARCAS & ABT NA MÍDIA


• No dia 28 de agosto, o vice-presidente do Conselho Deliberativo da ABT, Topázio
MERCADO Silveira Neto participou de um programa da rádio CBN, apresentado pelo jornalista Milton
No mês de agosto, em São Paulo, a Jung. Durante a entrevista, Neto explicou como os leitores podem se proteger do telemar-
Associação para Valorização e Pro- keting político praticado por alguns candidatos em campanha.
moção de Excepcionais (AVAPE), • No dia 25 de agosto, a jornalista Luiza Dalmazo publicou matéria no Valor Econômico
em parceria com o Banco Inter- sobre um eventual crescimento na contratação de mão-de-obra para o setor de telesservi-
nacional de desenvolvimento (BID), ços. A publicação levantou a questão, em decorrência das novas regras para o Serviço de
Atendimento ao Consumidor (SAC), criadas pelo Ministério da Justiça e pelo Departamento
lançou oficialmente o AVAPE NET. de Proteção e Defesa do Consumidor.
Trata-se de um programa voltado
• A revista Istoé, em sua primeira edição do mês de agosto, também tratou das novas regras
para a inclusão de pessoas com defici- para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). Na matéria, a ABT defende que “a
ências ao mercado de trabalho como solução encontrada pelo Ministério da Justiça não foi a mais adequada”.
teleatendentes. A expectativa é de
que surjam 600 novas oportunidades
Presidente do Conselho Deliberativo: Anna Maria Prado Conselho Fiscal - Titulares:
de emprego nos próximos quatro Paulo Neto Leite Vice-presidentes: Fábio Carlos Pereira
anos. Agendamento, recuperação de Presidente Executivo: Agnaldo Calbucci Lucas Mancini
crédito, fidelização e retenção de Jarbas Nogueira Alexandra Periscinoto Paulo César Salles Vasques
clientes estão entre os serviços ofere- Vice-presidente administrativo-financeiro: Francis James Meaney Conselho Fiscal - Suplentes:
cidos pelo programa. O site da Marcelo Rissato
Diretor:
Hamilton Alves Reis
Jorge Dieguez Tena
Luis César C. Lasmar
Onez Mario da Silva
AVAPE é www.avape.com.br. Carlos Umberto Allegretti Luiz Mattar Paulo Fernando G. de Moura
Superintendente: Topázio Silveira Neto

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personalidades Televendas

O reconhecimento do profissionalismo
Mercado escolhe e homenageia Personalidades ClienteSA – Televendas VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL
2008, reunindo a atividade em cerimônia para premiação
O significado do Troféu
econhecer os profissionais nal quanto Prêmio, agregando muito Personalidades ClienteSA
R que mais contribuem para
o mercado de televendas.
Este foi o mote para o lançamento
mais valor ao reconhecimento públi-
co“, explica Vilnor Grube, diretor da
revista ClienteSA, do portal Callcen-
O objetivo da láurea é distinguir os pre-
miados pelo conjunto da sua trajetória
e carreira, valorizando-os pela sua luz
do Prêmio Personalidades Cliente- ter.inf.br e da Grube Editorial. própria como indivíduo. A construção
SA – Televendas 2008. A metodo- Foi em uma tarde de festa que fo- de sua Personalidade descreve o cresci-
mento pessoal e sua contribuição para
logia é simples e democrática: os ram homenageados as seis Personali- o desenvolvimento do mercado. Essa
profissionais do mercado indicam e dades ClienteSA – Televendas 2008, leitura foi o ponto de partida para que
votam nos executivos, em uma site no 3° Congresso ClienteSA de Tele- o artista Milton Tortella chegasse aos
exclusivo dentro do portal Callcenter. vendas: Antonio Portero Campoi, da signos que definem a composição da
inf.br e ClienteSA. Ao final dos Caixa Seguros (segmento de segu- imagem: a escada, que tem como sig-
nificado a aquisição gradual de conhe-
30 dias de votação, o sucesso foi ros/previdência privada); Carlos Ma- cimento e sabedoria. E a estrela, que
comprovado: concorreram 18 pro- thias, do HSBC (segmento bancos/fi- representa os ideais elevados. Como
fissionais de oito segmentos, que nanceiras); Donato Cesar da Costa resultado, quatro estrelas percorrem e
obtiveram 4.123 votos e 1.200 co- e Silva, da OdontoPrev (segmento se desenvolvem a cada período ao lon-
mentários. Foram mais de 40 mil saúde); Éber Maciel, da Dedic (seg- go de 12 degraus, número considerado
sagrado em inúmeras culturas, símbo-
visitantes. mento callcenter); Luís Carlos Ribei- lo da plenitude espaço-temporal, da
“Escolhemos premiar os profissio- ro da Rocha, do Unicard (segmento perfeição e da inteireza. Além de ser o
nais mais votados dos seis segmen- bancos/cartão de crédito) e Miguel número divisor dos quatro elementos.
tos mais indicados. A limitação do Cui, da Claro (segmento telecomuni- O resultado final traduz perfeitamen-
número de premiados é resultado da cações), que recebeu mais votos e o te o conceito da premiação e coroa os
profissionais que merecem tal reconhe-
estratégia de valorizar tanto profissio- troféu dourado. cimento por sua contribuição ao longo
de sua vida corporativa.

