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O preço da modernidade

Fábio Carcel

Modernidade! Essa palavra soa como sinônimo de tudo que é novo, tecnológico, enfim,
moderno, atual.

Devo confessar que sou aficionado por tecnologias recém produzidas no Japão ou nos EUA.
Leio o que posso sobre os lançamentos dos “gadgets” (aparelho, equipamento eletrônico,
normalmente pequeno e moderno).

Viver rodeado de gadgets é então ser moderno, viver na modernidade. E viver na modernidade
inclui também viver com melhor qualidade de vida?

Por volta de 1986, quando cursava o técnico de Processamento de Dados, precisava marcar
hora no laboratório do colégio técnico para utilizar a mais recente aquisição do laboratório de
informática, o CP-500 da Prológica! Ele era cinza e a tela de “fósforo-verde” embutida com o
teclado. Possuía memória RAM de 48 Kb, e o HD não tinha! Tudo era armazenado em fita
cassete (isso mesmo!) ou em floppy-disks de 5,25 polegadas (era bem maior que o disquete)
com capacidade para 360Kb de armazenamento. Agora você acha que alguém tinha um
computador em casa? Só se fosse doido e rico!

Lembro-me muito bem, em meado dos anos 90, quando consegui comprar meu primeiro
celular. Depois de trabalhar duro e guardar na poupança, consegui o aparelho de um
atravessador. Fiquei muito contente por pagar “apenas” R$ 1.800,00 sem ter que esperar por
pelo menos seis meses pra conseguir a linha.
Era um tijolão, só fazia e atendia chamadas e possuía uma limitada agenda, mas exibia aquela
coisa na cintura com muito orgulho. Pesava quase um quilo, mas era em função da bateria
grossa que durava em torno de 18 horas. Hoje qualquer celular tem mais memória que cem
computadores juntos iguais àquele CP-500.

Nos dias atuais está difícil definir o que é computador e o que é celular. Às vezes o celular é
mais computador do que celular propriamente dito.

E por falar em comunicação, no final dos anos 90 popularizou-se a maior invenção desde o
telefone de Graham Bell e posteriormente a televisão, a Internet! Criada inicialmente para fins
militares pelos EUA, hoje o mundo literalmente pára sem a internet. E o seu computador não é
mais uma ilha isolada do resto do planeta. Em uma pesquisa encomendada pela Microsoft,
90% das pessoas que adquirem um computador hoje é para ter acesso ao mundo virtual da
internet.

Quando o volume de informações na internet estava grande demais para pobres mortais
acessarem seu conteúdo de forma mais organizada, dois estudantes da Universidade de
Stanford, Larry Page e Sergey Brin, criaram um programa que busca as informações para
você. Essa maravilha da natureza informática foi chamada de Google! Depois disso a internet
nunca mais foi a mesma.

Caro leitor, se alguém merece ir para o céu por fazer um bem à humanidade, eu diria que estes
são Larry e Sergey! Santo Google! O que acontece é que muitas vezes usam essa ferramenta
de busca voltada ao mal, mas isso não tira o mérito dos dois.

Outra idéia interessante, que acabou fazendo parte do conglomerado Google foi o YouTube.
E se me permitem filosofar, se os olhos são o espelho da alma, o YouTube é o espelho da
internet!. Ok! Sem comentários...

Qual será a próxima vedete da tecnologia? Será algo que nunca pensamos que poderia existir,
como aconteceu com a Internet? Não, acho que não. Está na imaginação dos produtores de
cinema há muito tempo, mas ninguém acredita que será a coisa mais comum no dia-a-dia de

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nossas vidas. Adivinhou? Claro... É o Robô. O escritor checo Karel Čapek introduziu a palavra
"Robô" em sua peça "R.U.R" (Rossuum's Universal Robots) em 1921. O termo "Robô", ou
“Robot” em inglês, não foi criado por Karel Čapek, mas por seu irmão Josef, outro respeitado
escritor checo. Vem da palavra checa "robota", que significa "trabalho forçado".