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Telecomunicações

O espelho da atividade
A trajetória profissional de Miguel Cui se confunde com a do segmento

“ oi muito gratificante, princi- cresceu a taxas anuais de 50%,

F palmente por ter sido uma


votação direta. Os outros con-
correntes são profissionais excelentes
além de quadruplicar o número
de funcionários. “Conheci o ou-
tro lado da mesa: era cliente e
que têm grande reconhecimento do passei a ser fornecedor. Entendi
mercado. Estou muito feliz por ter todas as dificuldades do setor e
ganhado”. Com estas palavras, Mi- as possibilidades de melhorias”,
guel Cui Filho, diretor de clientes da relembra.
Claro, agradeceu ao prêmio Persona- Em 2006 assumiu o posto de Raio - X
lidade ClienteSA Televendas 2008. diretor de clientes da Claro, res-
Nome: Miguel Cui
Cui foi o grande coroado: recebeu a pondendo diretamente ao presi-
Empresa: Claro
láurea dourada por ser o executivo dente da empresa, João Cox. Pas- Cargo: diretor de clientes
mais votado entre os concorrentes. sou a ser responsável por toda a Personalidade ClienteSA – Televendas 2008:
Cui também apontou a importância área de atendimento ao cliente e telecomunicações e foi coroado como o profis-
do prêmio para o mercado: “Ele veio pelo callcenter que recebe 300 sional mais votado de todos os segmentos.
em uma boa hora, não para reconhe- mil ligações por dia. E já colhe Experiência: iniciou sua carreira no Unibanco,
cer as pessoas, mas o trabalho de te- excelentes resultados: as vendas foi presidente da Dedic, até chegar a Claro
Formação: administração de empresas e MBA
levendas. Principalmente no momen- pelo telefone cresceram 98% no
em conhecimento, tecnologia e inovação
to em que o telemarketing precisa de úlitmo ano.
mais profissionalização. É o reconhe- Munido de toda essa experiên-
cimento do nível de maturidade do cia, Cui compara o setor de tevendas em televendas, com o do not call, e
setor”, afirmou. quando nasceu e sua situação atual: devemos trabalhar preventivamente
Miguel Cui é o retrato do televendas “quando comecei, ter um SAC era vis- para mostrar ao governo e aos órgãos
no Brasil. “Brinco que comecei junto to como diferencial. O nível de qua- regulamentadores que o telemarketing
com esse mercado!”, afirma esboçan- lidade era bom e sem ser cobrado. O bem feito é bom”, sugere.
do sorrisos. Iniciou sua carreira no cliente se sentia lisonjeado quando era Cui também aponta para o Proba-
Unibanco 30 horas, uma das primeiras abordado pela empresa. Esse segmen- re como bandeira positiva para o se-
iniciativas de callcenter 24 horas, sete to cresceu muito e todas as empresas tor. Com o programa, o empresaria-
dias por semana em uma empresa de caminharam para ter áreas de relacio- do poderá negociar com o governo
grande porte. Por seis anos, Cui exer- namento muito fortes. Atendimento e diferenciar as empresas que fazem
ceu a presidência da Dedic. Respon- passou a ser uma obrigação. Hoje tem um bom atendimento: “Nós temos de
sável pelo lançamento e consolidação uma exigência cada vez maior por andar com o Probare para separar as
da empresa e por posicioná-la entre qualidade, não basta ter, é necessá- empresas que fazem o telemarketing
as maiores empresas de contact cen- rio desenvolver o serviço e as pessoas bem feito de pessoas que trabalham
ter do Brasil. Sob sua direção, a Dedic que trabalham nele”, justifica. em fundo de quintal”, compara.
O executivo chocou o públi- Apesar do pessimismo, Cui ainda
co do 3° Congresso ClienteSA acredita no telemarketing: “É muito
de Televendas, ao prever o fim confortável receber uma ligação na
do televendas. O motivo para a hora certa, que ofereça um produto
previsão é a atual conjuntura do com o perfil adequado”. Para isso,
setor, que enfrenta problemas são necessários bons profissionais. De
externos e internos. Apesar de acordo com Cui um bom profissional
o Decreto Federal regulamentar é aquele que gosta do que faz e, prin-
apenas os SACs, o executivo faz cipalmente, “está integrado à estraté-
um alerta ao mercado de tele- gia da empresa e envolvido com os
marketing: “Estamos caminhan- demais profissionais, tanto de televen-
do para uma regulamentação das como de atendimento”, afirma. „
Solemar Andrade (esquerda), diretor comercial da ACS, entrega
Prêmio para Miguel Cui
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personalidades Televendas

Seguros / previdência privada

Callcenter como estratégia


Antonio Campoi aposta que, no futuro, serviço de atendimento será estratégico
omentos de crise não de- assumir a centralização do callcen-

M sesperam mais Antonio


Portero Campoi, gerente
de relacionamentos do Grupo Cai-
ter da empresa em Brasília.
Campoi vê no Prêmio Personali-
dades ClienteSA Televendas 2008
xa. Com dez anos na área de aten- o reconhecimento desses anos de
dimento, passou pelas principais trabalho. Além de ser uma forma de
Raio - X
crises de serviços do País: o caladão mostrar as empresas e profissionais Nome: Antonio Portero Campoi
da Agência Nacional de Teleco- que se empenham em proporcionar Empresa: Grupo Caixa Seguros
municações (Anatel) e o apagão da o melhor atendimento. O executivo Cargo: gerente de relacionamentos
Agência Nacional de Energia Elétri- também se comoveu com os depoi- Personalidade ClienteSA - Televendas
ca (Aneel). “Comecei como gerente mentos, recebidos durante o período 2008: seguros /previdência privada
de callcenter da Anatel e peguei o de votação do site clientesa.com.br. Experiência: está há dez anos no mer-
primeiro desafio que foi o Caladão, “O mais bacana foi receber as pala- cado, e já passou pela Anatel, Atento
a telefonia do País parou: era o mo- vras de carinho dos amigos, muita e Brasil Telecom
mento da transição da tecnologia e gente escreveu no site, pessoas que Formação: marketing pela FVG-DF
o que travou as ligações interurba- eu não via há anos. Foi muito impor- e Gestão de Telecomunicações pelo
nas. Depois, fui trabalhar na Atento, tante receber esse incentivo e reto- CEFET-RJ
no callcenter da Aneel, na época mar esses contatos”, afirma.
do Apagão!”. O executivo também Quando o assunto é regulamenta-
passou pela Brasil Telecom, até ser ções, Campoi assume uma postura Mesmo assim, Campoi afirma que
convidado pelo Grupo Caixa para diferente da maioria dos executivos não resta outra solução às empresas
do setor: “Não que não seja trabalhar e se adequar,
me surpreende, pois vê o Decreto como espelho da
trata-se de ama- mobilização da sociedade.
durecimento do “Respeito ao consumidor e cumprir
mercado”. Mas com o que prometeu”, esta frase re-
não deixa de fa- sume o bom atendimento para Cam-
zer suas críticas: poi. “Parte dessa crise atual se deve as
“a obrigação do promessas não cumpridas, a esse des-
SAC 24h é muito cuido das empresas. A partir do mo-
generalista. Não mento que você oferece um pacote
faz sentido al- de serviços para o cliente, o mínimo
guém ligar às 3 que se pode oferecer é qualidade.”
horas da manhã Para ele as empresas devem investir
para consultar nos profissionais, além de ter sistemas
um título de pre- e acessos totalmente alinhados para
vidência. Acho proporcionar o melhor atendimento
que esse item ao cliente na hora da venda.
só deveria valer Os novos desafios para Campoi
para os presta- vão além das atuais regulamenta-
dores de serviços ções. Para ele o futuro está na visão
técnicos”, diz. estratégica do serviço de callcenter,
em parcerias com áreas de marke-
ting, para pensar todo o processo
Antonio Campoi
de vendas. “Em dez anos consegui
recebe o prêmio de
Paulo Neto Leite , fazer uma trajetória que sai de um
presidente da Dedic ambiente de callcenter para traba-
lhar um ambiente estratégico.” „

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personalidades Televendas

Bancos

Ouvir o cliente, o diferencial Raio - X


Carlos Mathias acredita que o mercado de televendas deve quebrar paradig- Nome: Carlos Mathias
mas, ultrapassando as vendas em busca de uma área de relacionamento Empresa: HSBC
Cargo: gerente sênior de negócios
diretos
“ ste Prêmio é importante para relacionamento com clientes desde

E o mercado, cliente e forne-


cedores porque proporciona
o desejo de fazer sempre o melhor.
2000. Formado em psicologia, ini-
ciou a carreira no extinto banco Ba-
merindus, onde permaneceu por 15
Personalidade ClienteSA - Televendas
2008: bancos/ setor financeiro
Experiência: está há 20 anos no mer-
cado, antes do HSBC trabalhou por
E gera o reconhecimento que todo anos, atuando em áreas de tecnologia
15 anos no extinto banco Bamerindus.
mundo gosta”, afirma Carlos Mathias, e outras operações. Começou a atuar
Desde 2000 atua na área de relaciona-
gerente sênior de negócios diretos do diretamente com o cliente quando foi
mentos com clientes no HSBC.
HSBC, após receber o Prêmio Per- chamado para ser gerente de call cen-
Formação: psicologia e especialização
sonalidades ClienteSA Televendas - tre - cartões de crédito do HSBC.
em planejamento e gerenciamento
Bancos/Financeiras.Para Mathias tam- Mathias aposta no telesserviços
bém se trata de um reconhecimento como forma de fidelização do cliente:
de toda a atividade e dos profissio- “Vivemos em um mercado altamen- conceito de bom atendimento para
nais. “Os profissionais desta área não te competitivo, no qual conquistar e ele “é aquele em que o atendente re-
começaram de um dia para o outro reter cliente são os grandes diferen- almente ouve o cliente, isso é funda-
e vêm construindo uma trajetória de ciais. E a parte do atendimento e re- mental. Quando se ouve o cliente, se
trabalho séria, de muita dedicação”. lacionamento é fundamental”. Mas faz um excelente atendimento, não
Há mais de 20 anos no mercado também não deixa de fazer suas críti- importa qual seja, pode ser serviço
financeiro, Mathias atua na área de cas às televendas: “O mercado usou ou venda”.
muito fortemen- Apostando no trabalho em equi-
te esse recurso pe e no bom atendimento, Mathias
como forma rá- conseguiu aumentar as vendas por
pida e direta de telefone do HSBC de 17 produtos
vender. Acho vendidos por dia, em 2006; para 30,
que precisamos em 2008. “Trabalhamos em torno
evoluir, quebrar do desafio de construir um trabalho
alguns paradig- de equipe, com todos que suportam
mas e evoluir uma operação de vendas. Para isso,
da idéia do ven- fizemos uma parceria muito forte
dedor para a de com a área de marketing, CRM, ope-
agente de rela- rações e recursos humanos. Aliado
cionamento”. ao trabalho de gestão de operação e
Para Mathias es- a estratégia do negócio. Quando se
ta é a forma de consegue montar um time com ob-
mostrar a impor- jetivos convergentes, constrói-se um
tância do cliente bom resultado”. E ressalta o grande
para o negócio, diferencial desse projeto: “Não se
pois ultrapassa a faz isso apertando apenas um botão.
venda, para uma Você tem de ver o cliente, a aborda-
ação de relacio- gem e o produto certo, com pessoas
namento e trans- bem capacitadas”, explica.
formação. O O segredo do vencedor do Prêmio
Personalidades é a crença de que “o
Carlos Mathias pessoal e profissional são dois lados
(direita) recebe o prê- da mesma moeda. Ser um bom pro-
mio de Júlio Xavier, fissional é compartilhar os valores e
do Ibemec-SP aplicá-los”, conclui. „