O robô será como um eletrodoméstico, provavelmente de várias formas, umas até


“humanóides”, como dizem, mas virá com o intuito de servir a humanidade, tirar do ser humano
aquele trabalho duro, braçal, mecânico. Isso inclui também grandes avanços no ramo da
saúde. A cura para doenças graves como o câncer poderá vir dos “nano-robôs”, que são
minúsculos robôs capazes de ser injetados na corrente sanguínea e atacar só as células
cancerígenas, evitando danificar também as células sadias, como acontece hoje com a
quimioterapia. Quando vai acontecer? Já está acontecendo!

Então se conclui que os avanços da ciência e tecnologia são para melhorar a qualidade de vida
das pessoas. E melhorou? Você se considera uma pessoa com qualidade de vida superior que
a do seu pai ou avô? Em muitos aspectos acho que sim. Ouvindo relatos de alguns colegas
aqui da CAIXA que aposentaram recentemente nos dá uma nítida noção do quanto a
tecnologia foi importante para que atividades maçantes fossem automatizadas, direcionando os
funcionários para atividades de relacionamento com os clientes.

Os eletrodomésticos também nos ajudam bastante no dia-a-dia. Hoje é fácil adquirir uma
máquina de lavar roupas; lava-louça; secadora; aspirador de pó, etc...
Então podemos afirmar que a qualidade de vida cresceu na mesma proporção que a
tecnologia?
Pensamos juntos. Hoje o grande lançamento é um computador com processador de 4 núcleos,
o famoso “quad-core”, pois o “dual-core” já é comum em qualquer micro básico à venda nas
lojas por R$ 800,00. E daqui a 6 meses ou no máximo um ano? Já vão lançar outro com 8
núcleos. Aí o seu “quad-core” já era. Coisa do passado.
O celular então nem se fala. A maior revolução veio da Apple, o IPHONE. Quem comprou e
pagou uma fortuna em dólar há poucos meses atrás, já se vê ultrapassado por conta do
lançamento da própria Apple, inclusive no Brasil, do IPHONE 3G. Muito melhor, com as
funções melhoradas e ainda por cima mais barato.

É...acho que a qualidade de vida das pessoas, tão comentada ultimamente, não melhorou na
mesma proporção. Por quê? Se toda tecnologia é desenvolvida para facilitar a vida da gente,
por que não temos uma qualidade de vida superior que a dos nossos avós?

Só vejo uma explicação. Aquelas atividades que fazíamos mecanicamente, braçalmente, com
bastante esforço físico foram substituídas por atividades que exigem muito mais, não
fisicamente, mas mentalmente. Aquele tempo que teríamos, teoricamente, para nós mesmos,
está sendo usado para produzir mais, gerando o famoso STRESS.

Hoje nós “precisamos” produzir mais, porque “precisamos” ganhar mais para poder gastar
mais. O apelo para o consumo está cada vez maior, em qualquer lugar. Seja na loja, no
outdoor, na televisão, nas novelas, enfim, no PLANETA! E o que isso gera? Individualismo.
Isso mesmo, com todo o significado da palavra, individualistas, pessoas sem compromisso com
o “SER” humano e sim crescer (?), progredir (?), chegar lá!

Caro leitor, eu também estou nessa! Não estou incólume a esse consumismo desenfreado, a
ser uma pessoa muitas vezes individualista e olhar só para mim mesmo ou no máximo para
minha família, sempre com o intuito de chegar até lá não sei aonde! Provavelmente sempre à
espera de uma vida melhor.

Vamos, quem sabe a partir de agora, aproveitar toda essa facilidade que a vida moderna nos
dá para sermos os melhores. Melhores cidadãos, melhores colegas de trabalho, melhores pais,
melhores seres HUMANOS, que é a nossa primeira missão nesse mundo.

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