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personalidades Televendas

Saúde

Uma trajetória de sucesso


Donato César da Costa e Silva começou como operador de telemarketing e hoje é gerente de contact center
á 16 anos Donato César da ram o prêmio Personalidade Clien- atendentes”, afirma. Silva também

H Costa e Silva era operador de


telemarketing em um banco.
Foi um bom atendimento, feito na
teSA Televendas 2008 na área de
saúde. “A primeira surpresa foi ser
indicado. Fiquei mais feliz ainda
deu atenção especial à capacitação
dos atendentes: remodelou a meto-
dologia de treinamento e apostou em
madrugada, que lhe abriu as portas quando soube que pela votação programas de reciclagem constantes,
para a carreira na área de callcenters. pública estava entre os seis que re- além de implantar o programa Fui!
“Era atendente na madrugada, o ho- ceberam o troféu Personalidades”, – que dá folgas aos atendentes que ti-
rário mais ingrato, e recebi a ligação afirma. O reconhecimento do públi- verem melhores índices de qualidade
de um dos vice-presidentes do ban- co também foi abordado por Silva, no atendimento. E os resultados des-
co. Os colegas ao lado olharam para “gostei da possibilidade das pessoas se trabalho já começam a aparecer:
a tela, viram o nome do vice-presi- poderem indicar os executivos que o volume de atendimento cresceu
dente e ficaram apavorados. Eu con- atuam nesse mercado”. 22%, comparado ao primeiro semes-
duzi o atendimento tranqüilamente, e O principal desafio enfrentado por tre de 2007, junto com a diminuição
no fim ele me perguntou: ‘você sabe Silva na Odontoprev foi reestruturar dos custos em 9%. Além de melho-
com quem está falando? Respondi, o callcenter. “Estruturei os manuais ras os indicadores, como tempo de
‘sim, eu sei, é um dos clientes do de atendimento, padronizando in- atendimento, resoluções na primeira
banco e dos mais importantes’. Ele formações e criando metodologia chamada e taxa de abandono.
estava na sala do lado, se levantou, de atualização e interação. Implan- Atender às expectativas do
veio falar comigo, e no dia seguinte tei nova plataforma de telefonia CTI, cliente é sinônimo de qualidade
eu fui promovido a supervisor”, re- que permitiu integração com banco de atendimento para Silva. “No
lembra. Desde 2005, Silva é gerente de dados e sistema de folha de paga- bom atendimento a gente conse-
de contact center da Odontoprev. mento, possibilitando controle total gue no início, meio e final atender
Estes anos de trabalho lhe rende- da operação e da performance dos às expectativas de quem está pro-
curando pelo serviço”. Além disso,
o atendimento de qualidade está
ligado ao profissional que o faz.
“Para atuar nessa área deve-se ter
como característica pessoal gostar
de servir, atender e se colocar em
uma posição onde o esforço, ca-
pacidade e preparo serão usados
para servir alguém”. „

Raio - X
Nome: Donato César da Costa e Silva
Empresa: Odontoprev
Cargo: gerente de contact center
Personalidade ClienteSA Televen-
das 2008: Saúde
Experiência: Está na área de aten-
dimento ao cliente há 16 anos. Já
atuou em empresas como Uniban-
co, Credicard, Embratel e Honda.

Donato Silva recebe o prêmio de


Elaine Ferreira, presidente para
66 cliente sa | setembro 2008 | www.clientesa.com.br América Latina da Altitude Software

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personalidades Televendas

Cartão de crédito

O resultado da inovação
Há 12 anos no Unibanco e cinco respondendo pela área, Luís Rocha inova e colhe grandes resultados
“ u não sou uma pessoa de primeiro semestre de 2008, passando

E formação em televendas.
Talvez por isso tenha conse-
guido fazer tantas coisas diferentes,
de 30 milhões de clientes. E as apos-
tas no aumento das vendas continu-
am para o segundo semestre de 2008,
Raio - X
por ter outra visão”. Esta é a fórmula principalmente em relação ao crédito
Nome: Luís Carlos Ribeiro da Rocha
do sucesso para Luís Carlos Ribeiro consignado e imobiliário, que tam-
Empresa: Unicard Unibanco
da Rocha, diretor comercial da Uni- bém mostraram crescimento relevan-
Cargo: diretor comercial
card e vencedor do prêmio Personali- te e tiveram como principal propulsor
Personalidade ClienteSA - Televen-
dades ClienteSA Televendas 2008 na a oferta destes serviços aos clientes.
das 2008: bancos/ cartão de crédito
categoria Cartão de Crédito. “Sinto- O executivo, que está há 12 anos
Experiência: está há 12 anos no
me muito honrado em função da im- no Unibanco, iniciou sua carreira
Unibanco
portância da ClienteSA para o mer- na empresa nas área de tecnologia.
Formação: graduado em tecnologia e
cado de televendas”, afirmou após a Pouco a pouco migrou para a área de
pós-graduado em marketing
cerimônia de entrega dos prêmios. negócios. “Passei por processo, pro-
Com formação em tecnologia, está jetos, produtos, assumi outros vários
no mercado de telemarketing há ape- desafios como marketing de relacio- varejo do banco e telemarketing. Ho-
nas cinco anos. E já colhe bons resul- namento, assuntos ligados a CRM, je eu respondo por todas as ativida-
tados: as vendas do Unibanco para segmentação de clientes, gestão de des comercias da Unicard Uniban-
setores de varejo cresceram 15% no callcenter de todas as empresas de co”, descreve Rocha.
“Talvez a minha maior contribuição
esteja no desenvolvimento de novos
processos de vendas que não apenas
produzam mais, mas que também pos-
sam surpreender o consumidor com
uma oferta e produtos diferenciados”,
justifica. Entre os cases de sucesso que
esteve envolvido, Rocha cita o Progra-
ma de Unificação de Qualidade, que
proporciona aos SACs Unibanco de
todo o País uma cultura homogênia.
“Respeitamos os sotaques locais, mas
o atendimento, na Bahia ou no Sul,
será o mesmo, seguindo os princípios
de ética, qualidade e transparência”,
explica.
Para Rocha, ser um bom profissio-
nal é reinventar. “Acho que com essa
capacidade você torna o seu dia-a-
dia dinâmico, mais motivador e aca-
ba conseguindo mobilizar as pessoas
para que façam algo diferente. Mesmo
que esse novo não seja melhor do que
existia, já é válido
Cléber Moraes, pelo simples fato de
presidente da Avaya reinventar e acertar
Brasil entrega o Prê- mais vezes do que
mio para Luís Rocha errar”, conclui. „

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personalidades_LuísCar
s CarlosRi
os Ribei68 68 9/9/2008 15:38:21
Callcenter

O reconhecimento à oportunidade
profissional
Éber Maciel está na Dedic desde o início. Reconheceu e abraçou as oportunidades que lhe foram oferecidas
“ ive oportunidades que no nidade. Se eu não estivesse traba-

T mercado não são fáceis de


alcançar. Acreditei no meu
potencial. Em seis anos, passei de
lhando em uma grande empresa,
certamente não conseguiria algo tão
expressivo”.
Raio - X
coordenador para gerente de atendi- Há dez anos no mercado de con-
Nome: Éber Maciel
mento, gerente geral, e hoje sou su- tact center, iniciou sua carreira
Empresa: Dedic
perintendente. Por isso, acredito no como representante de atendimen-
Cargo: superintendente de operações
meu trabalho”. Com esta frase, Éber to. Foi supervisor da Atento, depois
Personalidade ClienteSA – Televendas
Maciel, superintendente de opera- supervisor e coordenador da Telesp
2008: callcenter
ções da Dedic, comemora o Prêmio Celular. Em 2002, com a mudan-
Experiência: já passou pela Atento e
Personalidades ClienteSA Televen- ça de controle acionário da Telesp
Telesp. Está na Dedic desde 2002
das 2008 - Callcenter. O profissio- Celular para a Portugal Telecom,
Formação: graduado em tecnologia da
nal dedica o prêmio à empresa em Maciel foi para a Dedic (controlada
informação e pós-graduado em gestão
que atua: “Sinto-me lisonjeado por pela Portugal Telecom) onde che-
de negócios e pessoas pelo Instituto
trabalhar em uma empresa de ponta gou ao cargo de gerente de relacio-
Paulista de Ensino e Pesquisa
que me proporcionou essa oportu- namento. Sua ascensão foi rápida:
hoje Maciel é
superintenden-
te de operação, 2008 são mais de 6.500. O cresci-
responsável pela mento de colaboradores também é
gestão de 3.500 significativo: passou de 3mil para
profissionais. 12 mil, nestes seis anos. Maciel se
Na Dedic, a orgulha de ter seu trabalho reco-
ascensão de Ma- nhecido por meio dos prêmios que
ciel foi como a a empresa ganhou em função dos
da própria em- seus cases motivacionais.
presa. “É gratifi- Para Maciel, o futuro do telemar-
cante pertencer keting será seletivo: “Acredito que
e acompanhar o só se manterá no mercado o bom
crescimento de atendimento. Não adianta falar de
uma das maiores grandes projeções para o futuro se o
empresas brasi- atendimento não for perfeito”, afir-
leiras de contact ma categórico. O conceito de bom
center”, afirma. atendimento para Maciel é simples
Quando foi cria- e certeiro: “É aquele que se espelha
da em 2002 a na qualidade, desde a abertura de
Dedic possuía uma ligação até o encerramento”.
1.800 PAs, em E, para isso, bons profissionais são
indispensáveis: “Para o profissional
Alessandro que deseja traçar uma carreira de
Damasio (esquerda), sucesso são necessários respeito a
diretor da Aspect Sof- regras e valores da organização,
tware, entrega Prêmio muita disciplina e, principalmente,
para Éber Maciel ter paixão pela atividade exercida”,
ensina Maciel. „

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benchmarking Júlio Xavier

O comportamento sagaz
que acompanha o tempo, as
mudanças e a ação!
Planejamento de empregabilidade no futuro é uma boa solução para
assegurar qualidade de vida após os 50 anos

Q
Júlio Xavier é economista com MBA em
“ uero que tenhas coragem de começar do Profissional” – Você marketing pela USP e coordenador do MBA
excelência no relacionamento com clientes do
agora o que provavelmente ficará mais SA, além de continuar Ibmec SP.
árduo realizar em alguns poucos anos atualíssimo, reforça o E-mail: juliox@isp.edu.br
pela frente!”. Esta exclamação cognitiva não tem pensamento inquestionável e verdadeiro da ação
origem na filosofia greco-romana, nem tampouco imbuída com atitude. É isso! Há uma lacuna que
é oriunda de algum mártir religioso. Mas, categori- devemos olhar a todo o momento e resolver, ime-
camente, devemos prestar mais atenção na veloci- diatamente: o caminho pelo qual pretendemos se-
dade com que o tempo passa, a cada ano, e que guir. Não falo de incertezas ou medos, mas de
na maioria das vezes se torna imperceptível para sabedoria em olhar a vida com olhos de águia:
nós devido a uma série de peculiaridades do coti- bem atentos e ávidos por enxergar o que ninguém
diano, além, é claro, da necessidade em resolver vê e dessa forma nos colocar em um caminho de
sempre o agora. conquistas certas rumo ao futuro.

Contudo, se não planejarmos os próximos pas- O mundo corporativo muitas vezes nos ensina
sos de nossas ações, olhando a competir contra o outro, eliminando os adver-
A concorrência com muito cuidado, propósito sários a qualquer custo. Mas na verdade o que
e atenção sobre o que real- definitivamente aprendi é que a concorrência
mais profunda mente queremos de nossa vida mais profunda e relevante é com você mesmo e
e relevante lá na frente, poderemos perder com a própria superação. Dessa forma, temos
o rumo do barco e ficarmos to- que, a cada dia, nos tornarmos profissionais e se-
é com você talmente à deriva. res humanos mais completos do que fomos on-
tem e esse é o verdadeiro, simples e o mais belo
mesmo e Acredito que muitas pessoas aprendizado.
trabalham para manter seu ní-
com a própria vel de empregabilidade, sendo Como Arquimedes – um dos mais importantes
superação. desejado pelas empresas no cientista, matemático e inventor grego da história
momento atual. Mas como po- mundial, que teve influência direta na atitude de
deremos assegurar condições parecidas após os Galileu Galilei e Isaac Newton – não devemos es-
50 anos? Alguém já sentiu na pele o efeito de estar perar que somente Métis, a Deusa grega da sabedo-
excluído do mercado depois de ter sido, por lon- ria, nos influencie para colocar em prática nosso
gos anos, um gerador de oportunidades para as plano de ação e a planejar a vida após os 50 anos.
empresas nas quais trabalhou?
Meu desejo sincero é que consigamos ser coroa-
Caro leitor, não quero desencorajá-lo com estas dos por atitudes pró-ativas, que nos levem ao futu-
afirmações e crenças, pois minha única intenção é ro. Por ações imediatas, com continuidade e,
criar um movimento diário de reflexão que o leve movidos por nossos sonhos, façamos acontecer e
a uma ação. Deve-se tornar uma premissa irrevo- vislumbrar o que de melhor temos em nossas mãos
gável a atitude do planejamento que sucede nos- agora, acreditando na vida e confiando em nossa
sas vidas, colocando em prática a sua estratégia capacidade de fazer as coisas ocorrerem.
pessoal para o Planejamento de Empregabilidade
no Futuro, o PEF. Então, mãos à obra! Mova-se!

O artigo, publicado em agosto de 1998, “O que Reflita nisto e dê sua opinião no meu blog.
define o sucesso, mais do que nunca, é a Atitude http://blogclientesa.clientesa.com.br/televendas

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benchmarking Júlio Xavier

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back office

25 anos da empresa. Marcos Goulart e


Vale da Eletrônica: consolidação, Dilson Moraes, sócios-diretores, fazem
parte da história do Vale da Eletrônica:

crescimento e exportação foram alunos do Instituto Nacional de


Telecomunicações, o Inatel, e funda-
ram a segunda companhia da região.
Chamado de Vale do Silício brasileiro, Santa Rita do Sapucaí vê a consolidação Também são reconhecidos pelo apoio
das suas primeiras empresas e busca expansão às novas empresas, dando suporte para
que seus próprios funcionários abris-
os próximos anos Minas Gerais A principal diferença do Parque e o

N ganhará um parque tecnológi-


co, com capacidade para abri-
gar cinco grandes empresas e mais de
atual Arranjo Produtivo Local (APL) é
que o primeiro, além da concentração
das empresas, terá áreas de pesquisa e
sem fábricas produtoras de insumos
tecnológicos e se tornassem parceiras
da Leucotron.
Santa Rita do Sapucaí começou a
50 micros e pequenas. A estimativa é capacitação. se tornar um pólo de tecnologia em
que 11 mil empregos poderão ser gera- Segundo Souza Pinto, o Vale tem 1959, quando foi criada a Escola
dos. O espaço já existe: terreno de 40 potencial para crescer 300 vezes.
alqueires em Santa Rita do Sapucaí, foi “Começamos analógico e chegou a
comprado em 2006, pelo prefeito um patamar que não tinha para onde
Ronaldo Carvalho, por R$ 1,8 milhão. crescer. Agora com a Era Digital e a
O parque é um projeto a longo prazo. nova globalização tem mais espaço
Serão necessários R$ 10 milhões para para inovação”, diz.
que a área seja estruturada e comece a O parque pode ser uma solução
receber as empresas. A expectativa pa- para expansão das indústrias da cida-
ra a construção é de oito anos. Segundo de, porém, atualmente, falta espaço fí-
Roberto de Souza Pinto, presidente do sico já que 60% das 132 fábricas estão
Sindicato das Indústrias de Aparelhos em ampliação, com 30 galpões sendo
Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale construídos. A Leucotron, especializa-
da Eletrônica, o Sindvel, “algumas em- da em telecom, devido ao aumento na
presas já despertaram interesse, tanto as produção, inaugurou novo galpão de
de Santa Rita do Sapucaí como da Co- 850m², que ocupará o setor industrial
réia, EUA e China”. Ele acredita que da empresa.
esta pode ser uma boa oportunidade Antes de abrigar as máquinas e ope-
para as fábricas que atuam em Santa rários, o novo espaço da Leucotron foi Dilson Moraes (esquerda) e Marco Goulart (direita),
Rita, mas ainda não tem sede na cidade. palco da festa de comemoração dos sócios-diretores da Leucotron

Cresce faturamento do mercado VoIP


Aumento de usuários de banda larga surpreende as expectativas e acelera crescimento de telefonia sobre IP
faturamento do mercado de VoIP deve 10 milhões de conexões foi atingida

O chegar a US$ 625,9 milhões até 2012.


É o que mostra estudo feito pela Frost &
Sullivan. Em 2007 o montante foi de US$ 72,3
com 18 meses de antecedência e os nú-
meros já foram redimensionados para
15 milhões de acessos até 2010.
milhões. Para José Roberto Mavignier, analista Esta nova meta ainda pode ser re-
da empresa, um dos fatores que disseminam o vista. Marco Barcellos, diretor de ma-
uso da nova telefonia é o aumento de acesso à rketing da Cisco, vários aceleradores
banda larga. “As conexões fornecem aos clien- de mercado permitiram que a meta fos-
tes o primeiro e maior contato com os benefí- se atingida com antecipação. A mobili-
cios do VoIP”, completa. dade da internet, com as tecnologias
De acordo com dados da 10° edição do 3G e Wi-Fi, é considerada a principal
barômetro, realizado pelo IDC e patroci- propulsora deste crescimento. “Há um
nado pela Cisco, houve um crescimento ano a banda larga móvel sequer era
de 48% de acessos no Brasil, em relação considerada, hoje apresenta cresci-
ao primeiro semestre de 2007. A meta de mento significativo, cerca de 1,3 mi-

72 cliente sa | setembro 2008 | www.clientesa.com.br Marco Barcellos, da Cisco.

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Técnica de Eletrônica, a ETE, e o já estão adiantadas – e em longo pra-
Inatel, em 1965. Hoje são 132 em- zo, a Europa. O investimento no
presas que faturam R$ 780 milhões e mercado estrangeiro não é uma pers-
esperam atingir R$ 1 bilhão em 2008. pectiva apenas para a Leucotron, BANDA LARGA EM EXPANSÃO
A região se destaca na produção de mas para o Vale como um todo. O Segundo estudo do Gartner, o consumo global de
transmissores para TV Digital. Sindvel acompanhou a comitiva do conexões de banda larga passará de 323 milhões,
Nos últimos cinco anos a Leucotron presidente Lula à Colômbia para ne- em 2007, para 499 milhões, em 2012. A expecta-
triplicou o faturamento, chegando a gociar transmissores e ficou decidi- tiva é que a penetração de 18% nas residências,
R$ 30 milhões anuais. A perspectiva do que o modelo colombiano de TV atingida em 2007, chegue a 25%, em 2012.
para 2008 é que este valor aumente Digital funcionará com transmisso-
em 30%. Segundo Goulart, o cresci- res brasileiros. AVAYA CERTIFICA TELESUL
mento se deve à melhoria na capaci- As exportações também foram o
principal foco da 10° edição da A Telesul, integradora em soluções de TI e comu-
tação e gestão. Também aponta para
Fivel (Feira Industrial do Vale da nicação, foi reconhecida pela Avaya como parcei-
a reestruturação comercial: “éramos
Eletrônica). Segundo Souza Pinto, ra Platinum. Com a certificação, a Telesul passa
muito técnicos e pouco comerciais”.
espera-se faturar até R$ 300 mi- a fazer parte do grupo de empresas membros
Nos últimos três anos a
lhões nos próximos seis meses do programa global de parceiros de negócios da
Leucotron apostou nas
como resultado das negociações Avaya.
vendas diretas, e atual-
mente fornece solu- feitas na feira.
ções para companhias Souza Pinto, do Sindivel, afirma
SIEMENS CRIA PROGRAMA PARA
como: Caixa Econômica que o Vale da Eletrônica aposta na
PMES
Federal, Oi, Embratel e substituição de importações. Gou-
Telefônica. lart, da Leucotron concorda, defende A Siemens Enterprise Communications lança o
que o diferencial da empresa é a cus- Go Foward!, programa de canais para o mercado
EXPORTAÇÕES tomização dos produtos: “Para uma de pequenas e médias empresas (PMEs). Com
Investir nas expor- empresa mundial mexer nos equipa- início em abril deste ano, a ação deve contribuir
tações é um dos prin- mentos para se adequar a um cliente para aumentar em 10% o faturamento da com-
cipais projetos da é difícil. Por sermos menor, temos panhia até final de 2010.
Leucotron para 2009. mais agilidade”. Antonio Cláudio de
Atualmente está em Oliveira, diretor de marketing e fi-
fase de definir os par- nanças, completa: “é um produto de- QUEST BRASIL TEM NOVO COUNTRY
MANAGER
ceiros estrangeiros. A senvolvido no Brasil para ser vendido
América Latina será o primeiro foco por cabeças nossas e usados por ca- A Quest Software, fornecedora de soluções, anuncia
– no México e Peru as negociações beças nossas”. „ Celso Amaral como country manager no Brasil. Ama-
ral atuou como vice-presidente regional para América
Latina da EMC Software durante os últimos cinco anos,
lhão de acessos novos”, completa. além de trabalhar na i2 Technologies, SAP e IBM.
De acordo com Barcellos o objeti-
vo do barômetro não é só medir o ní-
vel de penetração da banda larga: COLUMBUS IT INAUGURA FILIAL
“Não estamos fazendo exercícios de CARIOCA
futurologia, queremos criar mecanis- A Columbus IT, fornecedora de serviços de consultoria
mos que instiguem o mercado de e soluções de gestão empresarial, inaugura filial no Rio
forma geral, para que o grau de aces- de Janeiro. O objetivo é intensificar a atuação na região.
sibilidade seja acelerado”, diz. Flávia Massuda, que estava há três anos trabalhando
Barcellos explica ainda que os siste- na Vtex, foi contratada para gerenciar a nova unidade.
mas de comunicação convergiram
para um ambiente de telefonia IP.
“Essa migração está utilizando a es- TRUE ACCESS E NOVO E-PAY FIRMAM
trutura atualmente disponível de ban- José Roberto Mavigne, da Frost & Sullivan
PARCERIA
da larga, que tem uma melhor mercados estão começando a se de- A Novo e-pay, especializada em transações eletrô-
qualidade de sinal”, explica. senvolver, apresentam altas taxas de nicas, e a True Access Consulting anunciam parceria
De acordo com Mavignier, o merca- crescimento, assim como aconteceu estratégica. O objetivo é impulsionar o uso do apare-
do de VoIP ainda está em fase inicial com o mercado de telefonia há al- lho celular como meio de validação de pagamentos
no Brasil com expectativa de cresci- guns anos e com o crescimento da (mobile payment).
mento anual de 73%. “Quando os banda larga também”, conclui. „

Veja as informações on-line no portal ClienteSA.com.br www.clientesa.com.br | setembro 2008 | cliente sa 73

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clube do livro Marco Barcellos

Como enfrentar o cliente que


virou concorrente
Livro analisa a tensão entre fabricante e varejista que aposta na própria marca

livro Estratégia de Marcas Próprias é uma por meio de inovação,

O obra diferenciada, na medida em que este


não é um tema amplamente discutido mas,
com certeza, de suma importância para os princi-
foco e segmentação ou
novas proposições de Marco Barcellos é diretor de marketing da Cisco.
valor. Aos fabricantes
E-mail: marcobar@cisco.com

pais fabricantes de produtos de consumo. Muito não interessa sequer pro-


mais do que a força das marcas próprias no merca- duzir as marcas próprias de seus clientes de varejo, já
do de varejo, o assunto é um case de cliente que que esta receita marginal poderá ser o seu principal
virou concorrente. Uma inversão de valores ou prejuízo a médio prazo. Mas o ataque não pode ser
uma tendência macroeconômica? Nada melhor desordenado, a proposta deve ser combinada, plane-
que ouvir especialistas e estudar casos reais. jada e frontal. A guerra se torna mais clara quando a
loja se posiciona e muda de estratégia, deixando de
Os autores são conceituados professores de mar- ser cliente para se tornar concorrente. Como foi o
keting: Nirmalya Kumar, da London Business caso da GAP, uma das maiores revendas da Levi’s,
School e Aditya Birla India Centre, e Jan-Benedict que passou a investir na própria marca. A convivência
Steenkamp, da University of North Caroline. A falta desaparece e o cenário é de competição direta.
de informações sobre o mercado das marcas próprias
era incompatível com o tamanho desta indústria – O último capítulo evita a conclusão simplista de que
cerca de US$ 1 trilhão no mundo. as marcas dos fabricantes estão mortas. Na verdade, o
mercado passa por uma transição e as leis de oferta e
O livro é muito didático, com abordagem prática e demanda seguem para o equilíbrio. Mas nem sempre
embasada em análise de casos. Os autores dividiram isso acontece, especialmente se as ações estratégicas
a obra em duas partes: a primeira examina as estraté- não forem executadas com rigor e planejamento.
gias de varejo em relação às marcas próprias. A se-
gunda analisa como os fabricantes podem enfrentar Apesar dos exemplos internacionais, a globalização
este cenário competitivo. faz com que esse assunto seja uma realidade em nos-
so mercado local. Seja pela forte presença das marcas
No primeiro capítulo, os autores reforçam a realida- globais, como Carrefour, Wall-Mart, Zara, Procter &
de da nova economia. Apesar da grande quantidade Gamble e Unilever, ou na constatação da mesma si-
de marcas e lojas, sempre há espaço para novas de su- tuação com as marcas genuinamente brasileiras,
cesso (como Amazon.com, Red Bull, eBay, Starbucks como Pão de Açúcar, Extra, Bob’s e Petrobras.
e Nespresso). Ainda na primeira parte, os professores
apresentam um esquema que estrutura as quatro prin- Destaco neste livro, como característica principal, a
cipais proposições gerais de consumo das marcas dos transparência na abordagem imparcial sobre os dois
varejistas: genéricas, imitações, marca de loja pre- lados da disputa. Por isso, é uma leitura absolutamen-
mium e inovadoras de valor. A segunda parte do livro te indispensável para fabricantes, varejistas, profissio-
trata de propostas de como os fabricantes podem con- nais de marketing e, principalmente, para todos nós
viver com este desafio. Afinal, como combater consumidores. Cada vez mais participativos e exigen-
os seus principais clientes? Os autores tes, mas também muito mais bem informados neste
definem a tensão como “dormir com o competitivo e excitante mercado 2.0.
inimigo”.

Nos capítulos finais a proposta muda Para críticas e sugestões visite o blog
para alternativas de combate ao inimigo http://blogclientesa.clientesa.com.br/clubedolivro

Título: Estratégia de Marcas Próprias – Como Enfrentar o Desafio da Marca da Loja


Autores: Nirmalya Kumar e Jan-Benedict E. M. Steenkamp
Editora: M.BOOKS – 2008
Páginas: 213

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